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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA – UNIFATEC-PR

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DERMATOLOGIA VETERINÁRIA

DARLÀDINA PEREIRA DA SILVA

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE TERAPÊUTICA DE BAIXO CUSTO NO


TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE EM CÃES

CURITIBA / PR
2023
DARLÁDINA PEREIRA DA SILVA

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE TERAPÊUTICA DE BAIXO CUSTO NO


TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE EM CÃES

Trabalho apresentado como requisito para


conclusão do Curso de Pós-Graduação em
Dermatologia Veterinária do Centro
Universitário de Tecnologia de Curitiba –
UNIFATEC-PR.

Orientadora: Profª Dra. Juliana de Oliveira


Bernardo

CURITIBA / PR
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA – UNIFATEC-PR
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DERMATOLOGIA VETERINÁRIA

TERMO DE APROVAÇÃO DE TCC


(Trabalho de Conclusão de Curso)

DARLÁDINA PEREIRA A SILVA

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE TERAPÊUTICA DE BAIXO CUSTO NO


TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE EM CÃES

Este trabalho foi avaliado pelo orientador do Curso de Pós-Graduação em

Dermatologia Veterinária – UNIFATEC-PR e considerado (a) aprovado (a) com a

nota ________

_______________________________________________
Profa. Dra. Juliana de Oliveira Bernardo
Orientadora

Curitiba / PR,
___/___/20223
RESUMO

A leishmaniose é uma doença contagiosa que tem potencial zoonótico, sendo transmitida
principalmente por um vetor biológico conhecido como mosquito palha, que através do
repasto sanguíneo em um animal infectado, o artrópode se contamina com o protozoário,
onde o mesmo se modifica até chegar em sua fase infectante, com isso o mosquito
infectado pica em um hospedeiro saudável, mantendo o ciclo da doença. Para que essa
doença se desenvolva no organismo do animal recém infectado, necessitamos que o
mesmo tenha alterações em seu sistema imunológico, deixando-o assim vulnerável. Depois
do contágio o hospedeiro pode apresentar diversos tipos de lesões cutâneas e/ou
sistêmicas, para que aconteça o diagnóstico, temos testes mais baratos que podem ser
alterados devido a reação cruzada com outras enfermidades ou até mesmo fornecer
resultados falsos, e os mais específicos como RIFI e ELISA. O tratamento para essa
doença, inicialmente era proibido e a eutanásia era a escolha ideal para animais
contaminados. Com o passar dos anos foi autorizado a realização do tratamento de animais
doentes, existem no mercado a miltefosina que tem alto custo e é a medicação indicada
para o tratamento. Neste trabalho tivemos como objetivo apresentar o caso de 3 animais
que utilizam de protocolos alternativos no tratamento e com isso obtivemos resultados
satisfatórios. Contudo ainda necessitamos de mais estudos para poder afirmar que as
associações das medicações poderiam ser alternativas para tratamento da doença.

Palavras chaves: Medicações. Tratamento. Cães


ABSTRACT

Leishmaniasis is a contagious disease that has zoonotic potential, being transmitted mainly
by a biological vector known as the straw mosquito, which, through the blood meal of an
infected animal, the arthropod becomes contaminated with the protozoan, where it changes
until it reaches its infective phase, whereby the infected mosquito bites a healthy host,
maintaining the disease cycle. For this disease to develop in the newly infected animal's
body, we need it to have changes in its immune system, thus leaving it vulnerable. After
infection, the host may present different types of skin and/or systemic lesions. In order for the
diagnosis to occur, we have cheaper tests that can be altered due to cross-reaction with
other diseases or even provide false results, and more specific ones such as RIFI and
ELISA. Treatment for this disease was initially prohibited and euthanasia was the ideal
choice for infected animals. Over the years, the treatment of sick animals has been
authorized. There is miltefosine on the market, which is expensive and is the medication
recommended for treatment. In this work we aimed to present the case of 3 animals that use
alternative treatment protocols and obtained satisfactory results. However, we still need more
studies to be able to confirm that the combination of medications could be alternatives for
treating the disease.

Keywords: Medications. Treatment. Dogs


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Fármacos utilizados no tratamento da Leishmaniose, mecanismo de


ação, duração de tratamento e efeitos colaterais ................................................. 15
Tabela 2 - Identificação dos animais, queixa / anamnese, resultado dos exames
iniciais ....................................................................................................................
18
Tabela 3 - Protocolo terapêutico instituído nos animais atendidos, positivos para
Leishmaniose Visceral .......................................................................................... 19
Tabela 4 - Apresentação clínica e sorológica dos animais após o tratamento ......
19
9

SUMÁRIO

1. INTRUDOÇÃO ............................................................................................... 10
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 11
2.1. A IMPORTÂNCIA DA LEISHMANIOSE NA SAÚDE PÚBLICA .................... 11
2.2. TRANSMISSÃO E RESPOSTA IMUNE DA LEISHMANIOSE CANINA ................ 11
2.3. SINAIS CLÍNICOS............................................................................................ 12
2.4. DIAGNÓSTICO ............................................................................................. 13
2.5. TRATAMENTO............................................................................................... 14
2.6. PROGNÓSTICO ............................................................................................ 17
3. DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 18
4. DISCUSSÕES .................................................................................................
21
5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 23
REFERENCIAS............................................................................................... 24
10

1. INTRODUÇÃO

A leishmaniose é uma zoonose de grande importância na saúde pública, é


ocasionada pelo protozoário do gênero Leishmania spp. e transmitida pelo mosquito da
espécie Lutzomyia longipalpis (ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015)
Conforme o Ministério da Saúde determinava em 2007, através da normativa nº
XXXX, os animais positivos para Leishmaniose Tegumentar (LT) com lesões cutâneas que
evoluem para lesões mucosas e/ou infecções secundárias, devem ser eutanasiados
(Ministério da Saúde, 2007). Em 2014, uma nova normativa foi elaborada com o intuito de
regulamentar a eutanásia de animais positivos nas provas parasitológicas ou sororeagentes
também para Leishmaniose Visceral (LV) (Ministério da Saúde, 2014).
Em 2016, a substância Miltefosina, amplamente utilizada em outros países para o
tratamento da Leishmaniose canina, foi registrada e liberada para uso no Brasil (MAPA,
2016). Contudo, apesar de sua eficácia, um grande entrave relacionado ao alto custo é
iminente, tornando restrito o uso da medicação para famílias com baixo poder aquisitivo.
Atualmente temos medicações utilizadas no tratamento da doença, dentre elas
temos os anti-leishmania como: antimoniato de meglumina, anfotericina B, miltefosina
(NASCIMENTO;2019). Para melhor resposta podemos associar antifúngicos (cetoconazol),
imunomoduladores (levamisol e cimetidina) (MARQUES; 2008)
Este trabalho tem o objetivo de avaliar a eficácia da terapêutica de baixo custo para o
tratamento da Leishmaniose tegumentar em cães, buscando alternativas para o controle da
doença.
11

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A importância da Leishmaniose na Saúde Pública

Quando relacionamos esta doença com a saúde pública temos que levar em conta
que se trata de uma mazela zoonótica que por vezes é negligenciada pela população, fato
esse que auxilia em seu alastramento, outro fator que adiciona velocidade é a alta
mobilidade da fonte de infecção (vetores e reservatórios). Atualmente o Brasil aloja 90% dos
casos de LV relatados no mundo, ficando assim entre os 6 países com maior número de
casos (NARCISO et al 2023).
Vale ressaltar que de acordo com a Portaria Interministerial nº 1.426, de 2008, deixa
estritamente proibido o tratamento desta doença com qualquer produto de uso humano ou
fármacos que não tenham registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA).

2.2 Transmissão e resposta imune da Leishmaniose canina

Os gêneros de maior relevância no Brasil relacionados a Leishmaniose visceral são


Leishmania donovani, Leishmania infantum, e Leishmania chagasi, sendo esta, a forma
mais agressiva da doença, podendo ser fatal.
Em relação a Leishmaniose tegumentar, as apresentações clínicas são subdivididas
de acordo com a espécie relacionada, sendo a Leishmania braziliensis apresentada na
forma cutânea e mucocutânea, a Leishmania guyanensis, na forma cutânea e a Leishmania
amazonensis na forma cutânea difusa (ARRUDA, sd).
Os parasitos pertencentes ao gênero Leishmania apresentam-se sob duas formas
evolutivas, a promastigota é a forma extracelular, e localiza-se no tubo digestivo das fêmeas
dos flebotomíneos, e a forma intracelular obrigatória, chamada de amastigota é observada
dentro de células do sistema fagocítico mononuclear em tecidos de hospedeiros vertebrados
(ALVES; PAMPLONA, 2006).
A infecção dos flebotomíneos ocorre quando as fêmeas do mosquito ingerem sangue
de animais infectados durante o repasto, ingerindo as formas amastigotas. No seu tubo
digestivo, os parasitas irão se desenvolver para a forma promastigotas e, em seguida para
paramastigotas metacíclicas infectantes. Durante o novo repasto sanguíneo, os protozoários
em sua forma infectante serão regurgitadas e irão infectar novo hospedeiro (ANDRADE
NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015; JUNIOR et al, 2015).
A saliva dos flebotomíneos é fundamental na capacidade infectante das
paramastigotas e na apresentação do antígeno pelo macrófago, pois sua composição
12

contém substâncias farmacologicamente ativas como anticoagulantes, agentes


antiplaquetários, vasodilatadores, moléculas imunorreguladoras e antinflamatórias que
alteram a resposta imune do hospedeiro, favorecendo o estabelecimento da infecção
(ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Dentre os mamíferos da família Canidae, os cães domésticos são as principais
fontes de infecção pelos flebotomíneos em ambiente urbano, porém, mesmo que em menor
número, a leishmaniose em felinos também tem sido registrada, demonstrando o papel
destes animais na epidemiologia da doença. Outras vias de transmissão entre os cães
devem ser levadas em consideração como a transfusional, sexual, contato direto com
secreções infectadas e transplacentária (ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Uma vez o parasito no organismo, as formas paramastigotas metacíclicas são
aderidas e recrutadas por macrófagos. Para se manter no organismo do hospedeiro, elas
precisam sobreviver ao processo de fagocitose, resistindo em pH ácido e meio rico em
proteases. Contudo, após inoculação das formas paramastigotas, ocorre a inibição da
síntese de metabólitos oxidativos tóxicos, modulando a produção de citocinas e apoptose
dos macrófagos, estimulando a produção de células T (ALVES; PAMPLONA, 2006).
A imunidade específica tem extrema importância no desenvolvimento da doença, a
mediação por células T produzem moléculas CD4+ (células T auxiliares) que se divide em:
células TH1, consideradas pró-inflamatórias e secretam interleucinas-2 (IL-2) e 12 (IL-12),
fator de necrose tumoral e interferon (IFN-γ), sendo responsáveis por desencadear a
imunidade celular mediada e citotoxicidade. Já as células TH2 medeiam a imunidade
humoral, sendo considerada anti-inflamatória, secretando principalmente as interleucinas-4,
5, 6, 10 e 13, sendo também antagonistas TH1 (CIARAMELLA; CORONA, 2003; FERRER,
2002).
As células “natural killers” (NK) atuam na resistência da infecção pelo hospedeiro,
pois, ainda na pele, podem produzir rapidamente IFN-γ e IL–12, induzindo a produção de
óxido nítrico pelos macrófagos, que auxilia no combate a infecção (ANDRADE NETO;
JERICÓ; KOGIKS, 2015).

2.3 Sinais clínicos

Os sinais clínicos observados na Leishmaniose são áreas alopécicas com lesões


que variam de um a três centímetros, ulceradas por vezes crostosas, não pruriginosas e
pouco dolorosas, A classificação dos animais baseia-se no estadiamento clínico fornecidos
pelos valores sorológicos quantitativos, alterações renais e gravidade das lesões (JUNIOR
et al, 2015).
13

As alterações dermatológicas estão relacionadas ao comprometimento de epiderme,


derme, hipoderme e anexos cutâneos. Dentre as lesões cutâneas temos dermatite
esfoliativa sem prurido com ou sem alopecia, generalizada ou localizada, focadas nas
regiões perioculares, pontas de orelhas e membros; dermatite ulcerativa nas extremidades
salientes ósseas, junções mucocutâneas, focinho, região interdigital; dermatite nodular
multifocal, dermatite papular; lesões de cicatrização dificultada, além de lesões atípicas
como hiperqueratose nasal e digital, despigmentação e pelos opacos (FEITOSA et al., 2000;
CAMINHA & SOTOBLANCO, 2008).
A onicogrifose é patognomônica na leishmaniose devido ao estímulo da matriz
ungueal pelo protozoário, porém não podemos descartar a redução dos movimentos
decorrente da apatia, o que impede o desgaste natural das unhas (ANDRADE NETO;
JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Algumas alterações clínicas relacionadas à lesão hepática como vômito, anorexia,
perda de peso e icterícia podem ocorrer. Podemos observar também uma esplenomegalia
decorrente de hiperplasia das polpas branca e vermelha, bem como alterações renais
decorrentes do acúmulo de imunocomplexos na membrana basal glomerular levando a
falência renal (ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).

2.4 Diagnóstico

A detecção dessa doença é desafiadora, devido ao grande número de animais


assintomáticos e muitas variedades de manifestações clínicas. Assim, o diagnóstico inicia-
se no aspecto epidemiológico, com levantamentos de dados na região e presença do vetor.
O diagnóstico sintomático é realizado com a observação de sinais sugestivos da
enfermidade, como hepatomegalia e/ou esplenomegalia, linfadenomegalia, onicogrifose e a
confirmação se dá através de testes específicos para detecção dos antígenos (JUNIOR et
al, 2015).
Os exames parasitológicos fornecem diagnóstico definitivo através da observação
das amastigotas em microscópio, utilizamos como material aspirados de linfonodo, medula
óssea, esplênico, hepático e esfregaços sanguíneos. A imuno-histoquímica, usa
imunoglobulinas conjugadas a enzimas para identificar amastigotas em cortes histológicos
parafinados ou congelados de biópsias de pele, fígado e baço, sendo esta técnica de alta
sensibilidade e especificidade (ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Os testes sorológicos são realizados devido à grande quantidade de anticorpos
(principalmente IgG) no animal infectado, sendo efetivo alguns meses após o contato com o
protozoário, porém não são 100% sensíveis e específicos. A especificidade pode ser
14

prejudicada por reações cruzadas com outras doenças (ANDRADE NETO; JERICÓ;
KOGIKS, 2015).
O RIFI (imunofluorescência indireta) tem fácil execução e baixo custo, porém, sua
especificidade é prejudicada devido a reações cruzadas com Trypanosoma cruzi, Ehrlichia
canis, Babesia canis, Toxoplasma gondii e Neospora caninum (BADARÓ et al., 1986).
O teste ELISA (ensaios imunoenzimáticos) possui alta sensibilidade e especificidade
depende do tipo de antígeno utilizado, onde antígenos totais são pouco específicos, devido
reações cruzadas, já os recombinantes ou purificados, como as glicoproteínas de
membrana, específicas da Leishmania, fornecem maior sensibilidade e especificidade
(ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
O PCR (reação em cadeia de polimerase) possui alta especificidade, porém
sensibilidade dependente, porém, o teste quantitativo é utilizado para avaliar o estado clínico
e a resposta ao tratamento (LACHAUD et al, 2002).
Vale ressaltar que todas as técnicas relatadas acima variam quanto a sensibilidade,
especificidade, praticidade e viabilidade.

2.5 Tratamento

A leishmaniose em cães é relatada como mais resistente que nos seres humanos,
sendo raramente os organismos completamente eliminados, sendo necessária adoção de
medidas de segurança contra vetores direcionadas para o cão e ambiente (ANDRADE
NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, os fármacos utilizados no tratamento da
leishmaniose em humanos, não podem ser utilizados em animais devido aos riscos de
resistência parasitária (OMS, 2010).
Alguns fármacos de segunda linha podem ser utilizados, como miltefosina,
antimoniais e alopurinol (Miró et al., 2008; Oliva et al., 2010).
Dentre os protocolos de tratamento para Leishmaniose em cães, há relatos de
diversas associações com resultado satisfatório como o Antimoniato de n-metilglucamina
(Glucantime ®), Miltefosine (Milteforan®), Anfotericina B (Fungison®) ou Marbofloxacina,
utilizados de forma isolada ou associados ao alopurinol (Tabela 1) (MIRÓ et al., 2017).
15

Tabela 1 - Fármacos utilizados no tratamento da Leishmaniose, mecanismo de ação, duração de


tratamento e efeitos colaterais (Adaptado de Andrade Neto; Jericó; Kogiks, 2015 e Miró et al., 2017).
Fármaco/dose Mecanismo de ação Duração do Efeitos colaterais
tratamento
Miltefosina Destruição das vias de 4 semanas Vômito
2mg/kg, a cada 24 sinalização e síntese de Anorexia
horas, por via oral membrana celular Diarreia
Antimoniato de Bloqueia o metabolismo 4 a 6 semanas Nefrotóxico
meglumina do protozoário por Dor no local da
50 mg/kg, a cada inibição da enzima aplicação
12 horas, fosfofrutoquinase
subcutâneo
Marbofloxacina Inibe a enzima 4 semanas Pouco efeitos
2mg/kg, a cada 24 gastrointestinais
horas, por via oral bacteriana DNA girase
(ou topoisomerase II)
Anfotericina B Rompe a membrana 8 semanas Nefrotóxico, anafilaxia,
6 mg/kg, celular e provocando a trombocitopenia, dores
intravenosa, morte do protozoário. generalizadas,
diluídas em 100 mℓ
de dextrose a 5%, calafrios, febre, flebite,
2 vezes/semana anemia, convulsões,
anorexia.
Alopurinol Interferência nas vias 6 meses a 2 anos Urolitíase
10 mg/kg, a cada das moléculas de DNA Deposição renal de
12 horas, por via (purinas) minerais
oral
xantinúria

O alopurinol é um leishmaniostático análogo das purinas que atua na alteração da


síntese proteica inibindo a multiplicação do parasita, consequentemente levando-o à morte
(GREENE, 2006; ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015). Para melhores resultados,
recomenda-se a associação deste fármaco com um leishmanicida (DANTAS-TORRES et al.,
2011; MIRÓ et al., 2011).
Quando associado a outras medicações e usado de forma contínua apresenta bons
resultados na recuperação clínica e previnem chances de recidivas, porém devemos nos
atentar a possíveis efeitos adversos como hiperxantinúria (acúmulo de xantina) ocasionando
formação de urólitos e/ou prurido (GREENE, 2006; DANTAS-TORRES et al., 2011).
A miltefosina tem ação antimetabólica levando a alterações da biossíntese de
glicolipídios e glicoproteínas da membrana do parasito. Sua eficácia é comparável à dos
antimoniais, tendo melhor desempenho quando associada ao alopurinol, sendo o fármaco
de primeira escolha no tratamento da doença (ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
O Antimoniato de meglumina pode ser considerado um composto antiprotozoário
pertencente ao grupo dos antimoniais pentavalentes, cujo modo de ação parece estar
relacionado com a inibição de algumas enzimas glicolíticas do parasita. Devido ao seu
16

potencial nefrotóxico é necessário que seja feito o monitoramento uréia, creatinina, além do
acompanhamento cardíaco e hepático do animal (DGAV; 2017)
De acordo com OLIVEIRA e ANTONIO (2008) este fármaco deve ser administrado
pela via subcutânea ou intramuscular. Ocasionado a remissão dos sinais clínicos e deixando
o animal como um reservatório da doença (DGAV; 2017).
Marbofloxacina classificada como fluorquinolona sintética de terceira geração, que
tem ação leishmanicida em macrófagos, e indiretamente agindo nos fatores de necrose
tumoral alfa (TNF-α) e do óxido nítrico (NO) (ROUGIER; 2008)
Sem causar danos às enzimas topoisomerases de mamíferos, devido a diferença
estrutural relacionada às bactérias, podemos citar também propriedades imunomoduladoras,
agindo na resposta às citocinas. Quando usado no tratamento é possível a redução da
carga parasitária e dos sinais clínicos devido a capacidade imunomoduladora. Tem grande
margem de segurança para pacientes com acometimento renal sem levar alterações nos
valores de ureia e creatinina. (ROUGIER; 2008; KROLOW et al, 2022)
Anfotericina B é uma medicação de uso exclusivo por via endovenosa, sendo
utilizado tratamento de micoses profundas. Tem ação leishmanicida, devido sua afinidade
pelos esteróis de esqueleto ergostano encontrados na membrana plasmática do parasito,
causando o rompimento da mesma ocasionando a lise do protozoário. Contudo este
fármaco também pode se ligar ao colesterol, e por consequência causar efeitos colaterais
como: anafilaxia, trombocitopenia, dores generalizadas, calafrios, febre, flebite, anemia,
convulsões, anorexia (FAIÕES; 2013), devido ao seu potencial nefrotóxico deve-se realizar
o acompanhamento do animal com exames laboratoriais (OLIVEIRA, ANTONIO;2008).
Alguns autores relatam a ação dos componentes do grupo azóis como: imidazóis
(cetoconazol. miconazol), triazóis (fluconazol e itraconazol) e tetrazóis ( losartan e valsartan)
no tratamento da Leishmaniose. Estes grupos de fármacos atuam na inibição da síntese de
ergosterol, que é componente da membrana celular de fungos e alguns protozoários. A
ausência deste componente, reduz consideravelmente a capacidade vital desses parasitas
(VENKATESWARLU; KELLY, 1996; SOUZA; RODRIGUES, 2009)
Outros estudos revelam que o levamisol, inicialmente usado apenas como anti-
helmíntico, foi classificado como imunomodulador e/ ou imunoestimulador atuante na
imunidade celular e proliferação de linfócitos T, aumentando a quimiotaxia e atividade
fagocítica juntamente com a exacerbação das reações de hipersensibilidade tardia,
estimulando também, a produção de anticorpos e neutrófilos. A dose imunomoduladora é de
0,5 a 3 mg/kg e apresenta melhores efeitos em animais com redução da função das células
T, chegando a ser de nulo a pouco em animais com sistema imune normal (ANDRADE
NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015; FREIRE; MORAES, 2019).
17

A Domperidona, é um fármaco de maiores efeitos gastrocinéticos e antieméticos


auxiliando no controle de enjoo, náuseas e vômitos (OCHOA; 2004)
No estudo realizado por OCHOA (2004) temos citado também como função o
aumento dos níveis de prolactina, anos depois RIBEIRO et al. (2013) esclarece que a
elevação dos níveis de prolactina, gera um aumento de células Th1 CD4+ e liberação de
interleucina-2 e 12, interferona δ e TNF-α, levando a ativação das células natural killer (NK)
e macrófagos
Seu uso mostrou efetivo controle, reduzindo os sintomas e os títulos de anticorpos,
tivemos significativo aumento na imunidade celular. A dose preconizada é de 1 mg/kg a
cada 12 horas em um período de 30 dias (ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015).
Há ainda a preocupação com as alterações renais pela deposição de
imunocomplexos, sendo a prednisona utilizada em doses imunossupressora para controle
de lesões como glomerulonefrite, uveíte, poliartrite vasculite e trombocitopenia
imunomediada (CORTESE et al., 2007; BRITES, 2007). Como efeitos colaterais do uso de
medicações pertencentes a essa classe podemos citar infecções secundárias, induzir a
piodermite ou demodicose, doenças gastrointestinais e pneumonia (Greene, 2006).

2.5 Prognóstico
De acordo com o disponível no manual Solano-Gallego (2017) o prognóstico da doença é
variável, depende exclusivamente do estadiamento da doença em que o animal se encontra.
Animais considerados com doença leve (estágio I) acabam tendo um prognóstico bom,
animais em estágio II (doença moderada) prognóstico variando de bom a reservado. Já nos
casos de animais graves e muito graves (estágio III e IV) o prognóstico vai de reservado-
greve para grave respectivamente.
18

3. DESENVOLVIMENTO

Foram atendidos 3 caninos, com raças distintas e diferentes idades provenientes do


Município de Volta Redonda/RJ com queixas dermatológicas iniciais.
Foram submetidos a testes sorológicos e, como critério para tratamento, foram
incluídos os animais que apresentaram pelo menos um dos testes RIFI com diluição total
ou Elisa com resultados positivos para a Leishmaniose visceral canina.
Na tabela 2, são descritas a identificação dos animais, queixa principal e anamnese,
titulação dos testes de ELISA e RIFI.
Tabela 2 - Identificação dos animais, queixa / anamnese, resultado dos exames iniciais.
Identificação Queixa principal/anamnese ELISA RIFI
do animal Amostra Amostra
(titulação/resultado) (titulação/resultado)
A1 A queixa inicial era a presença de lesões Amostra: Soro 1/160
em bordas do pavilhão auricular ulceradas. sanguíneo Positivo (alta carga
Canino, macho, 12 anos,
anos, Ao exame físico, observou-se áreas de Valor do OD 2,309 parasitária)
CASTRADO alopecia com prurido leve na região Positivo
perilesional e na região da cabeça.
Devido a localização e tipos das lesões, foi
sugerido que o animal fosse testado para
Leishmania.
A2 O animal foi para avaliação por estar com Amostra: Soro 1/80
áreas
canino, fêmea, 3 anos, raçade alopecia
Lhasa Apso localizadas na região sanguíneo Positivo (baixa
dorsal, com prurido leve. Valor do OD 1,649 carga parasitária)
CASTRADA Por seu contactante A1 ter sido testado, Positivo
ela também foi.
A3 Alopecia na região lombar, sacral e caudal, Amostra: Soro 1/80
Canino, macho,
sem odor fétido e aspecto seborreico. sanguíneo Positivo (baixa
idade Leve prurido em região caudal. Valor do OD 1,353 carga parasitária)
declarada, Diagnóstico e tratamento para Malassezia. Positivo
sem raça Na anamnese, relatou que o animal é
definida, não contactante de canino em
castrado acompanhamento terapêutico para
Leishmania.

* OD - densidade óptica
Recomendou-se o uso de Miltefosina, na dose 2,0 mg/kg, durante 28 dias, porém
todos os tutores informaram não ter condições financeiras para aquisição do fármaco.
Outros fármacos foram associados à terapêutica de acordo com as lesões encontradas
(Tabela 3).
19

Tabela 3: Protocolo terapêutico instituído nos animais atendidos, positivos para Leishmaniose
Visceral.
Levamisol Alopurinol Cetoconazol Prednisona

A1 0,5-2,0mg/kg 10 - 20 mg/kg 10 - 30 mg/kg 1,0 – 2,0 mg/kg


SID/3 dias consecutivos, de BID SID SID
uso contínuo

A2 X X X X

A3* X X

* a dose usada para cada animal está compreendida entre o intervalo máximo e mínimo citados.
* quando confirmado positivo, iniciou o tratamento completo

Após o tratamento individual, realizou-se nova coleta de material para sorologia de


todos os animais. A tabela 4 demonstra os resultados dos testes e evolução clínica dos
animais.

Tabela 4: Apresentação clínica e sorológica dos animais após o tratamento.

Apresentação clínica ELISA (titulação/resultado) RIFI (titulação/resultado)

A1 Remissão das áreas de Valor do OD 0,600 1/40


alopecia e crostas em Indeterminado Reagente
pavilhão auricular

A2 Remissão das áreas de Valor do OD 0,060 Não reagente


alopecia Não reagente

A3 Remissão total dos focos Valor do OD 0,779 Não reagente


de alopecia em região Não reagente
lombar, sacral e caudal.
Juntamente com o odor
de seborréia

Com o uso das medicações todos os animais apresentaram melhoras significativas,


o prurido foi o primeiro a ser interrompido, sem a coceira os focos de alopecia começaram a
desaparecer de maneira gradual e lenta.
O A3 que em associação a doença também apresentou acometimento fúngico teve
uma melhora um pouco mais lenta, porém dentro de 1 ano, ele já estava sem nenhuma
20

lesão alopécia mais, o odor e a seborreia cessaram alguns meses após o início do
tratamento.
Nenhum dos animais apresentaram recidivas das lesões de pele ou de infecções
secundárias. Atualmente todos fazem acompanhamento mensal para manutenção e ajustes
de dose das medicações para que a Leishmaniose continue controlada sem apresentar seus
sinais.

O Animal 1 que tinha titularidade baixa em ambos os exames iniciais já se mostrava


apenas portador do parasito, devido ter ambos os resultados não reagentes, seu
contactante Animal 2, que no teste RIFI teve um resultado mais alto, reduziu bastante e o
teste ELISA já se apresentou como um animal indeterminado, ou seja, dentro da margem de
segurança entre positivo e negativo.
21

4. DISCUSSÕES

Devido aos hábitos do vetor dessa doença (viver em locais arbóreos, voos no
período crepuscular) onde a fêmea do mosquito transmite a doença para os cães
(ANDRADE NETO; JERICÓ; KOGIKS, 2015), o que corrobora com as condições
morfoclimáticas e vegetação do Município de Volta Redonda – RJ. De acordo com o estudo
feito por AZEVEDO (2008) animais com idades entre maiores de 5 anos teriam maiores
resultado positivos do que entre outras idades, já Papa (2010) relaciona animais na faixa
etária de 1-3 anos tendo maior susceptibilidade. Contudo ambos afirmaram que as variantes
nos testes utilizados, não foram específicas para que se possa afirmar relação entre a idade
dos pacientes, necessitando assim de maiores estudos para conclusões mais assertivas.
Os sinais clínicos encontrados, são também parte da grande casuística de animais
atendidos na região, sendo áreas de alopecias em dorso e membros, onicogrifose, feridas
ulceradas ou não, com retardo na cicatrização, conforme citado por Andrade Neto; Jericó;
Kogiks (2015).
Durante o tratamento utilizamos o alopurinol citado por Greene (2006) por ser mais
barato, de poucos efeitos colaterais respeitando a dose citada por ele, em todos os animais
não tivemos nenhum efeito adverso, sendo que os animais citados foram acompanhados
com exames auxiliares.
Rodrigues (2005) realizou um experimento inoculando L. amazonensis no coxim
plantar de camundongos, entre os tratamentos usados foi destacado um grupo utilizando
levamisol como medicação isolada. Esse fármaco induziu uma cicatrização mais evidente no
período de 24-48 horas após o uso da medicação em cada semana. Além de que gerou um
aumento nos níveis séricos de IgG.
Brites (2007) relata que a prednisona pode ser usada uma vez ao dia durante 7 dias.
Porém desse modo não foi visto nenhum tipo de resultado. Quando mantida a dose
imunossupressora durante 15 dias, pausa de 15 dias o prurido sumiu e as feridas cicatrizam
mais rapidamente.
Este fármaco em todas as literaturas consultados foi apontado apenas como
medicação de suporte, sendo então necessário testes específicos para relatar a real função
e importância no tratamento da doença.
In vitro o cetoconazol na dose de 600 mg via oral, durante 28 - 30 dias, apresenta
efeitos próximos a cura em infecções causadas por L. mexicana. Com relação a L.
22

mexicana, L. panamensis, mas não para L. braziliensis, temos resultados promissores em


resposta ao fármaco. (MONGE-MAILLO; LÓPEZVÉLEZ, 2013).
Conforme o visto por Pereira (2018) em seu estudo avaliando os níveis de ergosterol
na doença, o cetoconazol realizou inibição total do ergosterol e aumento do colesterol nas
formas promastigotas, levando a redução do parasita circulante.

Contudo podemos dizer que mesmo sendo uma doença zoonótica, de difícil controle
devido a abundância do vetor, temos opções de tratamento. Mesmo que os animais
tivessem titulações diferentes, optou-se pelo uso do mesmo intervalo de doses, contudo
valores mais próximos ao máximo foram escolhidos para titulações mais elevadas.
Mesmo com um número baixo de casos relatados podemos dizer que a associação
de medicações no protocolo utilizado pela Clínica em questão, forneceu resultados
satisfatórios.
Onde o A1 mesmo que considerado um animal de alta carga parasitária e lesões
iniciais mais clássicas e de maior extensão, depois de apenas 6 meses do uso das
medicações já teve resultados muito satisfatórios, com remissão das lesões de pele, e baixa
da titulação da doença, passando para um animal indeterminado no ELISA e um reagente
de baixa carga parasitária no RIFI.
Já seu contactante A2 depois do mesmo tempo de tratamento passou a ser
considerado apenas um animal portador da doença, com resultados não reagentes tanto em
ELISA quanto em RIFI, e sem sinais clínicos de pele mais. O mesmo aconteceu com o A3,
onde a Malasseziose inicial regrediu juntamente com as lesões cutâneas, o classificando
com um animal não reagente perante aos exames.
23

5. CONCLUSÃO

O tratamento de baixo custo apresentou eficácia em animais com baixa titularidade,


sendo necessário mais estudos sobre associações de fármacos no tratamento da
Leishmaniose Visceral em estágio avançado.
24

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