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VIÇOSA
MINAS GERAIS - BRASIL
SETEMBRO/2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
RESUMO
Data: 27/09/2021
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Profa. Cristina Mattos Veloso Gabriela Giovana da Mata Santos
ORIENTADORA BOLSISTA PIBIC/CNPq
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. MATERIAIS E METÓDOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A toxemia da gestação é uma doença que acomete pequenos ruminantes, e se dá pelo balanço energético
negativo no animal. Essa doença ocorre no terço final da gestação, principalmente, em animais com alta
condição corporal e gestações múltiplas (ZAMUNER et al. 2020). A doença tem relação com a necessidade
do animal em mobilizar tecidos de reserva para suprir o balanço energético negativo (DORÈ et al., 2015).
Existem algumas formas de prevenção da doença que consistem em promover o aumento dos níveis de
glicose no sangue para reduzir a mobilização de lipídios, que é medido pela concentração ácidos graxos não
esterificados (AGNE) e aumento da produção de corpos cetônicos, principalmente de β-hidroxibutirato
(BHB).
Uma das formas de prevenção dessa doença é a administração de propilenoglicol, que atua como fonte extra
de energia no metabolismo, reduzindo a mobilização de lipídeos que o corpo faria para suprir o balanço
energético negativo (AHMADAZADEH-GAVAHAN et al., 2020).O propilenoglicol, um dos precursores da
glicose, tem sido muito utilizado para tratamentos leves e também utilizado como suplemento para casos de
animais muito doentes.
Além da toxemia, os distúrbios metabólicos podem causar outras doenças como a mastite, que caracteriza-se
como uma inflamação mamária e aumento nas células somáticas (CCS) e células bacterianas totais (CBT)
muito comum em animais de leite. No final da gestação e início da lactação, as alterações físicas e
metabólicas, podem afetar a imunidade da glândula mamária durante os estágios iniciais da infecção,
podendo gerar o aumento da ocorrência da mastite. No entanto, com a redução do BHB no sangue, o animal
fica com energia disponível para outras atividades no metabolismo, as células de defesa trabalham melhor e
com isso essas doenças recorrentes, como mastite, podem reduzir. O CCS e CBT, que são medidas pelo leite,
podem ter uma diminuição em relação aos animais que não consumiram o propilenoglicol.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da administração de propilenoglicol, por via oral, no terço final
da gestação de cabras leiteiras sobre os parâmetros de qualidade do colostro e do leite.
MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Caprinocultura do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Foram utilizadas 48 cabras gestantes, a partir
dos 135 dias de gestação, os animais foram distribuídos de forma aleatória. Eles foram mantidos em gaiolas
de metabolismo, com livre acesso à água e alimento. As cabras foram divididas em dois grupos: o grupo
propilenoglicol (GP) foi suplementado com 90 mL de propilenoglicol, uma vez ao dia, de 14 dias pré-parto a
14 dias pós-parto e o grupo controle (GA) recebeu 90 mL de água de bebida na mesma frequência e horário.
Foram colhidas amostras de leite logo após o parto e aos 7, 14 e 21 dias de lactação.
As amostras de leite e colostro foram avaliadas para composição, por meio do método de espectrometria de
absorção no infravermelho médio (ISO 9622 | IDF 141), CCS por citometria de fluxo (ISO 13366-2 | IDF
148-2) e uréia por espectrometria de absorção no infravermelho, no Laboratório de Qualidade do Leite da
Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora/MG.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Parâmetros de qualidade do leite e colostro de cabras leiteiras suplementadas com propilenoglicol
(GP) ou água (GC) durante o período de transição
CONCLUSÕES
A administração oral de propilenoglicol, no período de transição, não altera a composição do leite nem do
colostro de cabras leiteiras.
REFERÊNCIAS