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Aula PNCEBT

O Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e


Tuberculose Animal - PNCEBT instituído pela Instrução Normativa n° 2, de 10 de janeiro de
2001 e revisado através da Instrução Normativa nº 10, de 03/03/2017.

Tem por objetivo reduzir a prevalência e a incidência dessas doenças, visando a erradicação.
As medidas sanitárias do Programa são aplicadas à população de bovinos e bubalinos.

Prevalência refere-se ao número total de casos existentes numa determinada população e num
determinado momento temporal.

Incidência refere-se ao número de novos casos surgidos numa determinada população e num
determinado intervalo de tempo.

ESTRATÉGIA DO PROGRAMA – Isso já caiu em prova!

Em primeiro lugar, ocorreu uma separação por estado quanto ao grau de risco para essas
doenças e, de acordo com o grau de risco foram determinados quais procedimentos seriam
adotados no decorrer do tempo pra diminuir a incidência e prevalência dessas doenças… e por
fim a erradicação, como diz o próprio nome do programa.

São preconizados um conjunto de medidas sanitárias compulsórias e medidas de adesão


voluntária.

As medidas compulsórias consistem na vacinação de bezerras bovinas e bubalinas entre os 3 e


8 meses de idade contra a brucelose e a exigência de exames negativos para trânsito
interestadual e para participação de animais em eventos pecuários. Já as medidas voluntárias
consistem na certificação de propriedades livres de brucelose ou de tuberculose.

Vacinação contra brucelose


É obrigatória a vacinação de todas as fêmeas bovina e bubalina, de três a oito meses de idade,
contra a brucelose. A vacinação deve ser realizada sob a responsabilidade técnica de médico
veterinário cadastrado pelo serviço veterinário estadual.

Testes de diagnóstico
Os testes utilizados no diagnóstico da brucelose consistem no Antígeno Acidificado Tamponado
(AAT) que é o teste de rotina, teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME), Teste de Polarização
Fluorescente (FPA) e teste de Fixação de Complemento (FC), que são os testes confirmatórios.
Os testes devem ser realizados em:

- Fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, quando vacinadas com a B19;

- Fêmeas não vacinadas ou vacinadas com a RB51, devem ser testadas com idade igual ou
superior a 8 meses de idade;
- Machos com idade igual ou superior a 8 meses de idade, destinados à reprodução.

O Teste do Anel em Leite - TAL poderá ser utilizado pelo serviço veterinário oficial ou por
médico veterinário habilitado, para monitoramento de estabelecimentos, ou para outros fins,
segundo critérios estabelecidos pelo serviço veterinário oficial. Quando o resultado do teste for
reagente, os animais do estabelecimento de criação deverão ser submetidos a testes
sorológicos individuais para diagnóstico de brucelose.

Para o diagnóstico da tuberculose, serão utilizados testes alérgicos de tuberculinização


intradérmica. Os testes de rotina são o teste cervical simples (TCS), o teste da prega caudal
(TPC) e o teste cervical comparativo (TCC), sendo que o último também é utilizado como teste
confirmatório. A tuberculinização deve ser realizada em machos e fêmeas com idade igual ou
superior a seis semanas.

Animais reagentes positivos


Os animais positivados para brucelose ou para tuberculose deverão ser marcados, pelo médico
veterinário responsável pelo exame, a ferro candente ou nitrogênio líquido, no lado direito da
cara, isolados do rebanho, afastados da produção leiteira e abatidos no prazo máximo de trinta
dias após o diagnóstico, em estabelecimento sob serviço de inspeção oficial. Na
impossibilidade de abate sanitário em estabelecimento sob serviço de inspeção oficial, os
animais serão submetidos à eutanásia no estabelecimento de criação. O médico veterinário
habilitado que realizou o diagnóstico deverá notificar os resultados inconclusivos e positivos
para brucelose ou tuberculose ao serviço veterinário oficial em até um dia útil.

SOBRE A VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE, SOBRE OS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO PARA


BRUCELOSE E TUBERCULOSE E SOBRE MARCAÇÃO FACIAL DOS ANIMAIS VACINADOS E DOS
POSITIVADOS EU VOU ABORDAR ESSES TEMAS EM AULAS ESPECÍFICAS DE FORMA MAIS
APROFUNDADA PORQUE ESSENCIALMENTE É ISSO QUE CAI EM PROVAS.

Certificação de estabelecimento de criação livre de brucelose ou de tuberculose


A certificação de estabelecimento de criação livre de brucelose ou de tuberculose é de adesão
voluntária, devendo ser formalmente solicitada à unidade local do serviço veterinário estadual,
na qual o estabelecimento de criação encontra-se cadastrado.

O certificado de estabelecimento de criação livre de brucelose ou de tuberculose será emitido


pelo serviço veterinário estadual e terá validade nacional.

Para obter a certificação de estabelecimento de criação livre, é necessária a realização de dois


testes de rebanho negativos consecutivos para brucelose ou para tuberculose com intervalo de
6 a 12 meses. A manutenção do certificado de estabelecimento de criação livre de brucelose
ou de tuberculose fica condicionada à realização e apresentação ao serviço veterinário oficial
de testes de rebanho negativos com intervalos máximos de doze meses.

Saneamento de estabelecimento de criação com foco de brucelose ou tuberculose


O Saneamento é a atividade realizada em propriedades que tiveram foco de brucelose ou
tuberculose, que visa a erradicação da doença na propriedade.

O saneamento consiste na realização de um teste de rebanho negativo para brucelose ou para


tuberculose, com a eliminação de todos animais reagentes positivos.

O saneamento será obrigatório com base na classificação das Unidades da Federação em


relação ao grau de risco para brucelose e para tuberculose e será realizado pelo médico
veterinário habilitado. O serviço veterinário oficial fiscalizará o saneamento.

Nos estabelecimentos com foco de tuberculose, cuja criação seja especializada em pecuária
leiteira ou sem especialização (rebanho misto), os animais devem ser testados a partir de seis
semanas de idade. Nos estabelecimentos especializados em pecuária de corte, devem ser
testadas as fêmeas acima de 24 meses e os machos reprodutores.

O proprietário do estabelecimento de criação é o responsável por viabilizar as medidas de


saneamento, arcando com os custos inerentes.

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