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Universidade Nove de Julho

Medicina Veterinária

ALUNOS:

DANIELY SOARES EDER RA: 419105702

FERNANDA BARRETO DE ALMEIDA RA: 3019109751

GEOVANNA PASQUINO DA SILVA RA: 919101450

GIOVANNA RODRIGUES DE LIMA RA: 419114896

INGRID ISABELLA DA C. WEISHAUPT RA: 919116905

IZABELA DA SILVA VILELA RA: 419101777

JULIA LAIS HARTMANN ALMEIDA RA: 919113169

MARINA APOLINÁRIO DA SILVA MORAES RA: 919100281

REBECA FERNANDES BERECZKI RA: 919115624

TALITA GARCIA DA SILVA RA: 3019110472

YASMIN SILVA FAGGIANI RA: 919108190

Luciano de Souza Esteves RA : 919104620

Brucelose

São Paulo
2021
Brucelose

Boas Práticas em Animais de produção

Questionário apresentado pelo curso de Medicina Veterinária, ministrado pela


orientadora de classe Amane Paldes Goncales.

São Paulo

2021

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Resumo

TEXTO: A brucelose é uma doença infectocontagiosa causada por bactérias do


gênero Brucella, que acomete principalmente os sistemas reprodutivo e osteoarticular
de bovinos, suínos, ovinos, caprinos,

cães, equinos e homem. Possui ampla distribuição mundial, sendo endêmica no Brasil
que acarreta problemas sanitários importantes e grandes prejuízos econômicos.
Produz infecção característica nos animais, podendo infectar o homem, sendo
considerada uma importante zoonose. As principais manifestações nos animais, como
abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite, contribuem
para uma considerável baixa na produção de alimentos. No homem, a sua
manifestação clínica é responsável por incapacidade parcial ou total para o trabalho.
Humanos normalmente se infectam por contato direto com produtos de aborto, ou pela
ingestão da bactéria em alimentos, geralmente derivados lácteos não pasteurizados
(queijos, manteigas, iogurtes, sorvetes).

Nos laboratórios e abatedouros, a bactéria é geralmente transmitida sob a forma de


aerossóis. A carne não é uma fonte importante de transmissão da bactéria, a não ser
quando estiver pouco cozida ou mal- assada. A medula óssea e vísceras malcozidas
podem ser importantes fontes de infecção humana.

O contato com culturas de laboratório, com amostras de tecidos contaminados e a


injeção acidental de vacinas vivas são importantes fontes de infecção para humanos.
O controle da doença é objeto do Programa Nacional De Controle e Erradicação da
Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), lançado pelo Ministério da Agricultura em janeiro
de 2001 e alterado pela IN 10, de 3 de março de 2017.

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SUMÁRIO

1. Boas práticas de produção....................................................................5


1.1. Prevenção............................................................................6
2. Diagnóstico positivo...............................................................................7
3. Post mortem............................................................................................8
3.1. Lesões encontradas.............................................................8
3.2. Julgamento e destinação da carcaça...................................8
4. Procedimentos para abate sanitário......................................................9
5. Referencias..............................................................................................10

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1. Boas práticas de produção

1.1 Prevenção

A prevenção e o controle de enfermidades que acometem os rebanhos são primordiais


na produção animal. a brucelose, é uma zoonose de relevância. Causada por
bactérias intracelulares facultativas pertencentes ao gênero Brucella, é uma zoonose
de distribuição mundial.

O controle e a possibilidade de erradicação da brucelose requerem ações efetivas em


todos os níveis do serviço público, além do engajamento da iniciativa privada .

A detecção precoce e a notificação, assim como o compartilhamento de informações


entre países, são ponto chave para uma pronta resposta, tanto em âmbito nacional
quanto global.

A OIE reconhece como livre da brucelose um país ou zona que consiga satisfazer
algumas condições específicas, entre elas pode-se mencionar que a doença ou
mesmo sua suspeita devem ser de notificação obrigatória, toda a população bovina
deve estar sob o controle veterinário oficial, e a frequência de propriedades infectadas
não ultrapasse 0,2%. Além disso, testes sorológicos devem ser realizados
periodicamente nas unidades de criação, a vacinação deve ter sido totalmente
abandonada há pelo menos 3 anos, todos os animais que reagirem positivamente nos
testes devem ser abatidos e só devem ser introduzidos animais provenientes de
rebanhos livres de brucelose. As medidas de prevenção e controle para a brucelose
bovina baseiam-se na vacinação das bezerras e na eliminação dos portadores.

Estímulos para a eliminação das fontes de infecção dos rebanhos, boas práticas de
manejo sanitário, realização e monitoramento da vacinação e controle do trânsito
animal são alicerces fundamentais nos programas sanitários de controle oficial.
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- A vacinação é obrigatória para todas as fêmeas bovinas e bubalinas, entre três e

oito meses de idade, com amostra vacinal do tipo B19.

Em bovinos, a vacina B19 poderá ser substituída pela vacina contra brucelose

não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, a amostra vacinal RB51.


Fêmeas acima de oito meses não vacinadas com a amostra B19 devem,
obrigatoriamente, ser vacinadas com a amostra RB51.

- A vacinação, com qualquer das amostras de vacina, só pode ser realizada sob a
responsabilidade de Médicos Veterinários cadastrados no serviço veterinário oficial
do estado de atuação.

- Também preconizado no PNCEBT, o controle do trânsito de bovinos ou bubalinos


destinados à reprodução e a participação de reprodutores em aglomerações ou
eventos, é feito através da obrigatoriedade de apresentação de exames negativos
paraREVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN 1679-7353 Ano X -
Número 30 –Janeiro de 2018 – Periódico Semestral

- O PNCEBT traz ainda como medida de adesão voluntária a certificação de

propriedades como livres de brucelose, de tuberculose ou de ambas.

- Outra importante ação do PNCEBT é a fiscalização de profissionais cadastrados

e habilitados para atuarem junto aos produtores, seja como responsáveis pela
vacinação das bezerras, realizando o diagnóstico da doença ou ainda, como
notificante ao serviço veterinário oficial em casos de focos. É preciso que estes
profissionais mantenham a infraestrutura e os equipamentos para a realização de
diagnóstico e sejam compromissados com as estratégias do programa.

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2. Diagnóstico Positivo

R: Art. 40. Animais reagentes positivos a teste de diagnóstico para brucelose ou


tuberculose serão marcados, pelo médico veterinário responsável pelo exame, a ferro
candente ou nitrogênio líquido, no lado direito da cara com um “P” contido num círculo
de oito centímetros de diâmetro, conforme figura a seguir.

Art. 41. Animais reagentes positivos deverão ser isolados do rebanho, afastados da
produção leiteira e abatidos em estabelecimento sob serviço de inspeção oficial, no
prazo máximo definido pelo Departamento de Saúde Animal e disponibilizado no
endereço eletrônico do MAPA. " (NR) (Redação dada pela Instrução Normativa 11, de
06 de abril de 2020).

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3. Post mortem

3.1 Lesões encontradas

É comum encontrar nas inspeções post mortem descargas vaginais derivadas das
infecções uterinas e lesões nas glândulas mamárias nas fêmeas, orquites (aumento
de tamanho dos testículos) nos machos. Bem como aumento de tamanho ou lesões
articulares e bursites (está sendo normalmente sugerida de infecção por brucelose a
bursite cervical, de acordo com o RIISPOA), é ainda pesquisada a existência de
registro de vacinação ou marca no couro do animal que indique a sua condição
vacinal.

3.2 Julgamento e destinação da carcaça.

É realizado exame visual de caráter geral, no qual os animais são observados em


repouso nos currais e depois em movimento, um exemplo de exame clínico realizado
para identificar a doença é o exame das faces medial e lateral da parte cranial da
meia-carcaça. Caso seja verificado sinais que levam a suspeita de Brucelose, o animal
é destinado ao abate de emergência imediato, destinado para animais doentes após
exame clínico, o mesmo deve ser feito separado dos demais.

Órgãos e carcaças serão totalmente rejeitadas e direcionadas para graxaria, seção


destinada ao aproveitamento de matérias-primas gordurosas e subprodutos não
comestíveis, forno crematório ou autoclave especial (doenças infectocontagiosas).

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4. Procedimentos para abate sanitário.

Animais reagentes positivos para brucelose deverão ser abatidos observando-se as


seguintes condições e critérios:

Abate no final da matança, com manipulação por profissionais providos de


equipamentos de proteção individual. As carcaças, órgãos e vísceras devem ser
encaminhados obrigatoriamente ao Departamento de Inspeção Final;

As carcaças que apresentarem lesões, extensas ou localizadas, deverão ser julgadas


conforme Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
Animal (Riispoa);

E as carcaças que não apresentarem lesões serão liberadas para consumo em


natureza, devendo ser condenados o úbere, o útero, anexos do trato genital, miúdos
e sangue.

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5. Referências

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA N•10, DE 3 MARÇO DE 2017

CAPÍTULO IX, Artigo 40 e 41

ALMEIDA, L.P.; REIS, D.O.; GERMANO, P.M.L. Brucelose em bovinos com bursite
cervical diagnosticada em abatedouro sob inspeção federal. Ciência Rural, v.30,
p.287-291, 2000.

http://www.jornacitec.fatecbt.edu.br/index.php/VIIJTC/VIIJTC/paper/view/1637

INFORMAÇÕES RETIRADAS DE SLDES DA AULA E MATERIAL RIISPOA.

https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19124587/do1-2017-06-20-instrucao-
normativa-n-10-de-3-de-marco-de-2017-19124353

https://bdm.unb.br/handle/10483/3051

Boas práticas na produção de bovinos de corte

BRUCELOSE BOVINA: ASPECTOS GERAIS E CONTEXTO NOS PROGRAMAS


OFICIAIS DE CONTROLE

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