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I

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

ENAILY ALINE DOS SANTOS RAMOS

PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE EM BÚFALOS NA


MICRORREGIÃO DO ARARI, ILHA DO MARAJÓ - PARÁ

ENAILY ALINE DOS SANTOS RAMOS

BELÉM
2021
II

PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE EM BÚFALOS NA


MICRORREGIÃO DO ARARI, ILHA DO MARAJÓ - PARÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


no Curso de Medicina Veterinária do Instituto
de Saúde e Produção Animal da Universidade
Federal Rural da Amazônia, como requisito
para a obtenção do grau de Bacharel em
Medicina Veterinária.
Orientador: Prof. Dr. Sebastião Tavares
Rolim Filho.

BELÉM
2021
III
AGRADECIMENTOS

Gostaria de dedicar esse trabalho, como forma de gratidão, primeiramente aos meus pais,
Edna dos Santos e Alexandre Ramos, que nunca mediram esforços para investir na minha
educação e sempre apoiaram minha vida acadêmica. Ao meu filho Rafael Ramos, que mesmo
sem compreender é a minha força diária e a razão de me fazer nunca desistir de ser cada dia
melhor, para conquistar o nosso futuro. Ao Dr. Loreno, que me incentivou e me ensinou
muito durante a graduação. A todos os meus professores e orientadores que foram
responsaveis pelo meu aprendizado e são exemplos de profissionais a se seguir. A todos os
meus familiares que me deram suporte, direta e indiretamente, para eu nunca precisar parar a
faculdade. E por último, mas não menos importante, à Deus que me sustenta todo dia e nunca
me abandonou.
IV

Dados Internacionais de Catalogação na


Publicação (CIP) Bibliotecas da Universidade
Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

R175p Ramos, Enaily Aline dos Santos


PREVALÊNCIA DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE EM BÚFALOS NA
MICRORREGIÃO DO
ARARI, ILHA DO MARAJÓ - PARÁ / Enaily Aline dos Santos Ramos. - 2021.
30 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Medicina


Veterinária, Campus Universitário de Belém, Universidade Federal Rural
Da Amazônia, Belém, 2021.
Orientador: Prof. Dr. Sebastião Tavares Rolim Filho

1. Brucelose e Tuberculose bovina. 2. Prevalência. 3. Ilha do Marajó. 4. Pará.


I. Filho, Sebastião Tavares Rolim, orient. II. Título

CDD 614.098113
V

“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na


tribulação, perseverem na oração”

(Romanos, 12:12)
VI
RESUMO

A Brucelose e a Tuberculose são doenças bacterianas consideradas zoonoses com


distribuição mundial, que acometem bovinos e bubalinos, podendo contaminar o leite e a carne
dos mesmos, sendo um problema econômico e de saúde publica frequentemente encontrado nos
rebanhos do Brasil. Este trabalho tem como objetivo identificar a prevalência dessas doenças nos
municipios de Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras e Muaná da Ilha do Marajó-
PA, pelo exame de triagem Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) para Brucelose e pela
Tuberculinização de Tuberculose Bovina e Aviária para Tuberculose. Os exames foram realizados
por um médico veterinário particular com habilitação pelo Ministério da Agricultura,
Abastecimento e Agropecuária (MAPA), no período de Janeiro de 2018 a Junho de 2021. Foram
testados 1477 animais, entre machos e fêmeas, sendo 4,87% reagentes para Brucelose e 2,37%
positivos para Tuberculose. De acordo com o presente estudo é possível afirmar que a Brucelose e
a Tuberculose ainda afetam o rebanho bubalino da região, e precisa ser controlada/erradicada
visando a saúde coletiva.

Palavras-Chave: Brucelose, Tuberculose, Prevalência, Marajó.


VII
ABSTRACT

Brucellosis and Tuberculosis are bacterial diseases considered zoonoses with worldwide
distribution, which affect cattle and buffaloes, and can contaminate their milk and meat, being an
economic and public health problem frequently found in herds in Brazil. This study aims to
identify the prevalence of these diseases in the municipalities of Soure, Salvaterra, Cachoeira do
Arari, Ponta de Pedras and Muaná by screening Acidified Buffered Antigen (AAT) for Brucellosis
and by Tuberculinization of Bovine and Avian Tuberculosis for Tuberculosis. The tests were
performed by a private veterinarian qualified by the Ministry of Agriculture, Supply and
Agriculture (MAPA), from January 2018 to June 2021. 1547 animals were tested, between males
and females, 4,87% reagents for Brucellosis and 2,37% positive for Tuberculosis. According to
the present study, it is possible to affirm that Brucellosis and Tuberculosis still affect the buffalo
herd in the region, and than it needs to be controlled/erradicated with a view to collective health.

Key words: Brucellosis, Tuberculosis, Prevalence, Marajó.


VIII
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Prevalência de tuberculose bovina na região Norte no período de 2012 a 2019...... 17


Tabela 2 - Prevalência de tuberculose bovina em alguns Estados do Brasil nos anos 2008 a
2018..................................................................................................................................................18

Tabela 3 - Prevalência de brucelose bubalina por gênero ............................................................22


Tabela 4 – Prevalência de tuberculose por gênero..................................................................... ...23
Tabela 5 – Prevalência de brucelose bubalina por municipios .................................................. .23

Tabela 6 – Prevalência de tuberculose por municipios ................................................................ 24


IX

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Aplicação de tuberculina bovina para realização do Teste Cervical Comparativo


............................................................................................................................................................... 19
Figura 2 – Utilização do cutímetro para mensurar o aumento no couro do animal após 72h
das aplicações de tuberculinas bovinas e aviárias
...................................................................................................................................................19
Figura 3 - Amostras reagentes e não reagentes pelo teste de Antígeno Acidificado
Tamponado (AAT) para brucelose na placa de fundo preto.....................................................20
X
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12

2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 13

2.1 Objetivo geral.............................................................................................................13


2.2 Objetivos específicos..................................................................................................13
3. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................... 14
3.1 A carne e o queijo no Marajó .................................................................................. 14
3.2 Etiopatogenia da brucelose ...................................................................................... 14
3.3 Etiopatogenia da tuberculose.................................................................................... 15
3.4 Epidemiologia da brucelose no Brasil...................................................................... 16
3.5 Epidemiologia da tuberculose no Brasil...................................................................17
4. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 18

4.1 Coletas ........................................................................................................................18

4.2 Diagnósticos................................................................................................................20

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 22


6. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 25
7. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 26
12

1. INTRODUÇÃO

O Arquipélago do Marajó, localizado ao Norte do Estado do Pará, é dividido em 3


microrregiões: Arari, Furos de Breves e Portel. A região do Arari é composta pelos municípios de
Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Santa Cruz do Arari, Salvaterra e Soure. A
região do Furos de Breves é composta por Afuá, Anajás, Breves, Curralinho e São Sebastião de
Boa Vista. Por fim, Portel é composto por Bagre, Gurupá, Melgaço e Portel (IBGE, 2019).
Segundo o IBGE, 2019, o Pará possui 546.777 cabeças de búfalos e 20.881.204 bovinos.
As 3 mesorregiões do Marajó, representam 71,67% desses bubalinos do Estado e 1,18% dos
bovinos. A microrregião do Arari, considerada a região com maior concentração de búfalos do
país, possui 374.723 búfalos e 218.551 bovinos. Isso corresponde a 2,77% do rebanho estadual.
Essa criação em larga escala se justifica pela pecuária na produção de carne e de leite que
movimenta a economia da região, assim como o couro, chifre e artesanato, entre outros. Os
maiores consumidores da carne e do leite produzido pela Ilha são os próprios moradores, assim
como Belém, outros municípios e Estados como Amapá, Maranhão e o Líbano são compradores
frequentes (IBGE, 2017).
Segundo Bernardes (2007), até a década de 80 o foco da produção de búfalo era a carne,
porém a produção de leite teve aumento devido ao alto valor biológico que favorece a indústria de
derivados lácteos agregando valor ao produto final. A Lei 13.860, 2019, determina a elaboração
do queijo artesanal de acordo com as boas práticas de fabricação agropecuárias. Dessa forma, as
queijarias que produzem queijo a partir do leite cru deve possuir certificado como sendo livre de
Brucelose e Tuberculose.
A Brucella abortus é o agente responsável por uma das doenças mais comuns e
importantes em bovídeos, a Brucelose, haja vista os impactos negativos que ela causa na
economia e na saúde pública, assim como nos animais. Nos bovídeos são comuns sintomas
reprodutivos, como o aborto no terço final da gestação em fêmeas, orquites e infertilidade nos
machos (MEIRELLES-BARTOLI, R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A., 2014). Logo, o ser
humano também se infecciona com alta frequência devido ao contato direto do homem com os
animais doentes no rebanho e pela ingestão de alimentos contaminados devido, principalmente, ao
abate clandestino e ao costume de consumir leite in natura. (ACHA & SZYFRES, 2001).
O Mycobacterium bovis responsável pela Tuberculose bovina é uma doença
infectocontagiosa de evolução crônica. é estimado que esta doença cause um prejuízo econômico
de 10% a 25% na produção da carne e do leite, devido ao óbito de animais, à redução dos indices
zootécnicos e à condenação de carcaças sob inspeção sanitária (BRASIL, 2006; PEREIRA et al.,
2015; SABEDOT et al., 2014). Logo, este trabalho objetivou estimar a prevalência de Brucelose
13
e de Tuberculose nos rebanhos bubalinos da Microrregião do Arari – Ilha do Marajó/PA.
14

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Estimar a prevalência de brucelose e de tuberculose nos rebanhos bubalinos da
microrregião do Arari – Ilha do Marajó/PA.

2.2 Objetivos específicos


- Comparar os resultados obtidos entre os machos e as fêmeas;
- Comparar os resultados obtidos entre os municipios da microregião do arari e outros
municipios brasileiros.
15
3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A carne e o queijo no Marajó


A carne de búfalo atende as exigências do mercado que procuram por uma alimentação
mais saudável, saborosa, com boa aparência e suculenta. Nutricionalmente, ela possui
características e particularidades que a tornam superior à carne bovina, com 55% menos calorias,
40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 11% a mais de proteína e 10% a mais de minerais
(CARNES, 2021).

O queijo de búfala proveniente da Ilha do Marajó, recebeu em março/2021 o registro de


Indicação Geográfica (IG) na modalidade de indicação de procedência. O Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI) concedeu o registro permitindo desde então que o nome Marajó seja
oficialmente utilizado na comercialização do queijo, atrelando reputação e qualidade no comércio
nacional e internacional do mesmo. Assim como, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do
Pará (ADEPARÁ), juntamente com o Governo do Estado criou o Selo Arte, instituído pela Lei
13.680/2018 e regulamentado pelo Decreto 9.918/2019 que permite a comercialização nacional de
produtos artesanais e o queijo do Marajó foi o primeiro produto da Região Norte a receber esse
selo (QUEIJO, 2021).

3.2 Etiopatogenia da brucelose bovina


O gênero Brucela é constituído pelas espécies B. melitensis, B. suis, B. ovis, B. neotomae, B.
canis e B. abortus, sendo a Brucella abortus a responsável por contaminar bovinos e bubalinos e
provocar sintomas reprodutivos, como o aborto no terço final da gestação (MEIRELLES-
BARTOLI, R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A., 2014).
A Brucela abortus possui várias portas de entrada no animal, podendo ser via mucosa oral,
nasofaríngea, conjuntival ou genital. O aborto é explicado pela inflamação que a bactéria causa
nas membranas e leva a obstrução da circulação fetal causando necrose nos cotilédones
(MEIRELLES-BARTOLI, R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A., 2014). A vaca em gestação é a
categoria mais susceptível à brucelose e constitui também, a principal fonte de infecção
(MATHIAS, 2008). A transmissão do agente etiológico ocorre através de contato direto, já que é
hábito das vacas lamberem membranas fetais, fetos abortados e bezerros recém-nascidos, ou por
contato indireto, pela ingestão de materiais, alimentos, como água, pasto e forragens (COELHO;
DA SILVEIRA NETO, 2018).
A saúde pública é ameaçada pela possibilidade de ingerir produtos de origem animal que
estejam contaminados, com procedência duvidosa, como o leite e seus derivados que não
16
passaram por nenhum tratamento térmico. Assim como a carne crua possui restos de tecido
linfático e o sangue de animais positivos podem conter bactérias viáveis sendo um alto risco para
os consumidores (BRASIL, 2006). É, geralmente, na entrada de animais novos no rebanho que
sejam portadores, podendo ser assintomáticos, que a Brucela se dissemina. A transmissão
transplacentárias ou perinatais acontecem e originam infecções latentes. Não é comum que os
machos do rebanho transmitam a doença no momento da monta natural, porém o sêmen do animal
portador pode infectar as fêmeas durante a inseminação (LAGE et al., 2008; SOLA et al., 2014).

3.3 Etiopatogenia da tuberculose bovina


O Mycobacterium bovis responsável pela tuberculose bovina é uma doença
infectocontagiosa de evolução crônica, sendo comum encontrar o desenvolvimento progressivo de
lesões nodulares, os granulomas, que podem atingir qualquer órgão ou tecido do animal (BRASIL,
2006; OLIVEIRA, et al., 2007).
A Tuberculose pode se disseminar pela respiração (aerossóis), corrimento nasal, leite,
fezes, urina, secreção vaginal ou uterina e pelo semên. Há casos de contaminação pela ingestão de
pastagens, alimentos ou água contaminada com secreções ou excreções de animais infectados,
assim como pode ocorrer a transmissão via intrauterina por sêmen contaminado (POLLOCK;
NEILL, 2002). A transmissão genital ocorre, contudo é raro (PHILLIPS et al., 2003). A
transmissão vertical acontece por meio dos vasos umbilicais sendo aproximadamente 1% dos
bezerros de vacas tuberculosas infectados por esta via (O’REILLY; DABORN, 1995). Estudos
mostraram que a idade dos animais, a deficiencia nutricional, o estresse, a gestação e infecções
virais imunossupressoras podem influenciar nas respostas imunes provocando um progressão
aguda da tuberculose (POLLOCK; NEILL, 2002). A criação dos animais em sistema intensivo
também facilita a disseminação da enfermidade quando comparado aos sistemas extensivos
(POLLOCK et al., 2006; MICHEL et al., 2009). Um animal acometido com tuberculose pode
apresentar uma redução de 10 a 25% na sua capacidade reprodutiva e ainda é uma fonte viva de
infecção. (ROXO, 1996). Logo, é estimado que esta doença cause um prejuízo econômico de 10%
a 25% na produção da carne e do leite, devido ao óbito de animais, à redução dos indicies
zootécnicos e à condenação de carcaças sob inspeção sanitária (BRASIL, 2006; PEREIRA et al.,
2015; SABEDOT et al., 2014). Assim como a Brucelose, a Tuberculose pode acometer os
humanos , além dos animais, tendo maior contágio àqueles que trabalham diretamente com os
animais (MICHEL; et al., 2009).
17
3.4 Epidemiologia da brucelose no Brasil

Haja vista a importância da qualidade do produto a ser comercializado, deve-se atentar a

manter os animais livres das doenças que comprometem a saúde dos consumidores, como a
Brucelose e a Tuberculose. No país, estudos comprovaram a redução da soroprevalencia da
Brucelose nos estados que adotaram as recomendações do PNCEBT (LEAL FILHO et al., 2016;
CASSEB et al., 2015). Embora, tenha reduzido os focos da doenças na década anterior, ainda é
possível diagnosticar a Brucelose em diversos Estados do Brasil (BAPTISTA et al., 2012;
CELESTINO et al., 2017; LEAL FILHO et al.,2016; OLIVEIRA et al., 2016).

FARIAS et al., (2019) definiu a Brucelose como uma doença infectocontagiosa com alto
potencial zoonótico, de caráter crônico e disseminada facilmente no ambiente. Assim como, a
Tuberculose é considerada um problema sério nos rebanhos leiteiros, diferentemente da Brucelose
que afeta tanto a pecuária de corte quanto de leite. E quanto a prevalência, a Tuberculose teve
aproximadamente 1,3% dos animais acometidos no Brasil e a Brucelose entre 4 e 5% de animais
soropositivos (BRASIL, 2006).

Em 2004, foi excluída a obrigatoriedade da vacinação contra brucelose no Estado de Santa


Catarina após estudos mostrarem resultados de prevalência de focos de 0,32% e animais
soropositivos de 0,06% (SIKUSAWA et al., 2009). Enquanto pesquisas mais recentes mostram
Minas Gerais com 3,59% (BRASIL, 2017; BATAIER NETO et al, 2009). Em Roraima os valores
se mantiveram com taxas altas sendo 4,1% de animais soropositivos. Demonstra-se assim a
necessidade de intensificar a vacinação de bezerras nessa região. (ROCHA et al., 2009; SOUZA et
al., 2012). Gonçalves (2009) realizou um estudo no Distrito Federal com 2.019 animais tendo
como resultado 0,16% reagentes para Brucelose. No Mato Grosso do Sul, no período de 2012 a
2013 uma pesquisa testou 378 vacas sendo 1 positiva para a doença (0,26%) (PIVA, 2016).

CASSEB et al., (2015) demonstrou que no período de 2008 a 2012, a prevalência de


brucelose no Estado do Pará foi de 3,01%, estando na média do país de 4% a 5% (MAPA, 2006).
Dentre os municípios estudados, a Mesorregião do Marajó foi a que apresentou o percentual mais
elevado de Brucelose, de 8,75%. Logo, foi verificada redução da soroprevalência de brucelose
bubalina no Pará no período estudado (CASSEB et al., 2015). Em Alagoas, um estudo testou 398
animais para brucelose sendo 2,76% reagentes a técnica de Antigeno Acidificado Tamponado
(AAT) (FARIAS, 2019).
18
3.5 Epidemiologia da tuberculose no Brasil

Por sua vez, Garcia et al., (2021) realizou um estudo da prevalência de Tuberculose em
bovinos na América do Sul, tendo como resultado o Brasil com uma média de 0,02% de casos,
sendo baixa quando comparada a outros países, como a Argentina que ficou em primeiro lugar
com 257766 casos e Chile com 28864, ficando em segundo lugar. No mesmo trabalho, ele
demonstrou a prevalência dos casos de 2012 a 2019 de todos os Estados brasileiros, tendo o Norte
os seguintes dados da Tabela 1. Dessa forma, pode-se afirmar que no período estudado, o Amapá
teve o maior numero de casos (0,18%), ficando o Pará em 3º posição, empatado com Amazonas,
Rondônia e Roraima (0,12%).

Tabela 1: Prevalência de tuberculose bovina na região Norte no período de 2012 a 2019.

REGIÃO NORTE PREVALÊNCIA DE TUBERCULOSE

Amapá 0,18%

Tocantins 0,17%

Pará 0,12%

Amazonas 0,12%

Rondônia 0,12%

Roraima 0,06%

Acre 0,02%

Fonte: Garcia et al., 2021.

De acordo com a Tabela 2, no Rio Grande do Sul, um estudo demonstrou 0,87% de animais
positivos, tendo tido uma maior prevalência em animais com mais idades (TODESCHINI, 2008).
No Estado da Paraíba, uma pesquisa revelou 0,25% de positividade, sendo 0,32% fêmeas e 0,04%
machos (FIGUEIREDO, 2010). No Mato Grosso do Sul, um estudo mostrou 0,12% dos animais
positivos para Tuberculose (NESPOLI, 2012), haja visto que a prevalência diminui quando
comparada a 2009 que teve 1,3% (GUEDES et al., 2016). Barbieri et al., (2016), encontrou em
Minas Gerais uma prevalência de 0,56% e Bahiensi et al., (2016), encontrou na Bahia 0,21% de
animais positivos para Tuberculose em seu estudo. No Distrito Federal, em 2016, obteve-se 3,44%
de casos (NASCIMENTO, 2016). No municipio de Ibitrama – ES, foi encontrado 4,44% de
animais positivos sendo relacionado a aquisição de novos animais no rebanho sem exames previos
(NETO, 2018). No Maranhão no período de 2013 a 2018 um estudo revelou 0,009% de casos
19
positivos (OLIVEIRA, 2020).

Tabela 2: Prevalência de tuberculose bovina em alguns estados do Brasil nos anos 2008 a 2018.

ESTADOS PREVALÊNCIA

ESPIRITO SANTO 4,44%

DISTRITO FEDERAL 3,44 %

RIO GRANDE DO SUL 0,87 %

MINAS GERAIS 0,56 %

PARAÍBA 0,25 %

BAHIA 0,21 %

MATO GROSSO DO SUL 0,12 %

DISTRITO FEDERAL 3,44 %

Fonte: Autores citados no texto


20

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Coletas
Para realização desde trabalho, foram analisados dados de Janeiro de 2018 a Junho
de 2021, referentes a exames de Brucelose e Tuberculose em búfalos, realizados nos
municipios de Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Muaná e Ponta de Pedras, por um
médico veterinário habilitado pelo MAPA.

Para o diagnóstico de Brucelose, foi coletado sangue total da jugular dos animais,
armazenados em tubo de coleta sem EDTA, identificados por números correspondente ao
brinco dos animais, mantidos em temperatura ambiente inclinados em angulo de 45º para a
completa formação de coagulo, separando-se do soro, para posteriormente serem
processados pelo Teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT)
na Unidade de Diagnóstico Veterinária, localizada em Salvaterra. Todos os animais
possuiam idade superior a 24 meses para evitar reações soro positivas caso os mesmos
fossem vacinados contra brucelose entre 3 e 8 meses idade.

Para o exame de Tuberculose, foi inoculado 0,1 ml de tuberculina bovina e aviária,


via intradermica na região cervical dos animais, para realização do Teste Cervical
Comparativo. Manteve-se um afastamente de 15cm entre as tuberculinizações, sendo a
PPD aviária aplicada cranialmente e a PPD bovina, caudalmente (Figura 1). A leitura com
o cutimetro (Figura 2) foi realizada 72h após as aplicações, tendo todos os valores
anotados em planilhas para posterior resultado.

Todos os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas e submetidos ao teste


estatistico qui quadrado com 5% de significância, pelo programa SAS ONDEMAND
2021.
21
Figura 1: Aplicação de tuberculina bovina em bubalino para realização do Teste Cervical
Comparativo

Fonte: O autor (2021)

Figura 2: Utilização do cutímetro para mensurar o aumento no couro do animal após


72h das aplicações de tuberculinas bovinas e aviárias

Fonte: O autor (2021).


22
4.2 Diagnósticos

4.2.1 Teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT)

Após a separação do sangue em coagulo e plasma, pipetou-se 30 µL de soro em


uma área da placa de vidro com fundo preto. Ao lado do soro, sem encostar nele, foi
colocado 30 µL do antígeno. Com a ponta da pipeta os dois foram homogeinizados
formando uma área circular de aproximadamente 2cm. Logo, a placa foi agitada em
movimentos oscilatórios, contínuos e lentos por 4 minutos, a fim de que as amostras se
misturassem.

O mesmo procedimento foi realizado para todos os animais, sendo cada amostra no
seu quadrante. Após os minutos, a placa foi colocada na caixa de fundo preto com luz
indireta para a leitura. A análise é de acordo a presença de grumos: Reagente; Ausencia de
grumos: Não reagente (Figura 3). Os resultados foram todos anotados em planilhas
eletrônicas.

Figura 3: Amostras reagentes e não reagentes pelo teste de Antígeno Acidificado


Tamponado (AAT) para Brucelose na placa de fundo preto

Fonte: O autor (2021).

4.2.2 Teste Cervical Comparativo (TCC)

Na área da cervical em que foram inoculadas as tuberculinas, foi feita tricotomia


com um espaço de 15cm entre elas. O local foi mensurado com um cutímetro e os dados
anotados antes da tuberculinização. Após a inoculação de 0,1ml de PPD bovina e PPD
aviária, esperou-se 72h para que houvesse a reação alérgica no local e pudesse ser lido o
resultado. Passado o tempo preconizado, foi feita nova mensuração com o cutímetro para
23
saber o aumento na espessura da dobra.

O calculo é realizado pela subtração do valor obtido após 72h do valor obtido no
dia da aplicação, em ambas as tuberculinizações (ΔA e ΔB). A diferença de aumento da
dobra da pele provocada pela inoculação da tuberculina PPD bovina (ΔB) e da tuberculina
PPD aviária (ΔA) será calculada subtraindo-se ΔA de ΔB. Os resultados das diferenças
(ΔB – ΔA) serão interpretados de acordo com os critérios do Regulamento Técnico do
PNCEBT.
24

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizados exames em 1477 bubalinos, dentre machos e fêmeas, de criação


extensiva, no período de janeiro de 2018 a junho de 2021, nos municipior de Soure,
Salvaterra, Cachoeira do Arari, Muaná e Ponta de Pedras, Ilha do Marajó,-PA.

De acordo com a tabela 3, podemos afirmar que 5,2% das fêmeas da Microregião
do Arari foram reagentes para Brucelose, e apenas 0,85% dos machos reagiram. Tal
resultado foi signitificativo tendo o qui quadrado < 0,05. Segundo Minervino (2011), ele
encontrou no Pará 10,25% de brucelose bovina, sendo 10,8% em fêmeas e 3,5% em
machos, com a prevalencia maior em vacas e novilhas quando comparadas aos touros. Tais
dados podem ser explicados devido a vaca prenhe ser considerada a principal fonte de
infecção da Brucela abortus, as quais eliminam grande quantidade de agentes no aborto ou
no parto, assim como facilita a infecção outras femeas terem o contato ao se aproximar para
lamber as membranas fetais e os restos placentarios (LAGE, 2008; ROMANI, 2012).

Ainda de acordo a tabela 3, o total de machos e fêmeas reagentes dá 4,87%


(72/1477 animais) correspondendo a 5 municipios da Microrregião do Arari. Logo, Casseb
et al., (2015) determinou 8,75% de prevalência para Brucelose em toda região do Marajó.

Tabela 3. Prevalência de Brucelose por gênero


CATEGORIA Não Reagente Reagente
FÊMEA 94,7% (1288) 5,2% (71)
MACHO 99,1 (117) 0,85% (1)
Chi quadrado: 0,0342; significativo < 0,05
Fonte: O autor (2021).

Segundo a tabela 4, pode-se afirmar que 2,43% das fêmeas deram positivo para
Tuberculose e 1,69% dos machos. Isso representa 35 animais positivos do total de 1477,
sendo apenas 2 machos. De acordo a análise estatistica, o resultado dessa diferença não foi
significativo sendo o qui quadrado > 0,05. Bezerra (2019) testou 16.889 bovinos no Rio
Grande do Norte, sendo 0,26% positivos para Tuberculose, dentre 0,25% fêmeas e 1,16%
machos. Entretanto, os resultados não apresentaram diferença significativa entre machos e
fêmeas ( P < 0,05). POLLOCK et al. (2006) e MICHEL et al., (2009), encontraram
diferença nos casos de Tuberculose em animais criados de forma intensiva, tendo
prevalência maior do que aqueles criados de forma extensiva, como é o caso do presente
25
estudo.

Tabela 4. Prevalência de Tuberculose por gênero


CATEGORIA Negativo Positivo
FÊMEA 97,57% (1326) 2,43% (33)
MACHO 98,31% (116) 1,69% (2)
Chi quadrado: 0,6154; não significativo > 0,05
Fonte: O autor (2021).

Na tabela 5, foi separado a prevalência de Brucelose entre os municipios, com


resultados significativos sendo o qui quadrado < 0,05. Muaná teve maiores casos com
10,94%, seguido por Cachoeira do Arari com 5,79%, Soure com 3,98%, Salvaterra com
2,5% e Ponta de Pedras com 1,58%. Chama-se atenção o fato de Muaná ter menos da
metade de búfalos (15.922) quando comparada a Cachoeira do Arari (44.567) e ter tido a
maior quantidade de animais reagentes. Porém, tal resultado pode ser explicado devido ter
se iniciado recente os testes nessa região quando comparada as outras regiões que há anos já
havia sendo feito o controle da doença, logo é esperado que a cada ano diminua a incidencia
na mesma propriedade testada anualmente. Assim como, Barbosa et al., (2016) realizou um
estudo que questionava os produtores sobre a doença e a maior parte deles desconheciam os
sintomas, a transmissão e as medidas a serem adotadas, como a vacinação. Logo, este deve
ser um dos principais motivos para algumas regiões possuirem indices maiores que outras.
Na região do Centro-Oeste em 2012 foi identificado uma prevalência de 4,87% justificada
pela baixa adesão ao PNCEBT por parte dos criadores, assim como as falhas na vacinação e
na marcação dos animais positivos. A introdução de animais sem histórico conhecido para
brucelose, associado a um rebanho onde a vacinação está deficiente, são fatores que podem
favorecer o aumento da prevalência de brucelose em determinadas regiões.

Tabela 5. Prevalência de Brucelose por municipios


CATEGORIA Negativo Positivo
Soure 96,02% (531) 3,98% (22)
Salvaterra 97,50% (39) 2,50% (1)
Cachoeira 94,21% (114) 5,79% (7)
Ponta de Pedras 98,42% (436) 1,58% (7)
Muaná 89,06% (285) 10,94% (35)
26
Chi quadrado: < 0,0001; Significativo < 0,05
Fonte: O autor (2021).

Na tabela 6, temos um resultado significativo com o qui quadrado < 0,05.


Salvaterra teve 5% de animais positivos para Tuberculose, seguido por Cachoeira do Arari
com 4,96%, Ponta de Pedras com 4,06%, Muaná com 2,81% e Soure com 0%. De acordo
com Alvim e Junior (2005), em Xinguara, no sul do Pará, no período de 2003 a 2004, um
estudo mostrou 1,51% de animais abatidos com tuberculose, demonstrando assim que
atualmente houve um aumento de casos na região Norte. Quando comparada aos casos de
Brucelose, por exemplo, Salvaterra teve prevalência maior para a Tuberculose passando até
das outras regiões. Dentre as variadas formas de contaminação, como pelo ar, secreções
nasais, movimentação de gado nos rebanhos, fezes, urina, agua e alimento contaminado,
quanto mais animais doentes, maior a contaminação no ambiente.

Tabela 6. Prevalência de Tuberculose por municipios


CATEGORIA Negativo Positivo
Soure 100% (553) 0% (0)
Salvaterra 95% (38) 5% (2)
Cachoeira 95,04% (115) 4,96% (6)
Ponta de Pedras 95,94% (425) 4,06% (18)
Muaná 97,19% (311) 2,81% (9)
Chi-square: <0,0001; Significativo < 0,05
Fonte: O autor (2021).
27
6. CONCLUSÕES

De acordo com os resultados obtidos dos exames realizados, podemos verificar que
houveram diferenças significativas entre a prevalência da Brucelose entre machos e fêmeas,
tendo maiores casos nas fêmeas bubalinas, diferentemente da Tuberculose que não teve
resultado significativo entre os gêneros. Assim como, entre os municipios, tanto a prevalência
para Brucelose quanto Tuberculose foi significativa, demonstrando que ainda há casos dessas
enfermidades na região do Marajó, sendo mais prevalente em alguns municipios do que em
outros. Tal fato pode ser justificado pelo entrave no acesso em algumas propriedade devido
alagamentos ou estradas precárias que dificultam a fiscalização, assim como as falhas no
sistema implementado para controle. Mesmo com o PNCBET instituido desde 2001 no país,
as doenças ainda estão nos rebanhos paraenses e o conhecimento a cerca da atual situação
epidemiologica dessas zoonoses é de suma importância para os orgãos responsaveis atuarem,
a fim de elaborarem um plano estratégico para cada região, tendo em vista a diferença de
casos nos municipios, assim como promover correções em programas de controle já
implementados.
Diante disto, vale ressaltar a importancia dos produtores adotarem todas as medidas
necessárias, como a vacinação e os exames, a fim de terem suas propriedades livres das
enfermidades, aumentando a qualidade dos seus produtos finais destinados ao consumo
humano.
28

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