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CURITIBA / PR
2023
DARLÁDINA PEREIRA DA SILVA
CURITIBA / PR
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA – UNIFATEC-PR
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DERMATOLOGIA VETERINÁRIA
nota ________
_______________________________________________
Profa. Dra. Juliana de Oliveira Bernardo
Orientadora
Curitiba / PR,
___/___/20223
RESUMO
A leishmaniose é uma doença contagiosa que tem potencial zoonótico, sendo transmitida
principalmente por um vetor biológico conhecido como mosquito palha, que através do
repasto sanguíneo em um animal infectado, o artrópode se contamina com o protozoário,
onde o mesmo se modifica até chegar em sua fase infectante, com isso o mosquito
infectado pica em um hospedeiro saudável, mantendo o ciclo da doença. Para que essa
doença se desenvolva no organismo do animal recém infectado, necessitamos que o
mesmo tenha alterações em seu sistema imunológico, deixando-o assim vulnerável. Depois
do contágio o hospedeiro pode apresentar diversos tipos de lesões cutâneas e/ou
sistêmicas, para que aconteça o diagnóstico, temos testes mais baratos que podem ser
alterados devido a reação cruzada com outras enfermidades ou até mesmo fornecer
resultados falsos, e os mais específicos como RIFI e ELISA. O tratamento para essa
doença, inicialmente era proibido e a eutanásia era a escolha ideal para animais
contaminados. Com o passar dos anos foi autorizado a realização do tratamento de animais
doentes, existem no mercado a miltefosina que tem alto custo e é a medicação indicada
para o tratamento. Neste trabalho tivemos como objetivo apresentar o caso de 3 animais
que utilizam de protocolos alternativos no tratamento e com isso obtivemos resultados
satisfatórios. Contudo ainda necessitamos de mais estudos para poder afirmar que as
associações das medicações poderiam ser alternativas para tratamento da doença.
Leishmaniasis is a contagious disease that has zoonotic potential, being transmitted mainly
by a biological vector known as the straw mosquito, which, through the blood meal of an
infected animal, the arthropod becomes contaminated with the protozoan, where it changes
until it reaches its infective phase, whereby the infected mosquito bites a healthy host,
maintaining the disease cycle. For this disease to develop in the newly infected animal's
body, we need it to have changes in its immune system, thus leaving it vulnerable. After
infection, the host may present different types of skin and/or systemic lesions. In order for the
diagnosis to occur, we have cheaper tests that can be altered due to cross-reaction with
other diseases or even provide false results, and more specific ones such as RIFI and
ELISA. Treatment for this disease was initially prohibited and euthanasia was the ideal
choice for infected animals. Over the years, the treatment of sick animals has been
authorized. There is miltefosine on the market, which is expensive and is the medication
recommended for treatment. In this work we aimed to present the case of 3 animals that use
alternative treatment protocols and obtained satisfactory results. However, we still need more
studies to be able to confirm that the combination of medications could be alternatives for
treating the disease.
SUMÁRIO
1. INTRUDOÇÃO ............................................................................................... 10
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 11
2.1. A IMPORTÂNCIA DA LEISHMANIOSE NA SAÚDE PÚBLICA .................... 11
2.2. TRANSMISSÃO E RESPOSTA IMUNE DA LEISHMANIOSE CANINA ................ 11
2.3. SINAIS CLÍNICOS............................................................................................ 12
2.4. DIAGNÓSTICO ............................................................................................. 13
2.5. TRATAMENTO............................................................................................... 14
2.6. PROGNÓSTICO ............................................................................................ 17
3. DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 18
4. DISCUSSÕES .................................................................................................
21
5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 23
REFERENCIAS............................................................................................... 24
10
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Quando relacionamos esta doença com a saúde pública temos que levar em conta
que se trata de uma mazela zoonótica que por vezes é negligenciada pela população, fato
esse que auxilia em seu alastramento, outro fator que adiciona velocidade é a alta
mobilidade da fonte de infecção (vetores e reservatórios). Atualmente o Brasil aloja 90% dos
casos de LV relatados no mundo, ficando assim entre os 6 países com maior número de
casos (NARCISO et al 2023).
Vale ressaltar que de acordo com a Portaria Interministerial nº 1.426, de 2008, deixa
estritamente proibido o tratamento desta doença com qualquer produto de uso humano ou
fármacos que não tenham registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA).
2.4 Diagnóstico
prejudicada por reações cruzadas com outras doenças (ANDRADE NETO; JERICÓ;
KOGIKS, 2015).
O RIFI (imunofluorescência indireta) tem fácil execução e baixo custo, porém, sua
especificidade é prejudicada devido a reações cruzadas com Trypanosoma cruzi, Ehrlichia
canis, Babesia canis, Toxoplasma gondii e Neospora caninum (BADARÓ et al., 1986).
O teste ELISA (ensaios imunoenzimáticos) possui alta sensibilidade e especificidade
depende do tipo de antígeno utilizado, onde antígenos totais são pouco específicos, devido
reações cruzadas, já os recombinantes ou purificados, como as glicoproteínas de
membrana, específicas da Leishmania, fornecem maior sensibilidade e especificidade
(ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
O PCR (reação em cadeia de polimerase) possui alta especificidade, porém
sensibilidade dependente, porém, o teste quantitativo é utilizado para avaliar o estado clínico
e a resposta ao tratamento (LACHAUD et al, 2002).
Vale ressaltar que todas as técnicas relatadas acima variam quanto a sensibilidade,
especificidade, praticidade e viabilidade.
2.5 Tratamento
A leishmaniose em cães é relatada como mais resistente que nos seres humanos,
sendo raramente os organismos completamente eliminados, sendo necessária adoção de
medidas de segurança contra vetores direcionadas para o cão e ambiente (ANDRADE
NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, os fármacos utilizados no tratamento da
leishmaniose em humanos, não podem ser utilizados em animais devido aos riscos de
resistência parasitária (OMS, 2010).
Alguns fármacos de segunda linha podem ser utilizados, como miltefosina,
antimoniais e alopurinol (Miró et al., 2008; Oliva et al., 2010).
Dentre os protocolos de tratamento para Leishmaniose em cães, há relatos de
diversas associações com resultado satisfatório como o Antimoniato de n-metilglucamina
(Glucantime ®), Miltefosine (Milteforan®), Anfotericina B (Fungison®) ou Marbofloxacina,
utilizados de forma isolada ou associados ao alopurinol (Tabela 1) (MIRÓ et al., 2017).
15
potencial nefrotóxico é necessário que seja feito o monitoramento uréia, creatinina, além do
acompanhamento cardíaco e hepático do animal (DGAV; 2017)
De acordo com OLIVEIRA e ANTONIO (2008) este fármaco deve ser administrado
pela via subcutânea ou intramuscular. Ocasionado a remissão dos sinais clínicos e deixando
o animal como um reservatório da doença (DGAV; 2017).
Marbofloxacina classificada como fluorquinolona sintética de terceira geração, que
tem ação leishmanicida em macrófagos, e indiretamente agindo nos fatores de necrose
tumoral alfa (TNF-α) e do óxido nítrico (NO) (ROUGIER; 2008)
Sem causar danos às enzimas topoisomerases de mamíferos, devido a diferença
estrutural relacionada às bactérias, podemos citar também propriedades imunomoduladoras,
agindo na resposta às citocinas. Quando usado no tratamento é possível a redução da
carga parasitária e dos sinais clínicos devido a capacidade imunomoduladora. Tem grande
margem de segurança para pacientes com acometimento renal sem levar alterações nos
valores de ureia e creatinina. (ROUGIER; 2008; KROLOW et al, 2022)
Anfotericina B é uma medicação de uso exclusivo por via endovenosa, sendo
utilizado tratamento de micoses profundas. Tem ação leishmanicida, devido sua afinidade
pelos esteróis de esqueleto ergostano encontrados na membrana plasmática do parasito,
causando o rompimento da mesma ocasionando a lise do protozoário. Contudo este
fármaco também pode se ligar ao colesterol, e por consequência causar efeitos colaterais
como: anafilaxia, trombocitopenia, dores generalizadas, calafrios, febre, flebite, anemia,
convulsões, anorexia (FAIÕES; 2013), devido ao seu potencial nefrotóxico deve-se realizar
o acompanhamento do animal com exames laboratoriais (OLIVEIRA, ANTONIO;2008).
Alguns autores relatam a ação dos componentes do grupo azóis como: imidazóis
(cetoconazol. miconazol), triazóis (fluconazol e itraconazol) e tetrazóis ( losartan e valsartan)
no tratamento da Leishmaniose. Estes grupos de fármacos atuam na inibição da síntese de
ergosterol, que é componente da membrana celular de fungos e alguns protozoários. A
ausência deste componente, reduz consideravelmente a capacidade vital desses parasitas
(VENKATESWARLU; KELLY, 1996; SOUZA; RODRIGUES, 2009)
Outros estudos revelam que o levamisol, inicialmente usado apenas como anti-
helmíntico, foi classificado como imunomodulador e/ ou imunoestimulador atuante na
imunidade celular e proliferação de linfócitos T, aumentando a quimiotaxia e atividade
fagocítica juntamente com a exacerbação das reações de hipersensibilidade tardia,
estimulando também, a produção de anticorpos e neutrófilos. A dose imunomoduladora é de
0,5 a 3 mg/kg e apresenta melhores efeitos em animais com redução da função das células
T, chegando a ser de nulo a pouco em animais com sistema imune normal (ANDRADE
NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015; FREIRE; MORAES, 2019).
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2.5 Prognóstico
De acordo com o disponível no manual Solano-Gallego (2017) o prognóstico da doença é
variável, depende exclusivamente do estadiamento da doença em que o animal se encontra.
Animais considerados com doença leve (estágio I) acabam tendo um prognóstico bom,
animais em estágio II (doença moderada) prognóstico variando de bom a reservado. Já nos
casos de animais graves e muito graves (estágio III e IV) o prognóstico vai de reservado-
greve para grave respectivamente.
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3. DESENVOLVIMENTO
* OD - densidade óptica
Recomendou-se o uso de Miltefosina, na dose 2,0 mg/kg, durante 28 dias, porém
todos os tutores informaram não ter condições financeiras para aquisição do fármaco.
Outros fármacos foram associados à terapêutica de acordo com as lesões encontradas
(Tabela 3).
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Tabela 3: Protocolo terapêutico instituído nos animais atendidos, positivos para Leishmaniose
Visceral.
Levamisol Alopurinol Cetoconazol Prednisona
A2 X X X X
A3* X X
* a dose usada para cada animal está compreendida entre o intervalo máximo e mínimo citados.
* quando confirmado positivo, iniciou o tratamento completo
lesão alopécia mais, o odor e a seborreia cessaram alguns meses após o início do
tratamento.
Nenhum dos animais apresentaram recidivas das lesões de pele ou de infecções
secundárias. Atualmente todos fazem acompanhamento mensal para manutenção e ajustes
de dose das medicações para que a Leishmaniose continue controlada sem apresentar seus
sinais.
4. DISCUSSÕES
Devido aos hábitos do vetor dessa doença (viver em locais arbóreos, voos no
período crepuscular) onde a fêmea do mosquito transmite a doença para os cães
(ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015), o que corrobora com as condições
morfoclimáticas e vegetação do Município de Volta Redonda – RJ. De acordo com o estudo
feito por AZEVEDO (2008) animais com idades entre maiores de 5 anos teriam maiores
resultado positivos do que entre outras idades, já Papa (2010) relaciona animais na faixa
etária de 1-3 anos tendo maior susceptibilidade. Contudo ambos afirmaram que as variantes
nos testes utilizados, não foram específicas para que se possa afirmar relação entre a idade
dos pacientes, necessitando assim de maiores estudos para conclusões mais assertivas.
Os sinais clínicos encontrados, são também parte da grande casuística de animais
atendidos na região, sendo áreas de alopecias em dorso e membros, onicogrifose, feridas
ulceradas ou não, com retardo na cicatrização, conforme citado por Andrade Neto; Jericó;
Kogiks (2015).
Durante o tratamento utilizamos o alopurinol citado por Greene (2006) por ser mais
barato, de poucos efeitos colaterais respeitando a dose citada por ele, em todos os animais
não tivemos nenhum efeito adverso, sendo que os animais citados foram acompanhados
com exames auxiliares.
Rodrigues (2005) realizou um experimento inoculando L. amazonensis no coxim
plantar de camundongos, entre os tratamentos usados foi destacado um grupo utilizando
levamisol como medicação isolada. Esse fármaco induziu uma cicatrização mais evidente no
período de 24-48 horas após o uso da medicação em cada semana. Além de que gerou um
aumento nos níveis séricos de IgG.
Brites (2007) relata que a prednisona pode ser usada uma vez ao dia durante 7 dias.
Porém desse modo não foi visto nenhum tipo de resultado. Quando mantida a dose
imunossupressora durante 15 dias, pausa de 15 dias o prurido sumiu e as feridas cicatrizam
mais rapidamente.
Este fármaco em todas as literaturas consultados foi apontado apenas como
medicação de suporte, sendo então necessário testes específicos para relatar a real função
e importância no tratamento da doença.
In vitro o cetoconazol na dose de 600 mg via oral, durante 28 - 30 dias, apresenta
efeitos próximos a cura em infecções causadas por L. mexicana. Com relação a L.
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Contudo podemos dizer que mesmo sendo uma doença zoonótica, de difícil controle
devido a abundância do vetor, temos opções de tratamento. Mesmo que os animais
tivessem titulações diferentes, optou-se pelo uso do mesmo intervalo de doses, contudo
valores mais próximos ao máximo foram escolhidos para titulações mais elevadas.
Mesmo com um número baixo de casos relatados podemos dizer que a associação
de medicações no protocolo utilizado pela Clínica em questão, forneceu resultados
satisfatórios.
Onde o A1 mesmo que considerado um animal de alta carga parasitária e lesões
iniciais mais clássicas e de maior extensão, depois de apenas 6 meses do uso das
medicações já teve resultados muito satisfatórios, com remissão das lesões de pele, e baixa
da titulação da doença, passando para um animal indeterminado no ELISA e um reagente
de baixa carga parasitária no RIFI.
Já seu contactante A2 depois do mesmo tempo de tratamento passou a ser
considerado apenas um animal portador da doença, com resultados não reagentes tanto em
ELISA quanto em RIFI, e sem sinais clínicos de pele mais. O mesmo aconteceu com o A3,
onde a Malasseziose inicial regrediu juntamente com as lesões cutâneas, o classificando
com um animal não reagente perante aos exames.
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5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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