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Patos-PB
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Patos-PB
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
BANCA EXAMINADORA
_________________________________ 9,5
Prof. Dr. Gildenor Xavier Medeiros Nota
_____________________________________ ______
Prof. MSc. Thiago da Silva Brandão Nota
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................6
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................................7
2.1 Casos Clínicos acompanhados durante estágio...........................................................9
3 LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA ASSOCIADA A TUMOR VENÉREO
TRANSMISSÍVEL CANINO: RELATO DE CASO......................................................13
3.1 Revisão de literatura....................................................................................................13
3.1.1 Leishmaniose Visceral canina.....................................................................................13
3.1.2 Tumor Venéreo Tranmissível canino..........................................................................15
3.2 Descrição do caso clínico..............................................................................................16
4 CONCLUSÃO.................................................................................................................20
REFERÊNCIAS................................................................................................................21
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1 INTRODUÇÃO
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Feito o exame físico geral, o clínico deverá se direcionar para o exame físico específico,
onde serão examinados os sistemas referentes à queixa principal relatada pelo tutor.
Examinando sistemas através de alterações em: globo ocular, conduto auditivo, aparelho
genital, digestório, locomotor, tegumentar, cardiorrespiratório e nervoso. Com esse
conjunto de informações obtidas, o clínico poderá elaborar hipóteses diagnósticas que
muitas vezes necessitarão de confirmação através de exames laboratoriais e
complementares.
No Hospital Veterinário, os setores trabalham em conjunto em busca do correto
diagnóstico e consequente tratamento apropriado para os pacientes ali atendidos. Todos os
animais acompanhados necessitaram de exames laboratoriais para melhor direcionamento
do diagnóstico. Setores como Laboratório de Patologia Clínica, Laboratório de Patologia
Animal, Diagnóstico por Imagem e Laboratório de Microbiologia foram cruciais para a
confirmação dos diagnósticos; assim como os setores de Anestesiologia e Cirurgia de
Pequenos Animais foram essenciais para os tratamentos cirúrgicos.
Sob supervisão dos médicos veterinários residentes da CMPA, foi permitido realizar
coleta de amostras para os exames laboratoriais e complementares, como coleta de sangue
venoso, confecção de lâminas ao realizar técnicas de imprint, raspado cutâneo e punção
com agulha fina (aspirativa ou por capilaridade), coleta de medula óssea, urina e líquidos
cavitários. Além disso, foi possível fazer desobstrução e sondagem uretral, acompanhar
realização de testes rápidos (SNAP 4X, cinomose, parvovirose), realizar fluidoterapia
intravenosa ou subcutânea, dentre outras atividades pertinentes.
Determinado o prognóstico do animal, avalia-se a necessidade de internamento do
mesmo. Aqueles pacientes que apresentam quadros clínicos críticos e que necessitam de
cuidados intensivos para estabilização do quadro são encaminhados para o internamento, a
fim de serem acompanhados e supervisionados, sendo avaliada a evolução do quadro do
animal, através da administração de medicamentos em horários determinados, assim como
outros cuidados específicos de acordo com a necessidade de cada paciente.
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temporomandibular esquerda
41330 05/05/22 Fêmea 5 anos Otite exterma
Durante o ESO III, a predominância de casos em felinos foi marcada por afecções
uterinas (3), sendo estas: fetos em sofrimento, fetos mortos e piometra; e por alterações em
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tecidos mamários (3), sendo estas: carcinoma mamário (2) e hiperplasia adenomatosa
mamária (1).
Uma possível justificativa para esses números é o uso de anticoncepcionais em gatas,
que é responsável por causar diversas alterações em tecidos uterinos e mamários. O acetato
de medroxiprogesterona, o acetato de megestrol e a proligestona são os anticoncepcionais
mais comercializados e podem causar: hiperplasia endometrial cística, piometra,
hiperplasia mamária, tumores mamários, pseudociese, diabetes melitto, supressão
adrenocortical, retenção e morte fetal (ARAÚJO, 2013).
Como o município de Patos carece de ações efetivas para o controle populacional de
felinos, como promoção de campanhas de castração, os tutores ainda recorrem ao uso de
anticoncepcionais para animais devido seu baixíssimo custo em relação à
ovariohisterectomia.
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A transmissão pode decorrer mediante o contato de células tumorais viáveis com uma
lesão prévia existente na superfície epitelial (BIRHAN; CHANIE, 2015). No Brasil, o
TVTc abrange 20% dos cães, sendo a segunda neoplasia de maior incidência.
O TVTc apresenta-se de forma única ou múltipla, com dimensões variando entre alguns
milímetros até 10 cm, áreas inflamadas, ulceradas e podem assumir formato característico
de couve-flor (ZACHARY; MCGAVIN, 2018).
O tratamento oncológico é específico e decorrente de vários fatores, tais como: o tipo de
tumor, grau histológico e estágio (BILLER et al., 2016). Dentre os procedimentos
terapêuticos realizados para o TVTc, estão a cirurgia, imunoterapia, radioterapia e a
quimioterapia antineoplásica, que é o tratamento de eleição (TINUCCI; CASTRO, 2016).
A primeira linha de escolha para o tratamento do TVTc é o sulfato de vincristina, com
eficiência relatada em mais de 80% dos casos. Todavia, alguns tumores tornam-se
resistentes a esse fármaco, instituindo a necessidade de substituição do mesmo (SAID et
al., 2009). Nas circunstâncias onde o TVTc apresentar resistência ao tratamento com
vincristina, não apresentando remissão das lesões, a doxorrubicina pode ser associada ao
protocolo quimioterápico (HUPPES et al., 2014).
4 CONCLUSÃO
BILLER, B. et al. Oncology Guidelines for Dogs and Cats. Journal of the American
Animal Hospital Association, Colorado, n. 4, v. 52. p. 181-204, jul. 2016.
SAID, R. A. et al. Efficacy and Side Effects of Vincristine Sulphate Treatment on Canine
Transmissible Venereal Tumour. In: WORLD SMALL ANIMAL VETERINARY
CONGRESS, 2009, São Paulo.
TINUCCI, C. M.; CASTRO, K. F. Tumor venéreo transmissível canino. In: DALECK, C.
R..; NARDI, A. B.; RODASKI, S. Oncologia em Cães e Gatos. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.