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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS DO

MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

Fabio Loureiro Xavier Bittar Ribeiro


Prof.º Dr. Aguinaldo Francisco Mendes Júnior

RESUMO: A leishmaniose visceral é uma hemoparasitose de grande relevância para a saúde


pública devido ao seu potencial zoonótico e risco de morte. Cães são o principal reservatório
da doença no meio urbano, e a eutanásia de animais infectados é a medida de controle
recomendada pelo Ministério da Saúde, mesmo não havendo comprovação de sua eficácia na
redução da incidência. O emprego de produtos repelentes e inseticidas é uma medida profilática
barata e efetiva contra o vetor flebotomíneo, inseto transmissor do agente causal da
leishmaniose canina, havendo ainda a imunização vacinal como opção de profilaxia. O
tratamento com miltefosina é a única possibilidade terapêutica indicada para leishmaniose
visceral em cães desde que seja cumprido o protocolo de administração do fármaco,
respeitando-se a necessidade de reavaliação clínica, laboratorial e parasitológica periódica pelo
médico veterinário. Não há um consenso entre especialistas quanto à manutenção da eutanásia
como política pública em face dos desafios operacionais e do questionamento ético e moral
acerca da morte induzida. Um grupo formado por pesquisadores independentes defende o
tratamento de animais infectados, propõe um sistema de estadiamento da doença e promove a
educação continuada dos médicos veterinários. O presente estudo objetiva avaliar o nível de
conhecimento dos médicos veterinários do município do Rio de Janeiro quanto às alternativas
de tratamento, controle e prevenção da leishmaniose visceral canina.

Palavras-chave: Avaliação. Estadiamento. Leishmaniose. Rio de Janeiro. Veterinários.

1. INTRODUÇÃO

A leishmaniose visceral é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero


Leishmania sp. de grande relevância para a saúde pública (OMS, 2023) devido ao seu potencial
zoonótico e ao risco de morte quando não tratada adequadamente.
O principal meio de transmissão ocorre de forma indireta, pela picada de flebotomíneos
das espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi (GÁLVEZ, 2018), e o Brasil registra um
número elevado de casos de infecção tanto em humanos quanto em animais, sendo que diversas
regiões do país são consideradas endêmicas para a enfermidade (BRASIL, 2022a).
No cão, considerado, dentre os animais domésticos, o principal reservatório da
leishmaniose visceral (SEBOLT, 2017), nem sempre é possível identificar os sintomas
associados à doença, o que dificulta a identificação de focos de contaminação e o combate à
disseminação da infecção em meio urbano (GARCIA, 2019).

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A eutanásia de cães sororreagentes com alta carga parasitária é a política de controle em
vigência no Brasil – salvo os casos em que o proprietário do animal opte pelo manejo e custeio
do tratamento –, mesmo não havendo comprovação da eficácia da eutanásia na redução da
incidência de leishmaniose visceral (COSTA, 2020).
Medicamentos de uso humano são proibidos para animais, como medida de prevenção
a uma eventual resistência do protozoário a estas medicações (BRASIL, 2008). A alternativa
de tratamento para cães infectados foi autorizada em 2016, através do Milteforan® – do
laboratório VIRBAC SAÚDE ANIMAL –, medicamento à base de miltefosina aprovado por
uma portaria interministerial assinada pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2016).
O medicamento possui custo elevado e exige diligência na administração do fármaco,
restringindo sua aplicação aos proprietários que possam arcar com o ônus do tratamento. Além
disso, mesmo após tratamento prolongado, os animais podem apresentar recidivas, o que
constitui um risco à saúde de pessoas e animais, havendo a necessidade de reavaliação periódica
pelo médico veterinário (TRAVI, 2018).
A lei nº 14.228, sancionada em 20 de outubro de 2021, é a regulamentação federal mais
recente a versar sobre a eutanásia de cães e gatos no Brasil, e proíbe a eliminação destes animais
pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres
com exceção daqueles que apresentem enfermidades infectocontagiosas incuráveis que ponham
em risco à saúde humana e de outros animais (BRASIL, 2021).
Uma nota técnica emitida por órgãos de vigilância e controle de zoonoses pertencentes
ao Ministério da Saúde – NT nº 14/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS – dispõe sobre orientações
da eutanásia de cães e gatos a propósito de esclarecer os termos da lei º 14.228/21, e estabelece
a leishmaniose visceral como enfermidade infectocontagiosa incurável passível de realização
de eutanásia pelas Unidades de Vigilância de Zoonoses (BRASIL, 2022c).
A nota técnica nº 14/2022 é controversa, havendo diferentes interpretações da lei nº
14.228/21 por juristas, parlamentares e membros do poder judiciário, e evidenciado por
manifestações públicas contra e a favor, a exemplo de um artigo crítico publicado no site
Consultor Jurídico (ATAIDE JÚNIOR, 2022) e publicações de apoio dos Conselhos Regionais
de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro e São Paulo (CRMV-SP, 2022; CRMV-RJ, 2022).
O Ministério Público da Paraíba realizou um seminário on-line sobre a controvérsia
acerca da legislação vigente, onde o juiz federal Vicente de Paula Ataíde Júnior afirma não ser

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possível interpretar a lei isoladamente e que a lei nº 14.228/21 não permite a eutanásia nos casos
de esporotricose e leishmaniose. A eutanásia seria medida de exceção, a ser realizada quando o
bem-estar animal estiver prejudicado, e deve ser precedida de exame laboratorial e laudo
técnico que a justifique (MPPB, 2022).
A discussão a respeito da leitura e aplicação de leis ultrapassa o escopo deste estudo,
mas justifica a importância de analisar o conhecimento técnico dos profissionais médicos
veterinários acerca da leishmaniose visceral canina em função do debate público sobre a
manutenção da eutanásia e a adoção de outras medidas de controle da doença.
Em resposta a uma possível relutância na adesão ao tratamento de cães infectados, um
grupo de pesquisadores brasileiros formou uma organização não governamental focada na
educação continuada de médicos veterinários e na pesquisa e promoção de alternativas
terapêuticas à leishmaniose visceral canina (BRASILEISH, 2018). O grupo propõe um sistema
de estadiamento que auxilia na escolha da melhor conduta terapêutica a ser adotada para cada
caso, de acordo com a sintomatologia e quadro clínico do paciente.
Por se tratar de um órgão não governamental, dificilmente o sistema de estadiamento
proposto alcance todos os profissionais atuantes na clínica de pequenos animais. A discussão
em torno da eficácia da eutanásia como política de controle e a aplicação de métodos
alternativos de prevenção é uma temática atual, sem consenso entre pesquisadores,
parlamentares e juristas (COSTA, 2020).
O presente estudo objetiva avaliar o nível de conhecimento dos médicos veterinários do
município do Rio de Janeiro acerca da leishmaniose visceral canina através da coleta,
quantificação e análise de dados que evidenciem a familiaridade desses profissionais com a
literatura e legislação atualizadas sobre a enfermidade, a proposição de um sistema de
estadiamento e as políticas públicas de controle e prevenção existentes.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A Leishmaniose Visceral Canina


A leishmaniose visceral canina, ou LVC, é uma doença infecciosa zoonótica causada
por protozoários pertencentes ao filo Euglenozoa, classe Kinetoplastida, ordem
Trypanosomatida, família Trypanosomatidae, gênero Leishmania, espécie Leishmania
infantum (OMS, 2023); trata-se de um parasito intracelular obrigatório do sistema fagocítico

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mononuclear, ou SFM, de hospedeiros vertebrados cuja transmissão ocorre mediante a picada
da fêmea de insetos flebotomíneos durante o repasto sanguíneo (CORTES, 2012).
O protozoário apresenta duas morfologias principais: sua forma amastigota é ovoide,
medindo cerca de 1,5 a 2 µm de largura e 2,5 a 5 µm de comprimento, sendo encontrada no
interior das células do SFM do hospedeiro definitivo (GREENE, 2015; NOGUEIRA, 2023) e
sua forma promastigota é alongada e flagelada, localizada no interior do tubo digestivo das
fêmeas dos flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis (GÁLVEZ, 2018), conhecidas
vulgarmente por tatuquiras, birigui e mosquito-palha.
Outra espécie carreadora de menor prevalência é a Lutzomyia cruzi, identificada
principalmente na região Centro-Oeste do Brasil (MISSAWA, 2011; NOGUEIRA, 2023).

2.2 Ciclo de Transmissão


Quando no hospedeiro definitivo, a forma amastigota no interior dos leucócitos e células
do SFM, representadas principalmente por macrófagos, divide-se por cissiparidade simples,
destruindo estas células. O vetor flebotomíneo infecta-se através da ingestão de sangue
contaminado durante o repasto sanguíneo (GREENE, 2015; NOGUEIRA, 2023). No intestino
do flebotomíneo, a forma amastigota transforma-se em promastigota, multiplicando-se
rapidamente. Posteriormente, os protozoários são inoculados nos vertebrados mediante a picada
deste inseto, concluindo-se o ciclo de transmissão da enfermidade (GÁLVEZ, 2018).
Meios de transmissão menos prevalentes, mas de importância clínica: transmissão por
brigas entre animais, agulhas compartilhadas, transfusões sanguíneas, coito e a transmissão
vertical entre genitora e feto ou recém-nascido (FREITAS, 2006; BOGGIATTO, 2011).

2.3 Epidemiologia
A LVC é uma zoonose de grande relevância para a saúde pública, havendo relatos de
infecções em aproximadamente 88 países, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS,
2023). No Brasil, os registros de infecção em humanos sofreram flutuações ao longo das últimas
décadas. No ano 2000, foi observada a maior quantidade de infectados, somando 4.858 casos
confirmados no país. Em 2021, os números caíram para 1.683 ocorrências – o menor número
de casos da série histórica de 1990 a 2021 –, sendo que 775 desses casos estavam concentrados
na região Nordeste. No Rio de Janeiro, em 2021, somente 4 casos confirmados foram reportados
ao Ministério da Saúde (BRASIL, 2022b).

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Quanto à infecção de cães na cidade do Rio de Janeiro, foram notificados 2.841 casos
entre janeiro e dezembro de 2022, havendo confirmação de 269 casos no mesmo período, e a
maior concentração de casos reportados localizam-se na zona norte da cidade; com a
possibilidade de tratamento, 48,3% dos responsáveis pelos animais tem optado pelo tratamento
com miltefosina (RIO DE JANEIRO, 2023).
Os animais em tratamento são acompanhados a cada seis meses por uma equipe de LVC
da prefeitura. São verificados o estado geral do animal, o uso correto de coleira repelente e a
continuidade do tratamento com um profissional médico-veterinário e sob responsabilidade do
proprietário do animal, conforme os dados colhidos no termo de responsabilidade exigido pelo
município (RIO DE JANEIRO, 2023).
A epidemiologia da LVC é bastante complexa devido à diversidade de espécies que
atuam como hospedeiros, incluindo-se os cães domésticos, que são o principal reservatório em
áreas urbanas, bem como alguns marsupiais, roedores, primatas e outros carnívoros (SEBOLT,
2017). Os gatos também estão expostos à infecção em regiões endêmicas com altas taxas de
prevalência tanto em cães quanto humanos, porém são considerados hospedeiros acidentais
(MULLER, 2009; NOGUEIRA, 2023).
Cães acometidos se apresentam positivos de forma assintomática contribuem para um
desequilíbrio no combate à disseminação da doença (GARCIA, 2019). A maioria dos animais
que entram em contato com o parasito manifestam a infecção subclínica, podendo
eventualmente debelar a infecção de forma espontânea (BRASILEISH, 2018).

2.4 Sinais Clínicos


A fase subclínica da infecção pode persistir por meses ou anos, e as queixas comumente
relatadas incluem perda de peso, perda de massa muscular, poliúria, polidipsia, depressão,
êmese, diarreia, tosse, espirros, equimoses, petéquias, epistaxe e melena. Já os sinais,
inespecíficos, frequentemente identificados ao exame físico incluem esplenomegalia.
linfadenopatia, alopecia facial, febre, rinite, dermatite, sons pulmonares aumentados, icterícia,
inchaço das articulações, uveíte e conjuntivite (NOGUEIRA, 2023). Alguns cães apresentam
lesões ósseas, e há relatos de miocardite, várias arritmias e epicardite com tamponamento
cardíaco ocasionados pela leishmaniose visceral (CALVERT, 2012).
A suspeita diagnóstica pode ocorrer tanto diante de um animal sintomático compatível
com a sintomatologia descrita ou apenas por vínculo epidemiológico.

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2.5 Diagnóstico
O diagnóstico definitivo é dificultado pela similaridade com outras hemoparasitoses e
por isso não deve ser baseado apenas nas manifestações clínicas, exames laboratoriais e o
contexto epidemiológico da região (NOGUEIRA, 2023). A técnica de Reação em Cadeia da
Polimerase, ou PCR, é considerada a mais específica e sensível para o diagnóstico da
leishmaniose, havendo identificação positiva para o ácido desoxirribonucleico, ou DNA, dos
protozoários do gênero Leishmania sp. (SOUZA, 2013; NUNES, 2023).
Dos exames laboratoriais, destacam-se o hemograma, perfil bioquímico e urinálise. Os
principais achados do hemograma são trombocitopenia, monocitose, linfocitopenia e
leucopenia ou leucocitose. O perfil bioquímico pode indicar hiperproteinemia, azotemia,
proteinúria e aumento da atividade das enzimas hepáticas. Na urinálise, altas concentrações de
ureia e creatinina podem ser observadas em animais que apresentem alterações renais devido
ao armazenamento de imunocomplexos (NOGUEIRA, 2023).
O diagnóstico parasitológico consiste na observação de formas amastigotas do parasito
através da microscopia; o material a ser analisado pode ser coletado por esfregaço sanguíneo,
citologia aspirativa ou punção aspirativa da medula óssea, linfonodos, baço ou fígado
(TEIXEIRA, 2010). A aspiração de linfonodo ou medula é um método barato e com elevada
especificidade, mas sua sensibilidade é baixa, podendo haver influência de outros fatores, como
a presença de infecções concomitantes (GREENE, 2015).
Dos testes sorológicos, a reação de imunofluorescência indireta, ou RIFI, e o
imunoenzimático, ou ELISA, são amplamente utilizados na detecção de anticorpos; o RIFI
apresenta maior grau de especificidade e o ELISA maior grau de sensibilidade, porém ambos
podem resultar em reações cruzadas devido à presença de infecções concomitantes
(NOGUEIRA, 2023). Apesar de suas limitações, os testes sorológicos são mais rápidos,
práticos e baratos, conferindo-lhes maior utilização do que a técnica PCR (GREENE, 2015).
O teste ELISA é recomendado pelo Ministério da Saúde para avaliação da
soroprevalência em dados amostrais e censitários dos programas nacional e estadual de
vigilância e controle da LVC, e empregado na triagem de cães; o RIFI é empregado na
confirmação dos cães sororreagentes (BRASIL, 2022a).
Para o diagnóstico diferencial da LVC, deve-se suspeitar de erliquiose, babesiose,
hepatozoonose. Manifestações cutâneas podem indicar demomicose e piodermite bacteriana

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para alopecia e descamação de pele; e infecção fúngica e lúpus eritematoso sistémico, ou LES,
para ulcerações cutâneas (PESSOA, 2019).

2.6 Sistema de Estadiamento


Não existe consenso no Brasil quanto ao estadiamento da LVC. A Brasileish, uma
organização não governamental, sem fins lucrativos, composta por um grupo de pesquisadores
brasileiros, propôs um sistema de estadiamento para a doença baseado nos sinais clínicos, nos
exames sorológicos de triagem e confirmação, e nos exames laboratoriais para
acompanhamento de alterações renais e hepáticas do paciente. A análise e terapêutica
recomendada se baseia em protocolos terapêuticos atualmente disponíveis no país, dividindo-
se por estágios de um a cinco, onde um é o animal sororreagente assintomático, com
prognóstico favorável, e cinco é o animal em estado grave, sintomático, apresentando
complicações multissistêmicas e prognóstico pobre (BRASILEISH, 2018).

2.7 Tratamento
Segundo a Portaria Interministerial nº 1.426 de 11 de julho de 2008, é proibido o uso de
medicamentos humanos ou não registrados pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, ou MAPA, para o tratamento da LVC.
Em 2016, foi aprovado o uso do Milteforan® como único medicamento preconizado
para o tratamento da LVC no país (BRASIL, 2016); seu princípio ativo, a miltefosina, apresenta
efeito tóxico sobre os protozoários da leishmaniose (GREENE, 2015). O tratamento possui um
curso difícil e um custo bastante elevado, o que restringe a utilização por animais cujos tutores
não possam arcar com as despesas (BRASIL, 2016).
A domperidona e o alopurinol, mesmo sem a recomendação oficial, são comumente
empregados no auxílio ao tratamento da leishmaniose. A domperidona possui efeito
imunomodulador, reduzindo as manifestações clínicas de animais infectados, e o alopurinol é
um medicamento leishmaniostático cuja ação interrompe a síntese proteica do parasito, inibindo
sua multiplicação (GREENE, 2015; NOGUEIRA, 2023).
De acordo com as Diretrizes do Brasileish, 2018, o tratamento da leishmaniose deve ser
instituído apenas após um diagnóstico preciso, e seu objetivo é a redução da carga parasitária
do animal, neutralizando sua capacidade infectante, restaurando a resposta imune, promovendo
a melhora clínica e prevenindo reincidência da enfermidade.

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O tratamento com miltefosina não garante a recuperação completa dos animais afetados
pela enfermidade, havendo relatos de cães tratados por períodos de até 24 meses que
permaneceram infectados, podendo apresentar recidivas, tornando-os infeciosos para outros
cães saudáveis e humanos, o que justifica a reavaliação periódica por profissional médico-
veterinário e a utilização de coleira repelente (ALVES, 2015; TRAVI, 2018).

2.8 Prevenção e Controle


A medida de controle recomendada pela Organização Mundial de Saúde, ou OMS, e
pela Organização Pan-Americana de Saúde, ou OPAS, é a eutanásia de cães sororreagentes
(OMS, 2023), mesmo em face de estudos recentes que comprovam a ineficácia da eutanásia
como método de controle, pois a transmissão ocorre através dos vetores flebotomíneos,
existindo diversas outras espécies que podem atuar como reservatório. Ademais, embora
teoricamente possível, na prática, a redução da incidência de LVC por programas de controle
através da eutanásia é inviabilizada pela falta de recursos materiais, humanos e financeiros,
além do questionamento ético e moral acerca da morte induzida (COSTA, 2020).
A lei nº 14.228 de 20 de outubro de 2021 veda a eliminação da vida de cães e gatos
pelos órgãos de controle exceto nos casos de males, doenças graves ou enfermidades
infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais;
enquanto a NT 14/2022 esclarece que a eutanásia pode ser aplicada aos animais com alta carga
parasitária por prerrogativa do médico veterinário responsável, desde que devidamente laudado
e confirmado por exame laboratorial (BRASIL, 2021; BRASIL, 2022c).
Os riscos de transmissão podem ser dirimidos pelo emprego de mosquiteiros, telas de
proteção em portas e janelas, repelentes e inseticidas (BRASIL, 2022a). Para os cães,
recomenda-se a utilização de coleiras com deltametrina a 4%, ou seja, coleiras repelentes de
flebotomíneos (ALVES, 2018), além de repelentes naturais a base de citronela e inseticidas
tópicos em spray a base da permetrina (NOGUEIRA, 2023).
No Brasil, a única vacina licenciada contra a leishmaniose visceral canina é a
LeishTec® – do laboratório CEVA SAÚDE ANIMAL, e sua eficácia na indução de imunidade
foi testada em populações heterogêneas de cães, demonstrando-se segura e bem tolerada pelos
animais (MATIAS, 2020). Apenas animais soronegativos podem ser vacinados, e o fabricante
recomenda a primeira vacinação a partir dos 4 meses de idade, em três does a intervalos de 21

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dias entre as doses, por via subcutânea. O reforço anual consiste em dose única, a partir da data
da última dose da primeira vacina.

3. METODOLOGIA
O estudo seccional será realizado entre os meses de julho e setembro de 2023, no
município do Rio de Janeiro, capital do estado, utilizando-se como instrumento de coleta de
dados um questionário online de autopreenchimento através da plataforma Google Forms®,
disponibilizado por link de acesso a ser distribuído em meio eletrônico como fóruns de internet,
sites de mídias sociais, aplicativos de conversação e outros meios digitais que permitam o
acesso irrestrito e anônimo a população de médicos veterinários que atuam na área de clínica
de pequenos animais e trabalhem na região metropolitana do Rio de janeiro para avaliação do
nível de conhecimento destes profissionais acerca da leishmaniose visceral canina.
Após travar conhecimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o TCLE, o
participante responderá voluntariamente e de forma objetiva questões sobre características
gerais do entrevistado, como sua formação profissional, e a questões objetivas relativas à
leishmaniose visceral canina, tais como: legislação, forma de transmissão, vetor, tratamento,
vacina, formas de prevenção, eutanásia como política de controle e sistema de estadiamento.
Não haverá questões de caráter obrigatório; entretanto, todos os questionários onde o
entrevistado não se identificar como médico veterinário do município do Rio de Janeiro serão
desconsiderados.
Os dados quantitativos coletados por meio do questionário serão exportados em formato
de planilha eletrônica e agrupados por frequência: ano da primeira graduação, grau de formação
– bacharel ou pós-graduado –, e os dados quantitativos das questões objetivas sobre
leishmaniose visceral canina serão mensurados cumulativamente para formulação de tabelas e
posterior análise descritiva dos dados.
A realização do estudo deverá ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, o CEP,
através da Plataforma Brasil, e o questionário online deverá conter o Termo de Consentimento
Livre Esclarecido eletrônico, ou TCLE-e, pontuando o preenchimento voluntário e
disponibilização de cópia do questionário ao entrevistado, assim como link de acesso
permanente ao TCLE. O estudo deve ser elaborado de acordo com os pressupostos éticos e
legais da resolução do Conselho Nacional de Saúde, ou CNS, nº 466/2012, a qual versa acerca
da pesquisa realizada com seres humanos.

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Por se tratar de um questionário online anônimo e de livre acesso, não será possível
atestar a veracidade dos dados coletados, distribuição uniforme de entrevistados por todas as
regiões da cidade ou quantificar a amostragem do estudo até sua conclusão.

4. CRONOGRAMA

Prof.º Michel Paiva Valim --


Acompanhamento
Prof.º Aguinaldo Mendes Jr. Prof.º Aguinaldo Mendes Jr.

Etapas Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Revisão em Metodologia X X
Científica e Definição do tema
Entrega do Pré-projeto e início X X
das orientações
Qualificação do projeto de X
pesquisa
* Submissão do Projeto ao X
Comitê de Ética
Pesquisa de campo, X X X
experimental ou bibliográfica
Análise ou interpretação dos X X
dados
Desenvolvimento da escrita do X X X
TCC
Revisão ortográfica X X
Defesa do artigo / X
Reformulações
Envio do resumo do artigo ao X
Comitê de Ética em Pesquisa
Entrega de documentos ao X
NTCC

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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diagnóstico sorológico e do recolhimento de cães sororreagentes em Belo Horizonte.
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27 Mai, 2023.
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CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DE SÃO PAULO. Nota do
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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

Questão 1: você é formado(a) em Medicina Questão 2: você atuou na clínica de pequenos


Veterinária? animais na cidade do Rio de Janeiro nos
últimos doze meses?
A. Sim, bacharelado. A. A. Sim.
B. Sim, pós-graduação. B. Não.
C. Não. C. Não exerço a clínica de pequenos
D. Prefiro não responder. animais.
D. Prefiro não responder.

Questão 3: qual o ano da sua primeira Questão 4: você está familiarizado(a) com a
graduação (bacharelado em Medicina portaria interministerial nº 1.426 de 11 de
Veterinária)? julho de 2008 acerca da leishmaniose visceral
canina?
A. Antes de 2013. A. A. Sim, e li o texto da lei.
B. Depois de 2013. B. Sim, mas não li o texto da lei.
C. Não sou médico veterinário. C. Não estou familiarizado.
D. Prefiro não responder. D. Prefiro não responder.

Questão 5: você está familiarizado(a) com a Questão 6: você está familiarizado(a) com a
nota técnica conjunta nº 001/2016 assinada lei federal nº 14.228 sancionada em 20 de
pelo MAPA e pelo Ministério da Saúde acerca outubro de 2021 acerca da regulamentação da
da leishmaniose visceral canina? eutanásia no Brasil?
A. Sim, e li o texto da nota técnica. A. A. Sim, e li o texto da lei.
B. Sim, mas não li o texto da NT. B. Sim, mas não li o texto da lei.
C. Não estou familiarizado. C. Não estou familiarizado.
D. Prefiro não responder. D. Prefiro não responder.

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Questão 7: você está familiarizado(a) com a Questão 8: considerando-se o ciclo de
nota técnica nº 14/2022 – CGVZ / DEIDT / transmissão da leishmaniose visceral canina,
SVS / MS emitida pelo Ministério da Saúde inclusive formas de contaminação raras de
acerca da leishmaniose visceral canina? relevância clínica, quais as possíveis vias de
transmissão da doença?
A. Sim, e li o texto da nota técnica. A. Transmissão indireta.
B. Sim, mas não li o texto da NT. B. Transmissão indireta e direta.
C. Não estou familiarizado. C. Transmissão indireta, direta e vertical.
D. Prefiro não responder. D. Prefiro não responder.

Questão 9: qual a relevância do flebotomíneo Questão 10: qual é a estratégia mais efetiva de
Lutzomyia longipalpis na disseminação e prevenção e controle da disseminação da
incidência da leishmaniose visceral? leishmaniose visceral canina no meio urbano?
A. Vetor exclusivo. A. Vacinação.
B. Vetor essencial. B. Coleira repelente e inseticidas.
C. Não é essencial à disseminação. C. Eutanásia dos cães soropositivos.
D. Prefiro não responder. D. Prefiro não responder.

Questão 11: qual o método diagnóstico de Questão 12: qual o exame de maior
triagem recomendado pelo Ministério da especificidade e maior sensibilidade para a
Saúde para leishmaniose visceral canina? leishmaniose visceral canina?
A. Clínico e sorológico. A. ELISA.
B. Clínico e parasitológico. B. RIFI.
C. Clínico e molecular. C. PCR.
D. Prefiro não responder. D. Prefiro não responder.

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Questão 13: qual medicamento leishmanicida Questão 14: de quem é a escolha pelo
é aprovado para o tratamento da leishmaniose tratamento ou pela eutanásia de cães
visceral canina? soropositivos para leishmaniose visceral
canina?
A. Anfotericina B. A. Médico Veterinário.
B. Miltefosina. B. Proprietário do animal.
C. Antimoniato pentavalente. C. Agente de Zoonoses.
D. Prefiro não responder. D. Prefiro não responder.

Questão 15: você está familiarizado com o Questão 16: você diagnosticou algum
sistema de estadiamento para leishmaniose paciente como soropositivo para leishmaniose
visceral canina proposto pela organização visceral canina na cidade do Rio de Janeiro
não-governamental sem fins lucrativos nos últimos doze meses?
Brasileish?
A. Sim, e li o texto da proposição. A. Sim.
B. Sim, mas não li a proposição. B. Não.
C. Não estou familiarizado. C. Não exerço a clínica de pequenos
D. Prefiro não responder. animais na cidade do Rio de Janeiro.
D. Prefiro não responder.

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