Você está na página 1de 45

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Enfermagem

ADRIANA EIKO MARUKAWA DE OLIVEIRA


PATRÍCIA PEREIRA DE LIMA

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA A NUTRIZ E O


LACTENTE

Bragança Paulista
2015
ADRIANA EIKO MARUKAWA DE OLIVEIRA- RA: 001201102464
PATRÍCIA PEREIRA DE LIMA- RA: 001201201513

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA A NUTRIZ E O


LACTENTE

Monografia apresentada ao Curso de


Enfermagem, da Universidade São
Francisco como requisito para a
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.
Orientador: Profa. Alecssandra de
Fátima Silva Viduedo.

Bragança Paulista
2015
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho em primeiro lugar a Deus que nos deu vida para essa etapa ser
concluída e a nossa família que tanto nos apoiou para mais esta etapa de nossas vidas.
AGRADECIMENTOS

Em especial a nossa família que por inúmeras vezes entenderam a nossa ausência.

A nossa orientadora Alecssandra, pelo apoio e por nos conduzir com sua sabedoria e

experiência na construção desse trabalho e realização de mais uma etapa alcançada em

nossas vidas.

A todos os professores, por terem nos conduzido, cada um com seus saberes nos

permitindo adquirir sabedoria.

A todos os colegas de curso, e pelos amigos que fizemos neste trajeto.

A coordenadora do curso de enfermagem Débora, que além de coordenar também

como professora e com sua sabedoria sempre buscou incentivos para mostrar onde

poderíamos chegar.
“O sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo
não atingindo o alvo, quem busca e vence
obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis."

José de Alencar
RESUMO

Introdução: o aleitamento materno é a melhor e mais saudável alimentação nos primeiros


meses de vida, estudos comprovam que crianças amamentadas tiveram um rendimento
maior do que crianças que não viveram este processo, além de beneficiar a mãe durante
sua vida adulta. Objetivo: propor recomendações de práticas benéficas para o aleitamento
materno e identificar os benefícios do aleitamento para a nutriz e o lactente. Metodologia:
trabalho de revisão integrativa, com busca na base de dados Lilacs e biblioteca eletrônica
Scielo. Resultados: foram encontrados 13 artigos, dos quais, sete foram selecionados, pois
respondiam ao objetivo do trabalho. Conclusão: ficou constatado que nos dias de hoje
ainda existem tabus relacionados à amamentação; falta de conhecimento dos benefícios do
leite humano para o recém-nascido e os benefícios da amamentação para a saúde da nutriz,
bem como a falta de sensibilização e a falha nas orientações dos profissionais de saúde
para a amamentação desde as primeiras consultas de pré-natal. Notou-se neste estudo que
mesmo com tantos incentivos para a prática do aleitamento materno e a comprovação de
seus benefícios para o binômio mãe e filho, as metas de aleitamento materno ainda são
insatisfatórias. Existe a necessidade de aprimorar as orientações nos serviços de saúde
desde a primeira consulta de pré-natal para possibilitar um aumento nos índices de
amamentação preconizado pela Organização Mundial da Saúde.

PALAVRAS CHAVE: Aleitamento Materno, Lactação, Benefícios, Enfermagem.


ABSTRACT

Introduction: The maternal breastfeeding is the best and healthier alimentation in the
earliest months of life, studies show that kids breastfed had a higher yield than kids that
didn’t live this process, besides benefiting the mother in her adulthood. Objectives: propose
recommendations of beneficial practices for the maternal breastfeeding and identify the
benefits of breastfeeding for the nursing mother and nursling. Methodology: Integrative
revision paper, with search in Lilacs base of data and electronic library Scielo. Results: 13
articles found, of witch, seven were selected for they answered the paper’s objectives.
Conclusion: became verified that nowadays there still are taboos related to breastfeeding;
lack of knowledge of the human’s milk benefits for the newborn and the benefits of
breastfeeding for the nursing mother, as well as the lack of sensitization and the flaw in
health professional’s orientations for breastfeeding since the first prenatal visits. It was
noticed in this study that even with so many incentives for the practice of maternal
breastfeeding and the proof of its benefits for the binomial mother and child, the maternal
breastfeeding’s objectives are still unsatisfying. There is the necessity of improving the
orientations in health services since the first prenatal visit to make possible a growth in
breastfeeding indices preconized by the World Health Organization.

KEYWORDS: Maternal Breastfeeding, Lactation, Benefits, Nursing.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – situação do apoio à amamentação em 14 países da América Latina e do

Caribe....................................................................................................................................20

Figura 2 - Trajetória de busca dos documentos..................................................................27


LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Artigos selecionados para a amostra de acordo com o nome da revista e


classificação Qualis Capes. Bragança Paulista, 2015..............................................28
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Descrição das características do estudo 1 inserido no tema vivências em


relação a amamentação. Bragança Paulista, 2015.......................................................29

Quadro 2: Descrição das características do estudo 2 inserido no tema vivências em


relação a amamentação. Bragança Paulista, 2015.......................................................30

Quadro 3: Descrição das características do estudo 3 inserido no tema vivencias em


relação a amamentação. Bragança Paulista, 2015.......................................................31

Quadro 4: Descrição das características do estudo 4 inseridos no tema contribuição e


incentivo ao aleitamento materno. Bragança Paulista, 2015........................................34

Quadro 5: Descrição das características do estudo 5 inserido no tema contribuição e


incentivo ao aleitamento materno. Bragança Paulista, 2015.........................................36

Quadro 6: Descrição das características do estudo 6 inserido no tema prejuízos do


desmame precoce. Bragança Paulista, 2015................................................................37

Quadro 7: Descrição das características do estudo 7 inserido no tema contribuição e


incentivo ao aleitamento materno. Bragança Paulista, 2015.........................................38
SUMÁRIO

RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELA
LISTA DE QUADROS
1.0 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 12
2.0 - JUSTIFICATIVA.............................................................................................................16
3.0 - REVISAO BIBLIOGRÁFICA..........................................................................................17
3.1- O aleitamento materno e seus benéficos para a nutriz...................................................17
3.2 - Benefícios do aleitamento materno para a criança........................................................18
3.3 - Tipos de leite e suporte nutricional para lactente...........................................................18
3.4 - Os obstáculos encontrados pela nutriz na a prática de amamentação..........................19
3.5 - Programas e incentivo ao aleitamento materno.............................................................21
3.6 - Aleitamento materno favorecendo a redução da obesidade infantil...............................23
3.7- Responsabilidades do profissional enfermeiro................................................................24
4.0 - OBJETIVO ....................................................................................................................25
4.1 - Objetivo Geral.................................................................................................................25
4.2 - Objetivos Específicos....................................................................................................25
5.0 - MATERIAL E MÉTODO................................................................................................26
5.1 - Busca da literatura..........................................................................................................26
5.2 - Seleção da literatura.......................................................................................................26
5.3 - Resultados e discussão das bases de dados utilizadas................................................27
6.0- RECOMENDAÇÕES BENEFÍCIOS PARA A PRÁTICA DE ALEITAMENTO MATERNO
E PROVÁVEIS CAUSAS DE DESMAME..............................................................................40
7.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................41
8.0- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................................42
12

1.0- INTRODUÇÃO

Os primeiros relatos de aleitamento materno são descritos na própria bíblia sagrada


onde se aderia a essa prática como ideal para a alimentação e saúde do lactente, mas com
o decorrer dos anos, a amamentação em sua história tomou outros rumos onde a mulher da
idade média, se têm como serva de seu marido, nesta época se perde o conceito familiar,
onde o filho se torna um empecilho para a vida do casal, como ser que veio destruir a beleza
e a essência feminina. Dentre estudos da época medieval existe relatos que de 21 mil
lactentes de Paris apenas dois mil eram alimentados com leite humano, sendo mil
alimentados por suas mães, e os outros mil pertencentes a realeza que eram alimentados
por amas de leite. (BADINTER, 1980).
As amas de leite por sua vez eram mulheres que proviam alimento (leite materno)
para o filho de quem a pagasse para exercer esta função ou se fosse dono dela quando
escrava, essas amas de leite abandonavam seus filhos ou os deixavam com outras amas de
leite do campo para poder alimentar o filho de seu senhor. Muitas vezes o senhor as proibia
de qualquer contato com os próprios filhos para que o leite fosse exclusivo.
(KOUTSOUKOS, 2009).
De acordo com Koutsoukos (2009), no século XIX aqui no Brasil as amas de leite ,
não podiam ter contato com seus filhos, muitas vezes elas ficavam confinadas na casa de
seus senhores, pois eles tinham medo de contaminação por febre amarela ou cólera, que
estavam em surto na época, elas alimentavam exclusivamente os filhos de seus senhores,
estas amas eram escolhidas por aparência, forma de mamas, corpo e muitas vezes eram
avaliadas por médicos, e sua idade de leite deveria estar em igualdade com a idade do
lactente. Essas amas eram escolhidas umas por serem primíparas pois seu leite era mais
puro, mais forte, outras por serem multíparas, pois já haviam amamentado outras crianças;
então seu leite era forte, elas também teriam destreza para cuidar do filho de seu senhor.
Segundo Badinter (1980), amamentar era considerado um instinto da natureza
feminina, mas esse conceito foi quebrado, pois as mulheres antigamente não tinham por
ideal a prática de aleitamento e nem amor materno. Por volta de 1872 foram feitos estudos
onde havia comprovação da qualidade dos nutrientes presentes no leite materno. Já no
século XX, houve grande incentivo aos aspectos da amamentação e quanto a existência de
vínculo entre a mãe e seu filho, nos dias atuais com todo o marketing para fórmulas de
alimentação do lactente, amamentar não é considerada uma prática instintiva, mas sim, uma
prática que deve ser orientada, incentivada e apoiada (CAMINHA et al, 2010).
É comprovado que o aleitamento materno traz muitos benefícios para saúde do bebê
e para saúde da mãe, visto que a orientação de aleitamento passa pelas mais diversas
áreas da saúde como: pediatria, ginecologia, odontologia, psicologia e terapia da fala
13

(PEREIRA, 2013). É abordada com foco nutricional, imunológico, psicossocial com interesse
multiprofissional envolvendo uma gama de profissionais de diversas áreas da saúde
dentistas, médicos, fonoaudiólogas, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros (ANTUNES et
al, 2008).
O aleitamento materno é a melhor e mais saudável alimentação nos primeiros meses
de vida. Deve ser iniciado imediatamente após o parto e continuando até os dois anos de
vida ou mais (BRASIL, 2009). Estudos comprovam que o aleitamento materno confere
efeitos protetores para a criança e proporciona efeitos benéficos nutricionais, cognitivo,
psicológicos, sociais e econômicos tanto para a mãe quanto para o bebê e a família.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que o aleitamento exclusivo deva
ser realizado de forma exclusiva durante um período de seis meses, após este período
poderá ser introduzido novos alimentos na dieta do bebê, e nos intervalos deve ser mantido
o aleitamento materno por até dois anos de idade (OMS, 2008).
A amamentação está diretamente relacionada ao desejo da mulher em querer e o
poder amamentar, algumas mulheres amamentam seus filhos com tal intensidade que
apresentam dificuldades no processo do desmame, outras desmamam cada vez mais
precocemente. Talvez o desmame precoce se deva aos discursos técnicos e acadêmicos
que são envolvidos nas necessidades da criança e não para os benefícios da mulher,
considerando que os benefícios apenas com foco para a saúde da criança não seja o
suficiente para a motivação da adesão da amamentação exclusiva e até os dois anos de
vida ou mais, as mulheres sabem da necessidade da amamentação, mas não aderem a
prática pelo tempo recomendado (MARQUES; PEREIRA, 2010).
Na década de 40 a mulher se inseriu no mercado de trabalho, e com a globalização
gerou a criação de vários substitutos do leite materno, fato este que contribuiu para o
decréscimo da prevalência da amamentação. Nos anos 70 constatou-se um aumento na
prática da amamentação principalmente entre as mulheres com maior nível de escolaridade
(PEREIRA, 2013).
No inicio do século XX, os serviços de saúde foram importantes referências na
prática da alimentação artificial, devido ao relativo desconhecimento dos riscos de leites
hierólogos por lactentes. Nesta fase os recém-nascidos (RN) iniciavam a sucção após doze
ou mais horas após o parto, e a complementação com leite artificial era prática comum nos
hospitais e rede básica de saúde. As indústrias de leite artificial distribuíam o produto as
unidades de saúde e as mesmas redistribuíam para as mães, contudo esta prática
contribuiu para a ruptura da cultura do aleitamento materno no Brasil. A indústria
apresentava o alimento artificial como expressão de modernidade, e essa modernidade foi
responsável pelo aumento nos níveis de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos.
Em 1981, foi regulamentada a proibição de propaganda e doação de leite artificial nos
14

serviços de saúde (OLIVEIRA et al, 2010). Neste período essa prática era incentivada pelos
próprios médicos americanos, onde consideravam que o mais importante era o amor e a
compreensão para com seus filhos, e que a amamentação artificial era segura e com o
mesmo sucesso do aleitamento materno (CAMINHA et al, 2010).
Zerger e Grazziotin (2008) apontam em seu artigo, que ao longo dos últimos anos
muitos estudos visam às vantagens e os benefícios do aleitamento materno para o
desenvolvimento do RN e crianças maiores, como forma de reduzir a mortalidade infantil
especialmente no primeiro ano de vida, não havendo muitas pesquisas sobre os benefícios
para a saúde da mulher que amamenta. Com a alta prevalência da amamentação segundo
dados da OMS, crianças e mulheres são beneficiadas com a prática do aleitamento
materno.
O ato de amamentar não é instintivo deve ser orientado e incentivado pelos
profissionais de saúde e familiares próximos da nutriz conferindo benefícios para a mãe e
lactente. Os benefícios da amamentação para o lactente são: proteção da flora intestinal,
que previne doenças diarreicas, através de vários fatores de imunização que recebe por
meio do colostro em seus primeiros dias de vida, outro beneficio, é evitar a icterícia
neonatal, pois através da amamentação o recém-nascido elimina mais rápido a bilirrubina
através do mecônio, evitando complicações. Os benéficos não são apenas para o neonato
mais sim para crianças, alguns estudos comprovam que crianças amamentadas tiveram um
rendimento maior do que crianças que não viveram este processo (ANTUNES et al, 2008).
Segundo dados da UNICEF (2008) citados por Cruz e Dalozzo (2008) o período da
amamentação por seis meses de forma exclusiva é visivelmente influenciado pelo nível de
escolaridade, tipo de emprego, estado civil, renda, tipo de parto e estado nutricional da
mulher, associado a um bom atendimento durante o pré-natal com maiores orientações e
informações relacionadas a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida da criança,
com objetivo da redução significativa da taxa de mortalidade infantil na primeira infância
gerando benefícios para toda a sociedade e menor custo para a Saúde Pública.
O aleitamento materno, beneficia, a nutriz, reduzindo o sangramento pós-parto,
devido a liberação de ocitocina na corrente sanguínea ao amamentar, outro beneficio é
prevenção de câncer de mama, pois a mama desta mulher atinge sua maturidade e
funcionalidade (TOMA; REA, 2008).
A informação sobre vantagens da amamentação pode influenciar mães que ainda
não decidiram a forma e os meios da amamentação de seu filho. O aleitamento materno é a
melhor forma de alimentação das crianças recém-nascidas e aponta grandes benefícios
quando continuada até os dois anos de idade e promove benefícios e desenvolvimento
integral para a saúde da criança, nenhum outro alimento é capaz de oferecer ao lactente o
15

que há no leite materno. O leite materno apresenta substâncias que se ajustam


normalmente às necessidades nutricionais dos lactentes (PASSANHA, et al., 2013).
16

2.0 JUSTIFICATIVA

Segundo Boccolini, et al. (2012) a Organização Mundial da Saúde em (2008),


recomenda que se coloque a criança pele a pele com sua mãe após o parto, devendo
permanecer no mínimo por uma hora, com o objetivo de identificar quando seu filho está
pronto para mamar, considerada uma pratica que reduz 22% da mortalidade neonatal e que
quanto mais se prorrogar a amamentação maior o risco de mortalidade neonatal por
infecções. Mais de quatro milhões de bebês morrem nos primeiros 27 dias de vida, isso é
evidenciado nos países mais pobres, assim a promoção do aleitamento materno é um
procedimento de maior eficácia para melhorar as condições da saúde infantil, por isso a
amamentação deve ser incentivada na primeira hora, devendo ser preconizada na rotina
hospitalar.
Considerando a amamentação o período mais importante na vida da mulher e sua
pratica oferece benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, o aleitamento materno
propõe ao bebê alimento, hidratação e uma boa nutrição, promove a saúde e fortalece o
vinculo afetivo do qual se inicia no inicio da gestação e se fortalece com a amamentação. O
aleitamento materno é um processo fisiológico que traz inúmeros benefícios para a
puérpera. A produção de leite materno é estimulada após a saída da placenta, na qual se da
a queda dos níveis de hormônio sendo o estrógeno e progesterona e aumenta os níveis de
prolactina, estimulando a descida do leite pelas glândulas mamárias e é distribuído em três
tipos o colostro, leite de transição e leite maduro. O primeiro é rico em eletrólitos, proteínas,
vitaminas, IGA e apresenta baixo teor de gordura e lactose, é secretado nos primeiros dias
após o parto. O leite de transição composição intermediaria entre o colostro e o leite maduro
a produção se da treze a quatorze dias após o parto. O leite maduro se da após a segunda
quinzena após o parto que é rico em gordura e lactose. A amamentação deve ser iniciada
de forma precoce na primeira hora após o parto e de livre demanda para que a mãe também
se beneficie com este ato, que previne e reduz risco de hemorragias pós-parto, ao liberar
ocitocina, aumentar o período entre gestação e parto, proteger a mulher de câncer de mama
e de ovário, involução uterina mais rápida, diminui sangramento, favorece a redução do
peso (MARTINS; SANTANA, 2013). Diminui risco de anemias, devido a redução de
sangramento pós-parto (ANTUNES et al, 2008).
Por tanto, este estudo propõe um aprofundamento nos benefícios do aleitamento
materno para a mãe e seu bebê, e os fatores que dificultam tantas mulheres de não
amamentarem seus filhos até o tempo do qual é preconizado pelo Ministério da Saúde.
Sendo este processo importante e com inúmeros benefícios para a vida tanto da mãe como
para seu bebê.
17

3.0 REVISAO BIBLIOGRÁFICA

3.1- O aleitamento materno e seus benéficos para a nutriz

Caminha, et al, (2010), apontam o efeito protetor da amamentação para o câncer de


mama, de ovário, osteoporose, risco de artrite reumatoide, retorno ao peso pré-gestacional
mais rapidamente no puerpério e duração da amenorreia lactacional, especialmente quando
a amamentação é exclusiva, aumentando o espaçamento entre as gestações, além da
redução de risco para diabetes tipo 2.
Estudos epidemiológicos realizados em 30 países sobre o padrão do aleitamento
materno, demonstrou-se que quanto maior o tempo de amamentação maior a proteção para
o câncer de mama e mais benefícios são adquiridos, não importando a condição dos países,
se desenvolvidos ou subdesenvolvidos (CAMINHA, et al, 2010).
Em relação ao câncer de ovário, estudos afirmam que o aleitamento materno por 18
meses ou mais está associado com uma significante diminuição no risco de câncer de
ovário, quando comparado com mulheres que nunca tinham amamentado. As mulheres que
amamentam exclusivamente suas crianças em livre demanda, possuem a probabilidade de
98,0% de proteção contra uma nova gravidez por cerca de seis meses pós-parto, isso se
deve ao benefício que a amamentação tem no efeito contraceptivo do aleitamento materno
que decorre das alterações no padrão da secreção do hormônio luteinizante (CAMINHA, et
al, 2010).
O vínculo emocional da amamentação é tão grande que sua autoestima é elevada e a
amamentação se torna motivo de orgulho, além das vantagens na diminuição da carga de
trabalho com a preparação da alimentação do bebê, a recuperação física do pós-parto é
mais rápida, o vínculo afetivo é estimulado, o leite no peito não estraga, está na temperatura
ideal, o custo de uma dieta para a mãe que amamenta é inferior ao custo de alimentar um
bebê com leites industrializados, não há necessidade de gastos com utensílios para
alimentar o bebê, e os gastos com consultas médicas, remédios, exames laboratoriais e
hospitalizações são reduzidas tendo as mães e seus bebês mais saudáveis (ZERGER E
GRAZZIOTIN, 2008).
Estudos apontam que o favorecimento da pratica de amamentação traz grandes
benefícios para uma perda de peso mais rápida no período puerperal (PEREIRA, et al.,
2013).
Zerger E Graziontin (2008), cita em seu estudo que há uma relevante importância em
aprofundamentos nas pesquisas sobre os benefícios do aleitamento materno para a criança,
e que o aleitamento materno não é somente fonte de nutrição, mas também é considerado
18

um “remédio” natural para a para a saúde da mãe, associado ao prazer da amamentação


reduzindo riscos no pós-parto e puerpério.

3.2 - Benefícios do aleitamento materno para a criança

Sustenta-se que a amamentação é um fator de prevenção da mortalidade infantil,


devendo ser iniciada precocemente, apontando a relevância do contato pele a pele para a
prevenção de hipotermia e sustenta em seu estudo que o aleitamento materno de forma
exclusiva auxilia nos mecanismos metabólicos do recém-nascido (TOMA E REA, 2008).
Segundo Cruz E Dalozzo (2008), o aleitamento materno não é somente uma fonte de
nutrição para a criança, mas um ato de afeto físico e carinho para com o corpo da mãe, pelo
qual sacia a fome e fornece fonte de amor, proteção e segurança possibilitando
tranquilidade e confiança para gerar adultos mais seguros.

3.3- Tipos de leite e suporte nutricional para lactente.

Costa, et al (2013) cita em seu artigo, que o leite materno contém anticorpos
maternos que promovem transferência imunológica da mãe para o filho, protegendo-o contra
várias doenças, ressalta ainda que o efeito mais importante da amamentação é a redução
da mortalidade infantil. O leite materno é considerado um alimento barato e seguro para a
alimentação do bebe e de crianças até os dois anos de idade (LEVY E BERTOLO, 2008).
A alimentação adequada é fundamental para um crescimento saudável que somente
é alcançado com uma boa nutrição. No início da vida, o leite humano é indiscutivelmente o
alimento que reúne as características nutricionais ideais, com adequada quantidade de
nutrientes, além de desenvolver inúmeras vantagens imunológicas e psicológicas,
importantes na diminuição da morbidade e mortalidade infantil. A amamentação é, então,
importante para a criança, para a mãe, para a família e para a sociedade em geral
(MARQUES; et al., 2004).
Toma E Rea (2008), apontam que o colostro deve ser indispensável para a
maturação do intestino e também apresenta proteção contra agentes patogênicos.
A amamentação é uma forma de nutrição mais adequada para suprir as
necessidades de uma criança até o sexto mês de vida, esse ato reduz mortes por diarreias,
infecções agudas e doenças infecciosas, quando amamentadas adequadamente (ALMEIDA
E FRANCO, 2012).
19

3.4- Os obstáculos encontrados pela nutriz na a prática de amamentação

A decisão de amamentar da mulher está interligada a sua história de vida e ao


significado que atribui a este ato. Dessa forma, essa opção pessoal pode ser influenciada
pelo aspecto emocional, social, cultural e econômico desse sujeito A experiência de já ter
amamentado outros filhos ajuda nessa decisão pelo aleitamento, principalmente tendo sido
uma vivência positiva. O fato de ter parentes ou amigas que estão ou já amamentaram
também colabora, bem como ter sido amamentada por sua mãe (PEREIRA, 2013).
Várias pesquisas sustentam que o apoio e suporte familiar, principalmente do marido
e da mãe, são fatores importantes na escolha da alimentação da criança, a presença e
ajuda do marido em casa colaboram positivamente para a prática do aleitamento. Além
disso, a aprovação e as atitudes do esposo em relação ao aleitamento materno são
consideradas pelas mulheres na decisão de amamentar ou não (CHAVES, et al, 2007).
A amamentação é uma prática milenar com reconhecidos benefícios nutricionais,
imunológicos, cognitivos, econômicos e sociais. Tais benefícios são aproveitados em sua
plenitude quando a amamentação é praticada por pelo menos 2 meses de vida. Estudos
nacionais mostram que, apesar da tendência de melhoria, os índices de aleitamento
materno no Brasil estão muito abaixo dos considerados ideais pela Organização Mundial da
Saúde (PEREIRA, et al., 2013).
O estudo de variáveis demográficas, socioeconômicas, associadas à assistência à
saúde e aos hábitos materno-infantis de uma população pode ser de grande utilidade para o
conhecimento dos fatores relacionados ao tempo do aleitamento materno exclusivo ou
complementado. Assim, podem ser importantes ferramentas no intuito de elevar os índices
de aleitamento materno em nosso país. Entretanto, diferenças regionais na prática da
amamentação reforçam a necessidade de diagnósticos focais que direcionem a tomada de
medidas de intervenção visando apoiar, promover e proteger o aleitamento materno
(CHAVES et al, 2007).
O conhecimento científico sobre amamentação comprova as propriedades ímpares
do leite humano e traz esclarecimentos sobre o processo da lactação. Entretanto, a
amamentação não se esgota apenas em fatos biológicos, mas abrange dimensões
construídas cultural, social e historicamente. Lacunas na construção desse saber podem ser
observadas na medida em que somente nas últimas décadas a amamentação passa a ser
vista também como uma prática social e culturalmente construída (CHAVES et al, 2007).
Marques et al (2008), afirma que mães que referem que seu leite é fraco não
amamentam de forma correta seu bebê, pois o leite insuficiente é um tabu, gerada por
mamadas insuficientes, fazendo com que a bebê perda o leite posterior que é rico em
20

energia ficando com fome, agitado e querendo mamar várias vezes, isso se dá por não
ocorrer o total esvaziamento da mama, acarretando o desmame precoce.
Galvão (2011), refere que a lactação é considerada um processo normal fisiológico e
natural, e que em alguns países o único método de garantir uma sobrevida e crescimento
saudável do bebê é a amamentação e afirma que o único empecilho na dificuldade de
amamentar é o fator de não colocar o bebê na posição adequada para a amamentação.
Pesquisa realizada por SILVA et al (2012), refere que o ato de amamentar é para
muitas mulheres considerado como uma pratica de difícil desempenho, enfatizada pela
ansiedade referida como “perda de tempo”, sendo imprescindivelmente o apoio e ajuda de
familiares e profissionais da saúde e do pai do recém-nascido, esse devendo dispor de
ajuda integral a saúde da esposa e da criança.

A figura acima é referente a Iniciativa Mundial sobre Tendências em aleitamento


materno aponta que o Brasil é o último colocado na situação de apoio a amamentação
dentre os 14 países da América Latina e Caribe. Refere que a consequência é de que nem
as crianças e nem as suas mães, aproveitam de seus benefícios a curto e longo prazo
(Organização Pan-Americana da Saúde, 2013).
21

3.5 - Programas e incentivo ao aleitamento materno

Estudos referem que são muitos os benefícios para uma efetiva ação na divulgação
dos benefícios da amamentação, as tentativas de uma melhor adesão nesta pratica é o
desempenho de programas realizados pelo Ministério da Saúde (OLIVEIRA et al., 2010).
Em 1981, foi criado o programa Nacional de Incentivo ao aleitamento Materno, com
ações no setor de Saúde, comunicação e educação com articulação da sociedade civil,
divulgando-se os benefícios dessa pratica para o bebê com o tema: “Aleitamento materno:
seis meses que valem uma vida”. “Amamente: a saúde de seu filho depende de você”. O
objetivo era a redução da mortalidade infantil (OLIVEIRA et al.,2010).
Em 1991, foi criado a WABA (Word Alliance for Breastfeeding Oction), lançando a
cada ano um tema para a Semana da Amamentação. Em 1996 foi “Amamentação:
Responsabilidade de todos”, mostrando a amamentação um ato de força e prazer para a
mulher não sendo a mesma a única responsável pelo sucesso ou fracasso da amamentação
(OLIVEIRA et al., 2010).
Em 1992, criado pela UNICEF, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC),
mobilizando os serviços obstétricos para a adoção dos Dez Passos para o sucesso do
Aleitamento Materno. Em 1999, desenvolveu-se no estado do Rio de Janeiro uma iniciativa
com apoio do IHAC, por meio de uma revisão sistemática a duração do aleitamento materno
por meio de grupos de apoio e visitas domiciliares a gestantes, mães e famílias com foco
nas orientações de manejo da amamentação e os riscos do uso de bicos e alimentação
artificial (OLIVEIRA, et al, 2010).
A Campanha Nacional de Amamentação realizada em, 07/08/2014, e teve como
objetivo o incentivo da amamentação para crianças até os dois anos de idade, sendo o
mesmo exclusivo até o sexto mês de vida, apontando que o leite materno apresenta todo
nutriente que a criança precisa até os seis meses de vida, apresenta água, e protege contra
doenças como: diarreias, infecções respiratórias e processos alérgicos e possibilita o vínculo
mãe e filho. O coordenador da Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, destacou que “a
amamentação auxiliou o Brasil a atingir o objetivo do milênio de redução da mortalidade na
infância, antes do tempo previsto, alcançando o reconhecimento da Organização Mundial de
Saúde (OMS) (BRASIL, 2014).
O Ministro da Saúde ressalta a importante participação e envolvimento de toda
sociedade, inclusive de empresas para o auxílio do aleitamento materno exclusivo até os
seis meses de vida, adotando medidas com o apoio de salas exclusivas para amamentação,
capacitação para profissionais de saúde e destaca o esforço do Ministério da Saúde em
manter e favorecer a cultura de aleitamento materno presente em toda a sociedade, refere
que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) a Estratégia Saúde da Família (ESF) e toda a
22

rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), que realizam campanhas, ações e
orientações as mães para o aleitamento materno seja desenvolvido permanentemente
(BRASIL, 2014).
A OMS sempre com o intuito de combater o desmame precoce e contribuir para o
crescimento saudável da criança, estabelece incentivo junto a UNICEF, emitiram a
“Declaração de Innocenti”, um conjunto de medidas para promoção, proteção e apoio ao
AM, “Os Dez Passos para o Sucesso do AM”
1 – Ter uma norma escrita sobre o AM, que deve ser rotineiramente transmitida a
toda equipe de cuidados de saúde.
2 – Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar essa norma.
3 – Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do AM.
4 – Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento.
5 – Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem
a ser separadas de seus filhos.
6 – Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite
materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.
7 – Praticar o alojamento conjunto permitir que as mães e bebês permaneçam juntos
vinte e quatro horas por dia.
8 – Encorajar o aleitamento sob livre demanda.
9 – Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.
10 – Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde a
mãe deverá ser encaminhada, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.
Segundo Almeida et al em 2008, aponta em seu artigo o empenho da OMS
associada a UNICEF o combate contra o desmame precoce abordando um estudo de
pesquisa de campo referente a aplicação dos dez passos para o sucesso do AM, como
resultado da pesquisa aponta que há dificuldades da implantação dos passos 2, 5 e 10,
referindo grandes dificuldades na promoção ao AM, mostrando que somente 81.63 % das
mulheres amamentam seus filhos no período de alta hospitalar, referido também que as
orientações da amamentação de livre demanda não deve ser atribuída a restrições de
horários, aponta que as orientações ainda são realizadas de forma errônea quando a
orientação é baseada sob livre demanda, na qual não se deve impor que a mãe amamente
seu filho de tantas e tantas horas. Afirma que no Brasil a maioria das mulheres iniciam a
pratica de amamentação, mas observa que uma grande parte das crianças não se
encontram em amamentação exclusiva já no seu primeiro mês de vida, contrariando o que é
preconizado pela Organização Mundial da Saúde (ALMEIDA; et al, 2008).
23

Marques, et al (2008), mostrou em seu artigo as dificuldades de amamentação em


adolescentes que apresentam faixa etária entre 10 a 19 anos, faixa etária determinada pela
OMS. O estudo foi realizado em base de coleta de dados das mães adolescentes, idade e
tipo de parto, grau de escolaridade e número de filhos, realização de consultas pré-natal
utilizando o Programa de Amamentação Exclusiva (PROAME). No qual observou que as
adolescentes apresentam mais dificuldades na pratica da amamentação nos primeiros dias,
com dificuldades na pega e a posição para a prática, condições da mama como fissuras e
ingurgitamento, constatado que as dificuldades na amamentação não são isoladas uma se
torna consequência da outra, favorecendo o abandono da prática. Essas dificuldades tornam
as mamadas pouco eficientes não possibilitando o esvaziamento das mamas, fazendo com
que a criança perda o leite posterior rico em energia, ficando o bebê agitado e com fome
frequentemente necessitando de maior número de vezes de mamadas. Essas falhas
acarretam que as mães tenham um entendimento desfavorável a prática de amamentação
da qual referem-se aos tabus, ter leite fraco, leite insuficiente ou pouco leite ou até mesmo a
própria criança não aceitar mais o aleitamento materno. Constatou que mesmo as
adolescentes que realizaram pré-natal apresentavam dificuldades para a pratica de
aleitamento materno. Ressalta que as mesmas receberam as informações necessárias, mas
não estão sendo assimiladas necessitando incutir novos valores a vida dessas mães elas
necessitam ter compreensão e apoio do profissional, com tantas dificuldades esse
profissional deve ser habilitado para tal prática.

3.6 Aleitamento materno favorecendo a redução da obesidade infantil

Existem várias hipóteses de que o aleitamento materno teria um efeito protetor


contra a obesidade e não é recente. Contudo, resultados controversos têm sido
encontrados, e o tema permanece extremamente atual, principalmente frente ao importante
aumento que vem sendo observado na prevalência da obesidade. Estudos apresentam o
desfecho na forma de prevalência de sobrepeso ou obesidade que devem ser mais
valorizados do que aqueles que apresentam simplesmente valores médios do índice de
massa corporal (IMC). Este artigo aponta que é possível que o aleitamento materno reduza
os dois extremos, tanto o de sobrepeso quanto o de baixo peso, o que resultaria em uma
redução na prevalência do sobrepeso, mas não em uma diferença no IMC médio (BALABAN
e SILVA 2004).
Pesquisas apontam que existe uma menor probabilidade para a obesidade entre
crianças que foram amamentadas e as que não foram, as que foram utilizaram o método de
24

aleitamento exclusivo até o sexto mês de vida, ficando evidente que o aleitamento exclusivo
favorece uma redução significativa na redução da obesidade infantil (PEREIRA, 2013).

3.7-Responsabilidades do profissional enfermeiro

É responsabilidade do profissional de saúde identificar durante o pré-natal os


conhecimentos, a experiência prática, as crenças e a vivência social e familiar da gestante
para uma boa qualidade da promoção, educação em saúde para o aleitamento materno,
podendo assim, garantir a vigilância e a efetividade durante a assistência a nutriz no pós-
parto. Com essa visão iniciou-se um processo de conscientização dos profissionais de
saúde enfatizando a responsabilidade de todos na promoção, incentivo e apoio ao
aleitamento materno (COSTA; et al 2013).
Em muitos momentos a amamentação faz com que a nutriz se apresente dolorosa,
tanto no aspecto físico quanto psicológico. O profissional de saúde precisa estar preparado
para assistir a mulher nessas dificuldades o que inclui a habilidade para se comunicar
(REZENDE et al, 2002).
Brandão, et al (2011), enfatiza que cabe ao enfermeiro a orientação para as mães
sobre todos os benefícios do aleitamento materno exclusivo, orientações estas que devem
ter início já nas primeiras consultas de pré-natal e que este profissional deve destacar-se
pela sua comunicação para uma boa condução de acolhimento e detectar as expectativas
das gestantes, para assim promover a adesão das mães para a pratica de amamentar.
A maternidade é um local para se revisar ou ensinar às mães os conceitos básicos
sobre o inicio e a manutenção da amamentação, já abordados no pré-natal, e a atuação do
enfermeiro no puerpério é importante para colocar em execução e melhorar a qualidade da
amamentação. Uma mulher bem preparada no pré-natal conseguirá entender a importância
dessa prática e a executará com sucesso, sendo papel do enfermeiro apenas de auxiliá-la,
já que houve a preparação durante a gestação. (CECATTI et al, 2004).
O profissional de enfermagem tem o importante papel de desempenhar uma relação
de total confiança com a mãe, para que a mesma aumente sua autoestima e confiança para
a pratica de amamentar, possibilitando que ela seja independente, após ser bem treinada e
orientada para o cuidado com o bebê, as informações transmitidas por esses profissionais
podem ter uma grande influência para a amamentação, ressaltando-se a importância do
treinamento e o aperfeiçoamento desse profissional (ZERGER E GRAZZIONTIN, 2008).
25

4.0 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

 Propor recomendações de práticas benéficas para o aleitamento materno.

4.2 Objetivos Específicos

 Identificar os benefícios do aleitamento para a nutriz e o lactente.


 Identificar causas do desmame precoce.
26

5.0- MATERIAL E MÉTODO

Identificação ou pergunta do estudo


Quais são as práticas realizadas pelas nutrizes que beneficiam o aleitamento
materno e quais são as prejudiciais?

5.1- Busca da literatura

Foi realizada a busca através da base de dados LILACS e biblioteca eletrônica


SCIELO usando os seguintes descritores: aleitamento materno, lactação, benefícios,
enfermagem.

5.2- Seleção da literatura

Foram utilizados os seguintes critérios de seleção para inclusão e exclusão da


amostra:
 Documentos primários;
 Documentos com textos na íntegra e disponíveis online;
 Documentos que apresentam o texto no idioma português.
Durante a busca foram encontrados na literatura 13 artigos somente na base de
dados LILACS, onde se excluiu 6 artigos, sendo os motivos de exclusão:
 Três por não ser um documento primário;
 Dois por não estarem no idioma português;
 Um por não ter o texto disponível online;
A amostra final advinda da base de dados LILACS foi de sete documentos primários.
Na busca realizada através da biblioteca eletrônica SCIELO foram encontrados os mesmos
documentos recuperados no LILACS.
27

5.3- Resultado e discussão das bases de dados utilizadas

BASE DE DADOS:
LILACS
SCIELO

TOTAL DE LEITURA DOS


ESTUDOS TÍTULOS E RESUMOS
LILACS 13
SCIELO 3

SCILEO 3
LILACS ARTIGOS EM
EXCLUÍDOS 6 ARTIGOS DUPLICATA DO
3-SECUNDÁRIOS LILACS
2 - POR NÃO
APRESENTAR NO IDIOMA
PROTUGUÊS
1- POR NÃO TER TEXTO
DISPONÍVEL ONLINE

TOTAL DA AMOSTRA
7 ARTIGOS

Figura 2: Trajetória de busca dos documentos


28

Foi realizada a leitura dos 7 artigos selecionados que correspondem aos objetivos, e
elaborados quadros sendo intitulados os artigos por estudos de 1 a 7. Neste quadro foi
descrito título, objetivo, metodologia e resultados. A partir da leitura dos artigos foram
divididos em três temas: 1- vivencias em relação a amamentação onde estão incluídos três
estudos, 2- contribuição e incentivo ao aleitamento materno onde estão incluídos dois
estudos, 3- prejuízos do desmame precoce onde estão incluídos dois estudos, para a
realização da discussão dos estudos.
Dos 7 artigos selecionados 4 tiveram abordagem qualitativa, 2 uma abordagem
quantitativa e 1 foi relato de caso. Dentre os artigos selecionados foram observados o tipo
de revista, o ano de publicação e o QUALIS apresentado pela revista. O QUALIS é um
método utilizado para a avaliação dos periódicos realizados pela Coordenação de
Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES). Da qual é utilizado os critérios de
avaliação por sete estratos: A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5, C. o estrato A1 obtêm o maior peso
100, e o estrato C é o de menor valor 0 (ERDMANN, et al, 2009).
Conforme busca realizada para obter a classificação com o QUALIS foi encontrados:
QUALIS de A2 a B3, os tipos de revista encontrados foram: Enfermagem, Saúde Materno
Infantil e Saúde Coletiva, e os anos de publicação foram: de 2004 a 2012.

Tabela 1: Artigos selecionados para a amostra de acordo com o nome da revista e


classificação Qualis Capes. Bragança Paulista, 2015.

ESTUDO REVISTA ABORDAGEM ANO QUALIS


Estudo 1 Ciência Cuidado e Saúde Enfermagem 2010 B2
Estudo 2 RENE* Enfermagem 2006 B2
Estudo 3 Escola Anna Nery Revista Enfermagem 2009 B1
de Enfermagem
Estudo 4 HCPA° Enfermagem 2007 B3

Estudo 5 Brasileira de Saúde Saúde materno infantil- 2004 B1


Materno Infantil enfermagem
Estudo 6 Saúde Pública Saúde coletiva 2012 A2
Estudo 7 Arquivo de Ciências da Ciências biomédicas e 2007
Saúde UNIPAR• saúde B3
*Revista da rede de Saúde do Nordeste.
° Revista do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.
•UNIPAR- Universidade Paranaense
29

Quadro 1: Descrição das características do estudo 1 inserido no tema vivências em relação


a amamentação. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 1: Marques, D. M.; Pereira, A. L. Amamentar: sempre benefícios, nem sempre


prazer. Ciên. Cuid. Saúde; 9(2): 214-219, abr.-jun. 2010.
OBJETIVO (s): tem-se por objetivo descrever os significados que as mulheres atribuem ao
aleitamento materno e analisar suas repercussões na vida delas.

METODOLOGIA: um estudo descritivo de abordagem qualitativa baseado no relato de 20


mulheres sobre suas percepções acerca do atual processo de aleitamento materno. Para
determinar o tamanho da amostra do estudo utilizou-se a ferramenta conceitual
denominada “saturação teórica” e os depoimentos foram trabalhados por meio da análise
temática

RESULTADOS: Constatou-se que a ideia instintiva e prazerosa da amamentação não é


realidade para três das mulheres e que as entrevistadas usualmente consideram
importante a lactação, porém cerca de 43% dos filhos com menos de seis meses já não se
encontravam em aleitamento materno exclusivo por falta de orientações durante o pré-
natal, sobre a importância do aleitamento.

CONCLUSÕES:
 Amamentar converge para uma prática voltada essencialmente às necessidades da
criança;
 A motivação pessoal da mãe, embasada no fortalecimento do binômino mãe-filho ou
na ideia de obrigação de amamentar, parece ser o fator que mais fortalece essa
prática;
 Um profissional para atender cada nutriz para entender as peculiaridades do
aleitamento;
30

Quadro 2: Descrição das características do estudo 2 inserido no tema vivências em relação


a amamentação. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 2: Brito, R. S. de; Oliveira, E. M. F. de. Opinião do pai sobre o aleitamento materno.
Rev RENE; 7(1): 9-16, jan.-abr. 2006.
OBJETIVO (s): verificar a opinião do pai acerca do aleitamento materno

METODOLOGIA: estudo exploratório- descritivo, de abordagem qualitativa, desenvolvido


em três unidades de saúde, participaram da pesquisa 13 pais que acompanhavam seus
filhos ao serviço de saúde, homens que coabitassem com suas companheiras, foi utilizado
um instrumento de investigação, um roteiro de entrevistas pré-testado.

RESULTADOS: os pais atribuíram importância à lactação, relacionando-as ao filho e a


companheira. Com relação à criança, constatamos conhecimento acerca dos benéficos do
leite materno como um alimento nutritivo, que promove o crescimento-desenvolvimento
infantil, determina a saúde atual e estabelece o vinculo entre mãe-filho. Quanto a
companheira, os entrevistados referiram que a amamentação além de contribuir para o
estabelecimento do vinculo afetivo entre lactente e progenitora, também favorece a
realização da maternidade.

CONCLUSÕES: afirmamos que os pais demonstram opiniões positivas acerca da


amamentação, os quais podem favorecer a promoção e contribuir para o sucesso do
aleitamento natural.
31

Quadro 3: Descrição das características do estudo 3 inserido no tema vivencias em relação


a amamentação. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 3: Silva, R. V. da; Silva, Isília Ap. A vivência de mães de recém-nascidos


prematuros no processo de lactação e amamentação. Esc. Anna Nery Rev Eferm; 13(1):
108-115, jan.-mar. 2009.

OBJETIVO (s): compreender a vivência da amamentação de mães de recém-nascidos


prematuros durante a internação de seus filhos e como objetivo específico descrever a
performance de amamentação e condições de suas mamas e lactação, por ocasião da alta
dos filhos

METODOLOGIA: Participaram do estudo 11 mulheres, mães de bebês prematuros


internados na Unidade Neonatal do HU-USP. A entrevista semiestruturada possibilitou a
elaboração de oito Discursos do Sujeito Coletivo listados em dois blocos com os seguintes
temas: “Lactação e amamentação” e “Contexto hospitalar e doméstico”.

RESULTADOS: possibilitaram de compreensão de que as mães deste estudo vivenciam


um processo de avaliação contínua das condições de saúde, crescimento e
desenvolvimento da criança, que contribui para sua motivação para amamentar e direciona
suas ações no prosseguimento da amamentação.

CONCLUSÕES: embora a amamentação exclusiva ao peito seja um objetivo almejado,


tanto pela mãe do prematuro como pela equipe, constatamos em nosso estudo que poucas
mulheres amamentavam seus bebês ao peito, sem a necessidade de complemento lácteo,
por ocasião da alta. Embora fossem consideradas aptas para lactar e amamentar, o que foi
constatado no exame físico das mamas, verificamos que todas as mulheres do presente
estudo exteriorizaram algum tipo de dificuldade para manter a produção láctea e
amamentar seu bebê prematuro. O conteúdo dos discursos também aponta para a
importância da atuação da equipe no desenvolvimento de segurança e confiança no
cuidado com a criança, no qual a qualificação da assistência reside na capacidade de
acolhimento às necessidades maternas na mesma medida do que ela espera de seu
contexto familiar e entorno social.
32

O estudo1 se refere a opinião da mãe sobre o aleitamento materno, visando o que as


leva a amamentar. De acordo com este estudo a mulher tem o querer e o poder de
amamentar, umas que não aderem a esta prática e outras que tem dificuldade no desmame
após o tempo certo de amamentação, que elas se sentem excluídas quanto mulheres do
processo de lactação e que somente empenham o papel de mãe, apenas visa a
necessidade da criança não abordando as peculiaridades da mulher. Amamentar vai além
do saber científico insere-se num contexto histórico, sociocultural e fisiológico. A percepção
de amamentação esta relacionada a valores e crenças internas da mulher que
provavelmente resultam no sucesso ou insucesso da amamentação. Há diferentes relatos
sobre a visão da amamentação, podendo ser um processo enaltecedor entre mãe e filho, ou
até mesmo o desejo de não amamentar, muitas vezes o aleitamento materno é considerado
um atributo natural da mulher fazendo com o que ela se sinta obrigada a amamentar,
sentindo que é uma prática voltada somente para a criança. Muitas vezes a amamentação
faz o fortalecimento do binômio mãe e filho, ou apenas a obrigação de amamentar pois é um
instinto da mulher. Deve se observar as dificuldades de cada mulher aplicando-se um
cuidado holístico para interferir e melhorar esse processo e as ações voltadas para a mulher
de forma individualizada (MARQUES; PEREIRA, 2010).

O estudo 2 se trata da opinião do pai e sua participação no aleitamento materno, ele


enxerga que o apoio a mãe logo após o nascimento é fundamental para o aleitamento
materno exclusivo. Que a amamentação é essencial no sentido de garantir crescimento e
desenvolvimento e estruturar vinculo mãe/filho. Que o processo de lactação promove
mudanças nas rotinas devido as necessidades dos bebês, que os pais apresentam alguns
sentimentos como o de bem-estar, frustração e exclusão por não ser praticante ativo no
processo de amamentar. E que a participação do pai influencia diretamente o sucesso ou o
fracasso da amamentação, o pai é a pessoa ideal para ajudar na amamentação pois é uma
das pessoas que a nutriz mais confia. A visão do pai sobre o aleitamento materno: como
alimento nutritivo pois contêm todas as vitaminas e nutrientes que o bebê necessita, e ele
sabe que o leite materno influencia o crescimento e desenvolvimento dos bebês ,previne
doenças de momentos e futuramente e que serve como um antibiótico, o pai também
observa que amamentar deixa a mãe mais satisfeita que melhora o contato mãe/filho
melhora o vinculo com o bebê, que além de benéficos fisiológicos para o bebê existem o
benefícios psicológicos e emocionais para mãe, por último observa o aleitamento materno
um benefício financeiro e prático, pois não se “gasta dinheiro e já vem pronto para o bebê
mamar”(BRITO; OLIVEIRA, 2006).
Já o estudo 3 se dispõe sobre vivencias da amamentação da mãe quando seus filhos
estão na UTI neonatal, nos relatos das mães elas observam que com a falta de estímulo o
33

leite dela ia diminuindo, e que ela ficava nervosa estressada esse processo diminuía mais
ainda o leite, ela percebeu que o contato com o bebê o leite saia sozinho, somente ao
chegar perto dele. Para que a amamentação continue a mãe precisa se sentir segura e
receber orientação dos profissionais e o apoio da família (SILVA; SILVA, 2009).
Fatores como a saúde do filho e a demora de internação na UTI diminuem ainda
mais a probabilidade de amamentar. A mulher não sente prazeroso, o ato de amamentar,
devido a dificuldade do bebê de sugar o que diminui ainda mais o leite. A mulher se deixa de
lado para ser provedora do alimento, para gerar bem-estar a seu bebê. A mãe percebe que
o leite materno é essencial para o bebê, tornando a amamentação essencial para a saúde
do filho, e que o marido deve ter importante ajuda neste processo com o apoio (SILVA;
SILVA, 2009).
Pode ser observado que os três estudos tinham os relatos das vivências de
amamentação de formas diferentes, porém todos os estudos apontavam somente para uma
vertente, os benefícios que amamentar gera para o bebê. Mesmo na opinião do pai em
todos os momentos ele sempre relatava a importância do leite materno para a criança, o
estudo 1 mostra que a mãe fica esquecida como mulher, sendo apenas mães, já o estudo 3
relata que as mães dão mais importância para o aleitamento materno pois há maior
necessidade do bebê devido os benéficos do leite. Com toda essa abordagem se percebe
que a mulher é um ser coadjuvante para este processo: lactação, pois o ser mais importante
e beneficiado com essa prática é o bebê (MARQUES; PEREIRA,2010. BRITO; OLIVEIRA,
2006.SILVA; SILVA, 2009).
Os estudos apresentam a vivência sobre o ato de amamentar que muitas vezes ele é
feito por razões voltadas para o lactente, do que a opinião da mãe, se pode observar
diferentes olhares que as nutrizes apresentam para a amamentação, pois as que tem filhos
a termo tratam a amamentação como obrigação ou apenas uma prática para realizar as
necessidades dos seus bebês, já as que tem filhos prematuros o processo de lactação e o
de amamentar são partes do próprio tratamento de seus filhos, isso pois essas mulheres
são estimuladas a produção de leite para privilegiar os seus bebês. A opinião do pai é muito
importante, pois ele e um facilitador e orientador da amamentação, dentre os estudos as
mães demostram que o pai é sua “válvula de escape” e que sua ajuda facilita muito o
processo de lactação, e na própria opinião do pai ajudando a mulher nesse processo se
sente parte dele pois muitas vezes por não ser um ser ativo se sente excluído (MARQUES;
PEREIRA,2010. BRITO; OLIVEIRA, 2006.SILVA; SILVA AP, 2009).
34

Quadro 4: Descrição das características do estudo 4 inseridos no tema contribuição e


incentivo ao aleitamento materno. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 4: Carvalho, C. M. de; Bica, O. S. C.; MOURA, G. M. S. S. de. Consultoria em


Aleitamento Materno no Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Revista HCPA, vol. 27 nº 2,
Porto Alegre, 2007.
OBJETIVO (S) neste trabalho, desejamos compartilhar a experiência adquirida em 7 anos
de atuação junto às duplas mãe/bebê como enfermeiras facilitadoras do aleitamento
materno.

METODOLOGIA: relato de caso

RESULTADOS: favorecer a ligação entre mãe e filho, orientação precoce aos pais, liberação
de visitas, envolver a mãe ao inicio da ordenha, orientá-la e auxiliá-la quanto e aposição e
pega do bebe

CONCLUSÕES: A orientação, o auxílio e o apoio na resolução das dificuldades de


amamentação são fundamentados no referencial teórico pertinente e atualizados e no
conhecimento advindo da experiência diária nessa atividade. Além do conhecimento teórico
e prático, é imprescindível aliar a sensibilidade da consultora em identificar a maneira mais
adequada de abordagem de cada dupla. É importante a inclusão da família nesse processo,
já que seu apoio é fundamental para o sucesso da amamentação. Fundamentalmente,
nossa função é encontrar um espaço ao lado da dupla mãe/bebê, auxiliando a mãe a se
fortalecer para lidar com pressões, promovendo a sua confiança e autoestima e preparando-
a para a tomada de decisões.

O estudo 4 aponta os benefícios do leite materno e do ato de amamentar, que além


de terem propriedades nutricionais e proteção contra infecção e favorece vínculo afetivo
entre mãe e filho. A amamentação é considerada como um fator de principal base de saúde
mental do indivíduo (CARVALHO; BICA; MOURA, 2007).
Mesmo com o reconhecimento dos benefícios do aleitamento materno, essa pratica
vem sendo deixada acarretando consequências comportamentais ao longo do tempo
relacionado ao aumento da morbimortalidade e desnutrição infantil (CARVALHO; BICA;
MOURA, 2007).
Muitas mulheres acreditam que a amamentação está diretamente relacionada ao
parto e não terão nenhum tipo de dificuldades. Portanto, enfatizam a necessidade de
35

informações básicas para desenvolver a prática e o sucesso para amamentar (CARVALHO;


BICA; MOURA, 2007).
Os profissionais de saúde devem facilitar o processo de aprendizagem e adaptação
da mulher neste período. Na década de 80, surgiu nos Estados Unidos o profissional
consultor em lactação, com a proposta de reverter o declínio nas taxas de amamentação,
esse profissional deve ser um especialista e treinado para orientar e resolver as dificuldades
referentes a amamentação (CARVALHO; BICA; MOURA, 2007).
Em 1996, no Hospital de Porto Alegre surgiu a consultora em lactação como parte da
Iniciativa Hospital Amigo da Criança, como membro da equipe tinha a função de promover,
proteger e apoiar o aleitamento materno, o grupo é composto por duas enfermeiras com
dedicação exclusiva e uma nutricionista com dedicação parcial, facilitando assim as
orientações referentes as dúvidas e insegurança das mães (CARVALHO; BICA; MOURA,
2007).
Os profissionais devem ser treinados para auxilio nas dificuldades que são
relativamente as mais procuradas pelas consultoras em amamentação que são: dificuldades
na pega devido as características da mama, dor, traumas, ingurgitamento, fadiga materna,
produção do leite aparentemente inadequada, falta de conhecimento, alterações de sucção
do recém-nascido e separação do binômio mãe e filho, a falta de experiência, e insegurança
frente ao choro da criança fazem as mães terem a necessidade de apoio para a prática de
amamentação (CARVALHO; BICA; MOURA, 2007).
O estudo 4, ressalta que as mulheres acreditam que o ato de amamentar esteja
diretamente relacionado ao parto e não terão dificuldades para a prática de amamentar,
sendo assim pesquisadores acreditam na necessidade de orientações básicas para o
sucesso da amamentação e com esse objetivo surgiu os profissionais de consultoria em
amamentação com a função de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Tendo
como percursor o Hospital Amigo da Criança. Os consultores devem ser treinados para
saber orientar as mães em suas diversas dificuldades e dúvidas relacionadas a
amamentação (CARVALHO; BICA; MOURA, 2007).
O estudo ressalta a necessidade de enfocar aos profissionais de saúde e a toda
sociedade para realização de trabalhos e a divulgação dos mesmos, como contribuição para
o aumento das expectativas nos índices da amamentação materna, o estudo 4, comprova
que mesmo com as campanhas o reconhecimento e a comprovação dos benefícios do
aleitamento materno a prática da amamentação vem sendo deixada, causando prejuízos a
saúde (CARVALHO; BICA; MOURA, 2007).
36

Quadro 5: Descrição das características do estudo 5 inserido no tema contribuição e


incentivo ao aleitamento materno. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 5: Cecatti, G.; Araujo, A. S.; Osis, M. J.; S, L. C.; Faúndes, A. Introdução da
lactação e amenorreia como método contraceptivo (LAM) em um programa de
planejamento familiar pós-parto: repercussões sobre a saúde das crianças. REV. Bras.
Saúde materno infantil; 4(2): 159-169, abr.-jun. 2004.
OBJETIVO (S): avaliar o efeito da introdução da lactação e amenorreia como método
anticoncepcional sobre a saúde da criança em um programa puerperal.
METODOLOGIA: pesquisa operacional que avalia a duração do aleitamento materno total
e exclusivo, e alguns indicadores de saúde das crianças até um ano de idade, antes e após
a introdução da LAM como método oferecido às mulheres no pós-parto, com reforços
educativos sobre amamentação e planejamento familiar. Foram incluídas 698 mulheres que
tiveram pré-natal e parto no Instituto Materno Infantil de Pernambuco dividida em: Grupo A,
que recebeu assistência antes e B, após a intervenção. Na análise estatística utilizaram-se
o teste Qui-Quadrado, análise de sobrevivência e regressão logística de Cox;

RESULTADOS: o Grupo A teve 85,6% de episódios mórbidos até 12 meses e o Grupo B


72,1%. O número de internações foi mais que o dobro para as crianças do Grupo A. O
peso, a estatura das crianças aos 12 meses e as taxas acumuladas de aleitamento
materno.
CONCLUSÕES: esta intervenção educacional associa-se a melhores resultados infantis e
pode ser aplicada em outros serviços também pelos benefícios à saúde das crianças.

O estudo 5 se trata da introdução do aleitamento materno exclusivo como método


contraceptivo, este estudo mostra que com isto, se induz o aumento dos intervalos
gestacionais, previne novas gestações em seis meses e reduz a entrada de novos métodos
contraceptivos. O uso do aleitamento materno exclusivo como método contraceptivo com o
planejamento familiar são medidas claras de saúde preventiva, e os benefícios são
inquestionáveis tanto para a mãe quanto para o bebe, e que a maternidade é um ótimo local
para se revisar e ensinar conceitos básicos sobre a importância do aleitamento materno
exclusivo e manutenção da amamentação já abordadas no pré-natal. Que os efeitos do
aleitamento exclusivo são imensuráveis para a proteção da fertilidade e diminui a chance de
uma nova gestação em seis meses para 2%, esta prática também diminui a mortalidade das
crianças que são amamentadas a incidência de doenças também diminui, e tem ganho
superior de peso do que crianças que não são amamentadas, principalmente até os seis
37

meses de vida. “Amamentar deve ser uma pratica que deve ser aprendida para ser
eficazmente executada” (CECATTI et al, 2004).
O estudo tem como importância o aleitamento materno, pois enfoca na saúde
materna, prevenção de novas gestações, que muitas vezes é um assusto esquecido, ele
retrata que este estudo é útil para a saúde preventiva e tem uma abordagem de incentivo ao
aleitamento materno, pois reorienta a mãe para a melhoria desta pratica e alerta sobre os
benéficos do aleitamento materno exclusivo para o lactente (CECATTI et al, 2004).

Quadro 6: Descrição das características do estudo 6 inserido no tema prejuízos do


desmame precoce. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 6: Brasileiro, A. A.; Ambrosano, G. M. B.; Marba, S. T. M.; Possobon, R. F. A


amamentação entre filhos de mulheres trabalhadoras Rev. Saúde Pública; 46(4): 642-648,
ago. 2012.
OBJETIVO (S): Analisar benefícios trabalhistas e fatores associados à manutenção dos
índices de amamentação entre mães trabalhadoras.
METODOLOGIA: A amostra foi constituída por 200 mulheres trabalhadoras formais que
retornaram ao trabalho antes de a criança completar seis meses de vida, no município de
Piracicaba, SP. Dentre as participantes, 100 díades mãe-lactente receberam orientações e
apoio para a prática do aleitamento em um programa de prevenção em saúde bucal e as
demais 100 díades foram abordadas em uma campanha de vacinação infantil. Foi
realizada análise de regressão logística múltipla para identificar variáveis relacionadas ao
desmame ao quarto mês de vida.
RESULTADOS: A maior parte das participantes era primípara, passou por cesariana,
iniciou a amamentação em menos de quatro horas após o parto e permaneceu com seu
filho em alojamento conjunto. Tiveram mais chance de parar a amamentação: mães não
participantes do programa de incentivo (OR = 3,04 [IC95% 1,35;6,85]), mães que não
tinham intervalo de 30 minutos durante a jornada de trabalho (OR = 4,10 [IC95%
1,81;9,26]) e mães cujos filhos utilizavam chupeta (OR = 2,68 [IC95% 1,23;5,83]) ou
mamadeira (OR =14,47 [IC95% 1,85;113,24].
CONCLUSÕES: As mães que participaram do grupo de incentivo à amamentação, não
ofereceram chupeta e mamadeira aos filhos e tinham intervalo durante o trabalho pararam
a amamentação após o quarto mês. Apoio, informações sobre o manejo da lactação e
sobre seus direitos garantidos por lei, em conjunto com a ampliação do tempo de licença
maternidade, poderão ter um importante papel na manutenção da prática do aleitamento
materno.
38

Quadro 7: Descrição das características do estudo 7 inserido no tema prejuízos do


desmame precoce. Bragança Paulista, 2015.

Estudo 7: Andrade, B. B.; Ribeiro, V. G. Vantagens do Aleitamento Materno nos bebes nos
seis primeiros meses de vida no Município de Ivaté. Arquivo Ciências da Saúde UNIPAR.
Volume 6 nº 3, 2007.
OBJETIVO (S): O presente trabalho busca dar sua contribuição para o incentivo ao
Aleitamento Materno, demonstrando suas vantagens através de pesquisa realizada no
Município de Ivaté, no período de setembro a outubro de 2001. Esta experiência tem como
objetivo comparar a importância do aleitamento materno, demonstrar o crescimento e o
desenvolvimento do bebê em aleitamento materno exclusivo, os benefícios emocionais que
a lactação proporciona à mãe e ao recém-nascido, analisa a oferta de orientações pró-
aleitamento que o serviço de saúde proporciona e as principais causas do desmame
precoce.

METODOLOGIA: Foi utilizado como instrumento de pesquisa, um questionário estruturado,


sendo entrevistadas 10 mulheres em período de lactação, cujos filhos não ultrapassam a
faixa etária de seis meses.

RESULTADOS: Na análise dos resultados percebe-se que 80 por cento receberam


acompanhamento do serviço de saúde, 90 por cento relataram um ótimo desenvolvimento
do bebê aleitado exclusivamente e por isto o lactante apresenta um comportamento tranquilo
segundo relato de 80 por cento das nutrizes. A unanimidade das mães compreende como a
principal vantagem do aleitamento materno, a proteção total ao bebê contra doenças
infectocontagiosas.

CONCLUSÕES: Este estudo impulsiona para uma maior conscientização e sensibilização


da importância e dos benefícios que o aleitamento materno exclusivo oferece, especialmente
alertando os profissionais de saúde ao compromisso e a responsabilidade de acompanhar e
orientar as nutrizes durante o período de pré-natal e lactação, privilegiando mães e bebês e
reduzindo os coeficientes de morbi-mortalidade infantil.

O estudo 7 quando se trata do desmame precoce apresenta as seguintes


características que o desmame precoce é um grande problema para a saúde publica, que as
causas do desmame precoce estão relacionada a cultura da própria população, uma das
maiores causa que levam ao desmame precoce é a duvida se o bebe está sendo alimentado
o suficiente, fatores sócio econômicos, compromissos maternos pois ela não se dedica o
39

suficiente a prática de amamentar, falta de incentivo e de orientações pelos profissionais


tanto no pré-natal quanto no puerpério não incentivando ao aleitamento materno exclusivo
(ANDRADE; RIBEIRO, 2007).
O estudo também enfatiza que mesmo com a comprovação dos benefícios do
aleitamento materno, ressalta que há necessidade de enfocar aos profissionais de saúde e a
toda sociedade a divulgação da realização de trabalhos para melhores resultados sobre a
cobertura de aleitamento materno, tendo em vista que o índice de aleitamento materno está
abaixo das expectativas esperadas (ANDRADE; RIBEIRO, 2007).
Uma das principais causas para o desmame precoce foi o retorno rápido o trabalho a
falta de creches para ajudar a permanecer o aleitamento materno, e que há relatos das
nutrizes que há falta de sensibilização que favoreçam e indiquem as vantagens do
aleitamento materno exclusivo, e o retorno precocemente ao trabalho é o maior
impedimento ao aleitamento materno (ANDRADE; RIBEIRO, 2007).
O estudo 6 sobre amamentação entre filhos de mulheres trabalhadores, é um estudo
mostra as leis que favorecem ao aleitamento e com mulheres que eram trabalhadoras e
regidas pelo regime de leis da CLT, as quais foram questionadas quanto ao aleitamento
materno (BRASILEIRO et al, 2012).
O trabalho materno é um fator para o desmame precoce, porém existem leis que
protegem a nutriz com descansos especiais durante a jornada de trabalho e descrição de
locais adequados para amamentar e cuidados com o lactente, leis que mediante incentivo
fiscal estimulam as empresas ampliarem a licença maternidade para seis meses, o que seria
ideal para a manutenção da lactação exclusiva até os seis meses de vida do lactente. As
nutrizes relataram que não amamentam durante a jornada de trabalho devido as
dificuldades como, por exemplo, a distancia entre o local de trabalho e o local de
permanência do bebe. De acordo com o estudo realizado mães que não amamentam
durante a jornada de trabalho desmamaram antes do quarto mês, que na maioria das
nutrizes o retorno ao trabalho foi entre o terceiro e quarto mês, a tendência de manter o
aleitamento materno exclusivo por mais de quarto meses é em mais que voltam a trabalhar
depois do quinto mês. Por fim que o cumprimento das leis de proteção a amamentação é
fundamental para a proteção do aleitamento materno, e que mulheres que tem apoio familiar
ou profissional amamentam por mais tempo (BRASILEIRO et al, 2012).
Estes estudos mostram que o aleitamento materno não é uma prática realizada entre
nutriz e lactente, que muitos outros fatores são influenciadores para a prática do desmame
precoce do que para o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Esta prática é
muito influenciada pelo trabalho materno que por vezes precisa ser interrompido para que a
nutriz retorne, as leis devem ser mais fiscalizadas, pois a mulher tem o respaldo suficiente,
40

porém muitas vezes não conhecem os seus direitos. (BRASILEIRO et al, 2012. ANDRADE;
RIBEIRO, 2007).

Após essa revisão bibliográfica, foram identificados alguns benefícios para prática do
aleitamento materno e algumas causas para o desmame, que serão listados no item a
seguir.

6.0- RECOMENDAÇÕES BENÉFICAS PARA A PRÁTICA DE ALEITAMENTO MATERNO


E PROVÁVEIS CAUSAS DE DESMAME PPRECOCE DE ACORDO COM OS SETE
ESTUDOS SELECIONADOS PARA ESSA REVISÃO.

Benefícios
 Proteção contra doenças tais como diarreia, pneumonia e outras;
 Ganho de peso rápido para o lactente e perda de peso rápida para a nutriz;
 Menores riscos de alergias devido a introdução de outros leites,
 Leite materno é ideal, pois supre todas as exigências nutricionais, fisiológicas e
imunológicas para o lactente;
 O aleitamento materno exclusivo é usado como método contraceptivo, impedindo
novas gestações em seis meses;
 Auxilia o desenvolvimento intelectual e emocional proporcionando adultos mais
saudáveis e seguros;
 Auxilia a mulher conduzir sua longevidade com o benefício comprovado pela
amamentação;
 O leite materno reduz a obesidade na adolescência e idade adulta;
 Proporciona boa dentição sem prejuízos nos músculos da face e arcada dentaria;

Causas do desmame
 Não conhecimento da mãe nos direitos trabalhistas;
 Falta de apoio dos profissionais da saúde, da família e do pai do bebê;
 Falta de conhecimento dos benefícios do aleitamento materno para mãe e seu bebê;
 Falta de tempo para se dedicar a amamentação.
41

7.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A amamentação é a forma mais segura, barata e eficaz para a alimentação de uma


criança em seus primeiros dias de vida, além de ser considerada uma das mais relevantes
formas de promoção da saúde, contribuindo para a eficiência da saúde pública.
O leite materno é o alimento mais importante para o desenvolvimento da criança,
gerando grandes benefícios para a mãe também.
O ato de amamentar deve ser de total prazer para a mulher, pois garante proteção e
segurança ao bebê, assegurando a oferta essencial de nutrientes e hidratação, não
necessitando de nenhum outro alimento, além da proteção imunológica com garantia de um
desenvolvimento mental, psicológico e emocional para toda sua vida, consequentemente
gerando jovens e adultos mais saudáveis e redução de doenças não transmissíveis.
O poder público e os serviços de saúde devem apoiar e incentivar a pratica do
aleitamento materno, pois o profissional da saúde tem o dever de incentivar as gestantes
nas primeiras consultas de pré-natal, para a prática de aleitamento materno, informando-as
da importância e dos benefícios para elas e seus bebês.
As mulheres necessitam de informações, pois muitas delas ainda não sabem dos
reais benefícios da amamentação e com as dificuldades para essa pratica, geram o
desmame precoce.
É necessário a sensibilidade dos gestores de saúde para o auxílio a amamentação,
promovendo a qualificação de profissionais, para obtenção de modificações positivas nos
índices de amamentação no Brasil.
A amamentação garante às crianças a possibilidade da redução de doenças na
infância e a probabilidade de se tornar um jovem e um adulto mais saudável.
42

8.0- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALMEIDA, Gabriela Garcia de; SPIRI, Wilza Carla; JULIANI, Carmen Maria Casquel Monti;
PAIVA, Bianca Sakamoto Ribeiro. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno em
um hospital universitário. Revista Ciências e Saúde Coletiva, volume 13, nº 2,
2008.

ALMEIDA, Joseneide Viana de; FRANCO, Victor. Aleitamento materno: exclusivo até o 6º
mês. Mestrando em Educação para Saúde da Universidade de Évora/Fares. Roraima,
2012.

ANDRADE, Betina Barbedo; RIBEIRO, Veronica Gonçalves. Vantagens do aleitamento


materno nos bebês nos seis primeiros meses de vida no Município de Ivaté no ano 2001.
Arquivo Ciências e Saúde Unipar, volume 6, nº 3, Paraná, 2007.

ANTUNES, Leonardo dos Santos; ANTUNES, Lívia Azevedo Alves; CORVINO, Marcos
Paulo Fonseca; MAIA, Luciane Cople. Amamentação Natural como Fonte de Prevenção em
Saúde. Ciências e Saúde coletiva, 13. ed. Rio de Janeiro. 2008.

BADINTER, Elisabeth. Um Amor Conquistado: o Mito do Amor Materno. Volume único. Rio
de Janeiro: Nova fronteira, 1980.

BALABAN, Geni; SILVA, Giselia A. P. Efeito protetor do aleitamento materno contra a


obesidade infantil. Jornal de Pediatria. Vol. 80, Nº1, Rio de Janeiro, 2004.

BOCCOLINI, Cristiano Siqueira; CARVALHO, Marcia Lazaro de; OLIVEIRA; Maria Inês
Couto de; PEREZ-ESCAMILLA, Rafael. A Amamentação na primeira hora de vida e
mortalidade neonatal. Jornal de Pediatria, 2º edição Rio de Janeiro, 2012.

BRANDÃO, Isabel Cristina Araújo; SANTOS, Jullyani Queiroz dos; LIMA, Kálya Yasmine
Nunes de; SANTOS, Ana Dulce Batista; MONTEIRO, Akemi Iwata. O papel do enfermeiro
na promoção ao aleitamento materno: Uma revisão narrativa. XV Encontro Latino
Americano de iniciação Cientifica e XI Encontro Latino Americano de Pós-graduação -
Universidade do Vale do Paraíba, 2011.

BRASIL, Ministério da Saúde. Campanha Nacional de Amamentação, 2014. Disponível


em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2014/08/ministerio-da-saude-lanca-campanha-nacional-
de-amamentacao-2014>. Acessado em 23/09/2014.
43

BRASIL, Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e


da Mulher – PNDS 2006. Dimensões do Processo Reprodutivo e da Saúde da Criança.
Brasília, DF, 2009.

BRASILEIRO, A. A.; AMBROSANO, G. M. B.; MARBA, S. T. M.; POSSOBON, R. F. A


amamentação entre filhos de mulheres trabalhadoras Revista Saúde Pública, São Paulo,
volume 46, nº 4, p. 642-648, ago. 2012.

BRITO, R. S. de; OLIVEIRA, E. M. F. de. Opinião do pai sobre o aleitamento materno.


Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste- Rev. Rene; volume, 7, p. 9-16, jan-abr,
2006.

CAMINHA, Maria de Fatima Costa; SERVA, Vilneide Braga; ARRUDA, Ilma Kruze de;
FILHO, Malaquias Batista. Aspectos históricos, socioeconômicos e institucionais do
aleitamento materno. Revista Brasileira de Saúde Materno infantil, volume 10, Recife,
2010.

CARVALHO, Cléa Machado de; BICA, Olga Suely Claudino; MOURA, Gisela Maria
Schebella de. Consultoria em aleitamento materno no hospital de clínicas de Porto Alegre.
Revista HCPA, volume 27, nº 2, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2007.

CECATTI, G.; ARAUJO, A. S.; OSIS, M. J.; S, L. C.; FAÚNDES, A. Introdução da lactação e
amenorreia como método contraceptivo (LAM) em um programa de planejamento familiar
pós-parto: repercussões sobre a saúde das crianças. Revista Brasileira de Saúde materno
infantil; volume, 4, nº 2, Recife, 2004.

CHAVES, Roberto G; LAMOUNIER, Joel A; CESAR Cibele C. Fatores associados com a


duração do aleitamento materno. Jornal de Pediatria, volume 83, nº 3. Rio de Janeiro,
2007.

COSTA, Luhana Karoliny Oliveira; QUEIROZ, Lorena Lauren Chaves, QUEIROZ, Rafaelle
Cristina Cruz da Silva; RIBEIRO, Thatiana Silvestre Fernandes; Fonseca, Maíse do Socorro
Santos. Importância do aleitamento materno exclusivo: uma revisão sistemática da literatura.
Revista Ciências da Saúde, São Luiz, MA, v.15, p. 39-46, 2013.

CRUZ, V. F; DALOZZO, M. S. C. Importância da amamentação exclusiva até os seis


meses de idade. Departamento de Ciências Biológicas - Faculdades Integradas de
Ourinhos, FIO/FEMM. 2008.
Disponível em: <http://fio.edu.br/cic/anais/2008_vii_cic/Artigos/Ciencias_Biologicas/029-
IMPORT.pdf>. Acesso em 05/07/2014.
44

ERDMANN, Alacoque Lorenzini; MARZIALE, Maria Helena Palucci; PEDREIRA, Mavilde da


Luz Gonçalves; LANA, Francisco Carlos Félix; PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag;
PADILHA, Maria Itayra; FERNANDES, Josicelia Dumêt. A avaliação de periódicos
científicos qualis e a produção brasileira de artigos da área de enfermagem. Revista Latino-
americana de Enfermagem; v.17 nº 3. Ribeirão Preto, 2009.

GALVÃO, Dulce Garcia. Formação em aleitamento materno e suas repercussões na prática


clínica. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, volume 64 nº 2. p. 308-314, 2011.

KOUTSOUKOS, Sandra Sofia Machado. Amas mercenárias: o discurso dos doutores em


medicina e os retratos de amas −Brasil, segunda metade do século XIX. Historia, ciências,
saúde ─ Manguinhos, Rio de janeiro, v.16, n.2, p.305-324, abr-jun, 2009.

LEVY, LEONOR e BÉRTOLO, HELENA. Manual de aleitamento Materno. Ed. UNICEF,


2008. Disponível em:
<http://www.nutritotal.com.br/publicacoes/files/210anualAleitamentoMaterno.pdf>.
Acesso em 30/09/2014.

MARQUES, D. M.; PEREIRA, A. L. Amamentar: Sempre Benefícios, nem sempre prazer.


Ciência Cuidados Saúde. Rio de Janeiro, Volume 9, nº 2, p. 214-219, 2010.

MARQUES, Rosa; LOPEZ, F.A.; BRAGA, J.A.P. O crescimento de crianças alimentadas


com leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. Jornal de Pediatria -
Sociedade Brasileira de Pediatria, Rio de Janeiro, volume 80, nº 2, p. 99-105, 2004.

MARQUES, Rosa de Fatima da Silva Vieira; CUNHA, Izabella Cristina Cristo; ARAGON,
Mayra Gonçalves; PEIXOTO, Victor Soares. Fatores relacionados ás dificuldades no
aleitamento materno entre mães adolescentes da Fundação Santa Casa de Misericórdia do
Pará. Revista Paranaense de Medicina, Belém, volume 22, p. 57-62, 2008.

MARTINS, Maria Zilda Oliveira; SANTANA, Lívia Santos. Benefícios da Amamentação para
Saúde Materna. 3º edição. Interfaces Ciência – Saúde e Ambiente. Aracaju, 2013.

OLIVEIRA; Maria Inês Couto de; SOUZA, Ivis Emília de Oliveira; SANTOS, Elizabeth
Moreira dos; Camacho, Luiz Antônio Bastos. Apoio à Amamentação nas Unidades Básicas –
artigo cientifico. Ciência e Saúde coletiva. Volume 15 nº 2, Rio de Janeiro, 2010.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAUDE. Apoio as mães que amamentam:


próximo, continuo e oportuno. Semana Mundial do Aleitamento Materno, 2013.
45

PASSANHA, Adriana; BENICIO, Maria Helena D` Aquino; VENANCIO, Sonia Isoyama;


REIS, Marcia Cristina Guerreiro dos. Implantação da rede amamenta Brasil e prevalência de
aleitamento materno exclusivo. Revista de Saúde Pública, São Paulo, volume 47, nº 6, p.
1141-1148, 2013.

PEREIRA, A. L. T. Os benefícios da amamentação. Universidade Fernando Pessoa,


Faculdade de Ciências da Saúde PORTO, 2013. Disponível em:
<http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4126/1/Ana L%C3%BAcia Pereira.pdf>. Acesso em:
05/07/2013.

REZENDE, Magda Andrade; SIGAUD, Cecília Helena de S.; VERÍSSIMO, Maria De La Ó


Ramallo; CHIESA, Anna Maria; BERTOLOZZI, Maria Rita. O processo de comunicação na
promoçäo do aleitamento materno. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão
Preto, volume 10 nº 2, p. 234-238, 2002.

SILVA, Bruna Turaça; SANTIAGO, Luciano Borges; LAMONIER, Joel Alves. Apoio paterno
ao aleitamento materno: Uma Revisão Integrativa. Revista Paulista Pediatria, volume 30,
p. 122-30, 2012.

SILVA, R. V. da; SILVA, Isília Ap. A vivência de mães de recém-nascidos prematuros no


processo de lactação e amamentação. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem; São
Paulo, volume 13, p. 108-115, 2009.

TOMA, Tereza Setsuko; REA, Marina Ferreira. Benefícios da amamentação para a saúde da
mulher e da criança: um ensaio sobre as evidencias. Caderno de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, volume 24, nº 2. p. 235-246, 2008.

ZERGER, Raquel; GRAZZIOTIN, Maria Celestina Bonzanini. A Importância da


amamentação para a saúde da mulher que amamenta.
Disponível em: <http://doulasemportugal.livreforum.com/t7-a-importancia-da-amamentacao-
para-a-saude-da-mulher-que-amamenta>. Acesso em 05/06/2014.

Você também pode gostar