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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA

Brunna Michelle Fagundes Ribeiro


Marco Aurélio Ferreira da Silva Fonseca

AED- Proposta de criação de um ensaio experimental

Goiânia - Goiás
2021
SUMÁRIO

1 Introdução ..............................................................................................01

2 Objetivos ...............................................................................................02

3 Breve revisão bibliográfica .................................................................. 03

4 Resultado esperado ................................................................................05

5 Referências ............................................................................................06
NOVA FORMULAÇÃO PARA TRATAMENTO DA TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA

A tristeza parasitária bovina (TPB) é um complexo de duas enfermidades muito


frequentes no país: babesiose e anaplasmose, tais enfermidades são causadas por
agentes diferentes, porém com sinais clínicos e epidemiologia semelhantes. A
babesiose é causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e a
anaplasmose causada pela rickettsia Anaplasma marginale. Os três agentes são
transmitidos pelo carrapato do boi, Rhipicephalus microplus. A anaplasmose também
pode ser transmitida de forma iatrogênica, transplacentária, por vetores mecânicos
como moscas hematófagas, e fômites contaminados.

Os protozoários causadores da babesiose e da anaplasmose são intraeritrocitários,


ou seja, vivem e se reproduzem dentro dos eritrócitos do bovino e destroem os
mesmos a cada ciclo de multiplicação e, por isso, causam anemia intensa nos animais
afetados.

A TPB causa prejuízos econômicos como queda de rendimento dos animais, com
redução da produção de leite, diminuição do ganho de peso, além de custos com
medidas preventivas e tratamento dos bovinos, pois o não tratamento pode levar à
mortalidade no rebanho. Visto isso, o ensaio experimental será realizado para verificar
a eficácia da nova formulação de tratamento para tristeza parasitária em bovinos. Para
este ensaio serão utilizados 30 animais, separados em três grupos com 10 animais
em cada: Grupo Controle, Grupo Tratamento 1 e Grupo Tratamento 2. Os quais,
respectivamente são animais que serão tratados de acordo com o protocolo
terapêutico convencionalmente utilizado, animais que serão tratados com a nova
formulação desenvolvida e animais tratados com novos compostos sintetizados no
laboratório. Durante o experimento serão coletadas amostras de sangue para
determinar a função hepática e renal dos animais, além de verificar a liberação e
manutenção do princípio ativo.
OBJETIVOS

A cdhcbd
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os sinais clínicos em animais acometidos pela Tristeza Parasitária Bovina são


anorexia, taquicardia, taquipnéia, anemia, prostação, emagrecimento, pelos
arrepiados, redução dos movimentos ruminais, quebra de leite, icterícia (comum na
anaplasmose), entre outros. Nos casos de infecção por Babesia Bovis, o animal
também poderá apresentar sinais nervosos, como incoordenação motora, andar
cambaleante, movimentos de pedalagem e agressividade e normalmente morre em
poucas horas ou mesmo de forma súbita, sem o aparecimento de hemoglobinuria
(urina sanguinolenta) e anemia. O diagnóstico é feito através da anamnese e sinais
clínicos, mas o confirmatório deve ser feito baseado em exames laboratoriais
(esfregaço sanguíneo) ou necropsia.

Como mencionado anteriormente os protozoários causadores da babesiose e da


anaplasmose são hemoparasitas, vivem e se reproduzem dentro dos eritrócitos
(hemácias) dos bovinos e fazem a lise deles a cada ciclo de multiplicação, levando
até ao óbito. Há áreas de instabilidade enzoótica, onde o desenvolvimento da vida
livre desses carrapatos é impedindo devido às condições climáticas, e há áreas de
estabilidade enzoótica, onde as condições climáticas são favoráveis aos carrapatos,
assim favorecendo sua multiplicação. De acordo com isso, a anaplasmose ocorre
mundialmente em regiões de clima tropical, subtropical e temperado e a babesiose
em condições de clima tropical e subtropical. Alguns fatores influenciam a
susceptibilidade dos animais aos protozoários hemoparasitas, como a sensibilidade
dos animais Bos taurus aos carrapatos e assim aos hemoparasitas, enquanto o gado
zebu naturalmente é mais resistente.

Geralmente os bovinos jovens tem imunidade colostral, durante os primeiros meses


de idade, porém podem adoecer também caso haja falhas na colostragem ou ter
queda nos níveis sanguíneos de anticorpos advindos do leite materno, entre outros
fatores. Em áreas endêmicas é comum que os animais nos primeiros meses de vida
se contaminem com babesia e devido ao colostro estão imunes, fazendo com que não
desenvolvam resposta imunológica contra a doença. Devido a isso é necessário que
os testes sorológicos sejam feitos com bovinos a partir dos 9 meses de idade, que já
podem ter uma resposta imunológica para a contaminação.

Devido a severidade e complexidade da TPB é muito importante ter ações


preventivas, portanto, uma das principais medidas de controle da TPB é o uso de
inseticidas e acaricidas no combate aos parasitas causadores da anaplasmose e
babesiose, além da quimioprofilaxia e vacinação.

A respeito do experimento, as trinta vacas separadas para a realização do mesmo


foram da raça Girolando, com idade média de três anos. Como dito anteriormente elas
serão divididas em três grupos com dez animais em cada, mediante a confirmação do
diagnóstico após a apresentação de sinais clínicos que indiquem Tristeza Parasitária
Bovina (TPB). Sendo assim, a distribuição será:

Grupo Controle: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia


spp. e tratados com protocolo convencional já comprovado e utilizado comercialmente
(Diaceturato de Diminazeno – dose bula; e/ou dipropionato de imidocarb – dose de
bula; e/ou oxitetraciclina – dose de bula).

Grupo Tratamento 1: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e


Babesia spp. tratados com a nova formulação desenvolvida e testado primeiramente
in vitro. Como composição o produto terá antiparasitário, antibiótico e anti-inflamatório.

Grupo Tratamento 2: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e


Babesia spp. e tratados com compostos desenvolvidos e testado primeiramente in
vitro com dosagem já especificada. Como composição o produto terá antiparasitário,
antibiótico e anti-inflamatório.

Os dados referentes à melhora da condição clínica do animal durante o experimento


serão comparados entre os 3 grupos através de exame físico, hemograma, grau de
parasitemia e análises bioquímicas (perfis hepático e renal).

Serão coletadas amostras de sangue por punção da veia coccígea com sistema de
coleta à vácuo em tubos com anticoagulante (para determinar o hematócrito e a
parasitemia), e em tubos com ativador de coágulo (para análises bioquímicas), no dia
do diagnóstico e diariamente até completar sete dias da aplicação do medicamento e
semanalmente até completar dois meses, além de realizar hemograma completo a
partir da aplicação semanalmente também. Serão centrifugadas as amostras
coletadas nestes tubos e o soro sanguíneo será armazenado em eppendorfs e
congelado em –20° C até o processamento das amostras para avaliação das
atividades hepática e renal.
REFERÊNCIAS

- H47A3I5XMKM0TiE_2013-6-26-11-20-44.pdf (revista.inf.br)

- Microsoft Word - edic-vi-n11-RL15.doc (revista.inf.br)

- Aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos da babesiose bovina (pubvet.com.br)

- Nova formulação para tratamento da tristeza parasitária bovina | UFPel

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