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PEDIATRIA Prof.

Lígia Modelli | Aleitamento Materno 2

APRESENTAÇÃO:

PROF. LÍGIA
MODELLI
Olá, colega Estrategista! É um imenso prazer receber
você neste resumo sobre aleitamento materno. O
tema é um dos assuntos mais cobrados na Pediatria
(top 10 dessa especialidade). Veja:

TOP 10 DA PEDIATRIA
1º Imunizações
2º Pneumonia
3º IVAS
4º Aleitamento materno
5º Doença Exantemática
6º Asma
7º Infecções Congênitas
8º DNPM
9º Icterícia
10º Crescimento

Perceba que “aleitamento materno” ocupa o quarto


lugar na lista dos temas mais cobrados nas provas
de Residência Médica. Portanto, fiz este resumo para
que você, além de acertar o máximo de questões,
nunca mais se esqueça do que é importante sobre
amamentação! Leia com calma as páginas a seguir
e tire todas as dúvidas que surgir, hein. Preparados?
Então vamos começar!

@draligiamodelliped

Estratégia MED /estrategiamed

@estrategiamed t.me/estrategiamed

Estratégia
MED
PEDIATRIA Aleitamento Materno Estratégia
MED

SUMÁRIO

1.0 CAPÍTULO 4
2.0 COLOSTRO X LEITE DE TRANSIÇÃO X LEITE MADURO 17
2.1 COMPONENTES IMUNOLÓGICOS BIOATIVOS DO LEITE MATERNO 18

3.0 LEITE HUMANO X OUTROS LEITES 19


3.1 LEITE DE VACA 20

4.0 LISTA DE QUESTÕES 24


5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

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PEDIATRIA Aleitamento Materno Estratégia
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CAPÍTULO

1.0 CAPÍTULO
Para iniciarmos é muito importante conhecer as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e reconhecidas no mundo todo. São elas:

Aleitamento Aleitamento Aleitamento Aleitamento


Aleitamento
Materno Materno Materno Materno
Materno
Exclusivo Predominante Complementado Misto ou Parcial

Criança recebe
Criança recebe leite
somente leite materno Criança recebe
materno, água ou Criança recebe leite
diretamente da mama leite materno, Criança recebe leite
bebidas à base de água, materno + qualquer
ou leite humano independentemente de materno + outros tipos
como sucos de frutas ou alimento sólido ou
ordenhado e nenhum receber qualquer outro de leite.
chás, e não recebe outro semissólido.
outro alimento líquido alimento.
tipo de leite.
ou sólido.

É muito frequente as bancas cobrarem o conhecimento de cada uma dessas definições, brincando principalmente com as definições
de aleitamento materno “predominante”, “complementado” e “misto”.

Lembre-se! O aleitamento materno deve ser exclusivo até o 6º mês de vida e mantido até os dois
anos ou mais. Nos primeiros seis meses, não devem ser oferecidos água, chá, suco, assim como qualquer
outro tipo de leite.

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Mas, professora Lígia, por que o aleitamento materno é tão importante?


O aleitamento materno possui inúmeros benefícios, para a mãe e o bebê. Confira na tabela abaixo:

PARA O BEBÊ PARA A MÃE

Evita morte infantil Proteção contra câncer de mama

Evita diarreia Ajuda a evitar nova gravidez

Evita infecções respiratórias Menor custo financeiro

Diminui risco de alergias Promove o vínculo afetivo entre mãe e filho

Outras possíveis vantagens: proteção contra câncer


de ovário, câncer de útero, hipercolesterolemia,
Diminui risco de hipertensão, hipercolesterolemia e hipertensão e doença coronariana, obesidade, doença
diabetes metabólica, osteoporose e fratura de quadril, artrite
reumatoide, depressão pós-parto, e diminuição do risco
de recaída de esclerose múltipla pós-parto.

Reduz a chance de obesidade

Efeito positivo na inteligência

Melhor desenvolvimento da cavidade bucal

Dica: é muito frequente nas provas de Residência questionarem os benefícios do aleitamento materno principalmente para o
bebê. Fique atento!

Professora Lígia, mas quem comanda toda essa produção/manutenção de leite?


Já lhe adianto que não costuma ser frequente esse tipo de questionamento nas provas, mas, quando presente, você precisa saber que:

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A manutenção da produção e ejeção do leite materno depende principalmente da sucção do bebê e


do esvaziamento das mamas.
Grande parte do leite de uma mamada é produzido no momento da amamentação, sob o estímulo da
prolactina.
A ocitocina, por sua vez, tem papel importante no reflexo de ejeção de leite. Ela é liberada pelo
estímulo da sucção, principalmente.
Anote este esquema para não esquecer na hora da prova:
Prolactina --> Produção
Ocitocina --> Ejeção

Lembre-se:

• A sucção frequente do bebê, de preferência com esvaziamento das mamas, é o melhor jeito de estimular a
produção do leite materno e manter a lactação.

• Usar bombas para esvaziamento não equivale à sucção do bebê. Pode ser uma alternativa para as mães
que, por algum tempo, não possam amamentar, como as mães de prematuros que estão na UTI e são ima-
turos para sugar o seio.

• Lactogogos, como a metoclopramida e a domperidona, que causam o aumento da prolactina, devem ser
usados com muito critério e não como rotina. De nada adiantam se não houver sucção e esvaziamento ade-
quados das mamas pelos bebês (Sociedade Brasileira de Pediatria).

• O uso da sulpirida para esse fim é proscrito.

• O spray de ocitocina pode ser usado para auxiliar na ejeção, mas não ajuda a aumentar a produção do
leite.

Entendidas as definições e as características que envolvem o aleitamento materno, partiremos para as técnicas corretas de
amamentação. Esse subtópico despenca nas provas e é um dos mais prevalentes quando o assunto é aleitamento materno!

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É muito frequente as bancas descreverem o caso clínico de um recém-nascido que não


está ganhando peso adequadamente da seguinte forma: ou as mamas da mãe apresentam
alguma lesão (fissura, mastite, ingurgitamento, entre outros), ou qualquer outro tipo de problema
relacionado ao binômio mãe-bebê. Assim, questionam se o aleitamento materno deve ser
mantido. FIQUE ATENTO! SEMPRE devemos tentar corrigir a técnica de amamentação e orientar
exclusividade do aleitamento materno antes de introduzir outros leites, a não ser que o bebê
apresente sinais clínicos de gravidade, como desidratação, por exemplo. Isso porque, na maioria
das vezes, o problema não está relacionado à saúde da mãe ou do bebê, mas sim a uma técnica
incorreta de amamentação.

Vamos aprender a checar a técnica:

ADEQUAÇÃO DA MAMADA

1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;


Pontos-chave do
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
posicionamento
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
adequado:
4. Bebê bem apoiado.

1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;


Pontos-chave da 2. Boca bem aberta;
pega adequada: 3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.

1. Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;


Sinais que são 2. Ruídos da língua;
indicativos 3. Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
de técnica 4. Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê
inadequada solta a mama;
5. Dor na amamentação.

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Veja como este bebê está com uma técnica perfeita:

Fonte: Shutterstock

Veja uma questão recorrente nas provas!


Nos primeiros dias de vida, todo recém-nascido tem uma perda fisiológica de peso de cerca de 10%,
geralmente até o terceiro ou quarto dia. A recuperação do peso de nascimento acontece por volta do décimo dia
de vida.
As provas exigem esse conhecimento ao perguntarem se o aleitamento materno exclusivo está sendo
eficaz para o ganho de peso adequado do bebê.
Decore a média do ganho ponderal esperado para os lactentes com o passar dos meses:
1º mês - ganho de 30 g/dia
2º mês - ganho entre 25 g/dia a 30 g/dia
3º mês - ganho de 20 g/dia a 25 g/dia

Outro ponto importante a ser entendido e que despenca nas provas é:

- Amamentação em livre demanda: é recomendado que a criança seja amamentada sem


restrições de horários e de tempo de permanência na mama.
Nos primeiros meses, é natural que a criança mame com muita frequência e sem horários
regulares. Mesmo sendo o comportamento normal, muitas mães interpretam isso como um sinal
de fome do bebê, leite “fraco” ou pouco leite. Tais pensamentos podem resultar na introdução
precoce e desnecessária de suplementos.

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Cuidado nas Provas!!


A orientação correta nesses casos é a
manutenção do aleitamento materno exclusivo!

Além do aleitamento materno exclusivo, deve-se orientar a mãe que o ideal é esvaziar primeiro um seio por completo, pois assim o
bebê mama o leite anterior e o leite posterior. Mas, se for necessário, as duas mamas podem ser oferecidas em uma mesma mamada. Veja:

Leite anterior: O leite inicial da mamada. Ele tem muita água e anticorpos, por-
tanto, tem o aspecto mais transparente.
Leite do meio: Tem maior concentração de caseína, por isso seu aspecto é mais
esbranquiçado.
Leite posterior: O leite do final das mamadas, por conter betacaroteno e gordu-
ra, seu aspecto é amarelado.

É preciso estar atento para o risco de hipovitaminose relativa a vitaminas do complexo B,


principalmente B12 ou cobalamina, em crianças amamentadas por mães vegetarianas, uma vez que tais
vitaminas não são encontradas nos vegetais.

Como dito no início, manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é extremamente importante. Nesse contexto, é
preciso considerar que um dos principais fatores de risco para o desmame é o retorno da mãe ao trabalho. Para minimizar o risco, podemos
orientar a mãe a retirar e armazenar o leite adequadamente para que ele seja ofertado no momento em que ela não estiver com o filho.
Atenção: as provas gostam de questionar o tempo de armazenamento do leite na geladeira, no freezer e em ar ambiente. Veja as
informações abaixo, retiradas do Manual do Ministério da Saúde.

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Leite materno ordenhado e mantido em temperatura ambiente: deve ser consumido o mais rápido
possível.
Leite materno ordenhado e armazenado na geladeira: deve ser consumido em até doze horas.
Leite materno ordenhado e congelado no freezer: deve ser consumido em até quinze dias.
Após descongelado, o leite materno ordenhado pode ser mantido em geladeira e consumido em até
doze horas.

Importante: NUNCA aquecer ou descongelar o leite materno diretamente no fogo! Ele deve ser descongelado ou aquecido em banho-
maria fora do fogo.

Outras orientações que devemos passar para as mães:

Preste atenção porque podem ser questões de prova!

• O ideal é usar recipiente de vidro esterilizado para receber o leite ordenhado, preferencialmente vidros
de boca larga com tampas plásticas que possam ser submetidos à fervura durante mais ou menos 20 minutos
para esterilização.
• Após terminar a coleta, fechar bem o frasco, guardando-o imediatamente no congelador ou no freezer,
caso não ofereça logo para a criança. O recipiente deve ser identificado com o nome da mãe, data e horário do
início da coleta.
• O frasco com leite coletado deve permanecer na posição vertical e nunca na porta da geladeira, já que
esse local sofre maior instabilidade térmica. Por isso, é sempre preferível que o frasco fique na prateleira mais
perto do freezer.
• Caso o frasco não fique totalmente cheio, a mãe pode completá-lo em outra coleta no mesmo dia,
deixando sempre um espaço de dois dedos entre a tampa e o leite. Nesse caso, deve-se sempre considerar o
horário da primeira coleta.

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Além do retorno ao trabalho, outros problemas podem estar associados à interrupção da amamentação. Precisamos conhecê-los para
melhor manejá-los e, claro, fazer mais um ponto na prova! Vamos mergulhar nesse assunto? Venha comigo!
• Chupetas e mamadeiras são contraindicados, pois podem acarretar o desmame precoce.
• Mastite e ingurgitamento mamário
É muito frequente as provas questionarem a diferença entre mastite e ingurgitamento mamário. Vamos aprender!

Mastite Ingurgitamento mamário

3 pilares:
- Aumento da vascularização da mama;
Processo inflamatório de um ou
Definição - Edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem do sistema
mais segmento da mama.
linfático;
- Compressão dos ductos lactíferos, dificultando a saída de leite.

Presença de nódulos mamários


Quadro clínico Leite estagnado = produção de leite interrompida.
sensíveis e dolorosos.

Manifestação Mal-estar, calafrios, febre, sinais


Mamas edemaciadas, lustrosas, avermelhadas.
clínica inflamatórios.

Técnica incorreta de
Fatores de risco Técnica incorreta de amamentação.
amamentação

Ordenha manual da aréola, antes da mamada, para que a mama fique


macia e flexível, facilitando a pega adequada do bebê;
Esvaziamento adequado das
Massagens das mamas;
mamas (amamentação do
Mamadas mais seguidas para possibilitar esvaziamento frequente da
bebê ou ordenha) – o mais
mama (regime de livre demanda);
importante;
Tratamento Uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios;
Antibioticoterapia;
Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã de alças largas
AINE;
e firmes;
Suporte emocional;
Crioterapia (aplicação de gelo ou gel gelado);
Sutiã firme.
Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou
com bomba.

Ainda podemos ter outros problemas relacionados à amamentação que podem levar ao desmame. Os problemas listados a seguir
aparecem com menor frequência nas provas de Residência, mas ainda assim são muito importantes.

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Mamilos planos ou inverti-


Trauma mamilar Candidíase mamária na mãe e oral no bebê
dos

- Na mãe:
Prurido, sensação de queimadura e dor em
Principalmente a fissura. agulhadas nos mamilos, que persiste após as
O examinador espera que você mamadas.
Não é preciso preparar
pense na técnica inadequada A pele dos mamilos e da aréola pode ficar
os mamilos durante a
de amamentação, que é a avermelhada, brilhante ou apenas irritada
gestação
causa mais comum desses ou com uma fina descamação. Raramente,
problemas. observam-se placas esbranquiçadas nas mamas
ou pápulas.
- No bebê: placas brancas orais.

Medidas preventivas:
- Orientar técnica correta de
amamentação;
- Manter mamilos secos e
limpos e não usar produtos - Orientar a mãe a
que retirem a proteção natural favorecer a pega do bebê;
(como sabões, álcool e cremes - Tentar diferentes
secantes); posições para saber em
- Amamentar em livre qual delas a mãe e o bebê - Nas mamas: creme de nistatina, clotrimazol,
demanda, com bastante adaptam-se melhor; miconazol ou cetaconazol por quatorze dias.
frequência, evitando, assim, - Sucção com bomba - Bebê: nistatina solução oral por quatorze dias.
que a criança sugue muito manual ou seringa de 10 Bicos de chupetas e mamadeiras devem ser
forte quando estiver com ml ou 20 ml; limpos adequadamente.
muita fome; - Ordenhar o leite
- Ordenha manual da aréola, enquanto o bebê não
aumentando sua flexibilidade conseguir manter a pega e
e facilitando a pega correta do sugar efetivamente.
bebê;
- Evitar usar protetores de
mamilo (como intermediários
de silicone).

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Mamilos planos ou inverti-


Trauma mamilar Candidíase mamária na mãe e oral no bebê
dos

Medidas terapêuticas
- Iniciar a amamentação pela
mama menos afetada;
- Ordenhar um pouco de leite
antes de iniciar as mamadas;
- Uso de diferentes posições
para amamentar;
- Fora das mamadas, tentar
eliminar o contato da área
machucada com a roupa: usar
“conchas protetoras”, por
exemplo;
- Quando possível, deixar os
seios expostos ao ar livre;
- Uso de analgésico;
Se houver suspeita de
infecção (a mais comum é
por estafilococo): antibiótico
tópico (em casos mais graves,
considerar sistêmico).

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Muito bem! Já entendemos os principais fatores de risco relacionados ao desmame.


Agora, quero conversar com você sobre as condições em que há restrições do aleitamento materno. Fique muito ligado(a) nessa parte,
pois é a que mais aparece nas provas de Residência Médica.
São pouquíssimas as situações em que o aleitamento materno está contraindicado.
São elas:

• Mães infectadas pelo HIV


• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2
• Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano
ou qualquer outro que contenha lactose.
• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns são considerados
contraindicados absolutos, outros relativos:
• antineoplásicos
• radiofármacos (pelo menos durante a meia vida deles, cai muito sobre o iodo)
• amiodarona (pode causar hipotireoidismo no bebê)
• raros imunossupressores (como a ciclofosfamida)
• raros antimicrobianos (como linezolida e ganciclovir)
• lítio
• ergotaminas

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Existem situações especiais em que a amamentação deve ser suspensa temporariamente ou tem alguma restrição ou ressalva. Elas
são cobradas em provas de Residência Médica frequentemente:

• Infecção herpética: quando há lesão ativa com vesículas na mama. A amamentação


deve ser mantida na mama com a pele íntegra;
• Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto, ou até
dois dias após o parto, é recomendado seu isolamento até que as lesões adquiram a forma
de crosta. É recomendado também a administração na criança de imunoglobulina específica
contra varicela (VZIG) o mais precocemente possível. Apesar de não amamentar nesse
momento, a mãe pode ordenhar o leite para ser ofertado ao recém-nascido.
• Doença de Chagas na fase aguda da doença
• Consumo de drogas de abuso: a Academia Americana de Pediatria, assim como
a Sociedade Brasileira de Pediatria e outras entidades médicas contraindicam, durante
o período da lactação, o uso de drogas de abuso, como anfetaminas, cocaína, heroína,
maconha e fenciclidina. O Ministério da Saúde orienta que mães que usam tais substâncias
por períodos curtos devem considerar a possibilidade de evitar, apenas temporariamente, a
amamentação. O Ministério lembra que mesmo as drogas lícitas, como o álcool e o tabaco,
também devem ser evitadas durante a amamentação. Contudo, é recomendado que nutrizes
tabagistas mantenham a amamentação, pois a suspensão pode trazer riscos ainda maiores
à saúde do lactente.
• Psicose puerperal grave ou outras doenças psiquiátricas que possam oferecer risco
ao bebê: considera- se a amamentação sob supervisão, em que alguém sempre possa estar
presente acompanhando os cuidados do bebê e auxiliando a mãe. Se o quadro for muito
grave, com risco de vida para o bebê ou para a mãe, aí sim devemos considerar a suspensão
do aleitamento materno.
• Vacinas: somente a vacina da febre amarela em mães que estejam amamentando
crianças abaixo de seis meses de vida tem como recomendação a suspensão do aleitamento
materno por dez dias.

As situações a seguir não são contraindicações ao aleitamento materno, mas, em algumas delas, cabem ressalvas que devem estar
claras. Ah, elas também são muito cobradas nas provas de Residência Médica!

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• Mães com hepatite C: é muito comum questionarem nas provas se mães com hepatite C podem
amamentar. Mães com hepatite C podem amamentar sim, pois não é provado que o leite humano seja
uma fonte de transmissão do vírus. É importante prevenir fissuras mamárias, pois o contato com o sangue
materno sim pode ser fonte de infecção.
• Mães com hepatite B: o aleitamento materno não está contraindicado para filhos de mães com
hepatite B, mas desde que o recém-nascido receba profilaxia para prevenir a transmissão vertical com
vacina de hepatite B nas primeiras doze horas de vida, além de imunoglobulina humana hiperimune
contra o vírus causador da doença (IGHB), preferencialmente nas primeiras vinte e quatro horas de vida.
• Mães com tuberculose: não há contraindicação para amamentar, mesmo que seja tuberculose
pulmonar bacilífera. A única ressalva é essas mães devem amamentar usando máscara. Não há
transmissão da tuberculose pelo leite humano.
• Citomegalovírus materno: ele pode ser excretado pelo leite de mães com doença primária ou
alguma reativação de citomegalia em mães já imunes, mas não há contraindicação para a amamentação,
principalmente de recém-nascidos a termo, com peso adequado e saudáveis. Considerar pasteurizar para
bebês prematuros com < 32 semanas de idade gestacional e/ ou peso de nascimento < 1500 gramas, que
podem vir a desenvolver sintomas da doença. Porém, mesmo com leite materno cru, a amamentação
não é completamente contraindicada nesses casos. Para essa população, os riscos e benefícios devem ser
avaliados.
• Toxoplasmose e sífilis: não têm nenhuma contraindicação.
• Hanseníase: não é contraindicado o aleitamento materno. Sua transmissão depende de contato
íntimo e prolongado com a mãe sem tratamento. Ao iniciar a amamentação, caso ainda não o tenha feito,
a mãe deve começar o tratamento, deixando, assim, de ser bacilífera.
• Resfriado comum: não há contraindicação da amamentação, mas é conveniente que ela
amamente de máscara, tome precauções de contato com a criança e siga medidas de higiene adequadas,
como: lavar frequentemente as mãos principalmente após tocar o rosto; não colocar o rosto perto do da
criança; não dar beijos no filho.
• Herpes labial ou herpes genital: não há contraindicação da amamentação, mesmo que sejam
lesões ativas e com bolhas. Devemos orientar a mãe a tomar precauções de contato com a criança e, se
possível, amamentar de máscara, no caso de herpes labial.
• Mães com prótese de silicone ou após cirurgia de redução mamária: podem amamentar.
• Criança com fenilcetonúria: aleitamento materno pode ser mantido, mas não de forma exclusiva.
O aleitamento não deve passar de 25% da dieta diária desse bebê e o restante da alimentação deve vir de
fórmula livre de fenilalanina. A restrição da dieta materna não tem impacto na composição de aminoácido
do leite materno.
• Mastite, fissuras mamárias, ingurgitamento mamário: não são contraindicações.
• Crianças com suspeita ou diagnóstico confirmado de alergia à proteína do leite de vaca: podem
e devem continuar recebendo aleitamento materno, mas é necessário que a mãe faça uma dieta de
exclusão de proteína do leite de vaca.

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Cansado? Calma, estamos quase finalizando nosso resumo! Antes, precisamos conhecer a diferença entre outros tipos de leite e o
leite materno e suas particularidades. Preste atenção, pois o tópico aparece bastante em prova e eu vou lhe orientar sobre o que realmente
é necessário saber.

CAPÍTULO

2.0 COLOSTRO X LEITE DE TRANSIÇÃO X LEITE


MADURO

O colostro é o primeiro leite produzido pelas mamas em pequena quantidade na primeira semana após o parto, podendo estender-
se até o início da apojadura. A partir daí e durante a segunda semana de vida do bebê, temos o leite de transição. Após a segunda semana,
temos o leite maduro. Importante destacar que a produção de leite começa em menor quantidade e vai aumentando com o passar dos dias.

FASES DA LACTAÇÃO

COLOSTRO LEITE DE TRANSIÇÃO LEITE MADURO

Da primeira semana após o parto


A partir da apojadura e durante a
(em torno do quinto dia de vida), Depois da segunda semana.
segunda semana de vida.
até o início da apojadura.

Você tem que gravar: a principal característica do colostro (e o que mais costuma
aparecer nas provas de Residência Médica) é que ele é rico em PROTEÍNAS!! Além disso,
colostro tem menos lactose, gorduras e calorias do que o leite maduro. Ele também é rico em
componentes imunológicos (como IgA, lactoferrina, interleucinas e fatores de crescimento),
minerais e vitaminas lipossolúveis (A, E e K principalmente). Em suma, o colostro é considerado
a primeira vacina do bebê, pois confere proteção contra inúmeras doenças.

Prof. Lígia Modelli | Resumo Estratégico | Maio 2021 17


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Veja a tabela que exemplifica a composição desses leites, que pode ser diferente e específica para cada bebê conforme sua necessidade:

COLOSTRO (3-5 DIAS) LEITE MADURO (26-29 DIAS)


NUTRIENTES
TERMO PRÉ-TERMO TERMO PRÉ-TERMO

Calorias (kcal/dL) 48 58 62 70

Lipídios (g/dL) 1,8 3,0 3,0 4,1

Proteínas (g/dL) 1,9 2,1 1,3 1,4

Lactose (g/dL) 5,1 5,0 6,5 6,0


Fonte: Ministério da Saúde 2015

Sobre as diferenças entre o leite materno e o de vaca, precisamos saber que a principal proteína presente no materno é a lactoalbumina,
enquanto no leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.
Outras características do leite materno:
• Apresenta níveis elevados de ácidos graxos essenciais (linoleico e alfa-linolênico) e de ácidos graxos de cadeia longa (ômega 3 e
ômega 6). Tais ácidos desempenham importante papel na formação e maturação do sistema nervoso central e visual (da retina) do lactente;
• Seu principal carboidrato é a lactose (dissacarídeo), presente em maior quantidade no leite maduro, assim como os lipídios. Há
também, mas em menor quantidade, glicose e galactose (monossacarídeos). O leite de vaca tem menos lactose do que o humano;
• Tem baixa concentração de ferro, mas é um leite com boa biodisponibilidade, sendo bem absorvido.
• Possui componentes probióticos, como o Lactobacillus bifidus e o Lactobacillus reuteri, e prebióticos.

2.1 COMPONENTES IMUNOLÓGICOS BIOATIVOS DO LEITE MATERNO

Componentes imunológicos do leite humano estão presentes em maior quantidade no


colostro do que no leite maduro!
Lembre-se de que o colostro é a primeira “vacina” do bebê!

Prof. Lígia Modelli | Resumo Estratégico | Maio 2021 18


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A IgA secretória é o principal anticorpo presente no leite humano. Ela atua principalmente contra microrganismos presentes nas
superfícies mucosas.
Há também a presença de proteínas, como lactoferrina (tem efeito bacteriostático, atuando como um quelante de ferro com efeito
muito importante na Escherichia coli) e lisozima (tem ação sobre bactérias gram positivas, principalmente, e algumas gram negativas).
O fator bífido é um prebiótico natural composto por oligossacarídeos específicos e proteínas, que favorece o crescimento do
Lactobacilus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as fezes, impedindo o crescimento e instalação de enterobactérias patogênicas,
principalmente as que causam diarreia, como a Shigella, a Salmonella e a Escherichia coli.
Os componentes descritos acima são os que mais são cobrados nas provas de Residência Médica!

CAPÍTULO

3.0 LEITE HUMANO X OUTROS LEITES


As fórmulas infantis são a primeira opção para substituir o leite humano.

Dos vários tipos de fórmulas infantis disponíveis no mercado, a maioria é elaborada a


base de proteína de leite de vaca, mas existem aquelas à base de leite de cabra, soja e arroz.
Geralmente, possuem proteínas intactas, na forma polimérica, entretanto, algumas são
manipuladas para conter proteínas nas formas oligoméricas (parcialmente ou extensamente
hidrolisadas), para indicação em casos de alergia alimentar, tratamento ou prevenção.

Precisa dar água para bebês menores de seis meses alimentados com fórmula infantil? Se as fórmulas forem feitas na
diluição correta, não precisa!

Fórmulas infantis são a primeira escolha para crianças não amamentadas com leite humano!
Menores de seis meses Fórmula Infantil de partida.
Maiores de seis meses Fórmula Infantil de segmento;
Iniciar a introdução de outros alimentos;
Água nos intervalos.

Prof. Lígia Modelli | Resumo Estratégico | Maio 2021 19


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3.1 LEITE DE VACA

Pode estar na apresentação líquida ou em pó. Ele não é recomendado rotineiramente como alternativa à impossibilidade do leite
materno para crianças abaixo de um ano. Após o primeiro ano de vida, o leite de vaca está liberado.
Apesar de a primeira escolha ser a fórmula infantil quando não é possível amamentação ou uso do leite humano por algum motivo,
sabemos que muitas famílias não têm condições financeiras de comprar a fórmula, tendo como alternativa o leite de vaca.
Vamos analisar as principais diferenças entre os leites que aparecem em diversas questões. Veja esta tabela:

COLOSTRO (3-5 DIAS) LEITE MADURO (26-29 DIAS)


LEITE DE
NUTRIENTES
VACA
TERMO PRÉ-TERMO TERMO PRÉ-TERMO

Calorias (kcal/dL) 48 58 62 70 69

Lipídios (g/dL) 1,8 3,0 3,0 4,1 3,7

Proteínas (g/dL) 1,9 2,1 1,3 1,4 3,3

Lactose (g/dL) 5,1 5,0 6,5 6,0 4,8

Fonte: Ministério da Saúde 2015

Quando comparado ao leite humano, o leite de vaca apresenta elevada quantidade de


proteínas e uma inadequada relação entre a caseína e as proteínas do soro. Lembre-se de que no
leite materno as proteínas do soro estão em maior proporção (lactoalbumina principalmente).

O leite de vaca não é a substituição ideal para o leite humano, principalmente nos lactentes menores de
um ano. No entanto, caso o leite de vaca seja necessário, bebês menores de quatro meses devem ingeri-lo
diluído! Após essa idade, já pode ser utilizado.
Atenção: esse assunto é recorrente nas provas de Residência Médica!

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Segue uma tabela com as principais diferenças entre os leites:

LEITE HUMANO LEITE DE VACA


FÓRMULAS INFANTIS (FI)
(LH) (LV)

Modificadas para uma


melhor relação de caseína
Quantidade adequada, Quantidade aumentada,
e proteína do soro, para
fácil digestão; difícil digestão;
PROTEÍNAS parecer com LH;
Menos caseína e mais Mais caseína e menos
Redução de proteínas
proteínas do soro. proteínas do soro.
e melhor perfil de
aminoácidos.

Adicionados ácidos graxos


Suficiente em ácidos Deficiente em ácidos essenciais (DHA + ARA)
LIPÍDIOS graxos essenciais; graxos essenciais; e algumas vezes óleos
Lipase para a digestão. Não apresenta lipase. vegetais;
Não apresenta lipase.

Modificado, podendo ter


Quantidade ideal de
CARBOIDRATOS Deficiente em lactose. quantidade parecida ao LH
lactose.
ou com menos lactose.

Quantidade modificada:
Quantidade suficiente; Excesso de sódio, cálcio,
MINERAIS suficiente;
Boa relação cálcio/fósforo. fósforo, cloro e potássio.
Boa relação cálcio/fósforo.

Pouca quantidade, mas Pouca quantidade e


FERRO boa biodisponibilidade biodisponibilidade ruim Enriquecido com ferro.
(bem absorvido). (pouco absorvido).

Quantidade suficiente e Deficiente em vitaminas e


VITAMINAS Enriquecido com vitaminas.
bem absorvidas. mal absorvidas.

PREBIÓTICOS Quantidade suficiente. Deficiente. Adicionado (GOS/ FOS).

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LEITE HUMANO LEITE DE VACA


FÓRMULAS INFANTIS (FI)
(LH) (LV)

Adicionado quando
PROBIÓTICOS Quantidade suficiente. Deficiente. permitido (no Brasil a
ANVISA não permite).

Necessário dar extra, pois Se a diluição for correta não


ÁGUA Quantidade suficiente.
tem alta osmolaridade. será necessário extra.

FATORES
Presentes. Ausentes. Ausentes.
IMUNOLÓGICOS

Uma lactante não deve amamentar outra criança que não

Antes de finalizarmos, gostaria de abordar um último ponto: a iniciativa “Hospital Amigo da Criança”,
um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais que cumprem os dez passos instituídos
pela OMS para o aleitamento materno. Além de seguirem os passos, para obterem o selo, os hospitais devem
respeitar critérios humanísticos, como o cuidado respeitoso e humanizado à mulher durante o pré-parto,
parto e pós-parto, garantia do livre acesso aos pais, bem como a permanência deles junto ao recém-nascido
internado por 24 horas.

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São estes os "Dez passos para o sucesso do aleitamento materno" – são eles que podem cair na sua prova de Residência Médica:

① Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a
equipe do serviço.
② Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar essa norma.
③ Orientar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo da amamentação.
④ Ajudar as mães a iniciarem o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê.
⑤ Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se forem separadas de seus filhos.
⑥ Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser em caso
de indicação médica.
⑦ Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos vinte e quatro horas
por dia.
⑧ Encorajar a amamentação sob livre demanda.
⑨ Não dar bicos artificiais ou chupetas às crianças amamentadas.
⑩ Encaminhar as mães, por ocasião da alta hospitalar, para grupos de apoio ao aleitamento materno na
comunidade ou em serviços de saúde.

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CAPÍTULO

5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. CARVALHO, A. B. R. et al. Crescimento de crianças alimentadas com leite materno exclusivo. J. Pediatr, Rio de Janeiro, v. 68, n. 9/10, p.
328-34, 1992.
2. ASHRAF, R. N. et al. Additional water is not needed for healthy breast-fed babies in a hot climate. Acta Pediatr., v. 82, p. 1007-1011,
1993.
3. JONES, G. et al. How many child deaths can we prevent this year? Lancet, v. 362, p. 65-71, 2003.
4. BROWN, K. H. et al. Infant-feeding practices and their relationship with diarrheal and other diseases in Huascar. Pediatrics, Lima
(Peru), v. 83, p. 31-40, 1989
5. POPKIN, B. M. et al. Breast-feeding and diarrheal morbidity. Pediatrics, v. 86, p. 874-882, 1990.
6. VICTORIA, C. G. et al. Breast-feeding, nutritional status, and other prognostic factors for dehydration among young children
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7. VICTORIA, C. G. et al. Evidence for protection by breast-feeding against infant deaths from infectious diseases in Brazil. Lancet,
v. 2, p. 319-322, 1987.
8. ALBERNAZ, E. P.; MENEZES, A. M.; CESAR, J. A. Fatores de risco associados à hospitalização por bronquiolite aguda no período pós-natal.
R. Saúde Pública, v. 37, p. 485-493, 2003.
9. CESAR, J. A. et al. Impact of breast feeding on admission for pneumonia during postneonatal period in Brazil: nested case-
control study. B. M. J, v. 318, p. 1316-20,1999
10. IP, S. et al. A summary of the Agency for Healthcare Research and Quality’s Evidence Report on Breastfeeding in Develop
Countries. Breastfeeding Medicine, v. 4, p. 17-30, 2009. Suppl 1
11. VAN ODIJK, J. et al. Breastfeeding and allergic disease: a multidisciplinary review of the literature: 1966-2001: on the mode of
early feeding in infancy and its impact on later atopic manifestations. Allergy, v. 58, p. 833- 843, 2003
12. HORTA, B. L. et al. Evidence of the long-term effects of breastfeeding: systematic reviews and metaanalysies. Geneva: WHO,
2007.
13. STUEBE, A. M. et al. Duration of lactation and incidence of type 2 diabetes. JAMA, v. 294, p. 2601-2610, 2005.
14. GERSTEIN, H. C. Cow’s milk exposure and type I diabetes mellitus. a critical overview of the clinical literature. Diabetes Care, v.
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15. DEWEY, K. G. Is breastfeeding protective against child obesity? J. Hum. Lact., v. 19, p. 9-18, 2003.
16. COLLABORATIVE GROUP ON HORMONAL FACTORS IN BREAST CANCER. Breast cancer and breastfeeding: collaborative reanalysis of
individual data from 47 epidemiological studies in 30 countries, including 50302 women with breast cancer and 96973 women
without the disease. Lancet, v. 360, p. 187-195, 2002
17. GRAY, R. H. et al. Risk of ovulation during lactation. Lancet, v. 335, p. 25-29, 1990
18. GIOVANNI, C. et al. Sandifer’s syndrome in a breast-fed infant. Am. J. Perinatol., v. 17, n. 3, p. 147-150, 2000
19. VICTORIA, C. G. et al. Pacifier use and short breastfeeding duration: cause, consequence, or coincidence? Pediatrics, v. 99, p.
445-453, 1997.
20. PALMER, B. The influence of breastfeeding on the development of the oral cavity: a comentary. J. Hum. Lact., v. 14, p. 93-98, 1998.
21. LOCHNER, J. et al. Which interventions are best for alleviating nipple pain in nursing mothers? J. Fam. Pract., v. 58, n. 11, p. 612-
612, 2009

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22. RIORDAN, J.; WAMBACH, K. Breast-related problems. In: RIORDAN, J.; WAMBACH, K. Breastfeeding and human lactation. 4. ed.
Massachusetts: Jones and Bartlett, 2010, p. 291-324
23. World Health Organization (WHO). Dept. of Child and Adolescent Health and Development. Indicators for assessing infant and young
child feeding practices: conclusions of a consensus meeting held 6-8 November 2007 in Washington D.C., USA. Geneva: WHO; 2008.
24. World Health Organization (WHO), United Nations Children's Fund (UNICEF). Baby-Friendly Hospital Initiative. Revised, updated and
expanded for integrated care Geneva: WHO; 2009.
25. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Collaborative study team on the role of breastfeeding on the prevention of infant mortality:
effect of breastfeeding on infant and child mortality due to infectious diseases in less developed countries: a pooled analysis.
Lancet, v. 355, p. 451-455, 2000.
26. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Complementary feeding of young children in developing countries: a review of current scientific
knowledge. Geneva: WHO, 1998.
27. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global strategy for infant and young child feeding. Geneva: WHO, 2003.
28. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guideline: vitamin A supplementation in infants and children 6–59 months of age. Geneva:
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29. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines on HIV and infant feeding: principles and recommendations for infant feeding in
the context of HIV and a summary of evidence. Geneve: OMS, 2010.
30. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Home-modified animal milk for replacement feeding: is it feasible and safe? Discussion paper
prepared for HIV and infant feeding technical consultation. 2006. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2012.
31. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Indicators for assessing infant and young child feeding practices: conclusions of a consensus
meeting held 6-8 November. Washington, DC: WHO, 2007.
32. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Infant and young child feeding: model chapter for textbooks for medical students and allied
health professionals. Geneva: WHO, 2009.
33. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Management of breast conditions and other breastfeeding difficulties. In: Infant and young
child feeding: model chapter for textbooks for medical students and allied health professionals. Geneva: WHO, 2009, p. 65-76.
34. WORLD HEALTH ORGANIZATION; UNITED NATIONS UNIVERSITY; United Nations Children’s Fund. Iron deficiency anaemia: assessment,
prevention, and control: a guide for programme managers. WHO: 2001.
35. WORLD HEATH ORGANIZATION. Worldwide prevalence of anaemia 1993–2005: WHO global database on anaemia. Geneva:
WHO, 2008.
36. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : aleitamento materno
e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2015. 184 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica ; n. 23) ISBN 978-85-334-2290-2 1. Saúde integral da criança. 2. Nutrição
infantil. 3. Aleitamento materno. 4. Alimentação saudável. I. Título.
37. Sociedade Brasileira de Pediatria: MANUAL DE ALIMENTAÇÃO DA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA – 4ª EDIÇÃO REVISADA E AMPLIADA –
Departamento Científico de Nutrologia Sociedade Brasileira de Pediatria 2018
38. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Banco de leite humano: funcionamento, prevenção e controle de riscos/ Agência Nacional
de Vigilância Sanitária. – Brasília : Anvisa, 2008. 160 p. ISBN 978-85-88233-28-7 1. Vigilância Sanitária. 2. Saúde Pública. I. Título.
39. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras
menores de 2 anos / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde.- Brasília: Ministério
da Saúde, 2019

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CAPÍTULO

6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS


É isso, finalizamos nosso resumo, colega Estrategista!
Espero que tenha ajudado. Agora, você será capaz de acertar a maioria das questões de aleitamento materno! O conteúdo completo
você encontra em nosso livro digital.
Conte comigo para qualquer dúvida. Voe, coruja!
Boas provas!

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