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de bezerros
MANEJO E PREVENÇÃO
A mortalidade de bezerros é um dos gargalos enfrentado pelos
produtores, afetando de forma direta e indireta os índices de
produtividade e causando prejuízos, seja no setor de carnes como
no de leite. O tema é complexo, pois existem várias causas, desde
nutricionais, infecciosas (bacterianas e virais) e parasitárias, até
genéticas e, principalmente, atribuídas a falhas de manejo. Portanto,
o médico-veterinário tem papel fundamental para auxiliar o produtor
a identificar as possíveis causas dessa mortalidade, levantando os
dados, índices produtivos, reprodutivos e manejo do rebanho.
Em alguns casos, a causa é multifatorial. Com base nos dados obtidos
poderá solicitar auxílio aos laboratórios para que contribuam na
conclusão do caso e para a tomada de medidas de controle.
2. Doença neonatal
A mortalidade de bezerros neonatos está principalmente associada às
falhas de manejo, como partos distócicos, desmame, genéticos e doenças
infecciosas. Umbigo mal curado é uma das causas de mortalidade de
neonato, pois não sendo feita uma boa assepsia após o corte do cordão
umbilical, propicia a entrada de micro-organismos, principalmente
bactérias, e associado à baixa imunidade (exemplo: falta de colostro)
permite que um agente infeccioso possa ganhar a corrente circulatória,
levar à sepse e morte do animal.
Partos distócicos comprometem a recuperação do bezerro, principalmente
os mais pesados, que tiveram maior sofrimento no parto.
Causas genéticas, por sinal, pouco estudadas, podem levar ao nascimento
de animais fracos ou neonatos com malformação genética.
A falta de planejamento nos cruzamentos genéticos (exemplo: touro de
1 tonelada para uma novilha primípara) também pode acarretar em
partos distócicos e morte do animal.
Falhas na amamentação bem como falta de habilidade materna
também podem comprometer o desenvolvimento ponderal do bezerro e,
consequentemente, provocar sua morte.
3. Causas infecciosas
Atribui-se às doenças infecciosas a principal causa de mortalidade de
bezerros. Entretanto, normalmente, o que se observa são associações de
fatores, que permitiram a entrada daquele agente infeccioso.
As doenças infecciosas vão contribuir para o desenvolvimento de várias
síndromes sistêmicas ou locais que contribuirão para a morte do animal,
levando em consideração, o estado imunitário desse animal.
5. Causas tóxicas
A presença de plantas tóxicas na propriedade, como samambaia (Pteridium
aquilinum), que leva ao quadro de hematúria enzoótica, pode ocasionar a
morte do animal.
6. Doenças neurológicas
As encefalites também são causa importante de mortalidade, mesmo
em bezerros jovens, sendo a raiva, a principal a ser investigada. Contudo,
existem outros agentes relacionados, como listeriose, clostridiose,
meningoencefalite herpética (BoHV-5), BVD e neosporose.
7. Diagnóstico
Na anamnese, o médico-veterinário deverá obter o maior número de
informações para direcionar o diagnóstico:
Mudança na alimentação,
Esquema de vermifugação,
cérebro: congesto.
8. Controle e prevenção
De modo geral, adotar medidas de biossegurança,
como quarentena, controle de acesso de pessoas
aos animais, bem como remover as carcaças
das pastagens, é recomendado como medida
de controle para evitar transmissão de doenças,
inclusive interespécies.
A aquisição de novos animais mediante laudo
atestando sobre o estado sanitário, controle de
brucelose e tuberculose (obrigatório) e vermífugos
utilizados é importante para o controle de doenças.
A adoção de vacinas deve ser incluída mediante
levantamento da situação, para evitar gastos
desnecessários, com exceção das vacinas
obrigatórias dos programas oficiais (brucelose e
febre aftosa).
Uma vez identificado o agente causal deve-se
enfrentar o problema, buscando a colaboração do
médico-veterinário e, sempre que necessário, do
laboratório e diagnóstico. Nem sempre o resultado
é imediato, sendo importante a persistência para
minimizar e evitar a mortalidade de bezerros.
Governador do Estado
Geraldo Alckmin
Informações
Liria Hiromi Okuda
Centro de P & D de Sanidade Animal/Instituto Biológico
okuda@biologico.sp.gov.br
(11) 5087-1786
Tiragem: 1.000 / Julho 2017
Instituto Biológico
Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252
Vila Mariana - CEP 04014-900 - São Paulo - SP
www.biologico.agricultura.sp.gov.br