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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

JAMYLLE ADRIANE GEMAQUE FONSECA

DESEMPENHO DE BOVINOS DE CORTE E UMA AVALIAÇÃO


ECONÔMICA DA DIETA DE TERMINAÇÃO A BASE DE SUBPRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS UTILIZADA EM CONFINAMENTO COMERCIAL

BELÉM
2022
JAMYLLE ADRIANE GEMAQUE FONSECA

DESEMPENHO DE BOVINOS DE CORTE E UMA AVALIAÇÃO


ECONÔMICA DA DIETA DE TERMINAÇÃO A BASE DE SUBPRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS UTILIZADA EM CONFINAMENTO COMERCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Zootecnia da
Universidade Federal Rural da Amazônia,
como requisito para obtenção do grau de
Bacharel em Zootecnia.

Área de concentração: Produção animal


Orientador: Prof. Dr. Erick Fonseca de
Castilho

BELÉM
2022
2
JAMYLLE ADRIANE GEMAQUE FONSECA

DESEMPENHO DE BOVINOS DE CORTE E UMA AVALIAÇÃO


ECONÔMICA DA DIETA DE TERMINAÇÃO A BASE DE SUBPRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS UTILIZADA EM CONFINAMENTO COMERCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Zootecnia da Universidade


Federal Rural da Amazônia, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Zootecnia.

Data de aprovação: 09 de junho de 2022

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________
Prof. Dr. Erick Fonseca Castilho
Orientador/Presidente
ISPA /Ufra

________________________________________________
Prof. M.Sc. Andréia Santana Bezerra da Silva
Universidade Federal do Pará – UFPA
(Membro Titular)

_________________________________________________
M.Sc. Juliana Nascimento Duarte Rodrigues
Doutoranda Universidade Federal de Viçosa - UFV
(Membro Titular)
“Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime,
pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”

[Josué 1:9]
5

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por ser minha fortaleza, meu guia e estar comigo em cada
passo que dei desta caminhada, nunca me desamparou e me deixou esmorecer nos
momentos de adversidades. Sem Ele, esta realização não seria possível.
À minha avó materna, Ana Ruth, por ser meu exemplo de força e coragem, por
estar ao meu lado desde sempre, por todo apoio diário, por ser meu refúgio, a que faz dos
meus sonhos os seus, por ensinar que as dificuldades a gente coloca numa caixinha e usa
como combustível para ir em busca de sonhos. Minha luz, você esteve/está em cada passo
que dei, me enchendo de coragem e força, com as melhores palavras de apoio e os
melhores “bom dia, minha flor” à cada manhã antes de ir à universidade. Minha gratidão
por tê-la neste mundo é eterna, tudo sempre será por ti.
À minha querida mãe, meu espelho, fonte de inspiração, determinação e
persistência. Mulher de garra, obrigada por tanto, por nunca ter medido esforços quando
precisei, por mostrar a mim e aos meus irmãos que o conhecimento é libertador e que
tudo é possível quando se tem sonhos. És meu maior exemplo!
Aos meus irmãos João Victor e Maria Eduarda, os quais sempre estão ao meu
lado mesmo que causando stress, ter vocês em minha vida são uma dádiva.
Ao meu tio Rodrigo, pelo apoio e suporte necessário durante toda a graduação,
por acreditar em mim e lutar pelos meus sonhos e se orgulhar com minhas conquistas, é
a minha figura paterna e o melhor que poderia ter.
Ao meu companheiro, Lucas, por ter entrado junto comigo nesta caminhada, por
todo suporte, apoio emocional, preocupação e cuidado, por ser meu ombro amigo,
incentivador e com toda sua experiência, foi uma das minhas maiores trocas de
conhecimento zootécnico nesta graduação rs.
Ao meu querido e excelentíssimo orientador Prof. Dr. Erick Fonseca Castilho
por toda paciência, dedicação, zelo, palavras de incentivo e apoio. Sou extremamente
feliz e realizada com todo conhecimento adquirido ao longo da graduação e com senhor,
hoje finalizo este ciclo sabendo que tive um orientador que fez toda a diferença nesta
árdua caminhada. Minha eterna gratidão e admiração ao sr.
Aos meus amigos e família que a universidade me presenteou, Emanuelle
Ferreira, Johnny Oliveira, Hélio Aguiar, Adriane Paixão e Tiago Henrique.
Agradeço por estarem presentes no meu dia a dia, tornando-os mais leves, partilhando
conhecimento, sendo o apoio diário. Obrigada por todo convívio e momentos
compartilhados durante esta caminhada, ter vocês no caminho me fizeram entender o
quão podemos ir longe juntos. Ao tio Emanoel e Natalina, minha eterna gratidão por ter
percorrido conosco este trajeto com muito apoio, zelo e perseverança, embarcando com
a gente nas confraternizações e noites em claro. Amo vocês!
RESUMO
O agronegócio ocupa posição de destaque no cenário econômico nacional, devido sua
participação na economia brasileira, sendo responsável por aproximadamente 26,6% do
PIB no ano de 2020. Contudo, até chegar ao grau de excelência que se encontra
atualmente foi necessário um investimento maciço na busca de conseguir novas
tecnologias, a exemplo disso é o sistema de confinamento de bovinos. Portanto, o uso de
produtos agroindustriais, assume papel econômico extremamente importante, sendo,
algumas vezes, uma alternativa responsável pela viabilidade econômica do sistema.
Objetivou-se, portanto, realizar um levantamento bibliográfico referente ao desempenho
de bovinos de corte e uma avaliação econômica da dieta de terminação a base de
subprodutos agroindustriais utilizada em confinamento comercial. No presente estudo,
destacam-se os subprodutos: bagaço de laranja, casca de mandioca, resíduo úmido de
cervejaria, torta de algodão e torta de dendê. Porém, algumas barreiras são encontradas
ao fazer a utilização desses subprodutos devido ao pouco conhecimento de suas
características nutricionais e de valor econômico, diferentemente das commodities
tradicionais. Além disso, verifica-se a falta de estudos mais aprofundados que avaliem o
desempenho positivo de animais utilizando estes tipos de alimentos. A partir da simulação
de custo de produção de duas dietas, uma a base de subprodutos e outra tradicional, a
dieta baseada em subprodutos apresentou-se aproximadamente 15% mais barata e
atendendo as demandas quanto a exigência bromatológica e nutricional. Conclui-se,
portanto, que os subprodutos agroindustriais possuem grande relevância na alimentação
suplementar desses animais, tornando-se uma alternativa importante para os produtores
que possuem esses estes alimentos na sua região, sendo, algumas vezes, uma alternativa
responsável pela viabilidade econômica do sistema.

Palavras-chave: resíduos agroindustriais; coprodutos; desempenho animal; análise


econômica; bovinocultura de corte.
ABSTRACT
Agribusiness occupies a prominent position in the national economic scenario, due to its
participation in the Brazilian economy, accounting for approximately 26.6% of PIB in
2020. However, until reaching the degree of excellence that is currently found, massive
investment was necessary. in the search for new technologies, an example of this is the
cattle confinement system. Therefore, the use of agro-industrial products assumes an
extremely important economic role, being, sometimes, an alternative responsible for the
economic viability of the system. The objective was, therefore, to carry out a
bibliographic survey regarding the performance of beef cattle and an economic evaluation
of the finishing diet based on agro-industrial by-products used in commercial
confinement. In the present study, the by-products stand out: orange pomace, cassava
peel, wet brewery residue, cotton cake and palm kernel cake. However, some barriers are
encountered when using these by-products due to little knowledge of their nutritional
characteristics and economic value, unlike traditional commodities. In addition, there is
a lack of more in-depth studies that assess the positive performance of animals using these
types of food. From the simulation of the production cost of two diets, one based on by-
products and the other traditional, the diet based on by-products was approximately 15%
cheaper and meeting the demands regarding the chemical and nutritional requirements. It
is concluded, therefore, that agro-industrial by-products have great relevance in the
supplementary feeding of these animals, becoming an important alternative for producers
who have these foods in their region, being, sometimes, an alternative responsible for the
economic viability of the system.

Keywords: agro-industrial residues; co-products; animal performance; economic


analysis; beef cattle.
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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Composição bromatológica dos subprodutos polpa de laranja úmida, polpa de


laranja peletizada e polpa de laranja úmida despectinada. ............................................. 19
Tabela 2. Custo da tonelada de matéria seca da polpa de laranja peletizada. ................ 20
Tabela 3. Composição bromatológica do subproduto industrial da mandioca. ............. 23
Tabela 4. Composição bromatológica do resíduo úmido de cervejaria. ........................ 25
Tabela 5. Características do resíduo úmido de cervejaria. ............................................ 26
Tabela 6. Composição bromatológica do subproduto torta de algodão......................... 28
Tabela 7. Composição bromatológica do subproduto torta de dendê. ........................... 30
Tabela 8. Formulação de dieta de terminação a base de subprodutos, seus preços e custo
do kg da dieta.................................................................................................................. 33
Tabela 9. Formulação de dieta de terminação tradicional, com preços dos ingredientes e
custo do kg da dieta. ....................................................................................................... 33
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................. 13
2.1 Panorama geral da pecuária .................................................................................. 13
2.2 Confinamento de bovinos ....................................................................................... 14
2.3 Resíduos agroindustriais ........................................................................................ 16
2.3.1 Bagaço de laranja/polpa úmida de laranja ....................................................... 18
2.3.2 Casca de mandioca .............................................................................................. 22
2.3.3 Resíduo úmido de cervejaria/resíduo de cevada ............................................... 24
2.3.4 Torta de algodão .................................................................................................. 27
2.3.5 Torta de dendê/torta de palmíste ....................................................................... 29
3 SIMULAÇÃO DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE DIETAS A BASE DE
SUBPRODUTOS .......................................................................................................... 32
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 36
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1 INTRODUÇÃO

O agronegócio ocupa posição de destaque no cenário econômico nacional, devido


sua participação na economia brasileira, sendo responsável por aproximadamente 27,4%
do produto interno bruto (PIB) no ano de 2020. Neste contexto, a cadeia da pecuária
destaca-se com um crescimento de 20,8% no mesmo ano, somando um montante de
747,05 bilhões, com participação de 10% no PIB (ABIEC, 2021).
Segundo o IBGE (2021), o rebanho bovino atingiu a marca de 218,15 milhões de
cabeças, sendo a maior parte desses animais criados a pasto. Todavia esse cenário vem se
transformando com a expansão da produção intensiva, em que desse quantitativo, 6,48
milhões de cabeças foram terminados em confinamentos, representando 15,62% do total
de 41,5 milhões de abatidas (ABIEC, 2021)
De acordo com Barbosa (2007), existem dois tipos de criação de perspectiva
nutricional: o tradicional e o intensificado. O primeiro é dependente principalmente dos
nutrientes provenientes do pasto e com suplementação de sal comum e/ou mineral aos
animais durante o ano todo, e na época seca geralmente se adota a suplementação de ureia
ou proteinado de baixo consumo.
O segundo caracteriza-se por criações em semi-intensivo e intensivo, que por sua
vez, utiliza de forma racional o pasto, preocupando-se em adotar manejos que
prolonguem ou melhore a qualidade, sendo o confinamento uma ferramenta do sistema
intensivo para minimizar os problemas enfrentados pelo outro sistema de criação.
O confinamento de animais é uma estratégia que tem sido empregada por muitos
produtores ao decorrer dos anos. Caracteriza-se em agrupar grande número de animais
em pequenas áreas, com dietas que permitam expressar o máximo do seu potencial
genético. Nas últimas quatro décadas, o rebanho efetivo dobrou, entretanto, as áreas de
pastagem pouco avançaram e em outras regiões até diminuíram, demonstrando o aumento
na produtividade. Assim, a tecnificação dos sistemas produtivos é fator responsável por
este aumento na produtividade (GOMES; FEIJÓ; CHIARI, 2017).
Na busca por maior lucratividade na terminação de bovinos em confinamento,
deve-se priorizar a redução do custo com alimentação sem interferir negativamente na
produção, já que esse componente é o mais oneroso na produção, quando desconsiderado
o valor de compra do animal, superando 70% do total, sendo o concentrado o componente
mais caro da dieta (PACHECO et al., 2006; RESTLE et al., 2007; MISSIO et al., 2009).
Bungenstab e Almeida (2001) afirmam que somente a adoção de tecnologia não é o
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suficiente para garantir lucratividade ao setor de pecuária de corte, especialmente no


sistema intensivo, sendo necessário, portanto, encontrar alternativas para reduzir custos.
No entanto, as principais fontes suplementares possuem alto custo, e uma
alternativa para reduzi-lo sem comprometer o desempenho dos animais e atendendo suas
exigências, seria a utilização de resíduos agroindustriais na alimentação animal (SILVA
et al., 2016). A utilização de subprodutos da agroindústria, para substituir total ou
parcialmente o milho e a soja da dieta, pode representar avanços para a alimentação de
bovinos em confinamento.
Ainda sobre o assunto vale frisar que tanto os resíduos como os subprodutos são
meios vistos como uma relevante alternativa nutricional para a composição das dietas de
animais em determinadas proporções, proporcionando assim uma redução considerável
de custos produtivos e mitigando os possíveis danos ambientais (KLINGER et al., 2020).
Silva et al. (2020), aponta que cada vez mais o atual mercado consumidor vem se
preocupando com os impactos ambientas oriundos das ações antrópicas, por isso torna-
se importante ser visto pelo consumidor como uma instituição “parceria” do meio
ambiente.
Diante disso, pode-se dizer que a partir do momento que os subprodutos
agroindustriais e produtos secundários da alimentação humana não são descartados,
consegue-se reduzir significamente a mobilização de terras, principalmente para a
produção de alimentos para animais, cenário esse totalmente diferente quando ocorre com
as dietas que são compostas à base de milho e soja (CASA GRANDE et al., 2021).
Desta forma, esse estudo tem como objetivo realizar um levantamento
bibliográfico referente ao desempenho de bovinos de corte e uma avaliação econômica
da dieta a base de subprodutos agroindustriais utilizadas para termina-los em
confinamento comercial
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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Panorama geral da pecuária

No ano de 2020, o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, apresentando uma queda
considerável de 4,1% em relação ao ano anterior, contudo, mesmo o número decrescente,
o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total,
passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira
(MAPA, 2021).
Assim, o rebanho bovino brasileiro atingiu a marca de 218,15 milhões de cabeças
em 2020, em que 10,21% correspondem ao estado do Pará, sendo o 3º maior rebanho
bovino brasileiro com estimativa de 22.267.207 cabeças, sendo que 85,31 % dos seus
animais são destinados exclusivamente a corte (IBGE, 2021). Em 2020, 41,5 milhões de
cabeças foram abatidas, 15,62% deste total provieram de confinamentos, com uma taxa
de desfrute de 21,74% (ABIEC, 2021).
Neste mesmo ano, a produção brasileira de carne bovina foi de 10,10 milhões de
toneladas equivalente carcaça (TEC) e a previsão é de que ocorra um aumento de 5% até
o final de 2021. O número de abates de bovinos diminuiu 8,5% em 2020, quando
comparado a 2019, com 29,7 milhões de cabeças abatidas e peso médio de carcaça de
261,9 kg.
O mercado interno reduziu o consumo em 9,8% no ano de 2020, contabilizando
5,9 milhões de toneladas equivalente carcaça consumidas. Em média, cada brasileiro
consumiu cerca de 24,4 kg de carne bovina. A exportação foi de 2,7 milhões TEC,
representando cerca de 26% da produção (MAPA, 2021).
Essa crescente nos últimos anos demonstram a importância que o setor de carne
bovina representa para o Brasil, já que, atualmente é considerado como um dos principais
responsável pela produção e comercialização mundial de carne, gerando uma receita
anual de aproximadamente US$ 7,4 bilhões em vendas e ainda destina 74% de sua
produção para abastecer o mercado interno brasileiro (ABIEC, 2021).
Segundo Vicensotti (2019), a pecuária de corte ao longo dos anos vem agregando
vários elos dentro da sua cadeia de produção, já que a mesma se encontra favorecida pela
existência do parque industrial para processamento e abate de bovinos. Contudo, até
chegar ao grau de excelência que se encontra atualmente foi necessário um investimento
maciço na busca de conseguir novas tecnologias em nutrição, pastagem, manejo sanitário
e genética, fatores esses que influenciaram diretamente na qualidade do produto brasileiro
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e, consequentemente, sua competitividade e abrangência de mercado (VICENSOTTI,


2019).
Ainda de acordo com Vicensotti (2019), a partir da exploração e expansão do
cerrado brasileiro, proporcionou grandes avanços no âmbito da pecuária ao longo de
cinquenta anos, cuja região Centro-Oeste é caracterizada como a maior produtora de
bovinos do Brasil, nos quais estados, a exemplo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Goiás detêm cerca de 30% da produção bovina nacional.
No sistema de criação tradicional, não há investimento para melhorias da
qualidade de pastagem, apresentando-se em sua maioria em estágio de degradação,
retratando animais com ganhos médios de peso diários de 0,4 a 0,5 kg, em que na época
seca mantêm esses ganhos ou perdem uma arroba (BARBOSA; SOUZA, 2007). O
sistema do tipo a pasto é o maior contribuinte na produção total de bovinos (87%)
(CÉZAR et al., 2005; ALVES, 2015; ABIEC, 2018).
Já o sistema intensificado, caracteriza-se por criações em semi-intensivo e
intensivo, que por sua vez, utiliza de forma racional o pasto, preocupando-se em adotar
manejos que prolonguem ou melhore sua qualidade (BARBOSA; SOUZA, 2007). Ainda
de acordo com Barbosa e Souza (2007), na época seca algumas estratégicas nutricionais
são empregadas como: creep-feeding, uso de suplementos proteinados de médio a alto
consumo, semiconfinamento e o confinamento.
No entanto, devida as grandes mudanças na cadeia produtiva em decorrência da
crescente demanda mundial pela proteína animal e valorização da commodity carne, seu
valor é determinado sob grande influência do mercado internacional (SIQUEIRA, 2013),
isso faz com que o produtor tenha que buscar maior eficiência na gestão e no sistema
produtivo da propriedade para a obtenção da maximização do lucro e redução do capital
investido.
Em consequência disso, novos sistemas têm tentado aumentar a produtividade e a
rentabilidade desta atividade, cada vez mais competitiva e complexa, especialmente o
sistema de confinamento (OZAKI et al., 2015).

2.2 Confinamento de bovinos


O Brasil é um país de clima tropical, em que na época das águas há abundante
disponibilidade de pasto que favorece ganhos de peso satisfatórios ao animal (PAULINO
et al. 2002). As forrageiras tropicais, em geral possuem uma sazonalidade de produção,
caracterizada por diferenças discrepantes quanto à qualidade nutricional e quantidade da
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forragem nas diferentes estações do ano, resultando em perda e/ou baixo ganho de peso
caracterizando o boi tipo “sanfona” (HOFFMAN et al., 2014).
Segundo Gomes, Feijó e Chiari (2017), o confinamento de animais surgiu como
uma estratégia que tem sido empregada por muitos produtores ao decorrer dos anos.
Caracteriza-se em agrupar grande número de animais em pequenas áreas, com dietas que
permitam expressar o máximo do seu potencial genético.
Nas últimas quatro décadas o rebanho efetivo dobrou, entretanto, as áreas de
pastagem pouco avançaram e em outras regiões até diminuíram, demonstrando o aumento
na produtividade. A adoção de tecnologias, como por exemplo o confinamento, é fator
responsável por este aumento produtivo (GOMES; FEIJÓ; CHIARI, 2017).
Dessa forma, tal tecnologia adotada consiste em uma atividade na qual apresenta
características estratégicas, visando tanto o aceleramento do crescimento dos bovinos,
como também a retirada de animais mais pesados durante o período de seca, mas
atualmente é utilizado como ferramenta de manejo, auxiliando em aumentos na escala de
produção (LANNA; ALMEIDA, 2005).
Segundo Lanna e Almeida (2005), o confinamento foi inicialmente proposto para
a viabilização da compra de animais em períodos de safra e de sua revenda durante a
entressafra, seguindo para o fornecimento de resíduos e subprodutos das agroindústrias,
até ser utilizado como uma ferramenta para o manejo das espécies.
Torna-se importante salientar que diferentemente da terminação a pasto, o
confinamento requer grandes investimentos referentes a instalações e maquinários. Em
contrapartida, o controle do consumo pelos animais é tido como mais rentável, o que
possibilita a realização de ajustes necessários para as dietas dos animais, favorecendo
assim, ganhos maiores e consequentemente, carcaças mais acabadas e padronizadas para
comercialização (SENAR, 2018).
Além disso, diferentes objetivos e disponibilidades de recursos são fatores
determinantes para que os sistemas de confinamento brasileiros sejam bastante
diversificados, possibilitando inúmeras combinações entre tipos de instalações, raças e
dietas que são dependentes de recursos naturais e financeiros disponíveis do produtor
(CARDOSO, 2000).
Oliveira (2017) afirma que a adoção desta tecnologia pode significar redução de
20% do total do rebanho atual, melhoria na taxa de desfrute e maior giro do capital,
propiciando assim o aumento de competitividade do Brasil.
16

Portanto, mesmo que o sistema de confinamento possa ser uma atividade


considerada de rentabilidade e viável, o produtor deve ter atenção redobrada quanto às
tendências do mercado, já que os custos de produção são elevados, pois é necessário obter
ótimos valores quanto a questão repositória dos animais que foram abatidos (BARBIERI;
CARVALHO; SABBAG, 2016).

2.3 Subprodutos agroindustriais


A Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e a Agricultura – FAO,
estima que a produção mundial de resíduos agroindustriais atinja 1,3 bilhão de toneladas
por ano, dando conta que, 1/3 dos alimentos potencialmente destinados ao consumo
humano são desperdiçados, seja como resíduos, oriundos do processamento ou como
perda na cadeia produtiva (FAO, 2013).
Conforme ressaltam Nascimento Filho e Franco (2015), milhões de toneladas de
resíduos agroindustriais são gerados em sua cadeia produtiva, através do processamento
de frutas, resíduos esses que podem inclusive desencadear a longo prazo diversos
problemas ambientais, causando preocupação de vários ambientalistas, autoridades
públicas, legisladores e também da sociedade.
As indústrias de polpas e sucos de frutas são responsáveis por gerar um percentual
aproximado de 40% de resíduos orgânicos, contendo casca, bagaço e caroço. A
composição desses resíduos pode variar principalmente pela forma de como o manejo do
cultivo da matéria-prima é realizada, bem como, sobre as técnicas inseridas durante o
processamento (NASCIMENTO FILHO E FRANCO, 2015).
A estacionalidade na produção de forragens em determinadas épocas do ano em
que há diminuição significativa do seu valor nutricional, torna-se um fator responsável
pela baixa produtividade de rebanhos, junto a isso há frequente variação nos preços dos
principais grãos e suplementos proteicos utilizados na alimentação animal, o que estimula
os produtores a encontrarem melhor aproveitamento de alimentos alternativos para
baratear o custo da alimentação (ZAMBOM et al., 2000; LIMA, 2001).
Em virtude de sua capacidade digestiva, os ruminantes são eficientes em utilizar
alimentos e aproveitar os nutrientes contidos em alimentos fibrosos e grosseiros que,
outras espécies pouco aproveitam. Isto se deve, principalmente, a microorganismos que
habitam o trato digestivo do ruminante, além da ação mecânica conhecida como processo
de ruminação (PEDROSO, 2010; LIMA, 2012).
17

Segundo Zambom et al., (2000) a crescente demanda pela melhor utilização dos
recursos alimentares no mundo, torna-se evidente a necessidade da utilização de fontes
energéticas e proteicas na alimentação animal que não mantenham competição com a
alimentação do homem. No entanto, para que essa escolha seja assertiva, deve-se levar
em consideração a época do ano, o nível de produção, os custos, disponibilidade dos
alimentos na região, características nutricionais e armazenagem (RODRIGUES, 2011).
Mendonça (2012) destaca que o uso de produtos agroindustriais, portanto, assume
papel econômico muito importante, sendo uma alternativa para minimizar os custos de
produção e, muitas vezes, responsável pela viabilidade econômica do sistema, já que a
alimentação representa a maior fatia dos custos.
No Brasil predomina a geração de resíduo úmido, uma vez que o processo de
secagem é economicamente inviável. Dentre as particularidades referentes à utilização
desses resíduos, podemos citar: a forma de armazenamento, condições especiais de
transporte, rápida deterioração, maior variação de composição e sazonalidade de
produção (TEIXEIRA, 2009).
Rogério et al. (2009) destacaram que a utilização de subprodutos como os
oriundos das culturas da mandioca, cevada, café, uva, maçã e laranja podem ser benéficos
tanto para o produtor como para a indústria. Para o produtor torna-se uma fonte de
alimento de menor custo, e para a indústria, um material que era resíduo tornando-se
subproduto para alimentação animal.
Porém, algumas barreiras são encontradas ao fazer a utilização desses subprodutos
devido ao pouco conhecimento de suas características nutricionais e de valor econômico,
diferentemente das commodities tradicionais (ex. milho e soja) as quais são comumente
utilizadas na formulação das rações. Além disso, verifica-se a falta de estudos mais
aprofundados que avaliem o desempenho positivo de animais alimentados com estes tipos
de alimentos (REGUSE, 2018).
No entanto, com base nos requerimentos nutricionais dos animais e na
composição dos subprodutos utilizados é necessário mensurar seu nível de inclusão nas
dietas, visando o máximo desempenho e o melhor retorno econômico. A partir desses
dados, os resíduos agroindustriais são de extrema relevância principalmente no que diz
respeito a inserção frente a novas formulações para enriquecer as mesmas, além do mais,
a partir do momento que se é utilizado resíduos agroindustriais, se está contribuindo para
um menor descarte no meio ambiente (PORTUGAL-PEREIRA et al. 2015).
18

2.3.1 Bagaço de laranja/polpa úmida de laranja

Segundo estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos


(CITRUS, 2017), o Brasil é responsável por aproximadamente 30% da produção de
laranja in natura e por 60% da produção de suco de laranja de todo o planeta, ou seja, é
o líder no ranking mundial. No ano 2019, dados apontaram que o Brasil produziu 17
milhões de toneladas do fruto (FAOSTAT, 2021).
A indústria de suco de laranja produz como subproduto o bagaço de laranja ou
polpa de laranja, o qual compreende aproximadamente 50% do total da fruta, este é obtido
após a prensagem da laranja e é composto da casca, da película, da polpa propriamente
dita e das sementes (LIMA, 2001; TEIXEIRA, 2009).
Segundo Seccarecio (2021) a produção de laranjas, na safra 2020/2021 houve uma
produção estimada em 268,63 milhões de caixas de 40,8 kg, isto representa uma queda
de 30,5% frente à safra anterior na qual foram colhidas 386,79 milhões de caixas
Segundo Lima (2001), com a alta produtividade das indústrias, existem inúmeras
toneladas de resíduos derivados do processamento da laranja, sendo que a sua casca
possui 9,21% de celulose, 16,9% de açúcares solúveis, 10,5% de hemicelulose e 42,5%
de pectina o que resulta em valores de carboidratos.
Além disso, a casca da laranja, por exemplo, é rica em óleos essenciais, que é útil
para indústria de cosméticos e perfumaria, na semente são encontradas grandes
quantidades de ácidos graxos insaturados, que podem ser extraídos e utilizados como
óleos comestíveis, na confecção de bolos, licores e balas, além de bebidas cítricas. Outra
possibilidade é a utilização do bagaço de laranja na alimentação animal (LIMA, 2001;
CYPRIANO et al., 2017).
Neste sentido, o resíduo da indústria de suco de laranja, o bagaço, é um alimento
com diversos benefícios para a alimentação de animais ruminantes, é um excelente
material, rico em energia, mas pobre em proteína, devido ao seu alto valor energético,
além de também substituir, com vantagem no preço, os grãos na alimentação de
ruminantes (LIMA, 2001).
Diferente dos grãos, por ser um alimento rico em pectina que apresenta
degradabilidade ruminal de 90% a 100%, do ponto de vista nutricional isso é muito
desejável, considerando o maior aproveitamento de energia no que diz respeito à
produção de ruminantes (PEDROSO, 2010), isso resulta em maior proporção de ácido
acético no rúmen, não permitindo a produção de ácido lático no ambiente ruminal,
19

possuindo uma fermentação favorável à manutenção do pH e reduzindo o risco de acidose


(LIMA, 2001; MÜLLER E PRADO, 2005).
Tendo como característica o seu excelente valor nutricional como descrito na
Tabela 1 e a sua produção coincidindo com a entressafra de grãos e a escassez de
forragens, iniciando a safra a partir de abril/maio o resíduo da indústria citrícola é um
exemplo de que a utilização de fontes alimentares alternativas energéticas pode viabilizar
sistemas intensivos de produção (RODRIGUES, 2011).
Tabela 1. Composição bromatológica dos subprodutos polpa de laranja úmida, polpa de laranja
peletizada e polpa de laranja úmida despectinada.

Autores MS% PB% EE% FDN% FDA%

LABTRON (2020)* 21,90 7,79 2,60 21,15 16,50

NRC (2016)** 87,68 6,9 2,44 24,01 2,45

Valadares Filho (2016)* 14,33 7,13 5,99 19,64 16,03

Mártire (2010)* 20,68 7,03 3,81 30,55 18,89

Sarturi (2008)*** 14,82 6,8 - 69,29 57,46

Pereira et al (2007)** 92,62 7,77 2,37 22,15 23,43

*Polpa de laranja úmida **Polpa de laranja peletizada; ***Polpa de laranja úmida despectinada.
MS= Matéria seca; PB = Proteína bruta; EE= Extrato etéreo; FDN= Fibra em detergente neutro; FDA=
Fibra em detergente ácido.

O bagaço de laranja in natura é um subproduto de boa qualidade quanto a sua


composição química, embora a logística de armazenamento e transporte para locais
distantes dos pólos industriais seja complexo e a utilização deva ser bem planejada, isso
ocorre devido aos altos níveis de umidade e de carboidratos fermentáveis, essas
características associadas às altas temperaturas e a um tempo de armazenamento
prolongado, promovem o crescimento de fungos que levam a degradação aeróbica do
material, podendo produzir toxinas que afetam a saúde, o desempenho produtivo e
reprodutivo dos animais (SOUZA, 2006; MENEGHETTI & DOMINGUES, 2008).
20

Sendo assim, a alternativa encontrada para estes entraves e um dos métodos mais
comuns de aproveitamento do bagaço de laranja na indústria é proceder a secagem e a
peletização desse material (ÍTAVO et al., 2000). Este processo ocorre em duas etapas:
após a extração do suco, o material passa por duas prensagens para que a umidade atinja
os 65 a 75%, e a secagem, na qual resulta até 90% de matéria seca, para então, ser
peletizada e comercializada (TEIXEIRA, 2001).
No entanto, devido ao alto custo de secagem existe o interesse de empresas em
pequena escala, pois o investimento em secadoras para este material pode representar até
50% do valor da fábrica de processamento de suco de laranja, onerando seu custo de
utilização, embora seja uma boa alternativa (SARTURI, 2008).
Segundo Sarturi (2008), existe outra alternativa de utilização que soluciona os
problemas do bagaço de laranja in natura e dispensa o processo de secagem, algumas
indústrias estão produzindo a chamada polpa cítrica despectinada.
O processo de obtenção ocorre após a extração do suco, no qual o material é
lavado com água por cerca de 50 minutos e então submetido a tratamento com vapor em
temperatura que varia de 60°C a 90°C. Em seguida, é adicionado ácido nítrico na massa
até que o pH atinja 2,4. Desta forma, após a prensagem, filtragem e a extração parcial da
pectina, o que sobra torna-se um subproduto com potencial para utilização e com menor
teor de umidade (SARTURI, 2008).
Segundo levantamento da Scot Consultoria, a cotação da tonelada de polpa cítrica
peletizada esteve 31,7% maior que no mesmo período do ano de 2020 (Tabela 2).

Tabela 2. Custo da tonelada de matéria seca da polpa de laranja peletizada.

Produtos R$/T MS% R$/T MS

Polpa de laranja 1.410,00 91 1.549,45


peletizada
Fonte: adaptado de Scot Consultoria (2021). R$/T= Preço por tonelada; MS= Matéria seca; R$/T MS=
Preço por tonelada de matéria seca.

Existem diversos estudos que avaliaram o desempenho de animais alimentados


com variados níveis de inclusão do bagaço de laranja, principalmente na forma peletizada
que é comumente mais encontrado devido à complexidade da forma úmida, como já
explanado anteriormente, ou em substituição a outra fonte energética.
21

Segundo estudos realizados por Prado et al. (2000) com bovinos machos inteiros
de vinte meses de idade (Nelore x Angus) em que foi feita substituição do milho em 40,
60, 80 e 100% por bagaço de laranja peletizado, não houve alteração de ganho de peso,
consumo de matéria seca, proteína bruta, energia, conversão alimentar, rendimento de
carcaça e acabamento de gordura, concluindo assim, que a polpa cítrica peletizada (PCP)
pode ser utilizada em substituição parcial ou total ao milho, para animais confinados.
Em outro estudo realizado por Pereira (2005) com 72 animais da raça Canchim
em que as rações continham 70% de concentrado e 30% de volumoso, observou-se que a
substituição parcial do milho pela PCP resultou em ganho de peso diário (GPD) superior,
no entanto, a ração com maior rentabilidade foi aonde a substituição do milho foi total.
Sarturi (2008) realizou experimento com 24 tourinhos da raça Nelore e 24
tourinhos da raça Canchim ambos com aproximadamente 18 meses de idade, observou-
se que para conversão alimentar não houve diferença significativa, porém, a espessura de
gordura cutânea foi superior ao exigido pelos frigoríficos nacionais. Entretanto, os
animais da raça Canchim tiveram maior CMS e por sua vez, maior GPD. No entanto os
animais da raça Nelore apresentaram menor CMS e consequentemente menor GPD,
concluindo que a polpa cítrica úmida despectinada é uma ótima alternativa tanto em
substituição aos grãos energéticos quanto à própria polpa cítrica peletizada.
Estudos de Kirk et al. (1954), citados por Peacock e Kirk (1959), observaram que
novilhos alimentados por 120 dias com milho, milho e polpa de citrus ou polpa de citrus,
como fonte de energia, tiveram desempenho similar, sendo que o melhor GMD foi
observado no tratamento milho e PCP (1,15 kg/animal/dia), seguido pelo tratamento
milho e polpa de cítrica, sendo 1,07 e 0,98 kg/animal/dia, respectivamente.
Por outro lado, estes resultados não estão de acordo com VELLOSO et al. (1974),
que, em trabalho semelhante, observaram GMD crescente, à medida que se elevou o nível
de substituição do milho pela polpa de cítrica e estudos realizados por HENRIQUE et al.
(1998), não corroboram com o trabalho de Velloso et al. (1974) no qual utilizando níveis
de concentrado (20 e 80%), observaram que, nos tratamentos em que o concentrado
participou com 80% da matéria seca total da dieta, verificou-se diminuição no GPD,
quando houve a substituição do milho pela PCP.
22

2.3.2 Casca de mandioca

A casca de mandioca é conhecida pela rusticidade e pelo papel social que


desempenha junto às populações de baixa renda, a cultura da mandioca tem grande
adaptabilidade aos diferentes ecossistemas. Está entre os dez produtos alimentares da
humanidade com maior volume de produção, aproximadamente 180 milhões de toneladas
anuais (RANGEL, 2008).
Os subprodutos gerados através da industrialização da mandioca são partes
constituintes da própria planta, provenientes do processo tecnológico adotado sendo eles
o processo manual ou automatizado (LEONEL, 2001). Tanto a qualidade quanto a
quantidade variam em função de alguns fatores como o cultivar, idade da planta, tempo
após a colheita, tipo e regulagem do equipamento industrial, entre outros.
Destarte, segundo Abrahão et al. (2005), as pesquisas com mandioca (Manihot
esculenta, Crantz) e seus subprodutos, vêm se destacando nos últimos anos, em função
da facilidade de seu cultivo, expressiva produção e subprodutos industriais, com
importância marcante na alimentação animal
Autores como Baah et al. (2011) ressaltam que o uso deste subproduto possui um
grande potencial para ser utilizado na dieta de bovinos, já que tal uso pode contribuir para
a redução do impacto ambiental, como também para os custos referente a criação do
rebanho e o custo de aquisição do produto.
A casca de mandioca é um resíduo com grande quantidade de fibra e energia,
como pode-se observar na Tabela 3 que contém a composição bromatológica deste
subproduto, sendo usado principalmente na alimentação de animais para engorda
(ABRAHÃO et al., 2005). Nesse sentido, o aproveitamento dos resíduos provenientes
desta cultura assume um importante papel de expressivo valor econômico, face ao
volume, sua disponibilidade, bem como a sua utilização (RANGEL et al, 2008).
Piola Junior et al. (2009) descrevem que nos trabalhos que fazem o uso
subprodutos de mandioca na alimentação de bovinos é preciso fazer avalições tanto no
desempenho como das características quali e quantitativas de carcaça e eficiência
econômica, já que tais fatos contribuem para comparações entre tipos raciais, pesos,
idades de abate, sexo, sistemas de produção e alimentação.
A casca de mandioca é um resíduo da indústria de farinha, resultante da pré-
limpeza e descascamento da mandioca na indústria. É constituído da ponta da raiz, casca
23

e entrecasca, é o principal resíduo da industrialização da mandioca para produção de


farinha e representa 5,1% da raiz (FERREIRA; SILVA, 2011).
Segundo Silva et al (2005), os resíduos de mandioca podem ser utilizados como
substitutos dos alimentos energéticos tradicionalmente utilizados na alimentação de
ruminantes com desempenho similar e redução nos custos de produção.

Tabela 3. Composição bromatológica do subproduto industrial da mandioca.

Autores MS% PB% EE% FDN% FDA%

LABTRON* 37,69 3,72 1,06 39,86 37,24


(2020)

LABTRON* 39,95 3,41 0,04 28,24 27,05


(2019)

Marques et al. 89,2 3,7 2,74 28,6 20,4


(2000)

Prado et al. (2000) 88,68 3,37 - 28,63 20,44

*Laboratório de análises Cargill Alimentos. MS= Matéria seca; PB = Proteína bruta; EE= Extrato etéreo;
FDN= Fibra em detergente neutro; FDA= Fibra em detergente ácido.

Em trabalho realizado por Oke et al. (2009) identificaram a substituição parcial


da silagem de milho por casca de mandioca desidratada na dieta de bovinos, sendo três
níveis de casca de mandioca 0, 20 e 40%. Conforme os resultados da pesquisa foi possível
identificar que de fato não houve grandes efeitos nos valores de pH, ácidos graxos voláteis
e nitrogênio amoniacal do líquido ruminal.
Portanto, a mandioca por ser considerada como uma cultura tropical produtiva, é
recomendada para ser utilizada na alimentação de ruminantes, justamente por apresentar
benefícios como alta quantidade de carboidratos solúveis, com alta digestibilidade
(JUPAMATTA et al., 2011).
24

2.3.3 Resíduo úmido de cervejaria/resíduo de cevada


O resíduo úmido de cervejaria (RUC) é um subproduto gerado pela indústria após
o amido dos grãos de cereais serem removidos para a produção de álcool, com umidade
em torno de 80%. Desse modo, o malte de cevada é triturado, para que possa
posteriormente ser misturado a um cereal rico em amido como o milho, arroz ou outro
cereal disponível, logo, após o cozimento dessa mistura, ocorre a separação entre a parte
sólida e a parte líquida. A fração líquida é fermentada e então é transformada em cerveja,
e a parte sólida resulta no resíduo de cervejaria (ARONOVICH, 1999; GERON et al.,
2007; MENDONÇA, 2012; MARTINEZ, 2021).
O grão de cevada pode ser utilizado na alimentação animal in natura, por meio de
silagem ou na forma de resíduo. Apresenta como características essenciais que
contribuem diretamente para que possa ser possível realizar a substituição do milho,
parcialmente, como concentrado na dieta (CÓRDOVA, 2004).
Assim, a cevada (Hordeum vulgare spp. vulgare) é um dos cereais mais cultivados,
sendo considerado o quinto em importância no mundo. O grão de cevada possui algumas
funções, como: forragem, fabricação de ração na alimentação animal e industrialização
de bebidas (VIEIRA e BRAZ, 2009).
Este subproduto pode se apresentar na forma de resíduo úmido, resíduo prensado,
seco e levedura de cerveja (SOUZA, 2010), sendo mais utilizado no Brasil na forma
úmida devido ao alto custo para o processo de secagem.
Com alto teor proteico, rico em fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos
totais (CT) e extrato etéreo (EE) (GERON et al., 2008), devido ao alto teor de FDN e de
água, como mostra a Tabela 4, o resíduo úmido de cervejaria pode ser definido como
alimento volumoso, mas com bom conteúdo proteico, podendo ser usado para substituir
parte do concentrado e parte do volumoso da dieta (SILVA et al., 2016).
25

Tabela 4. Composição bromatológica do resíduo úmido de cervejaria.

Autores MS% PB% EE% FDN%

Geron et al. (2007) 23,5 31,6 5,46 59,65

Aronovich (1999) 21,41 27,28 - 59,18

Cabral Filho (1999) - 24,8 8,8 59,9

West e Martin
- 29,6 6,8 65,5
(1994)

MS= Matéria seca; PB = Proteína bruta; EE= Extrato etéreo; FDN= Fibra em detergente neutro.

Em decorrência do baixo custo, bem como a geração de um aumento nos níveis


de produção dos bovinos, as dietas utilizando resíduos de cervejaria são de bom proveito,
porém, há a necessidade de administrar a utilização desse subproduto, pois tendo em vista
que ele pode influenciar de maneira benéfica a composição microbiana no organismo do
animal, porém a inadequação no armazenamento pode trazer riscos à saúde do animal
(BRUST et al., 2015; WEISS et al., 2016).
De acordo com Martinez (2021) a proteína encontrada nos resíduos de cervejaria
possui em 45% de proteína “by-pass”, passando pela degradação ruminal e sendo
absorvida no intestino. Tal fato pode ser explicado em razão que a partir do momento do
processo de fermentação para produção de cerveja acontece a degradação da porção mais
degradável da proteína, permanecendo a menos degradável.
Dessa forma, a menor degradabilidade ruminal pode ser vista como extremamente
útil para a utilização dessas fontes combinadas a fontes de nitrogênio não protéico, como
a uréia, por exemplo. Tais combinações possibilitam que ocorra a otimização do
fornecimento de nitrogênio para o crescimento microbiano, e para o animal, não acarreta
nenhum tipo de deficiência de nitrogênio ruminal em virtude da menor degradação
ruminal da proteína.
De acordo com Fischer et al. (1997) a cada 100 kg de malte de cevada que se
utiliza para a produção de cerveja, obtém-se de 110 a 120 kg de RUC, esse aumento
ocorre devido a obtenção de umidade durante os processos. Para Branco (2019), vale a
pena destacar as principais características do RUC, sempre com base em 100% de matéria
seca, como mostrado na Tabela 5.
26

Tabela 5. Características do resíduo úmido de cervejaria.

Parâmetros %

Umidade 75 a 80

Proteína bruta 26 a 32

Amido <6

Taxa de degradação ruminal 40 a 50

Extrato etéreo >7

Fósforo > 0,57

Cálcio 0,30-0,50

Potássio < 0,16

Fibra em detergente neutro >49

Fibra em detergente ácido >20

Fonte: Adaptado de Branco (2019)

Quanto ao desempenho de animais suplementados com resíduo úmido de


cervejaria em substituição a outra fonte de energia, Noviandi et al. (2014) identificou os
principais efeitos da inserção de níveis crescentes de cevada na dieta de bovinos de corte
consumindo feno de gramínea com 10% de proteína. Assim, os dados obtidos na pesquisa
demonstraram que a ingestão de forragem foi reduzida, todavia, a ingestão total não foi
afetada quando o nível de cevada aumentou.
Geron et al. (2008) utilizou quatro bovinos da raça Holandesa, machos castrados,
com o objetivo de avaliar os efeitos da inclusão do resíduo úmido de cervejaria
fermentado, concluiu em seu estudo que a inclusão de até 24% do resíduo de cervejaria
nas rações não altera a digestão dos nutrientes, a fermentação ruminal e a eficiência de
síntese microbiana, portanto, esse subproduto pode ser utilizado em até 24% nas rações
de bovinos.

Walsh et al. (2008) conclui em pesquisa que houve diferença significativa nos
valores de conversão alimentar (CA) a partir do momento que foram feitas testagens por
27

meio de silagem de trigo e de cevada relacionadas com dietas à base de silagem de milho
ou concentrado à vontade. De acordo com os autores, tanto dietas com silagem de trigo
como a silagem de cevada tiveram uma CA de 13,5 e 13,6 kg alimento/kg GPD
respectivamente, contra 12,0 para a dieta com silagem de milho e 10,3 kg alimento/kg
GPD para a dieta com concentrado a vontade (WALSH et al., 2008).
Segundo Souza et al. (2006) eles observaram que a suplementação contendo 10%
de RUC aumentou significativamente o consumo de matéria seca (CMS) e o ganho de
peso dos animais, devido aos bons teores de proteína bruta (PB) e de nutrientes digestíveis
totais (NDT) do RUC.
Nos achados de Caton e Dhuyvetter (1997) verificaram que a suplementação
diária com cevada, na quantidade de 1,8 kg/animal, influencia somente marginalmente a
ingestão e digestibilidade da forragem, já que tal nível de suplementação representou
0,8% do peso vivo dos animais. Ainda segundo os resultados do estudo, sugeriram que
30 g/kg de peso vivo metabólico (PV0,75) como nível de suplementação de energia que
poderia influenciar na utilização de forragem, o que representa em média 0,7% do PV do
animal.
De acordo com Lima (1993), o uso de até 15% de RUC na alimentação de bovinos
não altera o consumo de MS e a condição de fermentação ruminal, porém, a utilização na
forma in natura é dificultada pela sua conservação o qual se apresenta como o principal
gargalo da sua utilização.

Portanto, existem inúmeras vantagens de ser utilizado Resíduo Úmido de


Cervejaria na dieta de bovino de corte, já que se tem a disponibilidade o ano todo de tal
produto, pois a produção de cerveja não tem sazonalidade, além disso, vale frisar que o
alimento é muito palatável.

2.3.4 Torta de algodão


A cultura do algodão é capaz de originar diversos produtos, desde os diretos como
a pluma e o óleo, até os subprodutos como o caroço, casca, torta e farelo de algodão. O
algodoeiro é capaz de fornecer um suplemento proteico de boa qualidade nutricional,
utilizado principalmente na alimentação de ruminantes (MOREIRA, 2008).
Do processamento do algodão, pode-se obter dois subprodutos comumente
utilizados na alimentação animal, o farelo de algodão no qual é obtido quando são
utilizados processos químicos (solventes) e físicos (prensagem) para a extração do óleo e
a torta de algodão, obtida quando utilizada apenas a prensagem (SANTOS et al., 2009).
28

Segundo Araújo et al (2003), em função do tipo da extração, podem-se produzir


dois tipos de torta: a torta gorda (5% de óleo residual) de característica mais energética,
proveniente apenas da prensagem mecânica, porém com menor teor de proteína; torta
magra (menos de 2% de óleo residual) oriundo da extração por solventes, apresenta
concentração relativamente maior de proteína e menor densidade energética.
A adição desta torta na dieta, principalmente na de bovinos confinados, pode
causar uma ação positiva na saúde desses animais, de principalmente no rúmen,
possivelmente pelo mesmo apresentar uma melhor palatabilidade em relação a outros
subprodutos alternativos (BARDUCCI et al., 2015).
Pode ser considerada como uma importante alternativa alimentar, devido a
viabilidade em relação a sua fonte de proteína e sua eficiência na associação com silagens,
ocasionando melhorias na qualidade da fermentação, no teor de proteína bruta e de extrato
etéreo (VIANA et al., 2013; SILVA et al., 2016; de ASSIS et al., 2018). Esta apresenta
alta fibra e pode ser utilizada em dietas com alta inclusão de concentrado, entretanto, não
apresenta bons níveis de energia como o caroço, se tornando um alimento proteico como
pode-se observar na Tabela 6 (BERTRAND et al., 2005).

Tabela 6. Composição bromatológica do subproduto torta de algodão.

Autores MS% PB% EE% FDN% FDA%

Lima (2012) 94,00 30,20 10,00 50,56 38,49

NRC (2007)* - 46,00 5,00 31,00 18,00

Araújo et al
92,3 46,1 4,6 - -
(2003)*

Araújo et al
89,1 47,6 2,2 - -
(2003)**
*Torta com extração mecânica; ** Torta com extração por solvente. MS= Matéria seca; PB = Proteína
bruta; EE= Extrato etéreo; FDN= Fibra em detergente neutro; FDA= Fibra em detergente ácido

Estes subprodutos são considerados como uma alternativa segura para a


alimentação, no entanto, seu fornecimento aos animais deve ser feito em níveis
29

recomendados, tendo em vista que o excesso deste subproduto pode causar dificuldades
no ganho de peso e alterações espermáticas, devido a presença de gossipol (PAIM et al.,
2010).
Segundo Cabral et al. (2002) o valor nutricional da torta de algodão como produto
final da extração do óleo sofre variações especialmente no que se refere ao processo de
teores de proteína bruta e lipídios, bem como da natureza do seu processo de obtenção.
Geralmente o balanceamento de dietas encontra-se baseado na composição química
média dos alimentos concentrados que estão presentes nas tabelas de composição
nutricional dos alimentos.
Em se tratando da torta de algodão, Viana (2012) aponta que em virtude das
diferentes diversidades genotípicas e de processamento industrial, podem ocasionar em
uma maior variabilidade dos componentes nutricionais, e, além disso, pode conduzir a
resultados de desempenho inadequados, já que, o percentual de proteína bruta, extrato
etéreo e fibra em detergente neutro, são diferentes entre as tortas disponíveis no mercado.
Inclusive ainda de acordo com Viana (2012) o processo fermentativo destas tortas no
rúmen influencia diretamente também no desempenho de ruminantes.
Logo, entende-se que o conhecimento dos limites de inclusão da torta de algodão
na dieta de bovinos, torna-se importante para que possa assegurar o sucesso da criação do
ponto de vista sanitário e econômico.

2.3.5 Torta de dendê/torta de palmíste


A torta de dendê é um produto da extração de óleo do fruto da Elaeis guineensis,
derivada de uma palmeira perene, no quais os resíduos do dendezeiro podem ser usados
para alimentação animal conforme a sua composição química, especialmente para
alimentação de bovinos de corte em terminação, nos quais são utilizados proporções
maiores de concentrado cujo objetivo é conseguir aumentar de forma significativa o
consumo de energia e a taxa de ganho de peso em menor de tempo (VISONÁ-OLIVEIRA
et al., 2015; SANTANA FILHO et al., 2016; SANTOS et al., 2016).
Dentre as oleaginosas cultivadas, o dendezeiro merece destaque pelo fato de ser
perene e com colheita durante todo o ano, é a planta que apresenta maior produtividade
de óleo por área cultivada (SLUSZZ; MACHADO, 2006).
Produzida em grandes quantidades ao longo do ano, a área destinada ao cultivo
do dendezeiro no Brasil é de aproximadamente 60 mil hectares, e, mais de 85% desta área
está concentrada no estado do Pará que tem produção estimada em 160 mil toneladas de
30

óleo/ano (CORDEIRO et al., 2010), sendo potencialmente um alimento mais barato,


torna-se uma boa alternativa tanto do ponto de vista nutricional como econômico para a
alimentação animal (PERES et al. 2005).
Também conhecida como torta de palmiste e torta de amêndoas, é gerada através
da extração do óleo de amêndoa do dendê ou palmiste. Por possuir uma boa quantidade
de óleo residual, cerca de 3% do peso de um cacho de 10 a 30 kg (BARCELOS et
al.,1995; CONCEIÇÃO; MULLER, 2000), a torta de dendê tem sido empregada como
substituto satisfatório e econômico de alimentos de alta energia como o milho
(WALLACE et al., 2010), além de ser considerada por Nöel (2003), como um subproduto
bastante competitivo na alimentação animal.
Segundo Sousa et al. (2010), a extração do óleo é realizada de duas formas:
processo de extração por solvente e processo de extração mecânica. O primeiro processo
é através de uso de solventes químicos, no entanto este não possui uma boa palatabilidade
para animais. O segundo consiste resumidamente na prensagem mecânica dos frutos por
uma prensa contínua para a retirada do óleo do mesocarpo carnoso
Quanto à composição químico-bromatológica da torta de dendê, segundo Farias
Filho et al. (2005), alguns fatores podem interferir na composição da torta de dendê e
dificultam a composição de dietas na alimentação animal, são eles: o método utilizado
para a obtenção do óleo de dendê, fatores relacionados à interação dendezeiro, clima e
solo, fase de colheita e maturação dos frutos, que segundo os autores, não é considerada
um produto padronizado (Tabela 7).

Tabela 7. Composição bromatológica do subproduto torta de dendê.

Autores MS% PB% EE% FDN% FDA%

Bringel et al., (2011) 91,87 13,97 10,78 64,09 56,02

Nunes et al., (2011) 95,29 16,64 7,78 70,04 45,71

Andrade Sobrinho 90,11 13,01 6,92 76,21 41,53


(2010)
MS= Matéria seca; PB = Proteína bruta; EE= Extrato etéreo; FDN= Fibra em detergente neutro; FDA=
Fibra em detergente ácido.
31

Em trabalho desenvolvido por Cruz et al. (2019), teve como objetivo avaliar a
inclusão da torta de dendê na dieta de bovinos, onde foi possível identificar a ingestão de
MS, PB e CNF diminuiu linearmente, ao passo que a ingestão de EE aumentou. Além
disso, a ingestão de FDN mostrou comportamento quadrático positivo, com inclusão
máxima de 140 g/kg de torta de dendê para a dieta dos bovinos.
Segundo Correia et al. (2016) e Cruz et al. (2019), a digestibilidade aparente total
do EE teve um aumento considerável por meio da inclusão das tortas, a exemplo de
amendoim e dendê nas dietas. Logo, o aumento da ingestão de EE influencia diretamente
na promoção da menor perda endógena de compostos lipídicos, o que aumenta a
digestibilidade aparente.
Cruz et al. (2019) ao fazer uso da torta de dendê nas dietas de bovinos, os autores
verificaram que houve um comportamento linear negativo no GMD e no peso final, tais
reduções, significam que no peso final (50 g/kg) e GMD (230 g/kg) foram resultado da
redução da ingestão de MS (200 g/kg) e PB (250 g/kg), com consequente menor
suprimento destas frações, gerando como consequência um desempenho menor.
Ainda de acordo com os autores citados, os maiores níveis de inclusão de torta de
dendê (140 ou 210 g/kg) tem impacto diretamente nos ganhos mais baixos (1,05 e 1,06
kg), um dos motivos para explicação, refere-se ao fato da proteína da torta exibe menor
disponibilidade de aminoácidos no rúmen, além da inexistência de aminoácidos no
intestino. Vale frisar que o uso da torta contém uma quantidade significativa de proteína
na forma de PIDA, que influencia na redução da disponibilidade de aminoácidos no
rúmen para absorção intestinal, além de interferir desempenho dos animais (CRUZ et al.,
2019).
Trabalhos desenvolvidos por Santana Filho et al. (2016), Correia et al. (2016) e
Gouvêa et al. (2017) e Oliveira et al. (2019) foram pesquisas baseadas na avaliação da
inclusão de tortas, a exemplo de dendê, na dieta de bovinos, assim, os autores não
verificaram diferença no pH final da carne e nas perdas por cocção.
Sobre a torta dendê, autores como Santana Filho et al. (2015) recomendam a
inclusão em até 210 g/ kg, diferentemente de Cruz et al. (2019) que em sua concepção
não é válida a inclusão acima de 70 g/kg na dieta de bovinos de corte.
No estudo de Cruz et al. (2019) a inclusão de torta de dendê no que tange ao
processo de diminuição concomitante de soja e milho moído, os resultados demonstraram
que o nível de inclusão foi de aproximadamente de 21 % de torta de dendê na MS total
da dieta. Ainda de acordo com o autor citado acima, não é recomendado o uso de torta de
32

dendê acima de 7% em dietas para bovinos em terminação, já que seria preciso um


período mais longo para que os touros atinjam seu peso de abate.
Em detrimento disso, a recomendação para que seja utilizado a torta de dendê
acima de 7% é preciso levar em análise a lucratividade decorrente do seu uso, reduzindo
a quantidade de ingredientes mais caros nas dietas, aliado ao tempo necessário para que
o animal alcance o ponto de abate tempo (CRUZ et al., 2019).
Diante disso, pode-se dizer que o uso da estratégica da torta de dendê associada
a outros concentrados de ração para bovinos de corte, pode ser considerado como uma
alternativa viável e eficaz para a obtenção de animais com qualidade de carcaça
semelhante. Contudo, vale ressaltar uso deste ingrediente tem relação direta com o
período de colheita, durante o qual haverá uma redução no custo de compra da torta
(BEZERRA et al. 2021).

3 SIMULAÇÃO DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE DIETAS A BASE DE


SUBPRODUTOS
Dentre os insumos que compuseram ambas as dietas, os principais foram: milho
em grão, resíduo de cevada, casca de mandioca, torta de dendê, torta de algodão, bagaço
cítrico, farelo de soja, além de núcleo comercial, uréia e o volumoso, silagem de capim.
Para a realização do custo, utilizou-se os preços da data do dia 28/05/2022 disponíveis
pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA.
Para realização da simulação, foram utilizadas dietas isoproteicas e isoenergéticas,
com teores para PB e ELg de 13,4 e 1,29, respectivamente, com mudanças de ingredientes
de forma sazonal. Essas dietas foram formuladas pela empresa de nutrição Nutron –
Cargill Alimentos LTDA, a qual presta consultoria na área de nutrição animal, através do
sistema de formulação Max System for Beef. O uso das dietas inicia-se após o período de
adaptação dos animais, o qual dura em média quatorze dias. Com quatorze dias de
consumo da dieta de adaptação, inicia-se o período de transição, este período é importante
para se mantenha a saúde ruminal sem prejudicar o consumo dos animais na fase de
terminação.
Utilizou-se as dietas à base de subprodutos e uma dieta tradicional à base de milho,
farelo de soja, silagem de capim e o núcleo comercial. Em ambas tabelas de formulação
contém a porcentagem de matéria seca do ingrediente, porcentagem de inclusão com base
na matéria seca, o preço da tonelada da matéria natural e o custo baseado na inclusão de
33

cada ingrediente, para que assim se obtenha o custo do kg da ração baseada no consumo
de matéria seca (%MS x R$/kg).

Tabela 8. Formulação de dieta de terminação a base de subprodutos, seus preços e custo


do kg da dieta.

Ingrediente % MS do % MS* R$/TON MN R$/kg R$/CMS


ingrediente
Cevada 22,80 16,00 85,00 0,285 0,046
Silagem de capim 33,60 4,50 230,00 0,230 0,010
Torta de dendê 96,00 6,08 600,00 0,600 0,036
Torta de algodão 91,00 9,79 1.508,00 1,508 0,148
Casca de mandioca 41,30 5,00 215,00 0,215 0,011
Milho em grão 88,00 48,17 1.448,00 1,448 0,698
Bagaço de laranja 19,00 6,00 180,00 0,180 0,011
Uréia 98,00 0,39 6.000,00 6,000 0,023
Núcleo 95,22 3,46 5.200,00 5,200 0,180
Farelo de soja 90,00 0,61 2.185,00 2,185 0,013
TOTAL 100,00% R$ 1,176
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados cedidos pela empresa Cargill Alimentos LTDA e CEPEA
(2022). MS= Matéria seca; Ton= Tonelada; MN= Matéria natural; CMS= Consumo de matéria seca.
*Porcentagem de inclusão do alimento na dieta com base na matéria seca.

Tabela 9. Formulação de dieta de terminação tradicional, com preços dos ingredientes e


custo do kg da dieta.

% MS do
Ingrediente % MS* R$/TON MN R$/kg R$/CMS
ingrediente
Farelo de soja 90,00 3,57 2.185,00 2,185 0,078
Milho moído 88,35 77,54 1.448,00 1,448 1,123
Uréia 98,00 1,11 6.000,00 6,000 0,067
Silagem de
33,60 15,15 230,00 0,230 0,035
capim
Núcleo 95,22 2,63 5.200,00 5,200 0,137
TOTAL 100,00% R$ 1,439
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados cedidos pela empresa Cargill Alimentos LTDA e CEPEA
(2022). MS= Matéria seca; Ton= Tonelada; MN= Matéria natural; CMS= Consumo de matéria seca.
*Porcentagem de inclusão do alimento na dieta com base na matéria seca.
34

Apesar da dieta a base de subprodutos possuir mais ingredientes, esta mostra-se


mais rentável do que a dieta tradicional, ou seja, aproximadamente 15% mais barata e
atendendo as demandas quanto a exigência bromatológica e nutricional. Quando baseado
os custos da tonelada em matéria natural, obteve-se valores de R$ 1,176 o kg da ração a
base de subprodutos e R$ 1,439 o kg da ração tradicional, a qual consiste em milho e soja.
Quanto ao custo da tonelada dos insumos baseado na matéria seca do insumo, obteve-se
os seguintes valores para a dieta a base de subprodutos e tradicional, R$ 1,342 o kg e R$
1,613 o kg, respectivamente.
Nota-se que os resultados simulados da análise econômica do uso de subprodutos
agroindustriais na alimentação de bovinos de corte demonstram a relevância da
alimentação suplementar desses animais, no entanto deve-se sempre atentar-se as
particularidades de cada tipo de subproduto, sazonalidade, níveis ideais de inclusão para
evitar problemas de consumo, impactos negativos no desempenho ou até mesmo
distúrbios metabólicos.
35

4 CONCLUSÃO
O confinamento de animais vem sendo uma estratégia que tem sido empregada
por muitos produtores ao decorrer dos anos, no entanto torna-se importante salientar que
diferentemente da terminação a pasto, o sistema de confinamento requer grandes
investimentos referentes a instalações e maquinários. Em contrapartida, o controle do
consumo pelos animais é tido como mais rentável, o que possibilita ajustes nas dietas
visto que a alimentação pode representar 70% dos custos neste tipo de sistema.
Diante disso, ao longo do trabalho foi possível identificar que os resultados
simulados da análise econômica do uso de subprodutos agroindustriais na alimentação de
bovinos de corte demonstram a relevância da alimentação suplementar desses animais,
tornando-se uma alternativa importante para os produtores que possuem esses
subprodutos na sua região, sendo, algumas vezes, uma alternativa responsável pela
viabilidade econômica do sistema.
Além disso, ressalta-se que a partir disso, deve-se procurar alternativas para
reduzir esses custos e baratear as dietas, o que estimula cada vez mais os produtores a
encontrarem melhor aproveitamento de alimentos alternativos como os subprodutos
agroindustriais
Portanto, deve-se sempre atentar-se as particularidades de cada tipo de
subproduto, sazonalidade, nível de produção, disponibilidade dos alimentos na região,
características nutricionais, rede de fornecedores próximo às propriedades visto que esses
subprodutos possuem elevado teor de umidade, o que onera o frete, níveis ideais de
inclusão para evitar problemas de consumo, impactos negativos no desempenho ou até
mesmo distúrbios metabólicos.
36

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