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Brazilian Journal of Development

Uso da planta “melão-de-são-caetano’’ (momordica charantia l.) no combate ao


carrapato (rhipicephalus sanguineus) de cães – revisão de literatura

Use of the plant “melon-de-são-caetano” (momordica charantia l.) in the fight


against dog ticks (rhipicephalus sanguineus) – literature review

DOI:10.34117/bjdv6n4-436

Recebimento dos originais: 24/03/2020


Aceitação para publicação: 30/04/2020

Soraia Correia Oliveira


Discente do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário FG – UNIFG
Instituição: Centro Universitário FG – UNIFG
Endereço: Rua General Osório, 125, Bairro Centro, Guanambi – Bahia, Brasil
E-mail: soraia0310@gmail.com

Grace Kelly Santana de Andrade Filha


Discente do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário FG – UNIFG
Instituição: Centro Universitário FG – UNIFG
Endereço: Rua Antônio Riserio Leite, 40, Bairro Norberto Marinho, Brumado – Bahia, Brasil
E-mail: kelly.sa1997@hotmail.com

Juliana Mendonça Dos Santos Lopes


Doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC) – Docente do Centro Universitário FG - UNIFG
Instituição: Centro Universitário FG – UNIFG
Endereço: Avenida Joaquim Dias Guimarães, 65, Bairro São Francisco, Guanambi – Bahia, Brasil
E-mail: julianabiolopes@gmail.com

RESUMO
Muitas doenças são transmitidas pelos carrapatos para os animais domésticos. Devido às
desvantagens que podem apresentar os carrapaticidas industriais, faz-se interessante o uso de
produtos etnoveterinários, que utilizam de plantas para combater esses ectoparasitas. Um exemplo é
a Momordica charantia, conhecida popularmente como Melão-de-são-caetano que contém em sua
constituição substâncias que podem ser utilizadas em associação a um carrapaticida potencializando
seu efeito e aumentando o tempo de vida útil que pode diminuir as desvantagens dos industriais.
Diante disso há uma proposta futura de testes laboratoriais e estudos mais aprofundados sobre o
assunto. Este trabalho objetivou fazer um apanhado de publicações sobre a utilização da
Momordica charantia L. no combate ao carrapato Rhipicephalus sanguineus de cães.

Palavras-Chaves:Carrapato; etnoveterinária; plantas medicinais.

Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 4, p. 22688-22713, apr. 2020. ISSN 2525-8761


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ABSTRACT
Many diseases are transmitted by ticks to domestic animals. Due to the disadvantages that industrial
ticks can present, it is interesting to use ethnoveterinary products, which use plants to combat these
ectoparasites. An example is Momordica charantia, popularly known as Melon-de-são-caetano
which contains in its constitution substances that can be used in association with a tick-enhancing
agent, enhancing its effect and increasing the useful life, which can reduce the disadvantages of
industrialists. Given this, there is a future proposal for laboratory tests and further tudies on the
subject. This work aimed to make a collection of publications on the use of Momordica charantia L.
to combat the tick Rhipicephalus sanguineus in dogs.

Key Words: Tick; ethnoveterinary; medicinal plant.

1. INTRODUÇÃO
Um dos maiores problemas para criadores de animais domésticos tanto de produção quanto
de companhia, é a presença de ectoparasitas tais como pulgas, ácaros e em especial carrapatos.
Infectam animais domésticos em áreas rurais e urbanas, trazendo grandes prejuízos econômicos e
principalmente para a saúde. Além de realizar a espoliação sanguínea dos hospedeiros podem
transmitir doenças importantes para eles. Estes possuem ampla distribuição geográfica, tendo
diversas espécies e predileções por vários animais, além de serem de fácil adaptação, o que dificulta
ainda mais a sua eliminação (MASSARD; FONSECA, 2004).
No mercado encontra-se disponível inúmeros carrapaticidas industriais que podem ser
usados no controle do carrapato. Porém alguns podem ser tóxicos ou causar reações alérgicas nos
animais, gerar resíduos nos produtos de origem animal e até mesmo selecionar populações
desistentes dos ectoparasitas propagando e gerando populações de carrapatos resistentes. Como
alternativa, algumas plantas possuem propriedades que combatem ou repelem essas espécies de
parasitas diminuindo os efeitos nocivos dos sintéticos (CAMPOS et al., 2012)
De geração em geração a população vai passando conhecimentos sobre o tratamento e
prevenção de doenças ou males que afetam a produção ou criação de animais. A ciência que estuda
esses conhecimentos populares voltados para cura animal é chamada de etnoveterinária. Em um dos
ramos dessa ciência está a fitoterapia, que é a utilização de plantas como remédios. Essa era uma
prática muito comum nos tempos antigos, que com o avanço da ciência e tecnologias foram
perdendo lugar para produtos químicos e sintéticos. Por falta de conhecimento dos veterinários
atuais ou pela comodidade de produtos prontos no mercado, pouco se utilizam os produtos
fitoterápicos, mas é certo que estes possuem vantagens sobre os produtos industriais (ALMEIDA et
al., 2006).
Algumas espécies de plantas com efeito pesticida são encontradas no Brasil, dentre elas:
Ocimum basilicum, Callea serrata, Cymbopogon nardo e a Momordica charantia, entre outras. O
uso do extrato dessas plantas apresenta muitas vantagens, tais como: redução de impactos

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ambientais, baixo custo, são considerados menos agressivos ao animal e homem, acessibilidade, são
renováveis, dificilmente os organismos desenvolvem resistência a eles, são mais facilmente
degradáveis, além de deixar menos resíduos nos produtos de origem animal (CASTRO, 2010).
Uma planta em destaque é a Momordica charantia L., popularmente conhecida como
Melão-de-são-caetano.De origem asiática, porém muito disseminada no Brasil, é uma trepadeira
que se espalha rápido pelo chão, árvores ou cerca, de cheiro desagradável e possui o fruto de gosto
amargo. Ela desde muito tempo era usada como propriedade medicinal para o tratamento de
diversas doenças como diabetes, anti-helmíntico, icterícia, dor abdominal, úlceras, entre outros. Foi
utilizada propriedades dessa planta como pesticida e tem-se observado uma eficácia contra
carrapatos, pulgas e ácaros (COUTO, 2006).
Visando ampliar os conhecimentos sobre os biopesticidas e os benefícios do uso da planta
Melão-de-são-caetano no combate aos ectoparasitas, este estudo tem como objetivo fazer uma
revisão de literatura sobre a possível atividade carrapaticida do extrato de M. charantia sobre
carrapatos adultos da espécie Rhipicephalus sanguineusesua vantagem sobre os pesticidas industriais.

2. PROBLEMAS ENVOLVENDO CARRAPATOS EM ANIMAIS DOMÉSTICOS


A infestação de carrapatos é considerado tanto um problema para os animais quanto para a
saúde pública, visto que estes são transmissores de diversas patologias. Várias espécies são
encontradas em zonas rurais e urbanas, e a mais comum, principalmente em cães urbanos é o
Rhipicephalus sanguineus, também chamado de carrapato marrom. Esta espécie é muito resistente e se
esconde muito bem pelas frestas e buracos ficando dias sem se alimentar, o que torna ainda mais difícil o
seu controle (FERNANDESet al., 2010).
Os problemas começam desde o ato do carrapato se alimentar do hospedeiro, pois quando o
aparelho bucal adentra o tecido do animal causa pequenas lacerações, levando a traumas, além de
ficarem fixados pela solidificação da saliva. Por isso, o carrapato vivo ao ser retirado do corpo do
animal através de pinça ou com a mão, causará lesões, e deixará uma porta de entrada para
possíveis infecções secundárias. O ato de sugar o sangue, chamado de hematofagismo, enfraquece o
animal através da retirada de substâncias necessárias. A saliva do carrapato possui toxinas que são
liberadas na corrente sanguínea do animal juntamente com patógenos (CONCEIÇÃOet al., 2013).
A transmissão de doenças se dá pela picada, saliva, por dejetos, e se o carrapato infectado
for ingerido. Este tipo de ectoparasita é um excelente vetor de várias patologias, por serem
altamente resistentes e adaptáveis. Possuem uma diversidade de hospedeiros, são hematófagos, e
são de difícil remoção devido sua fixação no animal, vivem muito tempo no ambiente e durante as
suas fazes de vida, o que auxilia na proliferação dos agentes patogênicos (SILVA, 2016).

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Algumas patologias transmitidas por carrapatos são: babesiose, erliquiose, doença de Lyme,
também chamada de borreliose, febre maculosa, entre outras. É importante salientar que este
ectoparasita pode contaminar seres humanos e lhes transmitir algumas dessas doenças. Desta forma,
é de muita importância o seu controle e principalmente a sua prevenção, uma vez que apenas um
carrapato infectado é suficiente para propagar tais enfermidades (LISBÔA, 2010).

2.1 BABESIOSE
A babesiose é uma doença causada por um protozoário do gênero Babesia, porém existem
espalhados pelo mundo algumas espécies e tem como um de seus vetores o R. sanguineus. O que
parasita os cães no Brasil é a Babesia canis, esta apresenta três subespécies que são elas,B. canis
canis, B. canis vogeli e B. canis rossi. É caracterizada por uma intensa anemia hemolítica devido a
destruição dos glóbulos vermelhos (células sanguíneas) pelo protozoário. Qualquer canideo pode
ser infectado independentemente da idade ou raça, porém os animais mais jovens são menos
resistentes e podem apresentar quadros mais graves da doença (CORRÊA, 2005).
A doença pode se apresentar de quatro formas: subclínica, hiperaguda, aguda e crônica. Na
forma subclínica o animal não apresenta os sintomas porém é portador do protozoário. Na
hiperaguda e aguda os sinais clínicos observados são anemia, febre, inapetência e apatia. Se o caso
se agravar pode apresentar icterícia, hepatoesplenomegalia e petéquias. Na forma crônica os
sintomas são anorexia, apatia, fraqueza, febre, edema, complicações no baço e icterícia. O quadro
se torna mais crítico quando afeta o neurológico do animal sendo um prognóstico desfavorável
(NELSON; COUTO, 2001).
O diagnóstico é com base nos exames físicos e anamnese, detectando presença dos sinais
clínicos pode-se suspeitar de babesiose. Mesmo com exames laboratoriais como hemograma se
constata anemia, hiperbilirrubinemia, bilirrubinúria e trombocitopenia, que são característicos da
doença, o diagnóstico definitivo só é dado por detecção do protozoário nas hemácias, através de
esfregaços sanguíneos. O tratamento mais utilizado é doxiciclina e imidocarb, porém o prognóstico
não é tão favorável se o diagnóstico for tardio, então quanto antes detectada a doença mais chances
tem de ter sucesso o tratamento. Mesmo o animal tratado, ele continuará portando o protozoário,
havendo assim a possibilidade de recidivas se o animal ficar imunossuprimido (DUARTE, 2008).
A única forma de prevenção da doença é pelo controle do vetor, visto que apenas um
carrapato contaminado é capaz de transmitir a doença, necessitando de um período mínimo de três
dias para que o parasito seja passado para o animal (CORRÊA, 2005).

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2.2. ERLIQUIOSE
A erliquiose é uma hemoparasitose causada por uma bactéria gram-negativa do gênero Ehrlichia,
dividida em cinco espécies que são elas: Ehrlichia canis, E. chaffeensis, E. ewigii, E. muris e E.
ruminantium. Pode acometer diversas espécies de animais como canideos, felinos, bovinos, equinos
e até humanos, por isso ela é considerada uma zoonose. No caso dos cães a doença é causada pela
Ehrlichia canis. Muito comum nas clínicas veterinária, considerada assim uma doença endêmica
(ISOLA; CADIOLI; NAKAGE, 2012).
O seu vetor é o carrapato Rhipicephalus sanguineus, que ao se alimentar por hematofagia irá
transmitir juntamente com sua saliva o patógeno para o cão sadio. Pode infectar qualquer canideo
independente da raça e idade. Porém, animais em idade de risco, imunossuprimidos ou de
alimentação desregulada, possuem maior sensibilidade à doença (SILVA, 2011).
A erliquia pode se apresentar em três fases: aguda, subclínica e crônica. A fase aguda pode
durar de duas a quatro semanas. O parasita poderá se espalhar para diversos órgãos como baço,
fígado e linfonodos pela circulação sanguínea. Os sinais clínicos apresentados são febre, anemia,
apatia, anorexia, inapetência, linfadenopatia e trombocitopenia (NAKAGHI et al., 2008). É uma
fase que pode passar despercebida e os sintomas cessarem com aproximadamente quatro semanas,
porém o parasita irá permanecer no animal. Já na fase subclínica acontece de seis a nove semanas,
mas alguns cães podem conviver com o parasita por anos e não desenvolverem sintomas aparentes
e os imunocompetentes conseguem eliminar o parasita do organismo e se recuperar sem nenhum
tratamento. Os sintomas são sutis e pode apresentar um pouco de perda de peso, mas em exames é
possível notar uma alta de anticorpos para E.canis. Quando o sistema imune do animal não está
competente para combater o agente, se instala a fase crônica com sintomas graves como
pancitopenia, glomerulonefrite, hemorragias e possibilidade de infecções secundárias devido o
sistema imune estar suprimido (ANDEREG; PASSOS, 1999). Nesses casos a maior preocupação é
com a severa anemia, necessitando de transfusão sanguínea. Tanto na fase aguda como na crônica
podem ser observados lesões oculares como hemorragia conjuntival, uveíte, entre outros
(MENDONÇA et al., 2005).
O diagnóstico preventivo é feito com base em anamnese, histórico do animal, se este teve
infestação de carrapato, exames físicos e laboratoriais. O diagnóstico definitivo é realizado por
meio de esfregaço sanguíneo para detecção de células parasitadas com E.canis. Existem no mercado
‘’kits’’ para testes rápidos de erliquiose, mas mesmo realizando-os não se deve descartar os testes
sorológicos para um diagnóstico definitivo. O tratamento terá melhores resultados se o animal for
diagnosticado precocemente, pois assim terá menos chances de agravamentos e infecções
secundárias (NEER; HARRUS, 2006).

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Como tratamento pode ser utilizados medicamentos como tetraciclina, oxitetraciclina,
corticoesteroídes, doxiciclina e dipropionato de imidocarb. O mais utilizado pelos médicos
veterinários é a doxiciclina, pois esta apresenta bons resultados. Em casos muito graves é necessário
a realização de transfusões sanguíneas. A evolução do tratamento é percebida com a melhora dos
sintomas do paciente como disposição e apetite (TILLEY; SMITH; FRANCIS, 2003).
Apesar de, na maioria das vezes o prognóstico ser favorável, deve tomar cuidado com essa
doença que pode levar a morte do animal. Por isso o melhor é realizar uma profilaxia para evitar o
contato do carrapato com o hospedeiro, e assim garantir a saúde e bem estar do cão (ISOLA;
CADIOLI; NAKAGE, 2012).

2.3. DOENÇA DE LYME


A doença de Lyme, também chamada de borreliose de Lyme, é causada por uma espiroqueta
do gênero Borrelia da espécie B. burgdorferi. É transmitida pelo carrapato para os animais e
homem, sendo considerada uma zoonose. Seus sintomas clínicos são semelhantes aos da gripe,
como dores, inflamações agudas, alterações articulares, apatia, desconforto muscular grave,
fraqueza, náuseas, febre, inapetência, entre outros (ALVIM, 2005).
O seu diagnóstico é feito com base nos sinais clínicos, anamnese e exames laboratoriais. É
importante o exame físico completo do animal e seu histórico, pois pode ocorrer reações cruzada
com outras doenças gerando assim falsos negativos ou positivos (CRIVELLENTIN;
BORINCRIVELLETIN 2015).
Para seu tratamento são utilizados antibióticos como amoxicilina e doxicilina, embora o
mais amplamente utilizado pelos médicos veterinários é a doxicilina. Em caso de alergias pode-se
optar pela eritromicina, cefuroxima. Outra terapêutica, tetraciclinas, penicilina, ampicilina
(PEREIRA, 2018).
A doença de Lyme pode ser prevenida por vacinação e por controle do vetor. A borreliose
não é muito conhecida devido a sua dificuldade de diagnóstico e por se assemelhar com outras
doenças. Mas é importante tomar conhecimento para adequado tratamento e profilaxia (ALVIM,
2005).

2.4.FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é causada por uma bactéria chamada Rickettsia rickettsii e tem como
principal vetor o carrapato Amblyomma cajennense. É uma doença muito perigosa, pois pode levar
a morte além de ser uma zoonose de grande importância. Os sinais clínicos apresentados nos cães
são: febre, apatia, anorexia, sangramentos nasais, conjuntivite, tosse, dispneia, desidratação, edemas

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em diversas partes do corpo como extremidade de orelha e escroto, seguida de necrose dessas
extremidades com o avançar da doença, alguns animais podem sofrer com disfunções neurológicas,
diarreia entre outros. Os animais podem ficar com sequelas neurológicas, lesões visuais e
dependendo da gravidade da lesão amputação de extremidade (LISSMAN; BENACH, 1980).
O diagnóstico é feito com base nos sinais clínicos, anamnese e histórico do animal,
juntamente com exames laboratoriais. Deve-se levar em consideração a situação epidemiológica da
região. O diagnóstico diferencial é bastante complexo devido à falta de especificidade dos sinais
clínicos e os obstáculos para realização de exames mais específicos, além da possibilidade de
infecções secundarias, podendo ser confundida com outras doenças como erliquiose, doença de
Lyme, babesiose e leishmaniose (DANTAS-TORRES, 2008).
Quanto antes se iniciar o tratamento maiores são as chances de sucesso. Um tratamento
iniciado tardiamente tem um prognóstico desfavorável. Algumas drogas utilizadas são: tetraciclina,
doxiciclina e clorafenicol. Além disso deve ser feito um tratamento suporte como fluidoterapia em
casos de desidratação ou em casos mais avançados da doença. Não existe no mercado vacina para a
febre maculosa, então o melhor a se fazer é prevenir a infestação de carrapato e se perceber a
presença de algum, retira-lo imediatamente e utilizar acaricidas. Deve-se sempre lembrar de fazer o
controle no ambiente, pois é onde se encontra a maior população de carrapatos (FORTES;
BIONDO; MOLENTO; 2011).

3. MORFOLOGIA E CARACTERÍSTICAS DO CARRAPATO


O carrapato R. sanguineus é um ixodídeo, sendo o mais disseminado pelo mundo, estando
presente em maior número nos cães domésticos de áreas urbanas. Ele é conhecido popularmente
como carrapato vermelho do cão, podendo também parasitar outras espécies de animais (AGUIAR
et al., 2013).
Ele possui o primeiro par de apêndice do prossoma, chamado de quelíceras, curto, ou seja,
possui a sua frente mais estreita que a traseira (Figura 1). Na sua região posterior está localizada os
apêndices locomotores, seu sistema respiratório, regiões anais e genitais. Dispõe de formato
hexagonal, não ornamentado, festões pouco desenvolvidos, seu corpo é longo e pequeno, nos
machos apresenta um par de placas adrenais, o peritrema, que é uma placa que protege e recobre a
traqueia dos carrapatos, tem formato de vírgula, olhos existentes, seu primeiro par de coxas são
bífidas e estes preferem lugares altos, chamado geotropismo negativo (COIMBRA-DORES et al.,
2016).

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Figura 1: Carrapato macho R. sanguineus

Fonte: Arquivo dos autores

Para completar o seu ciclo de vida, o R. sanguineus, necessita de três hospedeiros, um para
cada fase de desenvolvimento, que são elas larva, ninfa e adulta. Quando ela muda de estágio é
chamado de ecdise, se alimentando uma vez apenas em cada uma delas. Essa mudança ocorre no
ambiente, e após isso ela retorna ao hospedeiro. Quando a fêmea está ingurgitada, isto é, acúmulo
de ovos, ela se desprende do corpo do animal e fica no solo para postura dos ovos( Figura 2). O
período de pré-postura pode variar de três a quatorze dias e o de postura de dezesseis a dezoito dias.
A média é de 4.000 ovos por postura (DANTAS-TORRES, 2008).
A fêmea coloca os ovos em locais ao abrigo de luz, como buracos na parede, frestas, locais
mais altos. Esse acaba sendo um dos fatores que dificulta a exterminação do parasita de uma
propriedade. A sua temperatura ótima pode variar de 20 a 30 graus, porém são animais que se
adaptam facilmente a outras temperaturas (VERÍSSIMO, 2015).

Figura 2: Carrapato fêmea ingurgitada

Fonte: Arquivo dos autores

O período de tempo de cada fase em média são: sucção da larva de dois a sete dias, ecdise
larva para ninfa de cinco a vinte e três dias, sucção da ninfa de quatro a nove dias, ecdise da ninfa

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para adulta é de onze a setenta e dois dias e sucção da fêmea de seis a trinta dias. Esses períodos
variam de acordo a disponibilidade de alimento, país, região, temperatura e de acordo com a
população de carrapato. Tanto a larva como a ninfa podem sobreviver no ambiente sem se alimentar
por um longo período (DANTAS-TORRES et al., 2013).
Seus hospedeiros principais são os animais domésticos, mas podem, em menor incidência,
infestar humanos. Os carrapatos passam a maior parte do tempo no ambiente, e são extremamente
resistentes. São causadores de patologias de interesse veterinário e reservatório de vários patógenos
(SOARES, 2012)

4. MOMORDICA CHARANTIA
A Momordica charantia L. é uma espécie de planta trepadeira pertencente à família das
cucurbitáceas, muitas espécies desta família são comestíveis e reúnem importante valor econômico
no Brasil (DI STASI, 2002). O nome Momordica possui origem latino, que significa “mordida”,
referindo-se às bordas das suas folhas que parecem que foram mordidas. É uma planta
revolucionária pela sua versatilidade como alimento e em aplicações terapêuticas (ASSUBAIE,
2004).
Ahmed (2003) descreve que com a confecção dos extratos desta planta, vários componentes
descritos nela apresentaram atividade hipoglicêmica, atividade de síntese de proteínas anti-tumoral,
e a propriedade abortifaciente, ou seja, causa aborto. Com o passar dos anos e evolução da ciência,
muitos fitoquímicos foram identificados e demonstrados clinicamente, apresentando várias
atividades medicinais tais como antibiótico, antimutagênico, antioxidante, antileucêmico, antiviral,
anti-diabético, antitumor, aperitivo, afrodisíaco, adstringente, carminativo, citotoxico, depurativo,
hipotensivo, hipoglicêmico, imuno-modulador, inseticida, lactagogo, laxativo, purgativo,
refrigerante, estomáquico, tônico, vermífugo (ASSUBAIE, 2004).

4.1 CUCURBITÁCEAS
A família Cucurbitaceae apresenta uma abundante distribuição mundial, sendo encontrada
principalmente em áreas tropicais. Esta alberga 118 gêneros e 825 espécies, estando entre as mais
antigas plantas utilizadas pelo homem, contando 9 gêneros e 30 espécies cultiváveis (ESQUINAS-
ALCAZAR; GULICK, 1983; JUDD, 2009). Estas são cultivadas principalmente para fins
alimentares, aromáticos, medicinais, ornamentais ou como fonte de matérias-primas para diversos
produtos (BHARATHI; JOHN, 2013; ROMANO et al., 2008).
As plantas desta família exprimem alta plasticidade nos caracteres morfológicos, são
dominantemente herbáceas, anuais ou perenes, monóicas, com gavinhas espiraladas e muitas vezes

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ramificadas. As folhas podem ser simples, serreadas e possuírem dentes cucurbitóides. As
inflorescências são reduzidas a uma única flor. As sépalas e pétalas são geralmente em número de
cinco. O fruto é frequentemente um pepônio, mas pode ser bacóide, capsular (Luffa) ou ainda uma
cápsula carnosa, como observado em M. charantia e as sementes são achatadas, com muitas
camadas e endosperma escasso ou ausente (JUDD, 2009).
Segundo o autor Heiden e colaboradores (2007), dentre algumas destas espécies que são
cultivadas no Brasil estão: as abóboras (Cucurbita spp.), chuchus (Sechium edule), melancias
(Citrullus lanatus), melões (Cucumis melo), pepinos (Cucumis sativus), bucha-vegetal (Luffa
cylindrica), porongos e cabaças (Lagenaria siceraria), e outras culturas menos expressivas, como
kino ou kiwano (Cucumis metuliferus), maxixe (Cucumis anguria), melão-de-cheiro (Sicana
odorifera) e o melão-de-são-caetano (M. charantia).
O autor JUDD (2009) relata que além da importância alimentar, algumas espécies de
Cucurbitáceas são utilizadas como fontes de produtos de uso doméstico, e os frutos secos da Luffa
cylindrica, por exemplo, são utilizados como esponja vegetal. Há também a utilização dos frutos de
M. charantia para fins medicinais e terapêuticos.
Algumas espécies desta planta são importante fonte de minerais e vitaminas, especialmente
vitaminas A e C, encontrados na polpa dos frutos na forma de carotenóides e ácido ascórbico
(BHARATHI; JOHN, 2013; ROMANO et al., 2008), e estudos fitoquímicos têm comprovado a
presença de alcalóides e saponinas triterpenóides amargas, tetra ou pentacíclicas (JUDD, 2009).

4.2 CARACTERÍSTICAS DA MOMORDICA CHARANTIA


A espécie Momordica charantia (Figura 1)originou-se nos trópicos do Velho Mundo, sendo
provável que seu cultivo tenha começado na Índia. Possui uma maior diversidade na Índia, China e
no sul da Ásia, embora existam várias formas selvagens na África (ESQUINAS-ALCAZAR;
GULICK, 1983; WIN et al., 2014). É uma espécie vegetal silvestre comumente encontrada em
áreas urbanas e rurais, sendo conhecida e utilizada por suas propriedades medicinais (RIBEIRO,
2004). M. charantia é utilizada na medicina popular em países como China, Colômbia, Cuba, Gana,
Haiti, Índia, México, Malásia, Nova Zelândia, Nicarágua, Panamá, Peru e Brasil (CORDEIRO et
al., 2010) também cultivado no sul de Kyushu, Japão, devido ao clima subtropical
(SENANAYAKEet al., 2004).

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Figura 3: Momordica charantia

Fonte: Arquivo dos autores

É naturalizada no Brasil, estando amplamente distribuída desde a região Norte ao Sudeste,


podendo ser encontrada em áreas abertas e antropizadas, categoricamente frequente em pomares,
cafezais, sobre muros, cercas e alambrados e em terrenos baldios (GOMES-COSTA; ALVES,
2012; LORENZI, 2008).
Possui como sinônimos botânicos: Cucumis argyi H. Lév; Momordica chinensis Spreng;
Momordica elegans Salisb; Momordica indica L.; Momordica operculata Vell.; Momordica sinensis
Spreng.; Sicyos fauriei H. Lév. No conhecimento popular é denominada por diversos nomes, como:
balsamina-longa; caramelo; erva-de-São-Caetano; erva-de-lavadeira; erva-de-São-Vicente; fruto-
de-cobra; fruto-negro; melão-de-são-caetano; melãozinho; fruta de sabiá; meloeiro-de-são-caetano;
goya; quiabeiro-de-angola (LORENZI; MATOS, 2002; LORENZI, 2008).

Quadro 1: Classificação taxonômica do gênero Momordica


Classificação taxonômica do gênero Momordica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Cucurbitales
Família: Cucurbitaceae
Género: Momordica
Fonte: ESQUINAS- ALCAZAR; GULICK (1983). Adaptado

Segundo o autor Lorenzi (2008), a M. charantia caracteriza-se como uma trepadeira anual,
sublenhosa, com caule muito longo e ramificado, até 5 m de comprimento, sulcado e de coloração
esverdeada, contém gavinhas simples, longas e pubescentes. O fruto é oblongo e assemelha-se a um

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pepino pequeno, esse quando novo apresenta cor verde que muda para uma tonalidade alaranjada
quando maduro (LIMA, 2018).
As folhas são membranosas, lisas, pilosas e lobadas com cinco a sete lóbulos; gavinhas
simples, longa, delicada, pubescente. As flores amarelas saem das axilas da folha, tem cinco
pétalas, são amarelas arredondadas ou recortadas nas pontas, as sépalas são ovais, contém pequenos
pistilos de coloração alaranjada brilhantes e estame no centro, são monóicas, as masculinas são
solitárias, em pedúnculo com bráctea reniforme, glabros ou ligeiramente pubescentes; corola
irregular, amarelo limão; flores fêmeas nos pedúnculos delgados longos, brácteas geralmente perto
da base. Os frutos abrem como se estivessem estourando, mostrando a casca alaranjada brilhante e a
polpa alaranjada contém os arilos vermelhos brilhantes que envolvem as sementes (Figura 2). A
haste do fruto é pilosa, e as sementes são achatadas, oblongas, bi dentadas na base e no ápice,
coloração creme ou acinzentada (CORREA JUNIOR et al., 1994; DI STASI, 2002). Todas as partes
constituintes da planta apresenta um sabor amargo. E, segundo o autor Lorenzi (2008), suas
sementes são tóxicas e seus frutos são comestíveis.

Figura 4: Partes da planta Melão-de-são-caetano

Legenda: A= folha, B= flores, C= frutos, D= sementes


Fonte: Arquivo dos autores

4.3 COMPOSIÇÃO FITOQUÍMICA


Braca e colaboradores (2008) descrevem que em estudos fitoquímicos da M. charantia e
relatam a presença de importantes classes de metabólitos biologicamente ativos que incluem

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glicosídeos, flavonoides, saponinas, alcaloides, óleos essenciais, triterpenos, esteroides e proteínas.
Os ramos e folhas apresentam como constituintes químicos momordicina I, II e III e saponina do
ácido oleanólico; nos frutos e sementes encontram-se esteroides e carotenoides. Contudo, o
componente mais importante das sementes é a proteína alfa-tricosantina (MATOS, 2002).
Ao longo dos tempos e através de inúmeros estudos diversas substâncias já foram isoladas
de todas as partes da planta tais como: momorcharinas, momordenol, momordicilina,
momordicinas, momordicinina, momordina, momordolol, momorcharasídeos, charantina, charina,
criptoxantina, cucurbitinas, cucurbitanos, cucurbitacinas, cicloartenóis, diosgenina, eritrodiol, ácido
láurico, ácido elaeosteárico, ácido galacturônico, ácido gentísico, ácido oleanólico, ácido oleico,
ácido oxálico, pentadecanos, peptídeos, gepsogenina, goiaglicosídeos, goiasaponinas e
multiflorenol (MIURA, 2001).
Os estudos fitoquímicos da composição da M. charantia têm constatado a presença de
compostos biologicamente ativos como 50 novos glicosídeos, cucurbitinas e cucurbitane (CHEN et
al., 2008). Em pesquisas desenvolvidos por Daleffi-Zocoler e colaboradoes (2006) com extrato
aquoso de caule e folhas dessa plantaconquistaram resultados positivos quanto aos grupos químicos
para presença de flavonóides, saponinas, taninos e triterpenos. Já os extratos preparados com folhas
de M. charantia dessecadas e pulverizadas usando-se como solventes o álcool etílico a 70% (extrato
hidrofílico) e o éter etílico (extrato lipofílico) apresentaram como metabólitos mais frequentes os
alcaloides, catequinas, esteroides e saponinas (RODRIGUES et al., 2010), enquanto em extrato
etanólico do pó de folhas, talo e frutos verificou-se a presença de taninos, flavonas, flavonóis,
flavanonóis e xantonas (GOMES et al., 2011). Leite et al.(2005) em estudo fitoquímico de extrato
hexânico de folhas de planta de M. charantia, coletada no Estado do Ceará, revelaram a presença de
esteroides.

5. APLICAÇÕES DA PLANTA MOMORDICA CHARANTIA


A planta Momordica charantia L. é utilizada na medicina popular no tratamento de coceiras,
sarnas, impinge como purgativo, emético-catártico, febrífugo, antileucorréico, anticatarral,
antirreumático, vermífugo, febrífugo, emético, supurativo, anticarbuculoso, anti-inflamatório,
problemas menstruais, queimaduras, cravos, para enxaquecas e como abortivo e; para fins
etnoveterinários em infecções cutâneas, enfermidades do trato respiratório, antiparasitárias e como
repelente (LORENZI; MATOS, 2002; MEDEIROS et al., 2013). As partes utilizadas são,
principalmente, as folhas e em menor medida os talos e os frutos. É preparada na forma de infusão
(folhas e raízes), cataplasma (fruto), unguentos (folhas) e azeite (sementes) (LIMA, 2018). Os

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frutos, apesar de terem alertas relacionados com a toxicidade apresentando efeitos adversos como
sintomas gastrointestinais, são comestíveis (SUBRATTY, 2005).
Os autores Macedo e Ferreira (2004) relatam que nas comunidades tradicionais da Bacia do
Alto Paraguai e do Vale do Guaporé, o chá das folhas e caule é utilizado como hipoglicemiante. Na
Região Amazônica, o sumo das folhas é usado como antimalárico. Já em regiões de Mata Atlântica,
a infusão das partes aéreas da planta é empregado no tratamento de enfermidades hepáticas e como
emagrecedor (DI STASI; HIRUMA-LIMA, 2002).
Cordeiro et al. (2010) descrevem que no Sertão Paraibano, os frutos, folhas e raízes e desta
planta são utilizados de forma mais comum para o diabetes, como cicatrizante, contra parasitas
internos e ectoparasitas e no tratamento de cólicas. Em Minas Gerais, na Região de Governador
Valadares, raizeiros locais relatam o emprego do melão-de-são-caetano para controle da pressão
arterial, como antiflogístico e no tratamento de cólicas e diabetes (BRASILEIRO, 2006).
A M. charantia é muito estudada em relação ao seu efeito antidiabético e, partes de toda a
planta mostraram atividade hipoglicêmica em animais domésticos (GROVER; YADAV, 2004;
BELOIN et al., 2005; LEITE et al., 2005). Segundo o autor Tan et al. (2008) há, ainda, um
componente químico hipoglicemiante da M. charantia, um glicosídeo esteroidal que é a mistura de
glicosídeos de sitosterol e estigmasterol, conhecida como charantinas, peptídeos semelhantes à
insulina, sendo essa mais concentradas no fruto da planta. Segundo estes mesmos autores, estes
componentes do extrato assemelham-se em sua forma estrutural com insulina, que mimetizam a
ação hipoglicemiante em humanos.
A planta também é empregada no tratamento de enfermidades animais, sendo seu suco
muito utilizado para fins etnoveterinários entre os habitantes da Ilha do Marajó para o tratamento de
infecções cutâneas, enfermidades do trato respiratório, antiparasitárias e como repelente de insetos,
já o extrato em forma de chá é empregado nos casos de infecções cutâneas (MEDEIROS et al.,
2013).
Avaliações fitoquímicas de extratos de M. charantia revelaram a presença de alcalóides,
fenóis, catequinas, esteróides, terpenos e saponinas (CHEN et al., 2008; DALEFFI ZOCOLER et
al., 2006; JUDD, 2009; RODRIGUES et al., 2010; UPADHYAY et al., 2013). Esses compostos
podem ser caraterizados através de diversos métodos de extração de preparados e pelo
fracionamento com solventes de diferentes polaridades, possibilitando inferir as possíveis classes de
substâncias extraídas nas diferentes frações, de acordo com suas polaridades e solubilidades, que
contribuem para as diversas atividades biológicas e farmacológicas da espécie vegetal
(MEDEIROS; KANIS, 2010; OLIVEIRA, 2016; SHARAPIN, 2000; SIMÕES, 2007).

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Estudos in vivo e in vitro demostraram que M. charantia possui atividade antibacteriana,
antifúngica, repelente, larvicida, inseticida, moluscicida, anti-helmíntica e antiparasitária
(AMORIM et al., 2011; BRASILEIRO et al., 2006; BRITO-JUNIOR et al., 2011; CELOTO et al.,
2008; CORDEIRO et al., 2010; FARIA et al., 2009; JESUS et al., 2013; LIMA et al., 2017;
MEDEIROS et al., 2013; MONTEIRO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2013; NETO et al.,
2017; RODRIGUES et al., 2010; SANTIAGO et al., 2008; UPADHYAY et al., 2013;
VENTUROSO et al., 2011).
Celoto et al. (2011), realizaram testes para avaliar a atividade antifúngica dos extratos da
planta, os extratos aquosos e hidroetanólicos de folhas e ramos de M. charantia promoveram a
inibição da germinação dos conídios do fungo Colletotrichum musae, responsável pela antracnose
em bananas. Dentre as 22 plantas avaliadas, o extrato aquoso e hidroetanólico de M. charantia
conferiram uma das maiores inibições do crescimento micelial, superior à 50%, do fungo
Colletotrichum gloeosporiodes, isolado do fruto de mamoeiro (CELOTO et al., 2008). Testes
realizados com o extrato etanólico das folhas de M. charantia em coelhos que foram infectados
artificialmente com o Microsporum canis, apresentou uma melhora histológica nas lesões. Esses
fungos são os responsáveis por causarem a dermatofitose (BRAGA et al., 2007).
Usando o extrato hidroalcoólico de M. charantia no tratamento de sementes de Pterogyne
nitens, conhecido popularmente como amendoim do Mato ou amendoim Bravo, os
pesquisadoresMedeiros e colaboradores (2013), observaram que houve redução da incidência dos
fungos fitopatogênicos dos gêneros Fusarium sp., Curvularia sp. e Alternaria sp., aumentando
assim o percentual de germinação das sementes de P. nitens. Venturosoet al., (2011), realizando
experimento em ensaio in vitro com fungos fitopatogênicos, constataram que o extrato aquoso de
M. charantia inibiu em 36,6% o crescimento micelial de Cercospora kikuchii.
O extrato de M. charantia mostrou-se eficiente no controle da infestação de insetos adultos
do Sitophilus zeamais (gorgulho-de-milho) presente em sementes de milho armazenado. Os baixos
percentuais de infestação apresentado pelo extrato de melão-de-são-caetano, possivelmente, dá-se
pela ação de compostos secundários encontrados na planta, proporcionando nas sementes uma
película protetora, impedindo, assim, o ataque dos insetos (ALMEIDA, 2013). O autor Sallet (2006)
mostrou que extrato etanólico de M. charantia demostrou atividade inseticida sobre a broca-do-
café. Testes cromatográficos detectaram a presença de momordicina II e triterpeno
monoglucosídico que foram identificados como compostos repelentes (LIMA, 2018)
O extrato vegetal da M. charantia também vem sendo estudado como uma opção alternativa
para inibir o crescimento bacteriano. Amorim e colaboradores (2011) avaliaram a atuação do
extrato alcoólico de M. charantia como antibacteriano sobre Ralstonia solanacearum, responsável

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pelo moko em mudas de bananeiras, e observaram que esse não apresentou qualquer efeito sobre o
desenvolvimento da bactéria. Em uma avalição das atividades antimicrobiana e citotóxica de
extratos alcoólicos de 33 plantas medicinais aplicadas por residentes da cidade de Governador
Valadares-MG, M. charantia também não apresentou atividade contra Escherichia coli e
Staphylococcus aureus, entretanto apresentou toxicidade às larvas do minicrustáceo Artemia salina
L., utilizada como bioindicador (BRASILEIRO et al., 2006). Também foi observada a atividade
antimicrobiana do macerado das folhas de M. charantia sobre as bactérias Escherichia coli,
Bacillus subtilis, Bacillus cereus, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginesa, Salmonella sp.,
Klebsiella pneumoniae (ADEGBOLA, 2016).
Torres et al. (2002) atestaram que no extrato de uma ou mais partes da planta do melão-de-
são-caetano(sementes, folhas, haste, raízes ou frutos) foram encontradas substâncias bioativas como
alcaloides, flavonoides, saponinas, glicosídeos, açúcares redutores, resinas, constituintes fenólicos,
óleo fixado e ácidos livres, explicando sua atividade antifúngica e antibacteriana.
Os autores Silveiraet al.(2009), realizaram um levantamento sorológico de vírus em oito
espécies de Cucurbitáceas, onde investigaram a presença da infecção viral entre as plantas, em que
apenas a M. charantia não apresentou infecção por nenhum dos vírus analisados, propondo com
isso mais estudos sobre a atividade antiviral da espécie. O extrato de folhas e frutos de M. charantia
demostrou um efeito positivo sobre mortalidade de formas promastigotas de Leishmania donovani,
sugerindo-a como potencial candidata no sentido de desenvolver novos quimioterápicos contra as
leishmanioses (GUPTA et al., 2010).
Os extratos feitos a partir das partes da plantaM. charantia têm sido estudados como forma
alternativa no combate de moluscos. O extrato hidroalcoólico das folhas demostrou uma
significativa atividade moluscicida, com 85% de mortalidade sobre Biomphalaria glabrata
(RODRIGUES et al., 2010). O pesquisador Upadhyay et al. (2013), utilizando o extrato etanólico
do pó liofilizado dos frutos de M. charantia, conseguiram o resultado mostrando que esseinibiu de
maneira significante in vivo e in vitro a acetilcolinesterase, as atividades das fosfatases alcalina e
ácida nos tecidos nervosos do molusco Lymnaea acuminata, hospedeiro para muitas espécies de
trematódeos.
Extratos de M. charantia também vem sendo utilizados e pesquisados como forma
alternativa em protocolos terapêuticos etnoveterinários, principalmente como antiparasitário.
BRITO-JUNIOR et al. (2011) observaram que o extrato alcoólico de M. charantia proporcionou
uma redução de 40% do número de ovos de helmintos gastrintestinais por grama de fezes, em
caprinos naturalmente infectados. Já o extrato etanólico das folhas M. charantia retratouatividade
ovicida e larvicida em infecções mistas por nematóides gastrintestinais de caprinos (CORDEIRO et

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al., 2010). Duas proteínas conhecidas como α e β-momorcharinas presentes nas sementes, frutos e
folhas, foram relatadas em pesquisas in vitro com atividade contra o vírus HIV (KUMAR et al.,
2010). Além disso, ensaios preliminares com o extrato etanólico bruto de suas folhas demonstraram
atividade gastroprotetora e o extrato hexânico de M. charantia reduziu significativamente as lesões
gástricas em camundongos (LEITE et al., 2005).
Uma característica que vem sendo muito estudada no últimos anos é a atividade citotóxica
da M. charantia. O papel dessa planta no controle do câncer pode ser confirmado através dos
trabalhos de FANG et al.(2012); Nerurkar e Ray (2010); MENG et al. (2014); KIKUCHI et al.
(2012).
Os metabólitos originários de plantas podem causar diversos efeitos sobre os insetos, tais
como repelência, inibição de oviposição e da alimentação, alterações no sistema hormonal,
distúrbios no desenvolvimento, deformações, infertilidade e mortalidade nas diversas fases,
podendo penetrar no organismo por ingestão ou por contato (GALLO et al., 2002; ROEL, 2001).

5.1 TOXICIDADE
Com relação a toxicidade, M. charantia L. tem se mostrado segura até os presentes estudos.
Segundo os autores Lagarto et al. (2008), estudos pré-clínicos in vivo tem demonstrado existir uma
baixa toxicidade de todas as partes do melão-de-São-Caetano quando ingeridos oralmente. Os
animais que, experimentalmente, receberam baixas doses do extrato dessa planta durante dois
meses não apresentaram nenhum sinal de nefrotoxicidade e hepatotoxicidade, além de não acarretar
alteração no consumo de alimentos, no ganho de peso ou nos parâmetros hematológicos (VIRDI et
al., 2003). Nos testes toxicológicos do extrato bruto etanólico das folhas de M. charantia L.
realizados pelo pesquisador Ponzi(2010), evidenciaram ausência de letalidade para a dose máxima
administrada de 4000 mg/kg, não necessitando testar doses superiores a esta por lei, classificando-a
como atóxica.
Entretanto, as suas sementes demonstram maior toxicidade quando comparada com as folhas
e as partes aéreas da planta. De acordo com Mengue e colaboradores (2001) foram isoladas
glicoproteínas (alfa e beta-momorcharina) das sementes, que apresentaram ação inibitória sobre a
multiplicação celular do endométrio e miométrio de camundongos fêmeas, conferindo ação
abortiva.

6. USO DA MOMORDICA CHARANTIA COMO CARRAPATICIDA


Em qualquer criação de animais, sejam eles grandes ou pequenos, ocorre infestações de
parasitas que trazem prejuízos econômicos e para a saúde. A utilização de fitoterápicos tem sido

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uma saída para este problema. Por isso várias plantas com possíveis efeitos carrapaticidas foram
testadas para sua possível utilização no controle de carrapatos (CASTRO et al, 2010).
Alguns estudos a respeito do melão-de-são-caetano como carrapaticida já foram feitos para
o Rhipicephalus microplus, o carrapato comumente encontrado em animais de grande porte como
bovinos. Em alguns testes realizados foi possível comprovar a eficácia intermediária contra o R.
microplus. (SANTOS et al.,2017).
Segundo um estudo realizado por Santos (2017), para a obtenção do extrato da planta para
posterior realização dos testes in vitro as plantas foram coletadas e enviadas para o laboratório onde
foram feitos os extratos hidroetanólicos, ou seja, a base de etanol absoluto e água, das folhas secas,
frescas e das sementes. Foram coletadas as teleóginas e armazenadas adequadamente para que não
sofressem alterações. Em seguida os carrapatos foram pesados e divididos em grupos e imergidos
no extrato em quatro concentrações de cada composto. Também fizeram um grupo controle com
água e um com um carrapaticida industrial. Posteriormente foram secas e colocadas em câmaras
climatizadas para ovoposição. 10 dias após as fêmeas e os ovos foram mensurados e calculados
com base em Drummond et al. (1973). Foi possível perceber que neste experimento o extrato de
folha fresca foi o que demonstrou maior eficácia com 48,2% (SANTOS et al., 2017).
Quando comparados com outros extratos a Momordicacharantiaapresenta um resultado
superior a outras plantas. No experimento realizado por Castro et al. (2010), ela teve um resultado
de 71% de eficácia. Porém, de acordo com o Ministério da Agricultura só é aceito como
carrapaticida se obtiver um valor mínimo de 95% de eficácia (BRASIL, 1989).
Essa planta possui propriedades com efeito carrapaticida, que com estudos mais
aprofundados do assunto pode ser utilizada para associá-la a carrapaticidas industriais, afim de
potencializar o efeito prolongando e o tempo de vida útil dos comerciais que já existem no mercado
(SANTOS et al. 2017).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Doenças transmitidas e/ou causadas por ectoparasitas como carrapatos, por exemplo, fazem
parte de uma difícil realidade enfrentada pelos proprietários de animais domésticos e podem ser
responsáveis por grandes prejuízos econômicos e para saúde animal, sendo algumas delas
consideradas zoonoses.
No mercado existem inseticidas industriais com boa eficácia, porém de alto custo e devido
ao uso indiscriminado alguns já apresentam alta taxa de resistência, além de deixarem resíduos no
ambiente e muitas vezes causarem reações adversas ao animal. A alternativa de desenvolver

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produtos orgânicos é uma solução viável para resolução deste problema, sendo acessível a todas as
classes de criadores.
Tendo em vista os resultados obtidos pelas diversos autores citados acima a respeito do uso
do extrato da Momordica charantia contra diversos microrganismos, a presente revisão de literatura
impulsiona a continuidade da investigação do uso do extrato do melão-de-são-caetano no
controle/combate do carrapato Rhipicephalus sanguineus, sendo necessários novos experimentos
que venham elucidar o potencial dos metabólitos secundários da M. charantia. Dessa forma, existe
a possibilidade de que, no futuro, o extrato da M. charantia possa ser utilizado a parte ou em
consonância com outra(s) plantas que já possuem tais características de repelência ou morte em
carrapatos e/ou vacinas usadas no controle e na prevenção destes ectoparasitas, levando a uma
diminuição do uso de carrapaticidas, minimizando essas desvantagens em torno dos produtos
comerciais.
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