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VIDA E

CARREIRA

MANUAL
DE IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS ANIMAL

UM MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO PRECOCE E TRATAMENTO


DE DOENÇAS PARA PEQUENOS PRODUTORES
PROJETO DE
VIDA E CARREIRA

IDENTIFICAÇÃO
E TRATAMENTO
DE DOENÇAS
Orientadora: Roberta Ferreira Carvalho
Este projeto foi desenvolvido pelos alunos:
Elivelton Ribeiro - Medicina Veterinária
Gabriela Mendes - Medicina Veterinária
Gustavo Alvarez - Medicina Veterinária
Kléverson Daniel - Agronomia
Maria Eduarda Germiniani - Agronomia
Matheus Campanholi - Agronomia
Samanta Lorena - Medicina Veterinária
SUMÁRIO

Introdução ......................................................................4

Suíno .................................................................................9
Coccidiose suína .......................................................................11
Pneumonia .................................................................................12
Peste Suína ................................................................................13
Febre Aftosa ..............................................................................14
Rinite Atrófica ...........................................................................15
Bovino .............................................................................16
Carbúnculo sintomático ........................................................18
Febre Aftosa ..............................................................................19
Brucelose bovina ....................................................................20
Raiva bovina ..............................................................................21
Tristeza parasitária bovina ...................................................22
Equino ............................................................................24
Cólica ............................................................................................26
Encefalite ....................................................................................28
Influenza ......................................................................................29
Laminite ......................................................................................30
Frango ............................................................................31
Doença de Newcastle ............................................................33
Salmonelose .............................................................................34
Doença de Marek ....................................................................35
Bronquite infecciosa ..............................................................36
Aspergilose ................................................................................37
Referências ...................................................................38
INTRODUÇÃO

...........................
A falta de informação, principalmente em áreas rurais, tem
diversas consequências, dentre elas está a perda de animais de
pequenos produtores que, na maioria das vezes, dependem da
renda gerada na produção, como suínos, frangos, bovinos e
equinos.

Apesar de não ser uma regra, o tratamento de uma doença em


fase inicial tende a ser mais fácil do que em estágio avançado.
Algumas doenças podem ser muito perigosas para as produções
pois há a possibilidade de serem contagiosas, tanto para os
outros animais quanto para as pessoas, e um problema que seria
simples se torna extremamente complicado.

Entretanto um dos principais problemas encontrados na


produção animal é o desconhecimento real do conceito de
higiene e consequentemente da aplicação correta dos produtos
de limpeza e desinfecção.

4
INTRODUÇÃO

Na maioria das vezes os produtores negligenciam a adoção


de medidas, como a utilização correta dos produtos, compras
de produtos inadequados e baratos, falando muitas vezes que
não precisam utilizar os produtos. A higiene correta é uma das
melhores formas de prevenir doenças e melhorar a sanidade
do rebanho.

Esse projeto foi feito com o intuito de beneficiar os pequenos


produtores, que não possuem o conhecimento adequado
sobre doenças letais que afetam suas produções. Aqui
abordaremos algumas das principais doenças que atingem os
animais de produção mais comuns, que são: os suínos,
bovinos, equinos e frangos.

Segundo a máxima de Claire Fagin, enfermeira e educadora


norte-americana: "O conhecimento lhe dará a oportunidade
de fazer a diferença." Por isso nós tivemos a ideia desse
projeto, para repassar o conhecimento que possuímos e
temos condições de buscar.

É imprescindível ressaltar a importância do médico


veterinário. A medicina veterinária é a melhor fonte de
informações sobre a saúde do seu animal, portanto o hábito
de agendar visitas regulares do veterinário de sua preferência
não só garante a saúde dos animais, como também a saúde
de sua família.
5
INTRODUÇÃO

Para ilustrar, fizemos uma pesquisa com 22 produtores em


um total de 5 perguntas, segue abaixo os resultados:

1. Quais desses animais você possui em sua propriedade?

FRANGO 12 (25%)

EQUINO 14 (29,17%)

BOVINO 14 (29,17%)

SUÍNO 8 (16,67%)

0 5 10 15

2. Você já perdeu ou conhece alguém que perdeu alguma


criação devido a doenças?
Não
18,2%

Sim
81,8% 6
INTRODUÇÃO

3. Você tem conhecimento para identificar sintomas de


uma doença?
Pouco
38,2%

Sim
52,9%

Não
8,8%

4. Caso aconteça algum imprevisto com seus animais, você


tem recursos suficientes para solucionar o problema?

Não
36,4%

Sim
63,6%

7
INTRODUÇÃO

5. Assinale abaixo quais os cuidados que você toma com


seus animais?

Segue com a
17 (30,91%)
vacinação em dia

Monitora o terreno 10 (18,18%)

Monitora a base
13 (23,64%)
alimentar

Possui estrutura
15 (27,27%)
adequada para a
criação 0 5 10 15 20

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S
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Í
N
O
SUÍNO

...........................
O número de doenças letais em suínos vem
aumentando drasticamente, por inúmeros
motivos que estão impostos na propriedade e que
ocasionam este tipo de problema, como falta de
estrutura, falta de condições financeiras e entre
outros. Nesta parte vamos falar sobre as doenças
em suínos, sintomas, como identificá-las, causas e
soluções para elas.

10
SUÍNO

Coccidiose suína:
Esta doença é causada por um protozoário;

Sintomas: Os principais sintomas são diarreia amarela e


pastosa nos primeiros dias de vida do suíno, perda de
peso e apatia;

Causas: Causada pela ação do protozoário Isospora suis


e caracterizada pela invasão da parede intestinal pelo
parasita;

Cuidados: É preciso atenção, pois, um leitão doente


expõe toda a leitegada à doença;

Tratamento: A melhor forma de tratar, controlar e


preveni-la é através de medicamentos específicos, que
devem ser receitados por um veterinário. Recomenda-se
que, ao nascer, os leitões sejam acompanhados por um;

Solução: Há um produto da Ourofino Saúde Animal,


nomeada como o Isocox, um produto à base de
toltrazuril a 5% que deve ser administrado 1 mL a partir
do 3º dia de vida do leitão e com uma possível dose de
reforço entre o 7º dia de vida;

11
SUÍNO
Pneumonia:
Essa doença tem como agente causador uma bactéria e
é extremamente contagiosa. A boa notícia é que ela não
causa a morte de todo o rebanho, que pode conviver
com ela se receber o tratamento adequado;

Sintomas: Apresentam-se de diferentes formas e


intensidade, podendo acarretar diversos sinais clínicos,
como tosse, febre, dificuldade respiratória, diminuição
no consumo de ração, piora no desempenho zootécnico
e choque endo tóxico;

Causa: Uma das possíveis causas é a higiene precária do


local, que acaba por permitir a proliferação da bactéria e
a consequente contaminação dos animais;

Cuidados: O ideal é tentar manter a temperatura dentro


do alojamento o mais estável possível, evitando,
especialmente, correntes de ar frio sobre os suínos. A
fonte de infecção mais importante é a porca, que
transmite a doença à sua leitegada, logo após o
nascimento;

Solução: No caso de pneumonia enzoótica, é necessário


vacinar todo o rebanho pois ela provoca a redução da
imunidade dos animais, o que favorece o aparecimento
de outras doenças; 12
SUÍNO

Peste Suína:
A peste suína é um pouco mais complicada que a
pneumonia enzoótica. Isso porque ela é causada por um
vírus;

Sintomas: Febres altas, diarreia por vários dias, vômitos,


andar desregulado, manchas azuis na pele e outros
sintomas, podendo causar muitas mortes na criação;

Causas: É causada por um vírus composto por DNA fita


dupla, pertencente à família Asfarviridae;

Cuidados: Utilize apenas água tratada para consumo


dos suínos e nebulização;

Tratamento: Não há tratamento específico, assim, a


Peste Suína Clássica deve ser prevenida;

Solução: A vacinação é fundamental para evitar o


aparecimento dessa doença no rebanho;

13
SUÍNO

Febre Aftosa:
Essa doença suína também pode ser passada para
bovinos e, por isso, é preciso ficar atento. A carne
infectada pela febre aftosa pode, inclusive, causar
prejuízos aos humanos que a consomem;

Sintomas: Lesões na vesícula e na cavidade bucal dos


animais são os principais sintomas dessa doença;

Causas: A doença é causada por um vírus do qual


existem 7 tipos, que produzem sinais clínicos similares;

Tratamento: A febre aftosa é uma doença que não tem


tratamento, sendo observada a recuperação natural do
animal entre duas e três semanas;

Solução: Todos os animais com aftosa devem ser


sacrificados a fim de evitar a disseminação da doença;

14
SUÍNO

Rinite Atrófica:
A rinite atrófica pode ser propagada facilmente;

Sintomas: Os principais sintomas são espirros, manchas


escuras ao redor dos olhos, desenvolvimento retardado,
corrimentos e atrofias nasais;

Causas: A transmissão primária da RA ocorre por


contato, de suíno para suíno ou através de aerossóis, por
via aerógena. Porcas, cronicamente infectadas,
transmitem a doença às suas leitegadas, por contato
nasal, durante o período de amamentação;

Tratamento: Os métodos mais comuns de tratamento e


controle da rinite atrófica são a vacinação e/ou
medicação das porcas gestantes e suas leitegadas;

Solução: A melhor forma de evitá-la é vacinando os


animais, cuidando também para que a baia não fique
muito cheia e que ela esteja sempre higienizada.
Inclusive, essas medidas de evitar a superlotação das
baias e cuidar da higiene é fundamental para garantir
que outras doenças não contaminem os animais;

15
B
O
V
I
N
O
BOVINO

...........................
A criação de bovinos é uma atividade em
constante crescimento no Brasil. Seja na pecuária
de corte ou na pecuária de leite, o mercado só
aumenta e, por consequência, exige-se mais
qualidade nesses produtos. Para isso, é
fundamental dar atenção à saúde dos animais,
para que não sejam atingidos por nenhuma
doença que possa prejudicá-los.

Conheça a seguir algumas das doenças que mais


afetam os bovinos:

17
BOVINO

Carbúnculo sintomático:
O carbúnculo sintomático é uma doença infecciosa que
ataca, principalmente, os animais mais jovens. Provoca
uma inflamação na região dos músculos e tem
influencia total nas receitas do pecuarista, uma vez que
provoca a morte de bezerros.

Os principais sintomas são:


- Perda de apetite
- Tremedeira
- Respiração pesada
- Pulso rápido
- Inchaço dos músculos
- Gado mancando

Como controlar o Carbúnculo sintomático?


O controle dessa doença é realizado através da
vacinação, indicada em bezerros de até quatro meses de
vida, com reaplicação aos nove meses, por meio de
doses polivalentes em via cutânea. Após, deve ser
renovada anualmente.

18
BOVINO

Febre aftosa:
Essa doença provoca prejuízos na qualidade da carne e
na produção de leite, com animais sem apetite. Sua
transmissão ocorre através de salivas de animais doentes
que ficam em cochos e acabam por contaminar os
alimentos e a água. É uma doença resistente que
apresenta controle, tratamento e prevenção mais
difíceis. A vacinação é a principal forma de prevenir os
animais.

Principais sintomas:

- Erosões na mucosa bucal


- Erosões das tetas
- Erosões nos espaços entre os dedos
- Temperatura corporal elevada
- Ranger de dentes
- Salivação abundante
- Dificuldade para mastigar
- Falta de apetite

19
BOVINO

Brucelose bovina:
Essa doença atinge negativamente a produção de leite e
a taxa de natalidade dos rebanhos.

Os principais sintomas da brucelose bovina são:


- Processos inflamatórios no útero e na placenta da vaca
- Abortos

A brucelose tem como principal agente uma bactéria,


que está presente em corrimentos uterinos e em restos
de placenta e líquidos fetais, que contaminam materiais
e cochos usados para o manejo dos bovinos. A principal
forma de controle também é a vacinação, que deve ser
aplicada em bezerras de 4 a 8 meses de idade.

20
BOVINO

Raiva bovina:
O principal transmissor de raiva para os bovinos são os
morcegos hematófagos. A transmissão geralmente
ocorre por inoculação da saliva dos animais infectados,
mas é possível contrair pelo contato com o sangue e
saliva em mucosas. O período de incubação do vírus
pode chegar a 6 meses.
A raiva bovina é uma doença infecciosa causada por um
vírus da família Rabdovírus.

Sintomas:
-Perda de apetite, inquietação e mudança de hábitos.
- Andar cambaleante.
- Salivação intensa.
- Fezes secas e escuras.
- Podem ficar ocasionalmente agressivos.

A RAIVA NÃO TEM CURA! Por isso é preciso investir em


medidas preventivas como controlar a população de
morcegos transmissores e realizar a aplicação da vacina
anual de todo o rebanho, independentemente da idade.
Todos os animais devem ser vacinados.

21
BOVINO

Tristeza parasitária bovina:

A Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é uma doença


também conhecida como anemia parasitária, boca
branca, tristeza, tristezinha, amarelão. Um complexo de
doenças muito frequentes no Brasil, é causada
principalmente por protozoários da espécie Babesia
bovis e Babesia Bigemina, provocando a Babesiose, e
pela rickettsia Anaplasma marginale, que provoca a
Anaplasmose.

Sintomas:
Apatia; Anorexia; Emagrecimento; Pelos arrepiados;
Coração acelerado; Respiração acelerada (batedeira);
Ausência de ruminação; Quebra de leite (se for vaca);
Anemia (mucosa branca do olho, da boca, da vulva, mais
frequente na babesiose).

22
BOVINO

Tristeza parasitária bovina:

Tratamento:
A prevenção e o controle dos casos de TPB é feita
através da adoção de pontos básicos, como
controle dos vetores (carrapatos e moscas
hematófagas), garantia de eficiência no processo de
TIP e proibição ao uso compartilhado de
instrumentais perfuro-cortantes entre os animais. É
necessário fazer um programa adequado de
vacinação dos animais do rebanho para evitar
doenças concomitantes com a TPB, fornecer dieta
com qualidade e regularidade, detectar de forma
precoce a doença e fazer o tratamento eficaz.

23
E
Q
U
I
N
O
EQUINO

...........................
Hoje em dia vem aumentando cada vez mais o número de
doenças nos cavalos, partindo desse princípio nosso
objetivo aqui é trazer de uma forma simples e clara pra
você produtor rural, algumas dicas de como evitar,
diagnosticar e, se preciso, saber como tratar as principais
doenças aqui tratadas.
Uma das formas mais adequadas de cuidar dos equinos
desde o nascimento é fornecer o colostro para os potros
recém-nascidos até as primeiras 36 horas de vida,
garantindo assim uma boa imunidade ao decorrer se sua
vida. Fazer corretamente vacinas contra doenças
bacterianas e virotódicas, vermifugar sempre que
necessário, além de limpar e desinfetar as baias e
instalações em períodos de doenças, manter sempre agua
limpa e a vontade, fornecer um verde de boa qualidade,
mistura mineral completa e se utilizar ração que seja de
forma balanceada de acordo com as necessidades de cada
animal. 25
EQUINO

Cólica:

Cólica equina também conhecida como abdômen


agudo é uma desordem relativamente comum que
ocorre no sistema digestivo dos cavalos, podendo
levar até a morte caso o tratamento demore. Temos
alguns tipos de cólicas como:

Cólica primária: quando ocorre a distenção do


estômago ou intestino, pode ser estática quando acorre
acúmulo de alimento, gás ou líquido. E também pode
ser secundária quando acorre intoxicação alimentar,
infecção do baço, rins e peritônio..

Cólica de impacto: quando se tem a obstrução do


intestino grosso por alimento
fibroso não digerível.

Cólica por gases: ocorre no intestino grosso devido ao


estiramento que leva a
dor abdominal.

Cólica espamódica quando se tem o acúmulo de gases


dentro do aparelho
digestivo.
26
EQUINO

Cólica:

Cólica colite: quando ocorre inflamação do intestino


grosso.

Cólica de deslocamento: quando o intestino se torce.

Sintomas mais comuns: o cavalo deitar e levantar várias


vezes, orelhas voltadas pra trás, expressão de dor,
gemidos constantes.

Para evitar: o correto é fazer o manejo adequado dos


dentes, fornecer alimentos que sejam digeridos de
maneira fácil pelo intestino do equino, vermifugar os
animais de maneira correta, fornecer ração de acordo
com a idade e peso indicado para cada animal.

Medicamentos indicados: Banamine, Desflan,


Equipalazone. ( intravenosos)

27
EQUINO

Encefalite:

Conhecida como falsa raiva, ataca o sistema nervoso


central.

Sintomas: febre, hipersensibilidade, sonolência, quedas


frequentes.

Cuidados: manter vacinação em dia.

Tratamento: deixar o animal em um ambiente


tranquilo, escuro e bem higienizados.

28
EQUINO

Influenza:

Conhecida por gripe dos equinos, causada por vírus é


bem parecida com a gripe humana.

Sintomas: febre, calafrio, respiração rápida, queda de


apetite, corrimento nasal, tosse, inflamação na garganta.

Cuidados: evitar banho gelados a tarde e banho a noite.

Tratamento: repouso absoluto, proteger contra


correntes de ar frio junto com boa cama e alimentação
nutritiva.

29
EQUINO

Laminite:

Conhecida também como aguento é uma doença


locomotora que ocorre com frequência nas
propriedades sendo uma inflamação aguda das lâminas
do casco do cavalo.

Sintomas: dor intensa causada pela inflamação do


casco, aumento da temperatura do casco, troca
frequente de peso nos membros evitando o peso no
membro acometido.

Cuidados: evitar excesso de carboidratos na


alimentação; obesidade; atividade física em solo muito
duro.

Tratamento: fazer uma anamnese com o proprietário,


uso de palmilhas e ferraduras específicas, cama macia
para descanso, terapia com gelo nos membros
acometidos. E medicamentos como anti-inflamatório
não esteroide, analgésico e vasodilatador.

30
F
R
A
N
G
O
FRANGO

...........................
A criação de frangos e galinhas em condições técnicas, sejam
elas na modalidade industrial ou na modalidade das caipiras,
deve ser conduzida de forma a alcançar a melhor produção.
Um dos fatores muito importantes é a sanidade das aves
visando à diminuição do índice de mortalidade do plantel.

As doenças dos frangos e galinhas têm as mais variadas


origens e agentes causais, como vírus, bactérias, fungos e
outros. Daí a importância de se conhecer as principais
enfermidades, bem como seus sintomas e formas de combate
ou prevenção.

32
FRANGO

Doença de Newcastle:
Causada pelo Vírus da Doença de Newcastle (NDV).
Infelizmente, o prognóstico dessa doença é péssimo,
com uma taxa de mortalidade de quase 100% quando a
galinha está infectada.

Sintomas: encefalite, redução no consumo de ração,


sintomas de resfriado, inspiração ruidosa com o bico
aberto, diarreia abundante e esverdeada, tremor nas
pernas e torcicolo no pescoço.

Transmissão: O vírus é transmitido pelo ar e pode


contaminar um lote de forma muito rápida.

Tratamento: Não há nenhum tratamento ou vacina


para a doença de Newcastle. No entanto, as injeções de
soro hiper-imune têm sido utilizados para proteger as
aves expostas antes de se tornar sintomático.

Prevenção: Uma vez que você siga os requisitos da


quarentena, a incidência da doença de Newcastle terá
muita dificuldade de propagar. Embora sejam
abundantes e capazes de sobreviver em diversos
ambientes, o vírus é facilmente destruído por
desidratação rápida e raios ultravioletas.
33
FRANGO

Salmonelose:
A salmonelose é provocada por bactérias e causa três
tipos de doença: pulorose, tifo aviário e paratifo aviário.
As enfermidades podem acometer as aves em qualquer
idade, sendo mais comuns em jovens.

Sintomas: Tifo Aviária - só é detectada por exame


laboratorial. Causa diarreia, anorexia, asas caídas,
produção reduzida de ovos, bem como deformação. No
caso de pulorose, o fígado, o baço e o rins se encontram
inchados.

Transmissão: Por meio de rações e aves contaminadas,


ou ainda, o próprio homem.

Tratamento: Consiste, basicamente, em aplicações de


antibacterianos, que reduzem a mortalidade dos
animais. Nos casos em que as aves se recuperam, é
importante lembrar que elas continuam sendo
portadoras do agente.

Prevenção: Obtenha aves de origem segura; Preze pelos


procedimentos de limpeza e desinfecção da granja;
Forneça água e alimento de qualidade; Faça o controle
efetivo de vetores (pode ser transmitida horizontalmente
pelo contato com outros animais).
34
FRANGO

Doença de Marek:
A doença de Marek é uma patologia tumoral e
imunossupressora, causada por um vírus da família
Herpesviridae. Durante muitos anos, a doença foi
responsável por causar grandes impactos econômicos
na avicultura industrial, que foram reduzidos após a
criação da vacina em 1967.

Sintomas: Ocorre a inflamação de células dos nervos


periféricos, bem como gônadas, íris, músculos e pele.
Podem se desenvolver atrofias parciais a totais.

Transmissão: O vírus é transmitido pelo ar e pode


contaminar um lote de forma muito rápida.

Tratamento: Não há tratamento para esta doença.

Prevenção: A adoção de medidas de biossegurança em


galpões tem se mostrado fundamental no controle da
doença de Marek, que tem se apresentado de forma
mais frequente em aves de subsistência. Além disso, é
essencial vacinar as aves logo após o nascimento ou in
ovo, pois a imunidade passiva não é transferida de forma
eficaz para o pintinho

35
FRANGO
Bronquite infecciosa:
É uma doença viral aguda e altamente contagiosa que
afeta galinhas em todas as idades. A bronquite atinge
além do trato respiratório, os rins e aparelho reprodutivo
das aves.

Sintomas: Diarreia, tosse, indisposição em contato com


calor, dificuldade respiratória, produção de ovos com
casca fina.

Transmissão: Através do ar. Não há a possibilidade de


grande mortalidade de aves. A doença atinge o sistema
respiratório e genito-urinário.

Tratamento: Não existe tratamento para a bronquite


infecciosa da avicultura. Os medicamentos apenas
ajudam nos sintomas e nas chamadas infecções
secundárias, como ocorre na gripe humana, já que esse
é o principal problema de mortalidade nas epidemias.

Prevenção: Normalmente, as vacinas vivas são


administradas aos pintinhos de um dia na planta de
incubação e, às vezes, no campo aos 14-18 dias de vida.
As vacinas inativadas, que devem ser injetadas, são
utilizadas depois da primo-vacinação (com vírus vivo) em
reprodutoras e poedeiras para prolongar a imunidade
durante a vida dos lotes. 36
FRANGO

Aspergilose:
A Aspergilose em aves é uma doença que geralmente
afeta o sistema respiratório de galinhas e outras aves
selvagens e animais de estimação. Esta doença de
galinhas normalmente é causada pelo fungo Aspergillus
fumigatus.

Sintomas: Febres, diarreia em aparência esverdeada,


sede, abatimento, crise respiratória com catarro.

Transmissão: Ocorre pela liberação de esporos em


rações contaminadas.

Tratamento: Seu tratamento clínico é muito caro e a


grande maioria das vezes é fatal, tornando-se inviável.
Costuma-se tentar realizar o tratamento com
antifúngicos, porém, na maioria das vezes não se tem
sucesso.

Prevenção: O cumprimento rigoroso de procedimentos


sanitários durante a incubação dos ovos irá minimizar os
primeiros surtos. Ovos muito sujos ou quebrados não
devem ser colocados para incubar. Isso evita o
crescimento de bactérias e fungos. Além disso, ovos
sujos também podem explodir e espalhar esporos por
todas as peças da chocadeira.
37
REFERÊNCIAS

VIEIRA, Guilherme Augusto. Higiene em produção animal: um conceito


a ser compreendido. O Presente Rural, 2016. Disponível em:
<https://opresenterural.com.br/higiene-em-producao-animal-um-
conceito-a-ser-compreendido/>. Acesso em: 08/06/2021.

MATTOS, Fernanda. A importância do médico veterinário. Ouro Fino Pet,


2019. Disponível em: <https://www.ourofinopet.com/blog/importancia-
do-veterinario1/>. Acesso em: 08/06/2021.

RAMIRES, Rafaela Fochi. É importante controlar a coccidiose suína.


Ouro Fino Saúde Animal, 2017. Disponível em:
<https://www.ourofinosaudeanimal.com/ourofinoemcampo/categoria/ar
tigos/e-importante-controlar-coccidiose-suina/>. Acesso em: 15/05/2021.

COCCIDIOSE SUÍNA: DICAS PARA PREVENÇÃO. Tudo Vet, 2019.


Disponível em: <https://tudovet.com.br/blog/2019/05/29/coccidiose-
suina-dicas-para-prevencao/>. Acesso em: 15/05/2021.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM SUÍNOS PROVOCAM PREJUÍZOS


MESMO SEM SINTOMAS. Agro Link, 2011. Disponível em:
<https://www.agrolink.com.br/noticias/doencas-respiratorias-em-suinos-
provocam-prejuizos-mesmo-sem-sintomas_132393.html>. Acesso em:
15/05/2021.

PESTE SUÍNA. Defesa Agropecuária. Disponível em:


<http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/sanidade-animal/peste-suina>.
Acesso em: 15/05/2021.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Febre aftosa"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/febre-aftosa.htm. Acesso em
15/05/2021.

38
REFERÊNCIAS
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parasitária bovina. Rehagro Blog, 2018. Disponível em:
<https://rehagro.com.br/blog/tristeza-parasitaria-bovina/>. Acesso em:
07/05/2021.

GOMES, Guilherme de Souza. Sanidade Animal: Como tratar e


identificar a Tristeza Parasitária Bovina. Jornal Dia de Campo. Disponível
em: <http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?
id=21418&secao=Sanidade%20Animal>. Acesso em: 07/05/2021.

FECKINGHAUS, Marcelo Arne; MELO, Ingo Aron. Tratamento e


prevenção da tristeza parasitária bovina. Ouro Fino Saúde Animal, 2018.
Disponível em: <https://www.ourofinosaudeanimal.com/
ourofinoemcampo/categoria/artigos/tratamento-e-prevencao-da-
tristeza-parasitaria-bov/>. Acesso em: 07/05/2021.

OLIVEIRA, Andréa. Principais doenças em bovinos. CPT. Disponível em:


<https://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodeleite/artigos/principais-
doencas-em-bovinos>. Acesso em: 07/05/2021.

LAZIA, Beatriz. Principais doenças que atacam os equinos. Portal


Agropecuário, 2012. Disponível em:
<https://www.portalagropecuario.com.br/cavalos/principais-doencas-
que-atacam-os-equinos>. Acesso em: 22/05/2021.

LAMINITE EM CAVALOS. Syntech, 2019. Disponível em:


<https://syntec.com.br/news/laminite-em-cavalos/>. Acesso em:
22/05/2021.

CÓLICA EQUINA: O QUE É E COMO DIAGNOSTICAR COM A


ULTRASSONOGRAFIA?. Blog do Mundo Veterinário, 2020. Disponível
em: < https://www.shopveterinario.com.br/blog/colica-equina/>. Acesso
em: 22/05/2021. 39
REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Andréa. Galinha caipira - aprenda sobre o controle de


doenças das aves criadas no chão. CPT. Disponível em:
<https://www.cpt.com.br/cursos-avicultura/artigos/galinha-caipira-
aprenda-sobre-o-controle-de-doencas-das-aves-criadas-no-chao>.
Acesso em: 01/05/2021.

ROCHA, Andréa. Frangos e galinhas: a importância de conhecer as


doenças para fazer a prevenção. Portal Agropecuário, 2013. Disponível
em: <https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/frangos-e-
galinhas-a-importancia-de-conhecer-as-doencas-para-fazer-a-
prevencao>. Acesso em: 01/05/2021.

CONHEÇA AS PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ATINGEM AVES. Canal Rural,


2014. Disponível em: <https://www.canalrural.com.br/noticias/conheca-
principais-doencas-que-atingem-aves-53809/>. Acesso em: 01/05/2021.

DOENÇA DE NEWCASTLE. Mundo das Aves. Disponível em:


<https://mundodasaves.com/doenca-de-newcastle/>. Acesso em:
01/05/2021.

ALVES, Javer. Salmonelose em aves: Entenda os cuidados e como


prvenir. Nutição e Saúde Animal. Disponível em:
<https://nutricaoesaudeanimal.com.br/salmonelose-em-
aves/#:~:text=O%20tratamento%20para%20a%20salmonelose,continua
m%20sendo%20portadoras%20do%20agente.>. Acesso em: 01/05/2021.

PINTO, V. M.;, Mateus, T,.; SEIXAS, F.; FONTES, M. C.; et al.; O papel da
inspecção sanitária post mortem em matadouro na detecção de lesões
e processos patológicos em aves. Quatro casos de lesões compatíveis
com a doença de Marek em carcaças de aves rejeitadas. Revista
portuguesa de ciências veterinárias. RPCV (2003) 98 (547) 145-148.

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REFERÊNCIAS

RODENBUSH, C. R.; Análise de vacinas contra o sorotipo 3 do vírus da


doença de Marek por PCR em temo Real e cultivo celular. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Programa de
pós-graduação em ciências veterinárias. Porto Alegre 2006.

O IMPACTO DA BRONQUITE INFECCIOSA NA AVICULTURA. Blog Inata,


2019. Disponível em: <http://blog.inata.com.br/bronquite-infecciosa-na-
avicultura/>. Acesso em: 01/05/2021.

PREVENÇÃO & CONTROLE DO VÍRUS DA BRONQUITE INFECCIOSA


AVIÁRIA. Avicultura, 2020. Disponível em: <https://avicultura.info/pt-
br/prevencao-controle-do-virus-da-bronquite-infecciosa-
aviaria/#:~:text=O%20pat%C3%B3geno%20causador%20da%20doen%
C3%A7a,vacinas%20vivas%20atenuadas%20e%20inativadas.>. Acesso
em: 01/05/2021.

ASPERGILOSE EM AVES. Mundo das Aves. Disponível em:


<https://mundodasaves.com/aspergilose-em-aves/>. Acesso em:
01/05/2021.

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OBRIGADO!

Queremos agradecer a todos que acessaram ao nosso


material e um agradecimento especial a nossa
orientadora Roberta Ferreira Carvalho, que nos
ajudou e auxiliou muito na realização desse projeto,
com dicas e atividades que forçaram a nossa reflexão
e o desenvolvimento de inúmeras soft skills, como
trabalho em equipe e a empatia, que serão essenciais
no decorrer de nossas carreiras.
Este projeto terá continuidade, por meio de um perfil
no instagram, lá postaremos tudo sobre o mundo
animal, agrícola e vida no campo. Utilizaremos nossas
experiências adquiridas ao longo de nossos cursos
para continuar ajudando a quem tem interesse no
conteúdo.

@manual_animall

“A educação é a arma mais


poderosa que você pode
usar para mudar o mundo.”
Nelson Mandela

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