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GIOVANA MARIANI SANTOS

ERLIQUIOSE CANINA

CAMPO GRANDE –MS


2021
GIOVANA MARIANI SANTOS

ERLIQUIOSE CANINA

Projeto apresentado ao Curso de Medicina


Veterinária da Instituição Universidade
Anhanguera UNIDERP Agrárias.

Orientador: CRISTIANE ABADE

CAMPO GRANDE
2021
GIOVANA MARIANI SANTOS

ERLIQUIOSE CANINA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à (nome da instituição), como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
(nome do curso).

BANCA EXAMINADORA

Prof. (a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a)

Campo Grande, de de 2021


Dedico este trabalho a minha família e a
todos que diretamente e indiretamente
contribuíram para minha formação.
Agradeço a Deus por essas pessoas
existirem na minha vida e colaboraram
com o meu sucesso e futuro.
Somente pela a educação que pode mudar as
pessoas em especial o futuro e modificar o mundo
positivamente pelo o conhecimento, as pessoas
mudam o universo.
(Paulo Freire)
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela minha existência e me ajudar a romper todas as


barreiras no meu caminho e ao decorrer do curso. Aos meus pais e amigos e
irmãos que me incentivaram nos momentos de tristeza e colaboraram para os meus
sonhos
se concretizarem.
Agradeço por entenderem muitas vezes a minha ausência enquanto me
empenhava para a realização e conclusão desse trabalho tão importante para a
minha formação. Aos meus professores pelas orientações para que pudesse
aprimorar ainda mais meu trabalho, tudo essa atenção contribuiu para o bom
desempenho nas etapas que consiste na minha formação profissional.
SANTOS, Giovana. Erliquiose Canina: subtítulo (se houver). 2021 de Realização.
36 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) –
Anhanguera Uniderp, Campo Grande, 2021.
RESUMO

A Erliquiose é uma doença canina que causa morbidade e pode levar a morte de
cães. Alguns animais podem não demonstrar sinais logo no início que vai evoluindo.
Nos seres humanos essa contaminação pode causar doenças pela transfusão
sanguínea ou mesmo por contágio, quando entra em contato direto com ambientes
infestados de carrapatos. A espécie Ehrlichia canis, pode ser encontrado nas
regiões tropicais e temperadas como tratamento podem ser usados várias
alternativas fármacos nos cuidados. A melhor forma de evitar a contaminação, ainda
é por meio da prevenção que acontece pela eliminação e mantendo o controle dos
carrapatos. O referencial teórico tem por objetivo falar sobre a Erliquiose canina, e
com isso, conscientizar reservando a vida dos animais pela a identificação a partir
do diagnostico que pode desencadear reações brandas até mesmo severa que
altera drasticamente metabolismo do animal, dependendo da fase da doença. No
Brasil tem sido motivo de preocupação o principalmente em algumas regiões, por
esse motivo a necessidade discutir priorizando a doença. Para a realização do
trabalho foi utilizado como material de pesquisa, livros, revistas e cartilhas, além do
auxílio de artigos que trata sobre o tema encontrados no google acadêmicos, dentre
outros, sites de pesquisa disponíveis para esse tipo de atividade e para dar maior
embasamento foram citados no decorrer do texto alguns autores envolvidos com a
temática.

Palavras-chave: Erliquiose Canina. Carrapatos. Doença. Contágio.


SANTOS, Giovana. Erliquiose canina: subtítulo (se houver). 2021 de Realização.
34 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária ) –
Anhanguera Uniderp, Campo Grande, 2021.

ABSTRACT

Ehrlichiosis is a canine disease that causes morbidity and can lead to death in dogs.
Some animals may not show signs early on that they are evolving. In humans, this
contamination can cause diseases by blood transfusion or even by contagion, when
it comes into direct contact with tick-infested environments. The species Ehrlichia
canis, can be found in tropical and temperate regions as a treatment can be used
several alternative drugs in care. The best way to avoid contamination is still through
prevention, which happens by eliminating and keeping ticks under control. The
theoretical framework aims to talk about canine ehrlichiosis, and with this, raise
awareness, preserving the lives of animals by identifying from the diagnosis that can
trigger mild reactions even severe that drastically alters the animal's metabolism,
depending on the stage of the disease. In Brazil it has been a matter of concern,
especially in some regions, for this reason the need to discuss prioritizing the
disease. To carry out the work, books, magazines and booklets were used as
research material, in addition to the help of articles dealing with the topic found in
academic google, among others, research sites available for this type of activity and
to provide greater foundation some authors involved with the topic were mentioned
throughout the text.

Keywords: Canine Ehrlichiosis. Ticks. Illness. Contagion.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Ciclo biológico...........................................................................................18


Figura 2 – Rins e meninges ......................................................................................19
Figura 3 – Pulmão de cão com Erliquiose ................................................................20
Figura 4 – Petequeais na pele do abdome.................................................................22
Figura 5 – Uveíte anterior...........................................................................................22
Figura 6 – Medicamento Frontiline Spray ..................................................................28
Figura 7 – Medicamento Advantage..........................................................................28
Figura 8– Medicamento Bravecto...............................................................................28
Figura 9– Medicamento Frontiline Plus .....................................................................28
Figura 9– Medicamento Simparic........ ......................................................................28
Figura 9– Medicamento Bravecto......... .....................................................................30
Figura 9– Medicamento Nexgard......... .....................................................................30
Figura 9– Medicamento Seresto......... ......................................................................30
Figura 9– Medicamento Leevre........... ......................................................................31
Figura 9– Medicamento Ecthol............ .....................................................................31
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tabela sobre os diferentes tipos de medicamentos tópicos...................28


Tabela 2 – Tabela sobre os medicamentos oral para a prevenção..........................30
Tabela 3 – Tabela sobre os diferentes tipos de coleiras antiparasitárias.................31
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR Norma Brasileira
13

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO....................................................................................................... 14
2.AGENTE ETIOLÓGICO DA ERQUILIOSE............................................................16
2.1 CICLO BIOLÓGICO......................................................................................17
2.2PATOGENIA..................................................................................................18
2.3 NECROPSIA E HISTOLOGIA.......................................................................21
2.4 SINAIS CLÍNICOS.........................................................................................21
3.DIAGNÓSTICO.......................................................................................................24
3.1 TRATAMENTO ...................................................................................................25
4.PREVENÇÃO .......................................................................................................27
4.1 METÓDOS DE PREVENÇÃO DISPONIVEIS NO MERCADO...........................28
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................34
14

1. INTRODUÇÃO

A Erliquiose Canina causada por parasitas, transmitidos por carrapatos e são


comumente chamados de "doença do carrapato" e, na maioria dos casos, não
apresentam sintomas específicos. Além disso, essas doenças podem existir nas
formas aguda, hiperaguda, crônica ou subclínica, por apresentar sintomas
inespecíficos, é difícil diagnosticar no início, portanto, o diagnóstico deve ser
baseado na suspeita clínica e na existência de carrapatos, e deve ser confirmado
por exames laboratoriais e o quanto mais rápido ser o diagnóstico maiores são as
chances de o animal sobreviver.
Essa doença que vem aumentando significantemente os casos nos
últimos tempos em todo território brasileiro, com isso as doenças parasitárias do
sangue são muito mais comuns em clínicas de pequenos animais, e podem causar
doenças graves e até mesmo colocar em risco a vida desses animais. Que são
causados por protozoários ou bactérias e são transmitidos aos animais por
ectoparasitas, como pulgas e carrapatos, causando anemia, leucopenia ou
trombocitopenia.
A Erliquiose canina é uma enfermidade de grande importância na medicina
veterinária, pois tem ocorrência mundial e muitas vezes se manifesta de forma
subclínica, dificultando a sua identificação. O tratamento é feito à base de
medicamentos, sobretudo os antibióticos em especial a Doxicilina e vitaminas. Por
vezes é necessária a complementação do tratamento com soro ou transfusão de
sangue, dependendo do estado do animal. Definiu-se como questão de pesquisa
para este estudo: Como a Erliquiose Canina pode comprometer a saúde do seu
cão?
Nesse caso, diante da gravidade que esta doença tem e o que ela pode
causar ao animal, este trabalho tem como objetivo geral de ampliar o conhecimento
e a disseminação de informações sobre a Erliquiose canina tendo como objetivos
específicos foram: estudar o agente etiológico, o ciclo biológico do parasita, a
patogenia, os achados de necropsia e histologia bem como os sinais clínicos,
abordar o diagnóstico e tratamento, bem como discorrer sobre a prevenção da
doença.
Este trabalho se trata de uma revisão de literatura com base em pesquisas
em artigos científicos, contando com as plataformas digitais como o Google
15

acadêmico, Scielo, Pubvet e livros do acervo da biblioteca. A pesquisa foi realizada


entre agoso a novembro de 2021.
16

2. AGENTE ETIOLÓGICO DA ERQUILIOSE

As altas temperaturas do verão geralmente estão associadas ao aumento da


umidade devido à grande quantidade de chuvas durante este período, portanto, a
necessidade de cuidados de saúde e bem-estar animal aumentam à medida que as
mudanças climáticas promovem a reprodução e eclosão de ovos de ectoparasitas
(pulgas e carrapatos) e aumenta a exposição de animais de companhia a parasitas
como vermes por meio do contato com outros animais durante caminhadas e
passeios. A Erliquiose é uma das principais doenças infecciosas e contagiosas que
surgem no verão, e a principal espécie que ataca os cães é a Erlichia canis, bactéria
transmitida por picadas de carrapatos que ataca as células sanguíneas dos animais.
Os cães infectados podem apresentar sintomas clínicos de intensidade variável ou
não apresentar sintomas, dependendo do estágio da doença em que se encontram.
Além disso, a gravidade da doença depende de fatores como a raça do animal,
idade, tipo de alimento e doenças associadas (AGUIAR, 2006; BORIN et al., 2009).

A Erliquiose canina é uma doença que causa imunossupressão em cães e


canídeos silvestres. É causada pelo hemoparasita do gênero Ehrlichias spp, que faz
parte de um grupo de bactérias conhecidas como ricketsias, da ordem Rickettsiales,
da família Anaplasmataceae. Análises genéticas recentes que começaram em
2001eram reclassificações múltiplas e renomeação taxonômica de bactérias
classificadas nos gêneros Ehrlichia, Rickettsia, Anaplasma, Cowdria, Wolbachia e
Neorickettsia, levando a uma nova classificação e redesignação de gênero de várias
dessas bactérias. Atualmente, o gênero Ehrlichia inclui cinco espécies importantes:
Ehrlichia canis, E. chaffeensis, E. ewingii, E. muris e E. ruminantium. Além disso,
uma possível sexta espécie de Ehrlichia, isolada do carrapato Ixodesovatus e
denominada como Ehrlichia OIE (AGUIAR, 2006; BORIN et al., 2009).
Porém, dentre estes, a E. canis é o agente que mais acomete os cães, sendo
aquele que causa o quadro clínico mais grave, tendo maior importância
epidemiológica. Apesar disso, várias espécies de Ehrlichia podem causar infecção
em cães. São parasitas intracelulares obrigatórios que infectam leucócitos ou
trombócitos e causam trombocitopenia no hospedeiro (NAVECA, 2007).
Este parasita sanguíneo infecta monócitos que circulam no citoplasma
formação de agregados intracelulares denominados "mórulas". Essas mórulas
17

contêm um grupo de micro-organismos cercados por uma membrana. As células


infectadas são distribuídas por todo o corpo através da circulação sanguínea e vias
linfáticas (ADRIANZÉN et al., 2003).

2.1. CICLO BIOLÓGICO

A transmissão da doença ocorre mecanicamente, através da saliva do


carrapato, mordendo-o durante uma refeição de sangue, e estes infectam-se ao
alimentar o hospedeiro infectado, pela ingestão de leucócitos de cães infectados na
fase aguda da doença e se espalham pelo corpo do carrapato através dos
hemócitos intestinais, chegando à glândula salivar.
Os carrapatos sobrevivem de 155 a 568 dias sem comida na idade adulta e
podem transmitir a infecção por até 155 dias após a infecção. Outra forma de
transmissão é por meio da transfusão de sangue infectado, que pode causar altos
índices de infecção (LEITE; NAVECA, 2007).
Após entrar no hospedeiro canino, a primeira replicação da Erlichia
ocorre nas células mononucleares e nos linfócitos. O hemoparasita penetra na
parede celular através da fagocitose e, após entrar na célula hospedeira, inibe a
formação de fago lisossomos, desenvolvendo-se nele. Inicialmente, partículas
elementares iniciais variando em tamanho de 0,5 a 1 µm são observadas dentro de
monócitos e neutrófilos, que então se multiplicam por divisão binária para formar
uma inclusão chamada mórula, de 1 a 2 mícron de diâmetro. Mórulas maduras se
dissociam em novas moléculas elementares que deixam as células como resultado
de sua exocitose ou lise, parasitando em novas células (NAVECA, 2007).
18

Figura 1: Ciclo Biológico

Fonte: https://diagnosticolab.com.br/blog/?p=28

2.2 PATOGENIA

A Erliquiose canina pode causar imunossupressão em cães e canídeos


silvestres. Este microrganismo pode infectar monócitos circulantes no citoplasma
que formam a membrana plasmática. As células infectadas são distribuídas por todo
o corpo através da circulação sanguínea pelas vias linfáticas (ADRIANZÉN et al,
2003).
Depois que o parasita é transferido para o cão pelo carrapato, a Erliquiose faz
um período de incubação de 8 a 20 dias, no entanto, esse período varia dependendo
da dose de microrganismos infectantes, ou seja, quanto maior a dose de parasitas,
menor o período de incubação. No entanto, a dose infectante não afetou as
alterações patológicas e clínicas (OLICHESKI,2003).
A Ehrlichia pode ser classificada em duas classes, dependendo do tipo de
células que infecta, e pode ser classificada como monocitrópicas ou trombocíticas.
As infecções monocitrópicas infectam principalmente monócitos circulantes e
fagócitos mononucleares nos gânglios linfáticos, baço, fígado e medula óssea,
19

causando hiperplasia linfo reticular disseminada, organomegalia e anomalias


hematológicas. Estes são Ehrlichiachaffeensis, E. canis e E. ruminantum. Muitos
deles são classificados como trombócitos e parasitam em trombócitos, causando
essencialmente trombocitopenia cíclica não clínica (2003; SHERDING, 2008).
Segundo Olicheski (2003), a replicação na fase aguda da doença o parasita é
encontrado em células mononucleares e linfócitos, sendo o primeiro local de
replicação. Em seguida, ele se espalha para as células do sistema endotelial
reticulado do fígado, baço e nódulos linfáticos, causando hiperplasia linfática. A
interação entre as células infectadas e o endotélio vascular causa vasculite nos
pulmões (figura2), rins e meninges, e pode afetar outros órgãos (figura3).

Figura 2: Pulmão de cão com Erliquiose. Nota-se múltiplas hemorragias


coalescentes na superfície pleural; o lobo médio direito também está edematoso.

Fonte: http://www.cfsph.iastate.edu/DiseaseInfo/disease-images.php?
name=ehrlichiosis&lang=en
20

Figura 3: Intestino delgado de cão com Erliquiose. Existem múltiplas petequeais da


mucosa que se aglutinam para formar focos maiores de hemorragia.

Fonte:http://www.cfsph.iastate.edu/DiseaseInfo/disease-images.php?
name=ehrlichiosis&lang=en

Após o processo de vasculite, ocorre a destruição periférica das células-alvo


ou seu sequestro, agravando a trombocitopenia e a leucopenia. A trombocitopenia é
a redução da meia-vida das plaquetas devido à destruição das plaquetas, que é
causada pela inflamação que estimula o sistema imunológico e de coagulação
(OLICHESKI, 2003).
Na fase aguda, também ocorre um aumento no tempo de coagulação devido
a inibição da agregação plaquetária. Esta inibição provavelmente se deve à
presença de anticorpos antiplaquetários no soro de cães infectados com E. canis. O
animal pode se recuperar totalmente, entrar na fase subclínica ou morrer, que é uma
condição menos comum. Em geral, o animal morre devido à associação da
Erliquiose com outras morbidades (OLICHESKI, 2003).
Uma vez infectado com a Erquiliose, o animal não desenvolverá imunidade
protetora, portanto, mesmo que o animal tratado seja novamente exposto ao vetor
contaminado, ainda poderá ser infectado, esta reinfecção pode ser igual à anterior,
da mesma forma ou pode ser mais brando ou mais grave (LEGATZKI; JORGE,
2002).
21

2.3 Necropsia e Histologia.

As mortes determinadas pela Erliquiose têm geralmente como causas as


hemorragias internas, inclusive no sistema nervoso central, as infecções
segundarias, a falência única ou múltiplas dos órgãos como fígado, coração,
rins, baço, e as reações autoimune (PEREIRA, 2005)
Os achados patológicos são diferentes conforme as fases da doença em
que o animal se encontra. Os estudos das necropsias mostram que nos
estágios agudos as lesões são geralmente inespecíficas, mas são comuns a
esplenomegalia, hepatomegalia e pulmões descoloridos (TILLEY & SMITH ,
2003).
Nas superfícies serosas e mucosas da maioria dos órgãos, podem ser
encontradas hemorragias petequeais e equimoses, mas raramente se observa-
se icterícia, descrevem, que ulceras no trato gastrointestinal, hidrotórax, ascite
e edema pulmonar pode ser encontrados (ALMOSNY & MASSARD ,2005)
Microscopicamente as lesões consiste em acúmulos perivasculares
disseminados de células linfo reticulares e plásmocitos, particularmente nas
meninges, rins, fígado e tecidos linfopoéticos (PEREIRA, 2005)

2.4 SINAIS CLÍNICOS

A Erliquiose canina ocorre na forma cutânea, sepse e nervosa, dependendo


dos sintomas apresentados, porém esses sintomas são inespecíficos e podem ser
confundidos com outras doenças. Os principais sintomas clínicos são: depressão,
anorexia, prostração, perda de peso, febre (39,5 - 41,5 ° C), presença de carrapatos,
secreção nasal e ocular, equimoses e petequeais (Fig.03), sangramento nasal,
hematúria, edema dos membros, vômito, tosse, dispneia, insuficiência hepática e
renal, linfadenopatia, palidez da mucosa, uveíte (Fig. 04), congestão, hemorragia
sub-retiniana, luxação retiniana e cegueira. Em alguns casos, glomerulonefrite pode
ser observada devido à deposição de imunocomplexos. No entanto, a fase aguda
22

pode não ser visível, passando despercebida pelo proprietário, e os sinais clínicos
desaparecem sem tratamento dentro de uma a quatro semanas, mas o hospedeiro
permanece com a infecção subclínica (MENDONÇA et al., 2005)

Figura 4: Petequeais na pele do abdome devidas à trombocitopenia em


uma cadela infectada por Ehrlichia canis.

Fonte: https://newsnutrivet.wixsite.com/blog/single-post/2017/10/18/Erliquiose-canina

Figura 5: Uveíte anterior

Fonte: https://publicacoes.unifran.br/com

Na fase aguda, alguns resultados de exames laboratoriais incluem:


proliferação de megacariócitos e da série mielóide na medula óssea, aumento dos
níveis plasmáticos de alanina aminotransferase (ALT), fosfatasse alcalina (FA),
proteínas c-reativas (CRP) e alfa- 1 Aumento dos níveis de proteína - glicoproteína
ácida (AAG). Devido à hemólise, a bilirrubina total também aumenta causando
23

icterícia leve. Devido ao aumento da gama globulina, a hiperproteinemia também é


um achado comum (OLICHESKI, 2003).
A fase subclínica é caracterizada pela presença persistente de parasitas no
hospedeiro após a recuperação aguda ser evidente. Essa fase pode durar meses ou
anos, na maioria dos casos assintomática ou com sintomas clínicos leves. Os
animais podem ficar assintomáticos por 40 a 120 dias. Em alguns casos, podem
ocorrer poliúria, polidipsia, vômito, hematúria e úlceras na boca. Podem ser
verificadas alterações laboratoriais como citopenias e hiperglobulinemia,
trombocitopenia, neutropênia, linfocitose, monocitose e hipoalbuminemia. Nesta
fase, os títulos são positivos para a Ehrlichia. Geralmente, essa fase termina com
epistaxe, sangramento generalizado e insuficiência renal progressiva. Cães
imunocompetentes podem eliminar a infecção e eliminar o parasita nesta fase, mas
cães imunocomprometidos, cães estressados ou imunossuprimidos podem
desenvolver uma fase crônica da doença (SHERDING, 2008).
Na fase crônica, esses animais ficam apáticos e caquéticos, acompanhados
de várias infecções secundárias. Eles também podem ter epistaxe, melena,
hematúria, hematose, infecções oculares, pulmonares, do sistema nervoso,
hepatomegalia, linfadenopatia, esplenomegalia, dor abdominal, arritmias e déficits
de pulso, poliúria e polidipsia, inchaço e dor nas articulações, deambulação rígida e
flacidez (CHAVES et al., 2007).
Normalmente, nesta fase, os sinais podem ser iguais aos da fase subclínica,
mas mais graves. A glomerulonefrite é um achado comum, na fase crônica, uma
combinação de tendências típicas de sangramento, pele pálida, sensibilidade
abdominal e sinais compatíveis com meningoencefalite. A principal característica é a
hipoplasia medular, levando a pancitopenia grave, acompanhada por anemia
aplásica, mononucleose, linfocitose, leucopenia e diminuição da concentração de
gamaglobulina. Devido à neutropenia e outros fatores, o estado imunológico dos
animais afetados fica comprometido, tornando-os susceptível a infecções
secundárias (OLICHESKI, 2003).
Em todos os estágios da doença, o cão pode apresentar hipoalbuminemia,
resultante da anorexia, que leva à diminuição da ingestão de proteínas, perda de
peso e inchaço dos fluidos inflamatórios como resultado da vasculite, diminuição da
produção de proteínas devido à doença hepática concomitante e proteinúria
(OLICHESKI, 2003).
24

3. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico pode ser clínico e / ou laboratorial, sendo o diagnóstico clínico


baseado na suspeita dos sintomas. O diagnóstico laboratorial é realizado com base
em hemogramas, exames bioquímicos e urinálise. O exame hematológico revela
trombocitopenia, anemia normocítica, anemia homocrômica, eosinopenia, linfopenia
e deslocamento do núcleo de neutrófilos para a esquerda, que são predominantes
na infecção por E. canis (MENDONÇA et al., 2005).
O diagnóstico laboratorial mais comum é baseado na observação de mórula
em esfregaços de sangue periférico da ponta da orelha, mas nem sempre os
parasitas são encontrados. Nesse caso, faz-se necessária a inclusão de exames
sorológicos, como imunofluorescência indireta e / ou técnica de PCR, principalmente
para detecção espécies envolvidas (LIBERATI et al., 2009).
Outra técnica que pode ser usada é a aspirado de medula óssea durante a
fase crônica, que geralmente revela uma hipocélula pronunciada, raros
megacariócitos e, ocasionalmente, eritrócitos e componentes da medula. A
hipoplasiamieloide, eritóide e megacariocítica que ocorre na fase crônica está
associada à hiperplasia linfoide e plasmática (NELSON, COUTO, 2001).
O diagnóstico por ELISA é prático e mais barato, mas os falsos positivos
costumam ocorrer porque o método detecta anticorpos, resultando em um
diagnóstico positivo indicando que o animal está ou esteve em contato com o animal
(LEITE; NAVECA, 2007).
Outra doença que precisa ser investigada é a leishmaniose, pois pode causar
confusão em casos crônicos por sangramento nasal. Leishmanias são examinados
em um esfregaço feito de uma punção de ganglionar ou medula óssea. Parasitoses
por vermes e as doenças carências também devem ser descartados. A forma
cutânea da Erliquiose (manifestações cutâneas) é semelhante à forma eruptiva da
cinomose e, portanto, deve ser diferenciada da cinomose (LEITE; NAVECA, 2007).
Cães com Erliquiose crônica apresentam sintomas semelhantes a
envenenamento por estrógenos, pancitopenia imunomediada e doenças associadas
a disfunções de órgãos específicos, como glomerulonefrite semelhante ao mieloma
múltiplo ou leucemia linfocítica crônica (OLICHESKI, 2003).
25

3.1 TRATAMENTO

A tetraciclina e seus derivados doxiciclina são as drogas de escolha para


Erquiliose canina, mas Couto (2003) afirmou que prefere a doxiciclina, a dose
recomendada é de 2,5 a 5 mg / kg, VO (oral), a cada 12 a 24 horas no período de 10
a 14 dias.Adoxiciclina e a clorotetraciclina, que tem efeitos clínicos e quase nenhum
efeito colateral. Por ser excretado pelo trato gastrointestinal, pode ser usado em
animais com insuficiência renal. Rapidamente absorvido e distribuído quando
tomado por via oral é amplamente distribuído no coração, rins, pulmões, músculos,
líquido pleural, secreções brônquicas, bile, saliva, líquido sinovial, ascite e emoções
semelhantes à água vítrea. Além disso, é mais solúvel em gordura do que o
cloridrato de tetraciclina e a oxitetraciclina, podendo penetrar melhor nos tecidos e
fluidos corporais (ANDRADE; SANTARÉM, 2002).
Couto (2003) também indica o uso de tetraciclina na dose de 22 mg / kg VO a
cada 8 horas por 14 a 21 dias, administrada com o estômago vazio. O autor também
relata o uso de clorofenicol, apesar de suas recomendações pobres em animais
citopênicos, e enrofloxacina em doses terapêuticas. Quanto ao uso da enrofloxacina,
Sherding (2008) discorda de Couto (2003), concluindo que o uso de quinolonas não
foi eficaz contra E. canis, portanto, a enrofloxacina não seria eficaz contra a doença,
pois estudos mostraram que ela não pode eliminar a infecção (SHERDING, 2008).
Brandão (2010) recomenda as seguintes dosagens para esses outros
medicamentos: tetraciclina na dose de 22 mg / kg a cada 8 horas; minociclina a 20
mg / kg a cada 12 horas; oxitetraciclina na dose de 25 mg / kg a cada 8 horas;
cloranfenicol na dose de 50 mg / kg a cada 8 horas.
Por sua vez, Pereira (2006) não recomenda o uso de tetraciclinas em cães
com menos de 6 meses de idade, pois causa enegrecimento permanente dos
dentes. Em cães com insuficiência renal, seu uso também não é recomendado. O
cloranfenicol pode ser usado em cães com infecção persistente e seria refratário à
terapia com tetraciclina e pode ser usado em cachorros menos de cinco semanas
para que não aconteça o escurecimento do esmalte dentário na dose de 50 mg / kg
a cada oito horas por 15 dias por via oral, subcutânea ou intravenosa, e seu uso em
animais anêmicos não é recomendado. Requer um longo período de tratamento que
26

pode induzir imunossupressão, além de interferir na medula óssea causando


hipoplasia granulocítica, devendo, portanto, ser evitado em cães com
trombocitopenia, pancitopenia ou anemia.
Olicheski (2003) afirma que a duração da terapia é tão importante quanto a
dose ou a quimioterápica utilizada, e afirma que o tratamento deve durar pelo menos
3 a 4 semanas onde a resposta é efetiva, ou até mais 8 semanas para animais na
fase crônica da doença.
Uma etapa importante do tratamento também é a utilização de terapia de
suporte, principalmente em fases crônicas da doença, dependendo da gravidade de
cada caso: fluido terapia, hemotransfusão e suplementação vitamínica. Em alguns
casos, pode ser necessário administrar medicamentos anti-inflamatórios ou
imunossupressores, como prednisolona, na dose sugerida de 2,2 mg / kg por via oral
BID (duas vezes ao dia) por 3 a 4 dias. Para infecções bacterianas secundárias, use
antibióticos de amplo espectro. Também é aconselhável o uso de esteroides
androgênicos, como oximetolona (2m / kg SID, VO), decanoato de nandrolona(1,5
mg / kg i.m. semanalmente), sulfato de vincristina (0,01 mg / kg i.v.) ou outros
possíveis estimuladores da medula óssea para estimular a liberação de plaquetas
em cães com trombocitopenia grave(SHERDING, 2008).
Os sintomas geralmente desaparecem dentro de 48 horas após a
administração de um tratamento bem-sucedido, em casos agudos ou crônicos
discretos. A contagem de plaquetas deve aumentar em 2 a 7 dias e estabilizar em 4
a 8 semanas se a infecção tiver desaparecido. A hiperglobulinemia também deve se
resolver gradualmente ao longo de 6 a 9 meses, o mesmo período em que a maioria
dos cães torna-se soronegativa assim que a infecção é eliminada. Alguns cães
clinicamente curados mantêm altos níveis de titulação por anos, o que indica
infecção contínua ou persistência de anticorpos. Neste caso, é recomendado repetir
a PCR deve ser negativa 2 semanas após o tratamento bem-sucedido e permanecer
negativa em um novo teste após 2 meses (SHERDING, 2008).
O prognóstico para Erliquiose canina é excelente quando tratamento
apropriado, a menos que a medula óssea se torne gravemente hipoplásica, caso em
que o prognóstico é reservado. Cães com doença crônica grave associada à
pancitopenia ou anemia aplástica podem levar um tempo para atingir a recuperação
hematológica por completo e, em alguns casos, a pancitopenia grave pode ser fatal
(SHERDING, 2008).
27

4. PREVENÇÃO

A prevenção da transmissão por meio do uso preventivo de carrapaticidas


interrompendo o ciclo de vida dos carrapatos, uma vez que não existe vacina contra
a Erliquiose, a prevenção pode ser o passo mais importante para o controle da
doença de Escherichia canina. Além de manter boas condições sanitárias, o
ambiente em que vivem também deve ser preservado. Todo animal que entra no
canil ou propriedade deve ser colocado em quarentena e tratado com vermes.
Recomenda-se que os cães sejam examinados regularmente e, se confirmada a
infecção, os cães positivos devem ser tratados e isolados para minimizar a fonte da
infecção (SHERDING, 2008).
Existe um arsenal de pesticidas no mercado que podem combater os
carrapatos. Os mais comumente usados são amitraz, fipronil, piretróide e
Imidacloprida/ permetrina. Recomenda-se o exame de rotina dos cães, teste de
carrapatos e remoção imediata (FONSECA, 2004)
Outra medida preventiva recomendada é o uso de tetraciclina em baixa
dosagem como tratamento preventivo para cães de áreas endêmicas durante o
período mais grave da epidemia. Porém, essa recomendação não se aplica a
animais de estimação comuns, pois pode promover resistência aos antimicrobianos.
Entre as doses recomendadas são eles: tetraciclinas na dose de 3 a 6,6 mg / kg por
dia por via oral; doxiciclina na dose de 2 a 3 mg / kg por dia por via oral; ou o
repositório de oxitetraciclina na dose de 200 mg por via intramuscular duas vezes
por semana (LEITE; NAVECA, 2007)
Embora haja tratamento, não há vacina contra Erliquiose. Sendo assim, a
prevenção é a melhor medida. É importante não deixar que os carrapatos infestem o
cão. Para isso, sempre inspecione as orelhas, a barriga, os dedos e o pescoço do
animal.

4.1 METÓDOS DE PREVENÇÃO DISPONIVEIS NO MERCADO


28

Temos medicamentos de uso tópico, que devem ser aplicados no dorso do


animal de acordo com a bula. Eles são muito eficazes desde que utilizados com a
pele seca e que o animal não tome banho dentro do período indicado pelo
fabricante. Estão disponíveis pipetas antipulgas e carrapaticidas de diversas marcas
e cada uma possui um período de ação diferenciado. São a base de Imidacloprida e
Moxidectina. (MATOS, 2013)
Os talcos são medicamentos de aplicação tópica que auxiliam na prevenção
de pulgas, carrapatos e outros parasitas. Assim como os talcos e as pipetas, os
sprays antipulgas devem ser aplicados na pele do animal. São métodos de
prevenção com muita facilidade de ser usados para proteger os animais. Seus
princípios ativos são permetrina, triclosan e butóxido de piperonila e zeolita.
(MATOS, 2013)
Conforme a tabela 1 podemos observar as opções que temos para
prevenção:

Tabela 1: Tabela sobre os diferentes tipos de medicamentos tópicos:

Remédio para Remédio para


Remédio para Remédio para
Carrapato Carrapato
Nome Carrapato Carrapato Frotline
Advantage Bravecto
Frontline Spray Plus
Max3 Transdermal

Proteção
Proteção
Também Proteção Contra
Uma Solução Prolongada
Destaque Contra Carrapatos por 1
Mais Imediata com Apenas
Mosquitos e Mês
uma Aplicação
Piolhos

Preço a partir R$ 130,56 R$ 115,87 R$ 134,88 R$ 34,10


29

de

Indicação Cães e gatos Cães Cães Cães

Tipo Spray Pipeta Pipeta Pipeta

Pode ser usado


Indicação de
em qualquer 4 a 10 kg 4,5 a 10 kg 1 a 10 kg
Peso
peso

Até 4 kg / 10 a 2 a 4,5 kg / 10 a
Outros 10 a 20 kg, /20 a
Não informado 25 kg / a partir 20 kg / 20 a 40
Pesos 40 kg / 40 a 60 kg
de 25 kg kg / 40 a 56 kg

Tempo de 1 mês e 1
1 mês 3 meses 1 mês
Proteção semana

Contra pulgas,
Ação Extra Contra pulgas mosquitos e Contra pulgas Contra pulgas
piolhos

1 frasco de 250 3 pipetas de 1 pipeta de 0,89 1 pipeta de 0,67


Quantidade
ml 1,0 ml cada ml ml

Existe várias opções de medicamentos e alguns deles são antiparasitários de


uso oral são comprimidos muitas vezes mastigáveis e palatáveis para facilitar a
administração. Eles também possuem períodos de ação diferenciados e devem ser
oferecidos ao animal de acordo com a bula para mantê-lo protegido. O princípio
ativo deles são Fluralaner e Sarolaner. É recomendado administrar com intervalos
de 12 semanas. (MATOS, 2013)
Conforme a tabela 2 podemos observar as opções que temos para a
prevenção oral:

Tabela 2: Tabela sobre os medicamentos oral para a prevenção:


30

Remédio para Remédio para Remédio para


Nome
Carrapato Simparic Carrapato Bravecto Carrapato NexGard

Proteção Também Comprimido


Proteção por 3 Meses
Destaque Contra Pulgas e 3 Mastigável no Sabor
em uma Única Dose
Tipos de Sarnas Carne

Preço a partir de R$ 119,99 R$ 145,30 R$ 126,32

Mastigável Sim Sim Sim

Indicação Cães Cães Cães

Indicação de
5,1 a 10 kg 4,5 a 10 kg 4,1 a 10 kg
Peso

1,3 a 2,5 kg, / 2,6 a 5


kg, / 10,1 a 20 kg / Até 4,5 kg / 10 a 20 kg,
2 a 4 kg / 10,1 a 25
Outros Pesos k20,1 a 40 kg, / 40,1 a / 20 a 40 kg, / 40 a 56
kg / 25,1 a 50 kg
60 kg / maior do que kg
60 kg

Tempo de
1 mês e 5 dias 3 meses 1 mês
Proteção

Contra pulgas, sarnas


sarcóptica,
Ação Extra Contra pulgas Contra pulgas
demodécica e
otodécica

Quantidade 3 comprimidos 1 comprimido 3 comprimidos


31

Existe uma grande variedade de coleiras antipulgas, que podem ser eficazes
contra pulgas, carrapatos e piolhos. Antes de escolher o antipulgas e remédio para
carrapato que vai aplicar ser aplicado, verifique qual o peso dele. Dar um
medicamento indicado para animais maiores pode intoxicar. Por outro lado, dar
doses inferiores é ineficaz para o combate dos parasitas. Seus princípios ativos são
diazinon, deltametrina e propoxur. (MATOS, 2013)
Conforme a tabela 3 podemos observar as opções que temos para a
prevenção com coleiras:

Tabela 3: Tabela sobre os diferentes tipos de coleiras antiparasitárias

Nome Coleira Seresto Coleira Leevre Coleira Ecthol

Proteção por 8 Meses Proteção de Até 7


Proteção Contra Pulgas
Destaque Contra Pulgas e Meses Contra
e Mosquitos Também
Piolhos Também Carrapatos

Preço a partir de R$ 184,90 R$ 77,92 R$ 59,90

Indicação Cães Cães Cães

Comprimento 70 cm 63 cm 63 cm

Outros Tamanhos 38 cm 48 cm 40 cm

Indicação de Peso A partir de 8 kg A partir de 35 kg A partir de 12 kg

Outros Pesos Até 8 kg Menos de 25 kg Menos de 12 kg

Tempo de
8 meses 6 meses 7 meses
Proteção

Ação Extra Contra pulgas, larvas e Contra pulgas e Contra pulgas


32

piolhos mosquitos
33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tratamento bem-sucedido da Erliquiose depende do diagnóstico precoce,


da terapia eficaz e do controle eficaz do carrapato. Esta é a parte mais complicada,
considerando que o carrapato vetor para a transmissão da doença é o
Rhipicephalus sanguíneus, um vetor de difícil controle.
Existem diversos métodos de diagnóstico laboratorial eficazes que devem ser
utilizados, tanto para confirmação da doença quanto para identificação do agente,
além da verificação outros patógenos concomitantes, piorando o quadro clínico.
A infecção por Erliquiose não confere imunidade protetora, portanto, uma
exposição subsequente a carrapatos infectados, mesmo após o tratamento, pode
resultar em uma nova contaminação da doença, o que reforça a importância do
combate ao carrapato. Com este estudo foi possível verificar que, para o tratamento
de Erliquiose canina, existem vários protocolos. Sendo assim, apenas com o dia a
dia clínico e avaliação individualmente de cada situação será possível encontrar o
melhor tratamento.
Por ser uma doença perigosa pode conduzir a morte dos animais por ainda
não existir vacinas. Nesse sentido, é de fundamental importância conscientizar e
orientar os donos de cães a se preocupar, estando atentos ao controle dos
carrapatos nos espaços domiciliares e em canis, essas é uma das iniciativas para
controlar a proliferação doença.
34

REFERÊNCIAS

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