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MACAÍBA, RN
2023
ERIK BARROSO DE ANDRADE
MACAÍBA, RN
2023
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas – SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola
de Jundiaí - EAJ – Macaiba
Somos frutos de decisões do passado, e por isso, é importante entender que cada ato
praticado no presente nos leva a novas possibilidades de futuro. Se orgulhar de tudo o que fez
é uma dádiva. Dádiva em ter a consciência de que tudo foi como deveria ser.
Agradeço a Deus por todos os que passaram em minha vida, pois foram essenciais por
moldar meus caminhos até o presente, e por ter me dado forças para seguir em frente e
suportar todos os desafios, sem Ele nada disso seria possível.
Agradeço a minha família pelo apoio que me foi dado, em especial minha mãe,
Solange Silva. Sem a senhora nada disso seria possível.
Gostaria de agradecer a minha orientadora, Janete Gouveia, por todo incentivo e por
ter me ajudado a trilhar pelos caminhos da Avicultura.
Aos meus amigos da graduação por todas as trocas durante esses 5 anos.
Aos amigos e colegas que a Mantiqueira me deu: Anderson Cardozo, Camila Bertoldi,
Eslane Moura, Igor Vasconcelos, Lorrayne Nogueira, Valéria Biselo, Bárbara Peixoto,
Sadryne Araújo e Rafael Ueyama. Muito obrigado por fazer deste trabalho uma realidade, a
ajuda de vocês foi de suma importância, obrigado!
"O que torna belo um deserto, é que em algum lugar ele esconde um poço”.
Antoine de Saint-Exupéry
Sumário
Capítulo I .................................................................................................................................. 6
REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8
2. DESENVOLVIMENTO MORFOFISIOLÓGICO DE POEDEIRAS .................... 8
3. METABOLISMO ENERGÉTICO ............................................................................. 9
3.1. PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE CARBOIDRATOS ................. 10
3.2. PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE LÍPIDEOS ............................... 11
3.3. PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE PROTEÍNAS ........................... 12
4. NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL E INCLUSÃO DE GORDURAS
EM DIETAS DE GALINHAS POEDEIRAS .................................................................. 12
5. NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E SUPLEMENTAÇÃO COM
AMINOÁCIDOS SINTÉTICOS PARA GALINHAS POEDEIRAS ............................ 14
5.1. LISINA ................................................................................................................. 15
5.2. METIONINA ....................................................................................................... 15
5.3. TREONINA .......................................................................................................... 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 16
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 17
Capítulo II............................................................................................................................... 20
Resumo ................................................................................................................................ 21
Abstract ............................................................................................................................... 22
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 23
2. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 24
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 26
4. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 31
Lista de Tabelas
1. INTRODUÇÃO
3. METABOLISMO ENERGÉTICO
A palavra energia está diretamente relacionada à trabalho, sendo essa uma palavra
originada pela combinação de duas palavras gregas: en (dentro) + ergon (trabalho), que
traduzindo de forma literal significa “conter trabalho". Só em 1807 a palavra energia surgiu
com uma concepção moderna, sugerida pelo médico e físico inglês Thomas Young, onde um
sistema contém energia se o mesmo tem a habilidade de produzir trabalho, o qual, por sua
vez, transfere energia de um sistema para o outro (BUCUSSI, 2006).
A produção de energia é regulada por processos exergônicos e endergônicos não
isolados. Os processos exergônicos podem ser caracterizados por um conjunto de reações
donominadas catabolismo, podendo ser defido como a quebra de macromoléculas em
compostos menores. Já os processos endergônicos, também conhecido como anabolismo,
pode ser definido como a formação de moléculas complexas (enzimas, imunoglobulinas e
etc) apartir de moléculas mais simples (aminoácidos, minerais e etc). O conjunto das reações
catabólicas e anabólicas formam o metabolismo (COZZOLINO et al., 2013c).
A energia utilizada nas reações metabólicas dos animais é produzida pela oxidação
dos constituintes orgânicos dos alimentos, portanto, do ponto de vista nutricional, a energia
não é considerada um nutriente (SAKOMURA et al., 2014b). Segundo LEESON &
SUMMERS (2001); e SAKOMURA et al. (2014c), a maior parte da energia utilizada pelos
9
animais é proveniente dos constituintes da digestão de carboidratos (monossacarídeos),
seguido por lipídeos (monoglisseróis e ácidos graxos de cadeia longa) e proteínas (peptídeos
e aminoácidos).
O metabolismo energético caracteriza-se como o processo geral pelo qual as células
vivas adquirem e usam energia para a sua manutenção, crescimento e reprodução. A
liberação da energia proveniente dos alimentos ocorre pelo sincronismo entre a oxidação dos
nutrientes e a síntese de compostos altamente energéticos, como a Adenosina trifosfato
(ATP), sendo essa, a principal enzima carreadora de energia. O receptor final de elétron no
metabolismo aeróbico é o oxigênio molecular. Outras biomoléculas importantes são a
nicotinamida-adenina-dinucleotídeo (NAD+) e a flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD), sendo
que a principal função da oxidação das formas reduzidas dessas coenzimas (NADH e FADH ) 2
O amido é o principal carboidrato consumido pelas aves, visto que as rações são
produzidas tendo o milho como principal componente energético da dieta. Diferentemente
dos mamíferos, onde a digestão inicia-se na boca por meio da amilase salivar, nas aves a
digestão dos carboidratos ocorre ptincipalmente no duodeno, por meio da amilase pancreática
(SAKOMURA et al., 2014a). Um mecanismo complexo controlados por quimiorreceptores
intestinais detectam a presença dos alimentos no intestino acionam a produção de enzimas
pancreáticas, responsáveis por catabolizar os alimentos ingeridos (MOYES et al., 2010b). O
amido catabolizado libera glicose, principal molécula energética, indispensável para o
funcionamento do sistema nervoso (REECE et al., 2017).
A glicólise é a via mais importante para a produção de energia proveniente da glicose.
Esse processo ocorre em duas fases constituídas de dez reações químicas sucessivas
produzindo duas moléculas de piruvato ao final, as quais serão oxidadas para fornecer energia
(COZZOLINO et al., 2013a). Sete das dez reações glicolíticas são facilmente reversíveis,
sendo catalisadas por enzimas compartilhadas entre a via glicolítica e a via gliconeogênica.
As três reações glicolíticas irreversíveis - hexocinase, fosfofrutocinase (PFK) e piruvato-
cinase (PK) - são locais importantes para a regulação da via, sendo controlados pelo efeito da
ação das massas, regulação alostérica e das modificações covalentes (MOYES et al., 2010b).
Quando a glicose é transportada para o interior da célula, rapidamente ocorre uma
fosforilação provocada pela enzima hexocinase. Essa reação consome uma molécula de ATP,
gerando ao final do processo a glicose-6-fosfato. O processo de fosforilação da glicose
prende a molécola dentro da célula, visto que a glicose-6-fosfato não é facilmente
transportada através da mebrana celular (MOYES et al., 2010b). Em seguida, segue-se uma
série de reações bioquímicas gerando, ao final do processo, duas moléculas de piruvato
(REECE et al., 2017c). As moléculas de piruvato geradas na glicólise são transportadas para
a matriz mitocondrial, onde serão convertidas em Acetil-CoA, para posteriormente entrar no
ciclo de Krebs (SAKOMURA et al., 2014b).
10
A energia utilizada nas reações metabólicas dos animais é produzida pela oxidação
dos constituintes orgânicos dos alimentos, portanto, do ponto de vista nutricional, a energia
não é considerada um nutriente (SAKOMURA et al., 2014b). Segundo LEESON &
SUMMERS (2001); e SAKOMURA et al. (2014c), a maior parte da energia utilizada pelos
animais é proveniente dos constituintes da digestão de carboidratos (monossacarídeos),
seguido por lipídeos (monoglicerois e ácidos graxos de cadeia longa) e proteínas (peptídeos e
aminoácidos).
O metabolismo energético caracteriza-se como o processo geral pelo qual as células
vivas adquirem e usam energia para a sua manutenção, crescimento e reprodução. A
liberação da energia proveniente dos alimentos ocorre pelo sincronismo entre a oxidação dos
nutrientes e a síntese de compostos altamente energéticos, como a Adenosina trifosfato
(ATP), sendo essa, a principal enzima carreadora de energia. O receptor final de elétron no
metabolismo aeróbico é o oxigênio molecular. Outras biomoléculas importantes são a
nicotinamida-adenina-dinucleotídeo (NAD+) e a flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD), sendo
que a principal função da oxidação das formas reduzidas dessas coenzimas (NADH e FADH ) 2
11
facilidades para adentrar no interior da mitocôndria, onde são ativados por uma acil graxo-
CoA-sintase mitocondrial. Ác. graxos de cadeia longa, incapazes de adentrar o interior da
célula, devem passar por um processo de várias etapas de ativação e transporte (MOYES et
al, 2010b; COZZOLINO et al., 2013b).
A parte glicerol dos ácidos graxos podem ser convertidas a glicose ou frutose, fazendo
parte da via glicolítica. No processo de oxidação dos ácidos graxos, duas moléculas de
carbono podem ser clivadas, por meio da ꞵ-oxidação, para reagir com a coenzima A,
formando ao final do processo o acetil-CoA. Em seguida, o mesmo entra no ciclo de Krebs
para a produção de energia (REECE et al., 2017).
12
cerca de 80% dos custos de produção, e a energia é o componente de maior oneração das
rações de aves.
Os lipídeos estão presentes em proporções entre 3 a 8% nas rações de aves e suínos.
Segundo SAKOMURA et al., (2014a), a inclusão de lipídeos nas rações, em substituição de
carboidratos e proteínas, diminui o incremento calórico da dieta, em virtude do triglicerídeo
ser uma molécula de digestão e absorção mais fácil do que carboidratos e proteínas. Em
situações de estresse por calor, a inclusão de óleos vegetais nas rações de aves reduz os
efeitos negativos da temperatura sobre o desempenho das aves (LEESON et al., 1996;
SAKOMURA et al., 2014a; FARIA et al., 2019).
A diminuição do calor metabólico provocado pela inclusão de gorduras dietéticas
(fontes de óleos) vem sendo fonte de estudo desde as décadas de 70 e 80, e tem demonstrado
aos nutricionistas um aumento no desempenho de frangos e corte, no que se refere a
eficiência de deposição de proteína e gordura na carcaça (OLSON et al., 1972; REECE &
MCNAUGHTON, 1982; OLIVEIRA NETO et al., 2000).
No entanto, são escassas as informações na literatura sobre a influência da adição de
lipídios sobre a produção e qualidade dos ovos de poedeiras sob estresse calórico
(SANTANA et al., 2018). Várias pesquisas em condição de termoneutralidade, relatam que o
aumento dos níveis de energia, pela adição de lipídios ou milho na dieta de poedeiras,
aumenta o peso da gema, não sendo encontrados efeitos de influência no desempenho
produtivo nem na qualidade do ovo (KESHAVARZ, 1995; KESHAVARZ & NAKAJIMA,
1995; HARMS et al., 2000, BOHNSACK et al., 2002; SOHAIL ET AL., 2003; OLIVEIRA
et al., 2010; MELLO, 2017).
Segundo SAKOMURA et al. (2014b), quando as aves iniciam a produção de ovos, a
partição da energia para o crescimento é próxima de zero, sendo destinada grande parte da
energia acima da mantença para a produção de ovos. Em estudos realizados pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP), o valor em energia encontrado para o ovo foi de
1,54 e 1,49 Kcal/Kg de ovo para matrizes pesadas e poedeiras, respectivamente (RABELLO,
2001; SAKOMURA et al., 2005). Nesses mesmos estudos foram encontrados valores de
eficiência de utilização de energia para produção de ovos de 64% para matrizes, e 62% para
aves de postura. Outros estudos encontraram uma variação entre 60 e 85% na eficiência de
uso da energia para a produção (LUITING, 1990; CHWALIBOG; BALDWING, 1995).
Essas diferenças podem estar relacionadas a fatores como tamanho do ovo, idade e genética
das aves.
Avaliando diferentes níveis energéticos (2.700, 2.800 e 2.900 kcal EM/kg) e proteicos
(15, 16 e 17% de PB) nas rações de poedeiras no estado do Amazonas, CARIOCA et al.
(2010) encontraram influência dos níveis nutricionais na conversão alimentar, peso da gema e
peso da casca. WU et al. (2005), estudando diferentes níveis de energia metabolizável (2.719,
2.798, 2.877 e 2.959 kcal de EM/kg) sobre a qualidade dos ovos de duas linhagens
comerciais de poedeiras (Bovans White e Dekalb White) relataram que o aumento da energia
dietética causou a redução do consumo de ração, aumentou o peso dos ovos e melhorou a
conversão alimentar.
As aves quando alimentadas com rações de alto valor energético tendem a aumentar
seu peso corporal, pois quando as necessidades de mantença são atingidas a energia
excedente é utilizada para o turnover proteico ou estocada nos adipócitos (gordura)
(SAKOMURA et al., 2014a; FARIA et al., 2019).
Peguri & Coon (1991), avaliando os efeitos do aumento dos níveis de energia da dieta
(2.645, 2.755, 2.865, e 2.976 kcal EM/kg) em diferentes temperaturas sobre os indicadores
zootécnicos de poedeiras Dekalb White, observaram que as aves consumindo a ração com
maior teor energético ganharam mais peso. Araújo & Peixoto (2005), avaliando diferentes
13
níveis energéticos (2.450 a 2.750 kcal de EM/kg) para poedeiras Hisex Brow em clima frio
encontram resultados diferentes ao afirmar que não houve diferenças entre os tratamentos.
14
5.1.LISINA
5.2.METIONINA
15
BAIÃO et al., (1999), avaliando os efeitos dos níveis de inclusão de metionina (0,320,
0,340 e 0,360%) na ração sobre o desempenho de poedeiras comerciais, não encontrou
efeitos significativos sobre a conversão alimentar. Resultado diferente do encontrado por
SOUSA (2015) e PINHEIRO et al., (2020), que também avaliaram diferentes níveis de
metionina na dieta; (0,300, 0,336, 0,420, 0,480 e 0,540%) e (0.603%; 0.670%; e 0.737%),
respectivamente.
5.3.TREONINA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
16
REFERÊNCIAS
17
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Inc.
19
Capítulo II
20
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE AJUSTES DOS NÍVEIS
NUTRICIONAIS PARA POEDEIRAS EM INÍCIO DE PRODUÇÃO
Resumo
As exigências nutricionais das poedeiras são influenciadas por uma série de fatores
endógenos e exógenos que causam impactos diretos em sua produtividade. O desvio da
utilização de nutrientes para a formação de enzimas, proteínas, células de defesa e outras
estruturas requeridas para enfrentar os diversos estímulos ambientais e fisiológicos acarretam
na diminuição do uso desses mesmos nutrientes para a formação dos ovos. Entender esses
estímulos, bem como seus efeitos fisiológicos, são essenciais para a maximização produtiva
nos plantéis comerciais de aves de postura. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a
viabilidade econômica de duas rações (2.840 Kcal/EM e 17,5% de PB e 2.870 Kcal/EM e
18,2% de PB) de poedeiras em início de produção, o seu desempenho de produtivo e
qualidade dos ovos. O experimento foi realizado no Setor de Pesquisa e Experimentação
Animal da Mantiqueira Brasil, unidade de Primavera do Leste – MT. Foram utilizadas 260
poedeiras Lohmann Lite com 16 semanas de idade. As avaliações de desempenho foram
divididas em duas partes, de 16 a 20 semanas (fase pré-pico) e de 21 a 29 semanas (fase de
pico). Não houve efeitos significativos dos níveis de proteína e energia (P>0,05), sobre
nenhuma das características de desempenho avaliadas. Na avaliação de qualidade dos ovos
apenas a espessura de casca mostrou influência significativa (P>0,05). A avaliação
econômica mostrou melhores resultados para a ração com os menores teores nutricionais,
sendo assim, recomenda-se o uso de 2.840 Kcal/EM e 17,5% de PB nas rações de poedeiras
em início de produção.
21
Abstract
22
1. INTRODUÇÃO
23
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade econômica de duas
rações (2.840 Kcal/EM e 17,5% de PB e 2.870 Kcal/EM e 18,2% de PB) de poedeiras em
início de produção, o seu desempenho de produtivo e qualidade dos ovos.
2. MATERIAL E MÉTODOS
24
variáveis de qualidade. A porcentagem de cada um dos componentes do ovo foi obtida
dividindo-se o peso do componente pelo peso do ovo, em seguida multiplicando o resultado
por 100. A espessura da casca foi medida com o auxílio de um especímetro micrômetro
digital com precisão de 0,01 mm em três pontos dos distintos dos ovos, incluído linha
mediana e extremidades dos ovos.
Ingredientes Dietas
ingredients diet
25
¹Premix - Colina (min): 67,2g/kg, Vitamina A (min): 4.050.000UI/kg; Vitamina D3 (min): 1.500.000UI/kg,
Vitamina E (min): 3.500UI/kg, Vitamina k3 (min): 1.000mg/kg, Vitamina B1 (min) 500mg/kg, Vitamina B2
(min): 1.750mg/kg, Vitamina B6 (min): 500mg/kg, Vitamina B12 (min): 5.000mcg/kg, Niacina (min): 10,5g/kg,
Pantotenato de Cálcio (min): 3.300mg/kg, Ácido Fólico (min): 200mg/kg, Biotina (min): 7,7mg/kg, Ferro (min):
25g/kg, Cobre (min): 5.000mg/kg, Manganês (min) 50g/kg, Zinco (min): 40g/kg, Iodo (min): 600mg/kg, Selênio
(min): 140mg/kg e Bacitracina de Zinco 14g/kg; ²Blend enzimático – Carboidrases, proteases e fitase.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As análises de variância revelaram que não houve efeito significativo dos níveis de
aminoácidos e energia (P>0,05), sobre nenhuma das características de desempenho avaliadas
nos dois períodos de experimentais pré-pico e pico, menos de 20 semanas e mais que 20
semanas, respectivamente (Tabelas 2).
A produção de ovos pelas poedeiras que consumiram ração contendo 2.870 Kcal/EM
e 18,2% de PB foi similar às das poedeiras que consumiram ração contendo 2.840 Kcal/EM e
17,5% de PB em todos os períodos estudados, concordando com CARIOCA et al. (2010)
quando utilizou diferentes tipos de energia e proteína bruta nas dietas de poedeiras, e
diferente dos resultados encontrados por PINHEIRO et al. (2020), que identificou melhores
resultados com 0.603% de M+C digestível associado ao nível de 2900 kcal/kg de EM
e, 0.670% associado ao nível de 3045 kcal/kg de EM.
Apesar de não ser observado diferenças estatísticas na produção, no gráfico (Gráfico
1) é possível identificar que o tratamento A iniciou a sua produção muito melhor do que o
tratamento B, estando com produções melhores praticamente em todas as semanas avaliadas
no período. Porém, esses resultados são diferentes dos encontrados no período de pico
(Gráfico 2), onde é possível identificar que o tratamento B possui os melhores resultados.
As aves entraram no período experimental com o peso abaixo do esperado. Os
resultados acima citados podem ser explicados pelo fato das aves do TRATAMENTO A
terem tido um gasto metabólico maior do que as aves do TRATAMENTO B, requerendo um
maior aporte de nutrientes para desempenhar todas as suas funções metabólicas. Esse desvio
no uso dos nutrientes para a atividade produtiva pode ter ocasionado em um menor
desenvolvimento morfofisiológico (reservas de energia e sistema imune), com isso, a aves do
TRATAMENTO A podem ter sofrido mais com algum desafio, como altas temperaturas, na
fase de pico.
26
Tabela 2. Valores médios de produção de ovos (Prod. %) Consumo de ração, Peso do
ovo, Conversão alimentar por Kg de ovos (CA por KG), Conversão alimentar por
caixas de ovos (CA CX de ovos) e Viabilidade
Prod. Cons. de Peso ovo CA por CA Cx. Viabilidade
Variáveis (%)
% ração (g) (g) kg de ovos
Pré-pico (16 a 20 semanas)
Tratamento A 8,6% 73,86 45,53 10,48 171,68 99,2%
Tratamento B 9,8% 75,17 44,65 10,24 164,21 100%
CV (%) 16,29 3,58 10,85 21,04 18,42 1,73
Pico (21 a 30 semanas)
Tratamento A 92,5% 106,38 54,24 2,12 41,43 96,9%
Tratamento B 91,5% 105,11 54,24 2,12 41,42 99,2%
CV (%) 2,95 2,82 1,61 4,09 4,18 4,31
Fonte: O autor (2023).
27
Gráfico 1. Produção - Período Pré-pico
30,00%
25,00%
Trat. B
20,00%
Trat. A
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
16 17 18 19 20
88,00%
Trat. B
83,00%
Trat. A
78,00%
73,00%
68,00%
21 22 23 24 25 26 27 28 29
O peso das aves também não foi influenciado pelos tratamentos (Tabela 3), resultados
semelhantes aos encontrados por RIBEIRO et al. (2013) e diferente dos encontrados por
PINHEIRO et al. (2020), que encontrou melhores resultados conforme iam aumentando os
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níveis de energia das dietas. Não houve diferenças estatísticas sobre a viabilidade, resultados
que corroboram com os encontrados por RIBEIRO et al. (2013).
Tabela 3. Valores médios das pesagens das aves nos três períodos experimentais
Período 1 Período 2 Período 3
Tratamento 1 1099,50 1375,30 1524,50
Tratamento 2 1068,80 1390,80 1515,70
CV (%) 2,48 2,43 1,74
Fonte: O autor (2023).
A avaliação de qualidade dos ovos mostrou não haver interações entre os níveis
nutricionais das dietas experimentais e os parâmetros avaliados. Apenas a espessura de casca
mostrou influência significativa (P>0,05) (Tabela 4).
Na literatura há várias citações sobre a influência dos níveis de energia e aminoácidos
sulfurados, em especial a metionina, sobre o peso dos ovos (SAKOMURA et al., 2014;
FARIA et al., 2019), porém os níveis de energia e aminoácidos dos tratamentos utilizados
neste trabalho não influenciaram o peso dos ovos, resultado semelhante ao encontrado por
GROBAS et al. (1999), ARAÚJO & PEIXOTO (2005), CARIOCA et al. (2010), RIBEIRO
et al. (2013) e PINHEIRO et al. (2020).
Segundo a NRC (1994), o tamanho do ovo está relacionado com peso vivo da ave.
Neste experimento, as aves iniciaram com o peso abaixo do recomendado pelo manual da
linhagem, o que pode ter ocasionado o desvio do uso dos constituintes da dieta para formação
do sistema músculo-esquelético (músculos, ossos e reservas de gorduras).
Os parâmetros percentagem da gema, percentagem da casca, percentagem do albúmen
e a Unidade de Haught não foram influenciados pelos tratamentos. Esses resultados estão de
acordo aos encontrados por JAIMES (2015) que também não observou diferenças
significativas na percentagem da gema, Unidade Haught e percentagem de casca, CARIOCA
et al. (2010) que não observou efeitos sobre a percentagem de gema. Não foi observado efeito
significativo (p>0,05) no peso do albúmen, discordando de XAVIER & PEIXOTO (1997),
quando utilizaram 17,5% de PB e 2900 kcal EM/kg e encontraram efeito significativo.
A gravidade específica dos ovos não apresentou variação significativa, apresentando
valores muito próximos entre os tratamentos. Resultados semelhantes aos encontrados por
SILVA et al. (2007) e FARIA (1996), mas discordando dos resultados encontrados por
UDDIN et al. (1991), ao observarem que a elevação simultânea da EM e PB causou aumento
da gravidade especifica. A resistência da casca também não apresentou variações
consideráveis. A espessura da casca foi o único parâmetro que apresentou variação estatística,
apresentando melhores resultados para o TRATAMENTO B (2.870 Kcal/EM e 18,2% de
PB).
29
Tabela 4. Valores médios de peso dos ovos (PO), percentagem de gema (%G), percentagem
do albúmem (%AL), percentagem da casca (%CA), Cor (COR), unidade Hought (UH), peso
específico (PE), resistência da casca (RE) e espessura da casca (EC)
Variáveis PO %G % AL %CA COR UH PE RE EC
Tratamento A 55,98 24,28 65,74 10,12 5,36 100,79 1.093 42,21 39,96b
Tratamento B 55,92 24,12 64,98 9,98 5,63 101,41 1.092 42,96 41,60a
CV (%) 4,41 6,75 5,08 5,26 7,52 6,27 0,45 8,94 4,10
Fonte: O autor (2023).
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4. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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XAVIER, E. G. e PEIXOTO, R. R. 1997. Nível de Energia Metabolizável em Rações para Poedeiras
nas Condições de Temperatura e Umidade Relativa no Inverno do Extremo Sul do Brasil. Rev. Bras.
Zootecn., 26: 364-374.
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