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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ


DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROGRAMA DE PÓS -GRADUAÇÃO EM GESTÃO E SAÚDE NA AMAZÔNIA
MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO E SERVIÇOS EM SAÚDE

NILCE VANIA NUNES COSTA SILVA

A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE USUÁRIAS E EQUIPE


MULTIDISCIPLINAR DO BANCO DE LEITE HUMANO NA
AMAZÔNIA ORIENTAL

BELÉM-PA
2022
NILCE VANIA NUNES COSTA SILVA

A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE USUÁRIAS E EQUIPE


MULTIDISCIPLINAR DO BANCO DE LEITE HUMANO NA
AMAZÔNIA ORIENTAL

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de


Pós-Graduação em Gestão e Saúde na Amazônia da
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, como
requisito para obtenção de Título de Mestre.
Orientador: Prof. Dra. Aurimery Chermont

Co Orientadora: Prof. Dra. Pilar Maria de Oliveira


Moraes

BELÉM-PA
2022
A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE USUÁRIAS E EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR DO BANCO DE LEITE HUMANO NA
AMAZÔNIA ORIENTAL

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Gestão e


Saúde na Amazônia da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, como requisito para
obtenção de Título de Mestre.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________
Prof. Dra. Aurimery Chermont
Orientadora – PPGGSA/FSCMP

____________________________________
Prof. Dra. Pilar Maria de Oliveira Moraes
Co-Orientadora – PPGGSA/FSCMP

_____________________________________
Prof. Drª Silvia Ferreira Nunes
Membro Interno ao PPGGSA

____________________________________
Profª. Drª Andressa Parente
Membro Externo ao PPGGSA
Programa de Pós-Graduação da universidade Federal do Pará -UFPA

Prof. Dr. Valéria Regina Cavalcante dos Santos


Membro Interno ao PPGGSA
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Saúde na Amazônia da
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará -FSCMP

DATA: 06/09/22
AGRADECIMENTO

Agradeço a minha família que esteve sempre me dando apoio nos momentos que mais precisei
me ausentar para poder realizar esse sonho que as vezes eu pensei em desistir mais o apoio
deles fizeram eu superar todo meu cansaço mental e físico pela busca de conhecimento.
A minha orientadora Prof. Dra. Aurimery Chermont, por estar me conduzindo de maneira
incansável para que eu contribua cientificamente com o BLH, que é aminha paixão profissional.
A minha Co-orientadora Prof. Dra. Pilar Maria de Oliveira Moraes, que me incentivou, durante
toda a construção desse trabalho, compartilhando sua longa experiência, vocês também fazem
parte desta jornada.
Aos professores do Programa de pós-graduação PPGGSA/FSCMP, que compartilharam
conhecimento de maneira que chegamos ao objetivo final.
Além, daquelas pessoas que mesmo indiretamente fizeram parte desse caminhar.
RESUMO

Introdução: O Brasil faz parte da Rede Global de Banco de Leite Humano e tem como
referência da Rede Brasileira de Banco de Leite o Instituto Fernandes Figueira (IFF) que foi
considerada pela Organização Mundial de Saúde – OMS, como a maior e mais complexa do
mundo. Objetivo: Elaborar um parecer técnico para subsidiar a comunicação efetiva entre
usuárias e equipe multidisciplinar de um Banco de Leite da Amazônia oriental. Metodologia:
trata de uma pesquisa-ação de natureza exploratória de abordagem quanti-quali. O estudo foi
desenvolvido com uma amostra de 19 entrevistados. A coleta de dados ocorreu no período de
07 de julho 2022 a 21 de julho de 2022, na realização do estudo aplicou-se o método pesquisa-
ação, participaram do estudo 19 profissionais de nível médio e superior, a coleta de dados foi
presencial, com estratégias de divisão da amostra em vários grupos, a fim de obedecer a rotina
das escalas de serviço da equipe. O estudo foi realizado em uma maternidade pública da região
norte do país, no estado do Pará. A dinâmica da coleta de dados foi através de roda de conversas
guiadas por um roteiro estruturado, contendo perguntas abertas e fechadas Este estudo ocorreu
por meio de três etapas reunindo prática e teoria, estimulando o desenvolvimento de uma
relação de confiança entre pesquisador e pesquisado. A pesquisa foi realizada, após a aprovação
do CEP da instituição proponente. Resultados: como resultado do estudo foi criado um parecer
técnico com orientação para criação de ferramentas tecnológicas como aplicativo móvel e
aplicativos de mensagens instantâneas com objetivo de favorecer a comunicação. Conclusão:
Observou-se que o uso de tecnologia em saúde como os aplicativos surgem como uma proposta
educacional e inovadora, como resultado foi elaborado um parecer técnico a partir do
diagnóstico situacional para subsidiar a comunicação no BLH.

Descritores: Banco de Leite; Mídias Sociais; Comunicação em Saúde.


ABSTRACT

Introduction: Brazil is part of the Global Human Milk Bank Network and has the Fernandes
Figueira Institute (IFF) as a reference for the Brazilian Milk Bank Network, which was
considered by the World Health Organization - WHO, as the largest and most complex in the
world. world. Objective: To prepare a technical report to support effective communication
between users and the multidisciplinary team of a Milk Bank in the eastern Amazon.
Methodology: deals with an exploratory action research with a quantitative and qualitative
approach. The study was developed with a sample of 19 interviewees. Data collection took
place in the period from July 07, 2022 to July 21, 2022, when the study was carried out, the
action-research method was applied. with strategies for dividing the sample into several groups,
in order to obey the routine of the team's duty rosters. The study was carried out in a public
maternity hospital in the northern region of the country, in the state of Pará. The dynamics of
data collection was through a round of conversations guided by a structured script, containing
open and closed questions. This study took place through three stages, bringing together
practice and theory, stimulating the development of a relationship of trust between researcher
and researched. The survey was carried out after approval by the CEP of the proposing
institution. Results: as a result of the study, a technical opinion was created with guidance for
the creation of technological tools such as a mobile application and instant messaging
applications with the aim of favoring communication. Conclusion: It was observed that the use
of technology in health, such as applications, emerges as an educational and innovative
proposal, as a result, a technical opinion was prepared based on the situational diagnosis to
support communication at the HMB.

Descriptors: Milk Bank; Social media; Health Communication


LISTA DE ABREVIAÇÕES SIGLAS E SÍMBOLOS

AM – Aleitamento Materno
APP- Aplicativo
BLH – Banco de Leite Humano
COFEN – Conselho federal de Enfermagem
FSCMPA – Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
LHP – Leite Humano Pasteurizado
MS – Ministério da Saúde
OPAS – Organização Pan- Americana de saúde
rBLH-BR – Rede Brasileira de Banco de Leite Humano
SMAN – Semana Mundial do Aleitamento Materno
UTIN – Unidade de Tratamento Intensiva Neonatal
UNICEF _ Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescente
UCI – Unidade de cuidados intermediários
LMO - Leite Materno Ordenhado
LHP - Leite Humano Pasteurizado
LISTA DE TABELAS
Páginas
Figura 1 – Síntese das fases metodológica da pesquisa............................................................28
Tabela 1 – Caracterização social e laboral dos participantes....................................................30
Gráfico 1- Caracterização da escolaridade ...............................................................................31
Gráfico 2 – Grau de satisfação..................................................................................................31
Tabela 2 – Ferramenta de comunicação....................................................................................32
Gráfico 3- Ferramenta de comunicação Interna........................................................................33
Gráfico 4 – Ferramenta de Comunicação Midiática.................................................................34
Gráfico 5 – Ferramenta de Comunicação X Resultados...........................................................35
Gráfico 6- Ferramenta para avaliação dos serviços do BLH....................................................36
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………..........….….10
1.1 JUSTIFICATIVA E PROBLEMATIZAÇÃO…………….…...…..…………....…….12
1.2 HIPÓTESES……………………………………………………………………...……...14
2 OBJETIVOS………………………………………………………………….……...…….15
2.1 GERAL………………………………………………………………………….…...…...15
2.2 ESPECÍFICOS…………………………………………………………………...........….15
3 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................16
3.1 A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA OS
PREMATUROS........................................................................................................................16
3.2 MATERNIDADE FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ E SEU
PAPEL NA PREVENÇÃO DA MORTALIDE
INFANTIL................................................................................................................................17
3.3 COMUNICAÇÃO EM SAÚDE.........................................................................................18
3.3.1 Tipos de comunicação em saúde...................................................................................19
3.3.2 Barreiras na comunicação em saúde............................................................................19
3.3.3 Estratégias e as ferramentas para comunicação efetiva.............................................20
3.3.4 Aplicativo como plataforma de interação e circulação da informação.....................20
4 RELATÓRIO DE QUALIFICAÇÃO................................................................................21
4.1 PARECER E SUA IMPORTÂNCIA PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE ...........21
4.1.1 Comunicação efetiva no contexto dos serviços de saúde ...........................................21
5 METODOLOGIA....................…………………………………...…….………....….…...24
5.1 ASPECTOS ÉTICOS………………………………………………………………….….28
6 RESULTADOS.....................................................................................................................30
7 DISCUSSÕES.......................................................................................................................37
8 PERSPECTIVA FUTURA DO PRODUTO......................................................................41
9 CONCLUSÃO......................................................................................................................42
REFERÊNCIAS......................................................................................................................43
APÊNDICE A – Parecer Técnico..........................................................................................48
APÊNDICE B………………………………………………………………………………..58
APÊNDICE C..........................................................................................................................61
APÊNDICE D..........................................................................................................................63
APENDICE E..........................................................................................................................65
APÊNDICE F..........................................................................................................................66
APÊNDICE G..........................................................................................................................68
10

1 INTRODUÇÃO

Estudos apontam inúmeras vantagens do aleitamento materno para o binômio mãe e


bebê, dentre eles o leite humano, tem benefícios de grande importância principalmente para os
recém-nascido de alto risco, como melhor digestibilidade, capacidade de promover
componentes imunológicos únicos, além de possuir uma dieta balanceada para recém-nascido
pré-termo (SANTOS, 2018).

O apoio a amamentação materno Brasil, está disposta na Lei nº 1’3.435, que institui no
país o mês de agosto como o “Mês do Aleitamento Materno – Agosto Dourado”. A Rede
Brasileira de Banco de Leite Humano (rBLH) e o Banco de Leite |Humano (BLH), destacam
que dependendo do peso do recém-nascido, esse bebê precisa se nutrido apenas com 1 ml em
cada refeição. Ainda se refere que, o país dispõe de políticas exclusivas na área de aleitamento
materno (FIOCRUZ, 2022).

De acordo com o levantamento evidenciado pela Fiocruz destaca que a Rede Brasileira
de Banco de Leite Humano realizou uma parceria com o Ministério da Saúde e da Fundação
Oswaldo Cruz para a promoção do aleitamento materno objetivando reduzir a mortalidade
infantil (BRASIL, 2021).

Dados compartilhados pela Universidade Federal de São Paulo, apontam que o leite
humano recebeu a certificação como padrão ouro devido a composição de 250 substâncias que
atendem a nutrição dos nascituros (UNIFESP, 2019).

Santos (2018) destaca que o leite materno apresenta inúmeras vantagens para os bebês,
principalmente para os que se alimentam com colostro, leite produzido pela mãe nos primeiros
sete dias após o parto, quando comparado aos benefícios do leite de mães de recém-nascidos
pré-termo esses benefícios ainda são maiores, pois o leite de mães de prematuro contém alta
concentração de nitrogênio, proteínas, lipídios, vitaminas, cálcios e energia.

O leite materno, tem como principal benefício a fonte de proteção contra infecções
gastrintestinais como o risco de mortalidade do recém-nascido devido ao aparecimento de
diarreias em casos de bebês parcialmente amamentados ou não (OPAS, 2021).

Compreende-se que, na impossibilidade da amamentação pela própria mãe, ou em casos


de recém-nascidos (RN) com quadro clínico grave, é o BLH que fornece leite humano
pasteurizado (LHP. De acordo com Oliveira (2020) as condições nas quais os recém-nascido
estão sujeitos enquanto internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) traz
grandes desafios para mãe e equipe multiprofissional, O leite materno é considerado o melhor
11

alimento, mas quando se trata de uma mãe de prematuro vai mais além, já que, apresentar uma
composição variada de acordo com a prematuridade do indivíduo.

O Brasil faz parte da Rede Global de Banco de Leite Humano e tem como referência da
Rede Brasileira de Banco de Leite o Instituto Fernandes Figueira (IFF) que foi considerada pela
Organização Mundial de Saúde – OMS, como a maior e mais complexa do mundo (BRASIL,
2021).

Na Região Norte do Brasil, destaca-se a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará,


que possui um Banco de Leite Humano - Dr. João Aprígio - com uma grande clientela dentre
as quais mães que apresentam dificuldades e recém-nascidos que ocupam leitos de UTI
neonatal.

Segundo informações disponíveis no site da Fundação Santa Casa de Misericórdia do


Pará, o Banco de Leite Humano – BLH, oferece serviço de captação de doadoras, serviço de
coleta de leite humano em domicílios das doadoras, em parceria com o projeto bombeiro da
vida, pasteurização e distribuição de leite humano para as alas de UTIN E UCI. De acordo com
o bancos de dados da gestão do BLH, no período entre os três primeiros meses de 2020 e 2021,
houve uma redução de 9% e que de fato, essa diminuição pode ser reflexo do efeito causado
pela pandemia (FSCMP, 2021).

Segundo o site do Ministério da Saúde, de janeiro a abril de 2020, o Brasil registrou


redução de 5% no número de doadoras nos quatro primeiros meses do ano em relação a 2019,
o que pode gerar impactos negativos na distribuição de leite para os recém-nascidos que
necessitam exclusivamente de LHP. Acredita-se que essa redução seja reflexo da pandemia,
cenário atual (OLIVEIRA, 2020).

Assim, sobre a ótica da importância dos serviços em BLH como referência na


assistência segura e de qualidade, e como a eficácia da comunicação efetiva pode influenciar
os resultados do desempenho do setor. Nessa perspectiva surge a inquietação pela necessidade
de elaborar um parecer técnico para subsidiar a comunicação efetiva entre usuários e equipe
multidisciplinar do BLH da FSCMP.

Diante do processo apresentado e na tentativa de contribuir com a problemática


abordada, surge a seguinte questão: A comunicação dos profissionais no BLH é efetiva para a
promoção do aleitamento materno?
12

1.2 JUSTIFICATIVA

O Brasil, apresenta-se no cenário mundial como um país que vem se destacando quanto
a promoção da amamentação criadas no âmbito da saúde pública, ou seja, o país tornou-se
referência global com a Publicação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para
Lactantes (NBCAL) de acordo com a Lei nº 11.474/2007, além da expansão e criação dos
Bancos de Leite Humano (BLH) ainda com auxílio de políticas públicas por meio da Rede
Brasileira de Banco de Leite Humano (RBLH) (FONSECA, MILAGRES; FRANCESCHINE,
2021).

Dados sobre a amamentação exclusiva retirados da “II Pesquisa de Aleitamento Materno


pesquisa efetivadas nas capitais brasileiras, apontaram que a prevalência da amamentação
exclusiva refere-se às crianças menores de seis meses, o que equivale a 41% nas capitais
brasileiras e DF (BRASIL, 2009) ou seja, foi classificada como razoável; os dados sobre
amamentação exclusiva que apresentaram índices entre 50 e 89% foram considerados como
bom e os dados sobre amamentação exclusiva acima de 90%, receberam a classificação de
ótimo (FONSECA, MILAGRES; FRANCESCHINE, 2021).

Neste contexto, a pesquisa tem por justificativa que, o leite materno se apresenta como
um alimento de baixo custo, pode-se dizer renovável, ecológico é seguro. Desse modo, a
amamentação é considerada como uma conexão em saúde com o ecossistema do planeta,
observando que é um dos melhores investimento para a redução da mortalidade infantil,
contribuindo para a melhora da saúde, desenvolvimento econômico e social das populações
(FIOCRUZ, 2022).

Nesse sentido, com objetivo de desenvolver ações e levar informações pertinentes


importantes para proteção do aleitamento materno, se faz necessário, utilizar recursos
tecnológicos acessíveis e viáveis como estratégia para comunicação efetiva.

Silva et al.,(2018) as inovações tecnológicas tornam-se ferramentas de grande


importância no cenário das práticas médicas, possibilitando novas formas de interação
permitindo trocas de informações entre serviços de saúde e usuários dos serviços. A utilização
de ferramentas como mídias sociais favorecem a comunicação e a participação da comunidade,
desse modo, a utilização de uma estratégia de interação direta entre equipe multidisciplinar e
usuárias se faz necessária, seja através de um aplicativo de mensagem simultâneas, ou a
utilização de um aplicativo móvel de interação.
13

E no aspecto da troca de informações os aplicativos móveis atualmente no mercado,


utilizados para diferentes finalidades são os mais utilizados, Silva (2018) certifica que os
aplicativos móveis ganharam grande destaque pela possibilidade de facilitar diversas atividades
do dia a dia.

Em 2020 no evento virtual da (Semana Mundial Aleitamento Materno), vários


questionamentos foram levantados a respeito dos desafios enfrentados pelos Bancos de Leite
do Brasil em tempo de pandemia, dentre eles os assuntos abordados foram: Dificuldade na
transmissão de informações à sociedade sobre a segurança da amamentação e o
vírus, dificuldade da coleta domiciliar, pelo risco de contaminação do leite doado quanto pela
exposição das mães e de quem recebe o leite doado (FIOCRUZ, 2020).

Ressalta-se que, com ou sem a pandemia, as dificuldades de acesso aos serviços de


banco de leite refletem na baixa produtividade das atividades oferecidas por esse setor, dessa
forma as dificuldades de acesso a um BLH físico é um grande obstáculo nos períodos de
restrição e isolamento.

Da mesma forma em que, os serviços oferecidos pelos Bancos de Leite Humano são
desempenhados por uma equipe multidisciplinar responsável por promover o aleitamento
materno dando apoio às mães que apresentam dificuldades para amamentar e executar atividade
de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição do leite pasteurizado e in natura
(FIOCRUZ, 2020).

Outra questão que deve ser mencionada refere-se ao uso de tecnologias como ferramenta
para orientar as mães sobre doação de leite e as dificuldades com a amamentação, são recursos
que cada vez mais vem contribuindo para o sucesso das atividades dos BLH. Em 2016 a
secretaria de saúde de Brasília lançou o aplicativo Amamenta Brasília, o App foi um sucesso
chegando a ser premiado (SARMENTO, 2017).

O aplicativo de celular Amamenta Brasília, premiado em seu lançamento em 2017, sua


estreia aconteceu na Estação Águas Claras. O software disponível na App Store e na Play Store,
compatível para Android e IOS, foi impulsionado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal
e segundo o site do Estado de Brasília a tecnologia continua sendo uma das formas de
comunicação e captação de doadoras até os dias atuais. (AGÊNCIA BRASIL, 2017).

Embora ao buscar o App nas lojas virtuais citadas pela matéria, o software apresenta a
última atualização em 2018 e segundo os comentários apresenta instabilidade para executar as
tarefas propostas.
14

O uso de tecnologias facilita o processo de ensino aprendizagem, como ferramenta a


fim de aprimorar habilidades. Diante deste contexto, o uso de tecnologias de comunicação e
informação ganham destaque pela necessidade urgente de ensinar e aprender (TEIXEIRA et
al., 2021).

O acesso ao mundo digital é possível através das tecnologias de comunicação, segundo


Fiocruz (2020) o BLH do Ceará utiliza serviços online desde 2018 e, realizando captação de
doadoras, coleta domiciliar e orientação de apoio à amamentação utilizando serviços online, o
que favorece uma comunicação positiva para o serviço.

Além das ferramentas utilizadas pelas tecnologias da comunicação, temos a


comunicação efetiva, que segundo as contribuições de Azevedo et al., (2021) é uma estratégia
de comunicação inovadora e fundamental no processo de assistência e cuidado ao paciente. A
educação efetiva é capaz de promover práticas educativas quando utilizadas para estabelecer
rotinas e protocolos, avaliações e cuidados.

Diante desse contexto apresentado, se faz necessário, a elaboração de um parecer


técnico sobre estratégias para comunicação efetiva a partir do diagnóstico situacional com a
participação da equipe multiprofissional responsável em promover o aleitamento materno em
BLH.

1.3 HIPÓTESES

As hipóteses são construídas para explicar um fenômeno do qual não se possui


conhecimento suficiente. Com isto, surge o problema que geram formulações de conjecturas ou
Hipóteses (GIL, 2008). Desta forma, foram levantadas duas hipóteses:

H0 (Hipótese nula): A comunicação efetiva dos profissionais do Banco de Leite


Humano não favorece a promoção do aleitamento materno.

H1 (Hipótese alternativa): A comunicação efetiva dos profissionais do Banco de leite


Humano favorece a promoção do aleitamento materno.
15

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL:

Elaborar um Parecer Técnico (PTC) com estratégias para comunicação efetiva da equipe
multiprofissional em Banco de Leite Humano (BLH) para promoção do aleitamento materno.

2.2 ESPECÍFICOS:

• Realizar escuta sobre a comunicação na equipe multiprofissional na rotina do BLH para


promoção do aleitamento materno entre usuárias e equipe do BLH;

• Conhecer os aspectos envolvidos na comunicação da equipe do BLH e usuárias e, como


ocorre a comunicação entre a equipe multiprofissional do BLH e usuárias;

• Compartilhar com os profissionais do BLH os pontos fortes e frágeis da comunicação


para promoção e apoio ao AME.
16

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 BANCO DE LEITE NO CONTEXTO DA AMAMENTAÇÃO PARA PREMATUROS

O parto prematuro é um dos motivos que mais eleva o tempo de permanência de recém-
nascido internado em unidade de terapia intensiva ou semi-intensiva, UTIN/UCIN, seja para
ganho de peso ou para tratamento devido às condições clínicas e o grau de prematuridade, ou
seja, o RN prematuro refere-se aquele bebê que nasceu depois da 20º e antes de completar a 37
semana de gestação (SANTOS; PARTELLI, 2021).

Considera-se que, diante do nascimento de um filho prematuro consequentemente com


a internação deste a família sofre alterações entre conciliar as visitas hospitalares, a
permanência hospitalar, a vida pessoal e profissional sendo neste caso a importância de uma
rede de apoio para que a parturiente não deixe de amamentar o bebê prematuro com dignidade
(REIS, 2021).

Stavis (2019) ressalta que a prematuridade extrema é a causa individual mais frequente
de morte de recém-nascidos. Além disso, os recém-nascidos muito prematuros também correm
um risco elevado de ter problemas de longo prazo, sobretudo atraso no desenvolvimento,
paralisia cerebral e distúrbios de aprendizado.

Por outro lado, cuidar de um recém-nascido prematuro requer cuidados da equipe de


saúde que atuam na unidade neonatal e a participação dos pais durante o período de internação
favorece a importância da relação de cuidados da equipe de saúde despertando autonomia
visando o desenvolvimento significativamente positivo em termos da importância da
amamentação, do acolhimento direcionado às mães por meio de técnicas de aconselhamento
em amamentação, orientando-as durante toda a internação do bebê prematuro. Logo, acredita-
se que, o sucesso de amamentação exclusiva do recém-nascido prematuro parta da iniciativa da
mãe em amamentar, o cuidado perinatal incluindo avaliação acurada e individualizada quando
se trata da mãe e filho recém-nascido prematuro (REIS, 2021).

Ramos et al., (2021) expõem que diante de todo um contexto que se cerca a mãe de um
prematuro para amamentar positivamente seu bebê é o ato de amamentar com a autoeficácia
materna caracterizada pelo desenvolvimento do conhecimento e habilidade contando com a
aproximação o quanto antes for possível entre a mãe e o bebê, com essa proximidade facilita-
se o vínculo afetivo.
17

3.2 MATERNIDADE FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ E SEU


PAPEL NA PREVENÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL

A FSCMP é uma instituição pública que oferta serviços que atende uma clientela
caracterizada por um número expressivo de recém-nascidos de alto risco, muitos prematuros e
mulheres grávidas classificadas como gravidez de alto risco (FSCMP, 2021).

A FSCMP é um órgão da administração indireta, vinculado à Secretaria de Estado de


Saúde Pública do Estado. E desde 2004 está certificada como Hospital de Ensino, conforme
Portaria Interministerial MS/MEC n° 2378 e efetivado seu processo de Contratualização junto
ao SUS por meio da Portaria 2.859/MS, de 10 de novembro de 2006.

A FSCMP tem como finalidades essenciais: a Assistência, o Ensino e a Pesquisa, em


consonância com o Perfil Assistencial na Atenção à Saúde da Criança, Atenção à Saúde da
Mulher, e Atenção à Saúde do Adulto, prestando serviços ambulatoriais e de internação. É um
hospital que atende 100% do SUS, está cadastrado como referência na atenção à gestante de
alto risco e ao recém-nascido (FSCMP, 2021).

Nesse contexto, FSCMP, é reconhecida por dar suporte desde a internação da mãe até a
hora do parto nos casos de bebês prematuros ou com baixo peso que se encontram na Unidade
de Cuidados Intermediários (UCI) do setor. É importante ressaltar que a Fundação prioriza pela
inserção do Método Canguru, a fundação é certificada pelo ministério da saúde, atualmente
conta com uma ala específica para atendimento dedicados aos cuidados dos bebês prematuros
atendidos pelo programa. O método consiste em cuidados multidisciplinares que envolvem três
etapas.

A primeira etapa começa no pré-natal de alto risco, seguindo de internação do RN de


baixo peso na Unidade Neonatal (Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ou na Unidade de
Cuidados Intermediários (UCI).

A segunda etapa, está relacionada ao ganho de peso do bebê prematuro que ainda não
recebeu alta, pois ainda não coordena adequadamente a sucção deglutição e necessita de
cuidados de equipe multidisciplinar, nessa etapa o bebê fica internado na enfermaria canguru,
estimulando maior participação materna (FSCMP, 2021).

A terceira etapa se caracteriza pelo acompanhamento da criança e da família no


ambulatório até o bebê atingir o peso mínimo para alta, mantendo-se a abordagem
biopsicossocial.
18

A partir da implantação do Método-Canguru, a FSCMP desde o ano de 2013, foi


reconhecida como referência estadual de atenção humanizada ao recém-nascido, esse modelo
de cuidados multidisciplinar tem por base evidências das especificidades da anatomia e
fisiologia do recém-nascido prematuro.

3.3 COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

Nas diversas áreas do conhecimento uso de tecnologias, seja ela como ferramenta de
comunicação, de gerenciamento e de assistência à saúde é uma realidade. Diante destas
atualizações não difere da área da saúde que vem mediando a área profissional com o
assessoramento de máquinas e equipamentos que são dispositivos que auxiliam nos processos
dos cuidados em atenção à saúde (AZEVEDO et al., 2021).

Para Santos et al., (2021) conceituam a comunicação em saúde como uma estratégia de
comunicação para produzir engajamento comunitário que disponibilize evidências diante da
construção das ações coletivas de enfrentamento nas crises de saúde pública.

Por outro lado, deve referenciar que as Tecnologias Digitais da Informação e


Comunicação (TIDC) são ferramentas disponibilizadas para a assistência da manutenção em
saúde comunitária está presente desde a década de 1975, em um universo de um sistema de
informação em saúde como pode ser reconhecido a criação do Sistema de Informação sobre a
Mortalidade (SIM) (SANTOS; SANTOS, 2022).

Santos e Santos (2022) discorrem que o uso das (TIDC) alavancaram em saúde no Brasil
no final de 2019 em virtude da Pandemia do Covid-19, havendo uma mudança de paradigma
na comunicação da assistência à Saúde.

Corroborando com isto, Azevedo et al., (2021) faz referência que as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC’s) em saúde são ferramentas que evidenciam vínculo entre
profissionais-clientes-comunidade para garantir a promoção eficaz da assistência em saúde.

Para evidenciar um exemplo de uso das tecnologias de comunicação para doação de


leite humano. A empresa Moringa Digital, desenvolveu um aplicativo que visa o fortalecimento
do banco de leite na região de Brasília - DF, o aplicativo “Amamenta Brasília”faz uso do
sistema operacional Androide e iOS (iphone) foi lançado na celebração do Dia Mundial de
Doação de Leite Humano no Distrito Federal. O APP Amamenta Brasília, tem como grande
expectativa evitar situações de desencontros das doadoras de LH com os bombeiros coletores,
outro ponto de destaque refere-se ao agendamento, com o uso do aplicativo as mães podem
19

receber notificações por meio de MSM, durante o recolhimento do LH, além de obter instruções
de coletas e a lista de todos os BLH disponíveis na região (AGÊNCIA BRASIL, 2017).

De acordo com a Agência Brasil (2017) reforça que o uso do APP Amamenta Brasília,
possibilitará a mãe agendar a coleta pelo aplicativo, pelo site ou por telefone por meio da opção
4 do 160, no qual são disponibilizados para a mãe 14 banco de leite ou posto de coletas de LH.

Diante disto, destaca-se que o aplicativo Amamenta Brasília foi desenvolvido em


parceria com a Secretária de Saúde do Distrito Federal e a Empresa Moringa Digital. Este
aplicativo foi reconhecido e conquistou o 3º lugar, concorrendo entre 11 candidatos, na 7ª
edição do Redes WeGov, em Florianópolis (SC). Com o uso do aplicativo avaliado por um ano
teve como resultado [...] Os dados de leite coletado em 2017, em comparação a 2016, apontam
o sucesso do aplicativo: foram 15.940 recebidos em 2016, enquanto no ano passado foi
17.080,90 litros.”.(MARTINS, 2018, p.1). Desse modo, busca-se na literatura apresentar os
tipos de comunicação em saúde.

3.3.1 Tipos de comunicação em saúde

Azevedo et al., (2021) apresenta que os tipos de comunicação em saúde, não estão
relacionados somente aos fármacos e produtos. Envolvem desde os procedimentos, os sistemas
organizacionais, faz referência às formas educacionais, estabelecem as informações,
desenvolvimento de suportes, sugerem a criação de programas e o desenvolvimento de
protocolos gerenciais em saúde.
SEAD SP (2021) enfatiza que as informações em saúde tanto como nos
estabelecimentos de saúde público e privado estão se apropriando do acesso das ferramentas
tecnológicas de informação e comunicação tais como: infraestrutura, TIC’s, e sistemas
informatizados para atendimento, gestão e segurança da informação.
Santos e Santos (2022) referem-se que os tipos de ferramentas de comunicação em
saúde, já se encontram garantidos com a promulgação das Leis sobre a Digitalização de
Prontuários do Paciente e da Lei Geral de Proteção de Dados.

3.3.2 Barreiras na comunicação em saúde

SEAD SP (2021) caracteriza que o grande desafio é o acesso universal na rede de


computadores (à rede web) em decorrência a pandemia do Covid-19, o cenário contribui para a
gestão da disponibilização dos serviços e integração do sistema por meio da via cabo de fibra
ótica totalizando 85% de acesso latente. Assim, como o acesso a rádio e via telefone ainda é
20

uma realidade de vários municípios do Brasil nas localidades mais remotos que abrangem um
15% que exigem maior velocidade para o uso de ferramentas que possibilitem procedimentos
cirúrgicos remotos e uso de ferramentas da realidade virtual em tratamentos assim como em
treinamentos/capacitação dos profissionais da área da saúde.

3.3.3 Estratégias e as ferramentas para comunicação efetiva

Nas contribuições de Azevedo et al., (2021) considera que as estratégias de


comunicação devem ser inovadoras no processo de cuidado e amplamente utilizadas com os
usuários. Porém, faz menção que os profissionais em saúde estejam capacitados para utilizar a
ferramenta de comunicação na prática assistencial. Além disso, o uso das ferramentas de
comunicação trabalha-se a viabilização da prática educativa, efetiva-se em garantir a facilitação
da confiabilidade e do fluxo de dados, em saúde o estabelecimento de rotinas e protocolos,
estabelece avaliações e cuidados com promoção de tomada de decisões.

Santos e Santos (2022, p. 1) apresentam a “Estratégia de Saúde Digital para o Brasil


2020-2028”, além de ressaltar o “Conecte SUS, a informatização da APS e a Rede Nacional de
Saúde Digital (RNDS).

3.3.4 Aplicativo como plataforma de interação e circulação da informação

O uso de tecnologias como ferramenta para orientar as mães sobre doação de leite e as
dificuldades com a amamentação, são recursos que cada vez mais vem contribuindo para o
sucesso das atividades dos BLH. Em 2016, a secretaria de saúde de Brasília lançou o aplicativo
Amamenta Brasília, o App foi um sucesso chegando a ser premiado (SARMENTO, 2017).

Segundo dados da Secretaria de Saúde de Brasília, o aplicativo é capaz de orientar sobre:


ordenha, armazenamento, critério para ser doadora, localização dos pontos de coletas, link para
localizar um Banco de Leite mais próximo através da Rede Brasileira de Banco de Leite.
(AGÊNCIA BRASIL, 2017). Outra experiência exitosa a nível de Brasil é o aplicativo móvel
para versão Android e IOS disponível e em funcionamento da Prefeitura de Taubaté, estado de
São Paulo. O aplicativo apresenta as seguintes informações: como doar; mitos e verdades; quem
pode doar; atividades do Banco de Leite; localização do BLH de Taubaté, assim como telefone
e horário de funcionamento e vídeos educativos relacionado amamentação.
21

4 RELATÓRIO DE QUALIFICAÇÃO

4.1 PARECER E SUA IMPORTÂNCIA PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE

O Parecer Técnico-Científico (PTC) é uma ferramenta de resposta rápida que dá suporte


à gestão e à tomada de decisão em saúde, baseada em evidências científicas. Sua execução e
conteúdo devem ser simplificados e de linguagem acessível (BRASIL, 2021)

Segundo o conselho federal de enfermagem (Cofen). O parecer técnico é uma


recomendação ou pronunciamento que serve como instrumento para subsidiar a tomada de
decisão no que se refere às atribuições de auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros .

Em 2013, o Ministério da saúde criou as diretrizes do Programa Nacional de Segurança


do Paciente e contribui para a qualificação do cuidado em saúde, com foco na segurança do
paciente com definições claras e objetivas expressas por meio de seis protocolos básicos
relativos às metas internacionais.

Segundo o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), a segurança do


paciente corresponde à redução ao mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado
ao cuidado de saúde, seguindo recomendações que foram elaboradas com objetivo de diminuir
os riscos de danos aos pacientes e maximizar a segurança. A segurança é uma oportunidade
que os serviços de saúde estão sempre em busca, e para isso, é necessário desenvolver
estratégias para garantir a segurança do paciente (BRASIL, 2014).

Segundo Berssanet (2019) a Acreditação tem aflorado em todo mundo como um sistema
de gestão, com necessidade de implantar padrões de controle e gestão de qualidade em serviços
de assistência à saúde.

Para Organização Nacional de Acreditação (ONA, 2022) essa metodologia de avaliação


externa da qualidade dos estabelecimentos de saúde, chamado de Acreditação, consiste em um
sistema de verificação contratado para determinar a conformidade com um conjunto de padrões,
avaliando assim os recursos institucionais. Por conta do avanço do processo de Acreditação, as
organizações têm se deparado com exigências cada vez maiores em termos de atendimento da
legislação vigente, adequada gestão e custos e satisfação dos usuários dos serviços. Daí a
importância de serviços institucionais utilizarem uma ferramenta que possibilite explanar
opiniões a avaliação do grau de satisfação dos clientes.

4.1.1 Comunicação efetiva no contexto dos serviços de saúde


22

As instituições de saúde pública no Brasil atendem uma parte significativa da demanda


dos usuários, por conta da grande demanda muitos serviços públicos precisam lançar mão de
ferramentas que possibilitem segurança e resolutividade para seus clientes. Nesse contexto
assistencial, Fraga et al., (2017) apontam que a utilização de um instrumento para efetividade
da segurança do paciente é imprescindível para desenvolver uma relação entre quem cuida e
quem é cuidado.

A respeito da relevância de uma política de comunicação institucional assertiva, Diniz


(2019) afirma que a comunicação é essencial e necessária para o ser humano, nas organizações
principalmente, visto que elas são formadas por pessoas, e são elas que definem o clima, cultura
e ações da empresa e, dessa forma que a comunicação causa impacto direto e indiretamente nas
ações do público-alvo.

De acordo com Barroso (2013) expõem que, a comunicação externa é a parte mais
visível de toda comunicação de uma instituição, o que justifica a preocupação excessiva dos
gestores, é através da comunicação externa que o público-alvo recebe informações que
possibilita conhecer a instituição e seus serviços.

As comunicações nas organizações institucionais são de grande importância para a


elaboração dos planos de ação a fim de atingir os objetivos da instituição. Segundo Diniz (2019)
a comunicação é essencial para o ser humano e que este, não consegue sobreviver sem a
comunicação e as instituições necessitam dispor de uma comunicação planejada e coordenada
envolvendo todas as ações institucionais.

Mas, para Lessa (2018) enfatiza que, a comunicação institucional precisa ir ao encontro
das demandas dos usuários dos serviços públicos com objetivo de atender os questionamentos,
dessa forma a administração pública atende o princípio da transparência.

Nesse contexto, observa-se que a comunicação interna e externa de um serviço de saúde


não pode ser realizada de qualquer forma, de qualquer jeito, ela precisa ser planejada e
coordenada em todas as ações. Perante isso, temos a política de segurança do paciente, a
comunicação efetiva é uma das seis metas internacionais para melhorar a segurança do paciente
no atendimento em saúde.

Os serviços de saúde que executam uma rotina guiada por um protocolo ou orientado
por um parecer científico, garantem maior segurança aos pacientes assistidos, já que, as
condutas padronizadas entre as equipes representam maior possibilidade de sucesso e menor
chances de falhas.
23

Do mesmo modo, as instituições que dispõem de um plano de Comunicação


Institucional (PCI) como integrantes das diretrizes e estratégias de comunicação, no campo das
práticas não só na teoria ou área das ideias, apresentam maiores chances de alcançar os objetivos
e metas da instituição consignada ao plano estratégico.
24

5 METODOLOGIA

A estratégia metodológica da pesquisa-ação utilizada para o desenvolvimento, por meio


de estudo de natureza exploratório, apoiado no termo oralidade transversal, com abordagem
quanti-quali. A pesquisa-ação, é o método capaz de envolver e interagir com os interesses
coletivos na resolução de problemas, importante na construção social de conhecimento ‘[...] a
pesquisa ação é um dos inúmeros tipos de investigação ação, que é um termo genérico para
qualquer processo que siga um ciclo no qual se aprimora a prática pela oscilação sistemática
entre agir no campo da prática e investigar a respeito dela (TRIPP, 2005).

A natureza exploratória da pesquisa, dá-se por meio do planejamento flexível,


permitindo o estudo de diversos ângulos e assim com aspectos. De modo que, utiliza-se o
levantamento bibliográfico; a entrevista e a análise para a compreensão do fenômeno
(PRODANOV, 2013).

A pesquisa é apoiada no termo oralidade, sofre interferência devido a produtos do


desenvolvimento científico e tecnológicos utilizados nas etapas da entrevista ou experiências
de pessoas e de grupos (MOREIRA; BARBOSA; DA CUNHA, 2014).

Na pesquisa se coletam e analisam os dados quantitativos utilizando-se de variáveis.


Este tipo de pesquisa identifica a natureza real, as relações, a estrutura e a dinâmica, determina
a força de associação ou a correlação entre variáveis que corroboram com a apresentação dos
resultados por meio da mostra referindo-se a uma determinada população (ESPERÓN, 2017).

Durante a pesquisa qualitativa, trabalha-se com os dados subjetivos, crenças, valores,


opiniões, fenômenos, hábitos (MINAYO, 2011). Contextualiza-se a história de vida dos
profissionais participantes da pesquisa, ou seja, chega-se ao nível de realidade que não pode ser
quantificada.

Desse modo, o método quanti-quali destina-se ao aprofundamento de dois métodos,


tornando-o, misto que vão evidenciar as etapas da pesquisa, a delimitação do problema, os
instrumentos de análise de dados para se chegar ao resultado.

Este estudo utilizou-se de duas abordagens qualitativa e qualitativa de natureza


exploratória. A primeira etapa da pesquisa foi realizada, após a aprovação do CEP da instituição
proponente. Na abordagem qualitativa optou-se pelo estudo de caso, na qual se descreveu a
realidade do Banco de Leite Humano, por meio da observação dos fatos e fenômenos reais da
rotina do serviço. Para isso foi realizado diálogo em formato de roda de conversa com os
profissionais, foi necessário a aplicação da pesquisa-ação visto que, em vários momentos foi
25

indispensável a interação com os participantes da pesquisa de campo com o intuito de


sensibilizá-los para a importância da participação e o preenchimento adequado de cada resposta.

O estudo foi realizado em uma maternidade pública da região norte do país, no estado
do Pará, localizada no município de Belém, trata-se de uma instituição de referência em saúde
da mulher e da criança, possui mais de 480 leitos, sendo 100% dedicada a atendimentos do
Sistema Único de Saúde. É também um Hospital escola e desde 1998, detém o título de Hospital
Amigo da Criança, concedido pelo Ministério da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para
a Infância e Adolescente (Unicef) aos estabelecimento de saúde que mantém iniciativa de
sensibilização ao aleitamento materno e Banco de Leite Humano.

Como programa de assistência, a instituição dispõe do Método Canguru, PAIVES - É o


Programa de Atendimento Integral às vítimas de Escalpelamento. A FSCMP é referência
estadual no atendimento às vítimas garantindo a essa demanda assistência integral. Outro
programa de grande relevância é o PROPAZ- Programa de atendimento exclusivo para crianças
e adolescentes (0 a 18 anos incompletos) vitimizados pela Violência Sexual. Seu objetivo é o
de promover atendimento integral, interdisciplinar e de qualidade às crianças e adolescentes
vítimas de violência sexual e suas famílias. Seus objetivos específicos são: oferecer
acolhimento psicossocial especializado; garantir os direitos básicos relacionados à saúde física,
emocional, mental e reprodutiva; Prevenir DST’s/AIDS, através de medidas profiláticas, nos
casos detectados até 72 horas; prevenir e/ou interromper a gravidez decorrente de Violência
Sexual, conforme a legislação.

➢ Diário de Campo

A pesquisa apresentou como critério de inclusão: Profissionais de nível médio e superior


que atuam no BLH e tenham no mínimo dois anos de serviço e que aceitaram o convite para
participar da pesquisa.

Participaram do estudo 19 profissionais que compõem a equipe multidisciplinar do


Banco de Leite Humano, profissionais que desenvolvem atividades distribuídas em três turnos,
manhã, tarde e noite, que após a leitura do termo de consentimento livre esclarecido (TCLE),
concordaram participar do estudo.

Os participantes foram convidados pessoalmente a participar do estudo, a coleta de


dados ocorreu no período de 07 de julho de 2022 a 21 de julho de 2022, A Equipe
26

multidisciplinar do Banco de Leite Humano atualmente é composta assim: (04 enfermeiros, 08


nutricionistas, 01 assistente social, 01 Biomédico e 15 técnicos de enfermagem).

Participaram do estudo 19 profissionais de nível médio e superior, a coleta de dados foi


presencial, com estratégias de divisão da amostra em vários grupos, a fim de obedecer a rotina
das escalas de serviço da equipe, sem interferir no desempenho das atividades de cada
participante.

O estudo foi realizado em uma maternidade pública da região norte do país, no estado
do Pará. A dinâmica da coleta de dados foi através de roda de conversas guiadas por um roteiro
estruturado, contendo perguntas abertas e fechadas.

No período da coleta, quatro profissionais encontravam-se de férias, cinco de atestado


e um por incompatibilidade de horário, não foi possível participar do estudo.

A amostra foi subdividida em seis grupos, com uma média de três pessoas por grupo,
totalizando seis reuniões em três turnos diferentes, manhã, tarde e noite, uma vez que, no
cenário da pesquisa, a rotina de trabalho acontece 24 horas. Além das dificuldades encontradas
por se tratar de um período pós pandemia, ainda é preciso citar as dificuldades de aplicar o
estudo nesse cenário pelo fato de as equipes trabalharem de segunda a segunda, incluindo finais
de semana e feriados, por isso, foi necessário dividir os participantes em vários grupos.

Os dados coletados foram descritos de forma qualitativa, descrevendo tendência de


atitudes e ou de opiniões a respeito da comunicação efetiva, permitindo fazer uma análise
reunindo prática e teoria, com profundidade o que a pesquisa-ação permite diante dos
depoimentos de cada participante.

Este estudo ocorreu por meio de três etapas reunindo prática e teoria, estimulando o
desenvolvimento de uma relação de confiança entre pesquisador e pesquisador.

A pesquisa aconteceu em três etapas sequencialmente, a primeira etapa foi a fase


exploratória.

➢ ETAPA 1: Fase Exploratória

A primeira etapa foi realizada, após submissão e aprovação do CEP 5.497.653 da


instituição proponente, essa fase prossegue por meio do diálogo, em formato de roda de
conversa com os profissionais do BLH da FSCMP, interação que foi guiado por um roteiro
(APÊNDICE D), a fim de construir um diagnóstico situacional da realidade, onde os
27

participantes da investigação contribuirão para o levantamento dos problemas prioritários e


necessidades do setor relacionado ao tema abordado.

➢ Seleção e aprovação dos participantes

A estratégia empregada na formação dos grupos ocorreu obedecendo a rotina da


Instituição, respeitando os horários das escalas de plantão e revezamento das equipes, por meio
de um convite feito individualmente aos participantes que atendiam os critérios de inclusão.

Os participantes selecionados que concordaram participar do estudo e assinaram o


termo TCLE (APÊNDICE B), receberam todas as orientações sobre o tema abordado e a
dinâmica da pesquisa e a importância da participação de cada profissional selecionado.

➢ Organização da Roda de conversa

A dinâmica da roda de conversa, ocorreu no período de 07 de julho de 2022 a 21 de


julho de 2022 no BLH, selecionados para o estudo. Nesse momento foram formados grupos
menores e o assunto do estudo foi colocado em debate para discussão, assim todos envolvidos
tiveram a oportunidade de colaborar com a construção do diagnóstico situacional do processo.

Para a realização do estudo trabalhou-se com um questionário estruturado com 10


questões, sendo 7 perguntas fechadas e 3 questões abertas, esse instrumento permitiu aos
participantes da pesquisa liberdade nas respostas em concordar e discordar e nos casos subjetivo
opinar ou sugerir.

As dinâmicas das rodas de conversas foram guiadas por um roteiro estruturado,


especialmente criado para essa finalidade, contendo perguntas abertas e fechadas abordando as
seguintes questões abertas:

As perguntas abertas utilizadas no questionário foram as seguintes:

• Na sua opinião: Existe barreira na comunicação entre equipe do BLH e usuárias do


serviço? Se sim, Cite a(s) barreira

• Cite uma ou mais sugestões para melhorias na comunicação interna e externa no BLH

• Você tem conhecimento sobre se o Banco de Leite utiliza ferramentas midiáticas como:
Sites, e redes sociais para divulgar e orientar mulheres sobre aleitamento materno? Se
sim, qual?
28

➢ ETAPA 2: Análise e Interpretação dos dados

As informações qualitativas, obtidas por meio da coleta de dados, passaram por um


processo de análise de conteúdo. Nas considerações de Bardin (2011), a análise de conteúdo
qualitativo tem por base a qualificação das vivências do participante por meio de transcrição e
análise de entrevista grupal.

➢ ETAPA 3: Parecer Técnico

Apresentação do parecer técnico para gestão do BLH, com sugestões de ferramentas e


estratégias para melhorias da comunicação efetiva com objetivo de desenvolver ações e ou
estratégias voltadas à promoção do aleitamento materno em um serviço de alta complexidade.

Para melhor visualização das fases da pesquisa, estão representadas na síntese da (Figura
1).

Figura 1 – Síntese das fases metodológica da pesquisa

Fonte: desenvolvida pela autora 2022.

5.1 ASPECTOS ÉTICOS

O estudo será realizado conforme exigências da Comissão Nacional de Pesquisa-


CONEP, contidos na Resolução 466/2012 o qual considera o respeito pela dignidade humana e
pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas. O projeto foi submetido para
análise e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa -CEP FSCMP sob a numeração 5.497.653
29

Considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco que se
justifique pelo benefício esperado. O dano ao pesquisador é eventual, podendo ser imediato ou
tardio de origem psicológica, intelectual e emocional devido à possibilidade de
constrangimento ao abordar o participante. E quanto à instituição, o risco de interferir nas
normas e rotinas dos serviços por ela estabelecido.

Riscos: Os participantes da pesquisa poderão correr o risco de ter a sua identidade


exposta, porém, será garantido o sigilo de seus dados pessoais durante a pesquisa, obedecendo
todas as exigências da resolução 466/2012. Assegurando ao participante ou voluntário a
privacidade de seus dados, sendo utilizado apenas um código alfanumérico para sua
identificação, caso contrário, caberá aos pesquisadores tomarem medidas para reparar o dano.
Como consta no Item 2.7 da Res. 466/12. Garantindo que os sujeitos da pesquisa que vierem a
sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua
participação, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização.

Benefícios: Com este estudo esperamos contribuir para reflexão e conhecimento dos
múltiplos benefícios que a comunicação efetiva pode proporcionar a um serviço de alta
complexidade que têm como usuário do binômio mãe/filho através dos serviços de um BLH.
Os benefícios Serão aplicáveis a qualquer outro hospital que tenha um BLH e que busca mudar
a realidade da instituição e causando impactos positivos na dinamização dos seus atendimentos,
possibilitando também ao participante a possibilidade do feedback dos serviços oferecidos pela
instituição e para o pesquisador a oportunidade de participar de todo de toda construção do
processo.
30

6 RESULTADOS

Os resultados foram obtidos seguindo a estrutura de 3 etapas com dados coletados por
meio de um questionário para se colher dos dados que foram relevantes para o aprimoramento
da pesquisa de BLH. Nas abordagens levantadas com os dados quantitativos referem-se as
perguntas fechadas e na sequência a análise de dados qualitativos originam-se das perguntas
abertas. Na (Tabela 1), apresenta-se a caracterização social de 19 (dezenove) participantes da
pesquisa.

Os resultados iniciam-se com a identificação da faixa etária dos participantes da


pesquisa. Segundo os dados levantados, os participantes da pesquisa com o maior número de
participantes (n=8) 42,1% estão dentro da faixa etária de 41 e 54 anos. Na sequência, aparecem
os participantes (n=7) 36,89% que estão acima de 55 anos. O menor índice de participantes
(n=4) 21,1% se encontram entre a faixa etária de 34 a 40 anos.

Tabela 1 – Caracterização social e laboral dos participantes

Características N %
Faixa etária (anos)
34 a 40 anos 4 21,1%
41e54 anos 8 42,1%
Acima de 55 anos 7 36,8%

Escolaridade
Graduação 3 15,8%
Pós-Graduação 7 36,8%
Mestrado 2 10,5%
Médio 7 36,8%

Grau de satisfação
Insatisfeito 0 0,0%
Pouco satisfeito 1 5,3%
Satisfeito 12 63,2%
Muito satisfeito 6 31,6%

Fonte: Elaborada pela autora, 2022

Para caracterizar a escolaridade dos participantes verificou-se que o maior índice


apresentado pelos participantes é de 36,8% (n=7) de pós-graduado e de igual modo, apresentou
o mesmo índice 36,8 % (n=7) de participantes de nível médio. A pesquisa apresentou um índice
de 15,8% (n=3) de participantes com graduação e um índice de 10,5% (n=2) participantes com
Mestrado. Para melhor visualização, os dados foram compilados no (Gráfico 1).

Gráfico 1- Caracterização da escolaridade


31

Fonte: Elaborada pela autora, 2022

Quando foi feito o questionamento sobre “Como você se sente em relação ao seu
trabalho desempenhado na captação e orientação sobre aleitamento materno?” Então, para
medir o grau de satisfação dos participantes (Gráfico 2), teve como maior índice 63,2% (n=12)
de satisfeito em relação ao seu trabalho na captação e orientação. Com a coleta dos dados
alcançou-se um índice de 31,6% (n=6) de participantes muito satisfeito. De acordo com os
dados coletados apresentou um menor índice 5,3% (n=1) de pouco satisfeito. Observa-se que a
assertiva “Insatisfeito”, não foi assinalada por nenhum dos participantes.

Gráfico 2 – Grau de satisfação

Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Nos estudos de Murri et al., (2020) destacam que os serviços de BLH, as nutrizes
recebem apoio para a resolução dos problemas. Neste contexto, a importância para o benefício
32

proporcionado ao aleitamento materno, pode mostrar a disposta contribuição em prol da


continuação da doação. No entanto, no decorrer desse processo, existem dificuldades para
organizar e manter uma equipe com grau de satisfação elevado que envolvem diferentes atores
e diversas áreas de conhecimento.

Dando continuidade a caracterização dos resultados no que tange a ferramenta de


comunicação e o BHL, obteve-se o seguinte resultado conforme (Tabela 2). A ferramenta de
comunicação mais utilizada está direcionada ao APP de MSG, que corresponde a 36,8%.
Verificou-se que 94,7% (N=18) dos Profissionais utilizam a Ferramenta de mídia para
comunicação, para caracterizar o item Comunicação X Resultados 82,2% responderam, sim.
Foi caracterizado que a ferramenta útil para a avaliação teve um índice de 42,9% (N=6),
ouvidoria, seguido do APP MSG + Telefone + Rede Social que atingiu um índice de 14,3%
(N=2).

Tabela 2 – Ferramenta de comunicação

Características N %
Ferramenta de Comunicação Interna)
Doc Circular 1 5,3%
APP de MSG 8 36,8%
APP = Telefone + Reunião + E-mail 1 5,3%
APP + DOC + Reunião 1 5,3%
Telefone 1 5,3%
APP de MSG+ Telefone 1 5,3%
APP de MSG + Reuniões 1 5,3%
Contato pessoal 1 5,3%
APP de MSG + Doc. Circular 2 10,5%
APP de MSG + Telefone + Bilhete 1 5,3%
Visita In lócus + comunicação Verbal 1 5,3%

Ferramenta Midiática
18 94,7%
Sim
0 0,0%
Não
1 5,3%
Talvez

Comunicação X Resultados
Sim 16 84,2%
Não 1 5,3%
Talvez 2 10,5%

Ferramenta útil para avaliação


APP de MSG + Telef. + Rede Sociais 2 14,3%
Desconheço qualquer forma de avaliação 1 7,1%
Instagram 1 7,1%
Ouvidoria 1 7,1%
Ouvidoria 6 42,9%
Ouvidoria + Rede Sociais 1 7,1%
Ouvidoria + Pesquisa de satisfação 1 7,1%
33

Telefone 1 7,1%

Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Foi direcionado aos participantes da pesquisa o seguinte questionamento. “Em relação


ao seu ambiente de trabalho qual a ferramenta mais utilizada para comunicação interna?”.
Observou-se nos dados coletados que a primeira ferramenta de comunicação utilizada pelos
participantes no ambiente de trabalho apontou um índice de 36,8% (n=8), a segunda ferramenta
que os participantes sinalizaram apontou um índice de 10,5% (n=2) de preferência como um
meio de comunicação interna e as demais ferramentas alcançaram o menor índice 5,3 % (n=1)
de cada participante. Para uma melhor visualização dos dados, estes estão identificados no
(Gráfico 3).

Gráfico 3- Ferramenta de comunicação interna

Fonte: Elaborada pela autora, 2022

As ferramentas de comunicação interna estão sendo disponibilizadas nas diversas áreas


de conhecimento. Observa-se que na área da saúde as ferramentas têm assumido um papel
importante no cotidiano do profissional. Dar-se destaque que as máquinas, equipamentos e os
diversos dispositivos de informações, podem ser disponibilizados para mediar o processo de
cuidar que podem auxiliar tanto os usuários como os profissionais na área da saúde (AZEVEDO
et al. 2021).
34

De acordo com Santos et al., (2021) descrevem que o uso de ferramentas de


comunicação por meio de aplicativos (APP) tem a funcionalidade de site, e qualquer tipo de
aplicativo que se utiliza com o propósito de acesso para auxiliar o atendimento em perfis oficiais
de saúde por meio de APP devem ser atualizados diariamente para que sejam contemplados e
como canal de divulgação de informações, notícias, site e SMS.

Ao verificar os dados coletados sobre o questionamento “Você acredita que as


ferramentas midiáticas (sites, redes sociais, app de mensagem) podem contribuir na divulgação
e orientação de famílias sobre aleitamento materno? Os participantes da pesquisa (n=18)
confirmaram que as ferramentas podem contribuir com a divulgação, orientação de famílias,
obteve o maior índice de assertiva sim ou 94,7% da maioria das respostas. Sob segundo plano,
as respostas ao questionamento de um participantes (n=1) atingiu um índice de 5,3% para a
assertiva (talvez). Para a inserção “não , as respostas foram zero. Foi elaborado o (Gráfico 4),
para melhor visualização das respostas.

Gráfico 4 – Ferramenta de Comunicação Midiática

Fonte: Elaborada pela autora, 2022.

Segundo a literatura, apontam que o uso de ferramenta de comunicação tanto de uso


interno como externo pode auxiliar no atendimento da demanda “[...] que chegam por telefone
ou pelas redes sociais [...] além do atendimento interno. As orientações e acolhimentos suprem
a necessidade tanto das questões do manejo clínico no aleitamento materno, dos direitos as
gestantes” (MARCHIORI et al., 2020, p. 4).

De acordo com Santos et al., (2021) apresentam que as ferramentas de comunicações


midiáticas quando utilizadas para a disseminação de informações de cobertura assistencial,
35

contratação profissional, rede disponível, ampliação de serviços, tratamento dos usuários,


insumos, equipamentos e dispositivos. Tais uso dessas ferramentas por meio de aplicativos
amplia as possibilidades de assistência, cuidados virtuais em saúde, informações sobre sintomas
e prevenção em saúde.

Dar-se destaque que, com a popularização da internet e das mídias sociais passaram a
demonstrar ser uma potência das ferramentas de comunicação gerando com isto, um processo
de midiatização na área da saúde. Desse modo, a utilização das mídias sociais, podem ser
utilizadas em todos os níveis de gestão, observando o tipo de linguagem textual e grafia
simplificada, sem ambiguidade ou a utilização de termos desnecessários por meio de imagens,
vídeos e ilustrações. As mídias sociais, quando pensadas e desenvolvidas de forma simples e
objetiva contribui para o processo de comunicação e orientação do usuário e dos profissionais
de saúde (SANTOS et al., (2021),

Com relação ao questionamento sobre “Você acredita que a dificuldade na comunicação


interna e externa afeta os resultados dos serviços do BLH?” A maioria dos participantes da
pesquisa (n=16) apontando um índice de 84,2%, responderam que sim, que a dificuldade afeta
os resultados dos serviços no BLH. Na sequência das respostas obtivemos dos participantes
(n=2) a sinalização de talvez que corresponde ao índice de 10,5%. Somente um participante
(n=1), o que corresponde a 5,3% das respostas, foi não. Os dados estão descritos no (Gráfico
5).

Gráfico 5 – Ferramenta de Comunicação X Resultados

Fonte: Elaborada pela autora, 2022.


A literatura faz referência que, as ferramentas tecnológicas de comunicação e de
informação são instrumentos importantes nos resultados quando se almejam atingir a prática
36

educativa em saúde, assim como disponibilizar informações, além de garantir confiabilidade


nos resultados, facilita o fluxo de dados e das informações . As ferramentas de comunicações,
podem ser utilizadas como estratégias para estabelecer rotinas, protocolos e podem
proporcionar avaliação no processo de cuidar Desta forma, as ferramentas de comunicação,
vem sendo utilizadas para tomada de decisão de gestores em conjuntos com os profissionais da
saúde (AZEVEDO et al., 2021).

Santos et al., (2021) analisam que as ferramentas de comunicação para trazer resultados
devem ter clareza na linguagem, ser observado o modelo de comunicação predominante,
verificar a dialogicidade, a diversidade de atores, e as considerações nos diferentes contextos
sociais . Além de direcionamento para formulação de estratégias de comunicação para se chegar
em um resultado favorável.

Em relação ao questionamento que foi levantado na pesquisa referente: A Comunicação


Efetiva é uma das seis metas internacionais para melhorar a segurança do paciente no
atendimento em saúde. No seu ambiente de trabalho, qual a ferramenta utilizada pelas usuárias
para avaliar os serviços prestados pela equipe?

Os resultados apontaram como a melhor ferramenta utilizada para avaliação em


respostas dos participantes (n=6) com um índice de 31,6% foi a ouvidoria. A segunda
ferramenta utilizada pela equipe profissional, os participantes (n=2) apresenta um índice de
14,3% das respostas de (APP de MSG + Telef. + Rede Sociais). Neste contexto, nas alternativas
de respostas tiveram um baixo índice 7,1% (n=1) de cada resposta dos participantes. Desta
forma, os dados estão expressos no (Gráfico 6), para a possível consulta.

Gráfico 6- Ferramenta para avaliação dos serviços do BLH

Fonte: Elaborada pela autora, 2022.


7 DISCURSSÕES
37

Para análise das discursões, direcionamos as considerações de Flogliano et al., (2020)


descrevem as ferramentas utilizadas com o objetivo de aperfeiçoamento do processo nos
serviços do BLH. Sugere uma listagem que pode ser inclusa como ação educativa, análise
crítica, uso de novas tecnologias, mapeamento do fluxo, ciclo PDCA (permite uma visão
gerencial de todos os processos que envolve o Leite Humano - LH). Os autores enfocam, ao se
fazer o uso de ferramentas devem ter o foco que elas contribuam para avaliar, aperfeiçoar e
monitorar a variabilidade dos processos do BLH. Sugere ainda que, o uso de ferramentas,
permitem a manutenção de bons resultados, melhoria no padrão de qualidade dos serviços e
controle do processo.

Segundo Flogliono et al., (2020) descrevem que todo o cenário do BLH, com a
implantação de ferramentas geram em torno de uma ferramenta que pode ser simples até as
mais abrangentes moldadas de análise crítica que se apresentam como uma oportunidade de
melhoria na qualidade de atendimento dos usuários e das equipes do BLH.

Dando prosseguimento para obtenção dos resultados diante de um roteiro especialmente


criado para essa pesquisa, foi feito o seguinte questionamento: "Na sua opinião: Existe barreira
na comunicação entre equipe do BLH e usuárias do serviço? Se sim, Cite a (s) barreira”.
Obteve-se como respostas dos participantes:

“Falta de espaço para as mães, falta de roda de conversas”; (p1)


“Falta de vídeos e mídias”; (P,2)
“Falta de recursos humanos”; (p.3)
“Uso de aparelho celular no momento da abordagem”; (P.4)
“Falta de mídias sociais”; (P.5)
“Barreira no acolhimento: humanizar atendimento, distração com uso de celular
durante atendimento, ideias preconceito e julgamento em relação à mãe que não pode
ou decide não ser presente”; (P.6)
“A comunicação gerencial (reunião) para tomar vista para equipe nem sempre é
feita”; (P.7)
“Prender atenção da mãe na hora da orientação das entrega dos frascos. problemas
emocionais as deixa distraídas”; (p.8)
“Melhorar a comunicação interna”; (p.9)
“dificuldade de acesso ou melhor de uma ferramenta que facilite a comunicação”;
9P.10)
“Melhorar as mídias a partir do ano todo, não só em época de campanha”; (P.11).

Observou-se, diante destas respostas que a relação mídias sociais, aplicativos de


informações, comunicação gerencial, melhora da comunicação interna e as dificuldades de
acesso a informações e principalmente o almejo de se ter uma ferramenta de facilitação da
comunicação, foram itens apontados nas respostas dos participantes da pesquisa.
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Nos estudos de Santos et al. (2021) destaca que as práticas de comunicações nos espaços
institucionais podem ser uma ferramenta estratégica para contribuir com o fluxo de elementos
e informações que contribuam com a tomada de decisões, construção de conhecimento de redes
midiáticas, expansão da comunicação e a popularização do acesso aos serviços de saúde. Dessa
forma, considera-se que as ferramentas de comunicação e educação em saúde são relevantes e
possibilitam o acompanhamento de informações e interação social de usuários e profissionais
de saúde.

Nos estudos de Azevedo et al. (2021) enfoca que, as ferramentas de comunicação,


podem ser utilizadas como uma ferramenta de auxílio a transformação do processo de trabalho
na área da saúde, atenção aos cuidados e concerne à sua implementação.

Outro ponto que foi colocado para os participantes da pesquisa responderem refere-se
em “Cite uma ou mais sugestões para melhorias na comunicação interna e externa no BLH”.
As respostas dos participantes indicam sugestões na melhora da comunicação que devem ser
observadas e aproveitadas:

“Propagandas nas redes sociais 24h”; (P.1)


“Uso de redes sociais, parceria com a comunidade, reunião entre equipes do setor,
gerência precisa colocar para os colaboradores os andamentos dos projetos e eventos
e ações do setor”; (P.2)
“Caderno de anotações na distribuição, rodas de conversas”; (P.3)
“Uso de tecnologias de imagem e vídeo, acrescentar ao mapa de prescrição as
mudanças com horário e assinatura de quem fez a mudança, criar grupo de App de
mensagens para usuárias ou pegar o número da usuária e enviar todas as
informações que foram fornecidas de forma verbal, caixinha ou prancheta para fixar
cadastro de doadora via telefone”; (P.4)
“atualização em tempo real do mapa de prescrição”; (P.5)
“Uso do telefone para cadastro de futuras doadoras, cadastrar, fotografar e mandar
no zap da equipe dos bombeiros”;(P.6)
Comunicação interna: Falta um roteiro para as mudanças de dieta. Externa:
carência de meio para fornecer informações sobre funcionamento dos serviços e
demandas”; (P.7)
“Melhora relações interpessoais, treinar equipe para atender de forma humanizada.
Usar as redes sociais , implantar atendimento em rede,como msg em app. Implantar
estratégia como uso de fonia, tv com vídeos educativos sobre amamentação, acolher
mães da NEO e do ALCON, usar meios de comunicação (digital,tv,rádio) durante o
ano todo”; (.8)
“Comunicação interna: Passagem de plantão e intercorrências, definir uso de livro
de ordem e ocorrência para tal”; (P.9)
“Na hora da orientação para coleta de leite em casa, que seja feita orientação com
clareza”; (P.10)
“Entrega e panfletos resumindo as orientações sobre ordenha, armazenamento e
transporte do leite de mães do berçário e uti”;(P.11)
“Apresentação de vídeos educativos sobre amamentação na sala de apoio”; (P.12)
“Comunicação em tempo certo, pois quando tem intercorrências de falta de material,
falta de servidor, dúvidas sobre o trabalho é difícil conseguir falar com alguém
responsável”; (P.13)
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“Interna: criar um canal que os servidores sejam direcionados para tratar de


assuntos pertinentes. (P.14)
Externa: Além de criar um canal( ferramenta) de orientação pertinentes aos serviços
do BLH. Além, informações”; (P.17)
“Melhorar o quadro informativo, reativar uma mídia só para comunicar, criar um
Instagram do BLHU”;(P. 18)
“Comunicação interna por zap, vídeos na sala de apoio e corredores, folder
interativo e impressos”. (p.19).

Foi colocado pelos participantes da pesquisa que o uso de redes sociais, atualização em
tempo real de informações, criação de grupos no “App de mensagens para usuárias ou pegar o número
da usuária e enviar todas as informações que foram fornecidas de forma verbal, caixinha ou prancheta para fixar
cadastro de doadora via telefone”, assim como uso do telefone para cadastramento de usuários, entre outras formas
de uso da ferramenta de comunicação iriam contribuir para a melhoria no processo do BLH.

Nos estudos de Marchiori et al., (2020) descreve sobre as ações de estratégias de


manutenção de serviços nos BLH por meio digitais, foram evidenciadas no campo de atuação
em diversos ambientes intersetores e externos ao BLH, com devida manutenção dos serviços
digitais de forma a garantia da amamentação. Além disso, as ferramentas de comunicação
devem pelo menos serem aproveitadas para a transmissão dos serviços básicos e serem
adaptadas para o suporte e promoção da amamentação e sim a utilizar as vias de comunicação
dando como exemplo o envio de orientações e cuidados e de ordenha, entre outros por via direta
no aplicativo de mensagem.

Murri et al., (2020) sugere a necessidade de avaliação do uso de aplicativos móveis que
facilitem o maior número de doadoras para o BLH, considera ainda que, a avaliação e a
relevância e aplicabilidade da ferramenta de comunicação contribui com a equipe de saúde e
pode disseminar conhecimento técnicos e ressalta ainda a importância da interdisciplinaridade,
além de apontar as dificuldades que envolvem diferentes as diferentes áreas da saúde.

Por fim, outro questionamento levantado para os participantes da pesquisa “Você tem
conhecimento sobre se o Banco de leite utiliza ferramentas midiáticas como: sites e redes
sociais para divulgar e orientar mulheres sobre aleitamento materno? Se sim, quais?” Obteve-
se como respostas:

“Tv aberta local”; (p.8)


“O banco uso papel tipo folder’; (P.9)
“Tv aberta e redes sociais da instituição”; (P13)
“Período de campanhas em canais aberto local”;(P;16)
“Utiliza redes sociais da instituição”; (P.17)
“Mas falta mais comunicação, como rodas de conversas e orientações internas
frequentes. Que os serviços social interagisse mais nas comunicações”;(P.18)
“Só em épocas de campanhas, como semana mundial do aleitamento materno”;
“Usar redes sociais”; (p.19)
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Diante do que foi colocado pelos participantes da pesquisa, destaca-se os estudos de


Fogliano et al (2020) destaca que o uso de ferramentas de comunicação vem contribuindo para
a intervenção da gestão de qualidade utilizada pelos profissionais que atuam no BLH, nos seus
estudos identificou que foi relevante por possibilitar o conhecimento de ferramentas de
comunicação que poderiam ser utilizadas por profissionais que atuam no BLH. Sendo assim,
ainda sugere que o uso de ferramenta de comunicação no BLH, é uma estratégia promissora
para a melhoria da qualidade do serviço.

Para Murri et al., (2020) sugere o uso de aplicativo no BLH, para a facilitar o
agendamento de coleta, visita domiciliar, que seria uma via de informação do motivo do
cancelamento, opções e dicas de aleitamento materno, ou seja, sugere-se um canal de
comunicação. Desse modo, observa ainda que os aplicativos surgem como uma proposta
educacional para disseminar informações em diversos contexto do BLH.
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8 PERSPECTIVA FUTURA DO PRODUTO

Apresentar o parecer técnico para média gestão como sugestão de estratégias para
execução e implementação de uma ferramenta capaz de favorecer comunicação efetiva entre
usuárias e equipe multidisciplinar de um serviço de alta complexidade.

Propor a gestão um momento para apresentar à equipe multidisciplinar a devolutiva do


estudo.

Possibilitar o uso de dados desse estudo como referência para produzir um Parecer
técnico sobre a atuação do Enfermeiro como responsável técnico dos serviços de Banco de Leite
Virtual.

Apresentar uma proposta de criação e validação de aplicativo móvel acessível e prático


baseado em um diagnóstico real, a fim de solucionar as barreiras que interferem na promoção
e proteção ao aleitamento materno visando a promoção do aleitamento materno como projeto
de doutorado.

Em síntese, as perspectivas têm como base:

➢ Registro do produto (Edu Capes);

➢ Validação do produto;

➢ Publicações de 2 artigos científicos.


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9 CONCLUSÃO

Este estudo atingiu seu objetivo ao elaborar um parecer técnico após realizar o
diagnostico situacional com levantamento das problemáticas prioritárias do cenário, o que
contribui para responder a hipótese do estudo.
Compreende-se que, a inexistência de impedimento para subsidiar a construção de uma
estratégia que favoreça a comunicação efetiva entre usuárias e profissionais do Banco de Leite
Humano (BLH)- Dr. João Aprígio – da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará - FSCMP,
ferramenta capaz de promover o aleitamento materno e a mobilização da sociedade como
suporte às demandas das mulheres.
Desta forma, a utilização de tecnologias como ferramenta de comunicação efetiva é
importante para o gerenciamento da comunicação e interação entre a equipe do Banco de Leite
e as usuárias do serviço.
Destaca-se que, o produto desse estudo é inovador para tomada de decisão da gestão
não só do BLH, mas como de outras instituição de saúde. O instrumento gerado neste estudo,
ou seja, o parecer elaborado, foi protocolado na gerência do Banco de Leite e agendado para
ser apresentado aos participantes da pesquisa.
Ante ao exposto a utilização de aplicativo móveis ou aplicativos de mensagens
instantâneas, favorecem a comunicação e a participação da comunidade. Os benefícios serão
aplicáveis a qualquer outro hospital que tenha um BLH e que busca mudar a realidade da
instituição e causando impactos positivos na dinamização dos seus atendimentos, possibilitando
também ao participante a possibilidade do feedback dos serviços oferecidos pela instituição e
para o pesquisador a oportunidade de participar de todo de toda construção do processo.
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TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.


31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005 Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf. acesso em 28 de junho 2020.

UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo. Banco de Leite Humano da UNIFESP


Lança Campanha para Doação de Leite Materno. São Paulo, 2019. Disponível em:
https://www.unifesp.br/noticias-anteriores/item/3701-banco-de-leite-humano-da-unifesp-
lanca-campanha-para-doacao-de-leite-materno. Acesso em: 17 de fev. de 2022.
48

APÊNDICE A – PARECER TÉCNICO


GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ
DIRETORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROGRAMA DE PÓS -GRADUAÇÃO EM GESTÃO E SAÚDE NA AMAZÔNIA
MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO E SERVIÇOS EM SAÚDE

NILCE VANIA NUNES DA COSTA SILVA

PARECER TÉCNICO - PARA SUBSIDIAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE


USUÁRIAS E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE UM BANCO DE LEITE HUMANO
DA AMAZÔNIA ORIENTAL

BELÉM-PA
2022
49

NILCE VANIA NUNES DA COSTA SILVA

PARECER TÉCNICO - PARA SUBSIDIAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE


USUÁRIAS E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE UM BANCO DE LEITE HUMANO
DA AMAZÔNIA ORIENTAL

Este Parecer Técnico é um produto parcial da


Dissertação de Nilce Vania Nunes da Costa Silva
apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Gestão e Saúde na Amazônia – Mestrado
profissional da Fundação Sanata Casa de
Misericordia do Pará.

BELÉM-PA
2022
50

RESUMO
Introdução: Neste Parecer Técnico apresenta uma análise sobre o gerenciamento de
ferramentas utilizadas pelos Bancos de Leite Humano no Brasil. Evidencia-se que, os serviços
oferecidos pelos Bancos de Leite Humano são desempenhados por uma equipe multidisciplinar
responsável pela promoção e proteção do aleitamento materno. Objetivo: possibilitar o
gerenciamento das seguintes estratégias de comunicação efetiva para a rede de atendimento dos
usuários com a instituição e a equipe multidisciplinar. Metodologia: construir um diagnóstico
situacional da realidade, onde os participantes da investigação contribuíram para o
levantamento dos problemas prioritários e necessidades do setor relacionados ao tema
abordado. A população da pesquisa contou com 29 participantes, a amostra foi de 19
entrevistados. No período da coleta , quatro profissionais encontravam-se de férias, cinco de
atestado e um por incompatibilidade de horário, não foi possível participar do estudo.
Resultado: Em relação às respostas dos questionamentos referente a existência de barreiras na
comunicação inferidos a equipe multiprofissional, foi constatado que 78,9% dos profissionais
responderam, sim. Enquanto, 10,5%, respondeu talvez e 5,3% responderam, não. Em relação
às sugestões para a melhoria da comunicação interna, a equipe multiprofissional apresentou um
índice de 36, 8% a da necessidade de um APP de Mensagem, seguidos de 10,5% para um APP
de Mensagem + Documento Circular. No terceiro questionamento, verificou-se que 89,5% dos
entrevistados possuem o conhecimento sobre as ferramentas midiáticas, 5,3% dos participantes
entrevistados relataram a incerteza do talvez e na mesma proporção de 5,3% argumentou que
não. Os entrevistados relataram ainda sobre quais ferramentas midiáticas o BLH utilizam a
ouvidoria 57,9%., 10,5% relataram sobre o APP de mensagem e Telefone. Enquanto 5,3%
Instagram. Conclusão: Os benefícios serão aplicáveis a qualquer outro hospital que tenha um
BLH e que busca mudar a realidade da instituição e causando impactos positivos na
dinamização dos seus atendimentos, possibilitando também ao participante a possibilidade do
feedback dos serviços oferecidos pela instituição e para o pesquisador a oportunidade de
participar de todo de toda construção do processo.
Palavras- chave: APP de mensagens. BLH, Parecer Técnico.
51

ABSTRACT

Introduction: This Technical Opinion presents an analysis on the management of tools used
by Human Milk Banks in Brazil. It is evident that the services offered by Human Milk Banks
are performed by a multidisciplinary team responsible for promoting and protecting
breastfeeding. Objective: to enable the management of the following effective communication
strategies for the service network of users with the institution and the multidisciplinary team.
Methodology: build a situational diagnosis of reality, where the research participants
contributed to the survey of priority problems and needs of the sector related to the topic
addressed. The research population had 29 participants, the sample consisted of 19 respondents.
During the collection period, four professionals were on vacation, five on sick leave and one
due to schedule incompatibility, it was not possible to participate in the study. Result:
Regarding the answers to the questions regarding the existence of communication barriers
inferred from the multidisciplinary team, it was found that 78.9% of the professionals answered
yes. While 10.5% answered maybe and 5.3% answered no. Regarding suggestions for
improving internal communication, the multidisciplinary team presented an index of 36.8% for
the need for a Message APP, followed by 10.5% for a Message APP + Circular Document. In
the third question, it was verified that 89.5% of the interviewees have knowledge about media
tools, 5.3% of the interviewed participants reported the uncertainty of maybe and in the same
proportion of 5.3% argued that they did not. Respondents also reported on which media tools
the HMB uses the ombudsman 57.9%., 10.5% reported on the message APP and Telephone.
While 5.3% Instagram. Conclusion: The benefits will be applicable to any other hospital that
has a HMB and that seeks to change the institution's reality and causing positive impacts in the
dynamization of its services, also allowing the participant the possibility of feedback on the
services offered by the institution and for the researcher to opportunity to participate in the
entire construction of the process.

Keywords: Messaging APP. BLH, Technical Opinion.


52

PARECER TÉCNICO Nº 0001/2022

EMENTA: Elaborar um parecer técnico


multidisciplinar para subsidiar a construção de
uma estratégia que favoreça a comunicação
efetiva entre usuárias e profissionais do Banco
de Leite Humano – BLH.

1 RELATÓRIO:

Trata-se da emissão de um Parecer, Relatório Técnico Conclusivo pela parecerista do


Programa de Pós-Graduação em Gestão e Saúde na Amazônia Mestrado Profissional Gestão e
Serviços em Saúde sobre estratégias para comunicação efetiva da equipe multidisciplinar em
Banco de Leite Humano (BLH)- Dr. João Aprígio – da Fundação Santa Casa de Misericórdia
do Pará - FSCMP, destinado à promoção do aleitamento materno.

2 FUNDAMENTAÇÃO E ANÁLISE

Se faz pertinente primeiramente demonstrar uma análise sobre o gerenciamento de


ferramentas utilizadas pelos Bancos de Leite Humano no Brasil. Evidencia-se que, os serviços
oferecidos pelos Bancos de Leite Humano são desempenhados por uma equipe multidisciplinar
responsável pela promoção e proteção do aleitamento materno apoiando mães que apresentam
dificuldade para amamentar e executar atividade de coleta, controle de qualidade, pasteurização
e distribuição do leite pasteurizado e in natura (FIOCRUZ, 2020).

Sarmento (2017) destaca que a Rede Brasileira de Banco de Leite Humano é a maior
em nível mundial tem como objeto de sustentação a ação coordenada, a pesquisa e o
desenvolvimento tecnológico com baixo custo operacional com atendimento da demanda
brasileira.

Outra questão que deve ser evidenciada, refere-se ao uso de tecnologias como
ferramenta para orientar as mães sobre doação de leite e as dificuldades com a amamentação,
são recursos que cada vez mais vem contribuindo para o sucesso das atividades dos BLH.
Devido a isto, foi desenvolvido BLHWeb, que oferece acesso de interação por via internet no
qual mantém, periodicamente atualizada o Banco de Dados Central do Sistema, possibilitando
a conexão entre doadores e receptores, agilidade e praticidade de atendimento ao usuário,
53

administração de estocagem do leite humano, o uso do receptor e a distribuição final (BRASIL,


2009).

Desta forma, com todo esse aparato tecnológico de gerenciamento do sistema do Banco
de Leite Humano - BLH, possibilita o gerenciamento das seguintes estratégias de comunicação
efetiva para a rede de atendimento dos usuários com a instituição e a equipe multidisciplinar:

Utilização dos recursos computacionais para controlar e avaliar todo o processo de


cadastramento, controle, estoque e seleção do produto, gerenciar a captação de doadoras e de
receptores;

• Permissão de acesso total as informações acerca dos produtos e processos


relacionados à Rede BLH;
• Controle e monitoração do estoque, possibilitando a distribuição do produto ao
lactário e a outros Bancos de Leite Humano;
• Acompanhamento e consulta das informações sobre recursos humanos,
condições ambientais e equipamentos de cada banco de leite e posto de coleta;
• Demonstrativo da produção por período, permitindo ao gestor incluir, alterar,
excluir e visualizar com detalhes a produção;
• Garantia na qualidade nas informações em todo processo de manipulação do
leite humano [...];
• Agiliza todos os processos de trabalho dentro de um Banco de Leite Humano;
• Cadastramento de doadores, receptores, profissionais e estabelecimentos de
saúde [...];
• Transmissão de informações entre os Bancos de Leite centralizando no Instituto
Fernandes Figueira - IFF/RJ — gestor nacional.(BRASIL, 2009, p. 2-3).
Ainda para fundamentar esta análise, cabe destacar, que em 2016, a secretaria de saúde
de Brasília lançou o aplicativo Amamenta Brasília, o App foi um sucesso chegando a ser
premiado (SARMENTO, 2017).

O aplicativo de celular Amamenta Brasília, premiado em seu lançamento, teve sua


estreia na Estação Águas Claras. O software disponível na App Store e na Play Store,
compatível para Android e IOS, foi impulsionado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal
e segundo o site do Estado de Brasília a tecnologia continua sendo uma das formas de
comunicação e captação de doadoras até os dias atuais. (DF.GOV, 2022).
54

Murri (2022) considera que a importância de desenvolver ações assistenciais e


educativas voltadas à promoção da amamentação e à doação de leite materno, motiva a
sociedade e garante suporte e atenção integral às demandas das mulheres.

Diante da análise desta discussão, a fim de construir um diagnóstico situacional da


realidade, onde os participantes da investigação contribuíram para o levantamento dos
problemas prioritários e necessidades do setor relacionados ao tema abordado.

Desta forma, por meio do diálogo, em formato de roda de conversa com os profissionais
do BLH, que atuam no cenário da pesquisa FSCMP, foi realizado no período de 07 de julho de
2022 a 21 de julho de 2022 a coleta de dados. A dinâmica da coleta de dados aconteceu
respeitando a rotina das escalas de serviços, a fim de não interferir no desempenho das
atividades dos participantes da pesquisa . Como forma de organização para realização das rodas
de conversas foi necessário a formação de subgrupos, com um média de 3 a 4 pessoas por grupo,
totalizando seis reuniões em todos os turnos e finais de semana.

Da população total de 29 participantes, a amostra foi de 19 entrevistados. No período da


coleta , quatro profissionais encontravam-se de férias, cinco de atestado e um por
incompatibilidade de horário, não foi possível participar do estudo.

Os participantes selecionados que concordaram participar do estudo, após assinarem o


termo TCLE, receberam todas as orientações sobre o tema abordado, orientações sobre a
dinâmica da pesquisa e a importância da participação de cada profissional selecionado.

Em relação a equipe multidisciplinar do Banco de Leite Humano atualmente é composta


por: (04 enfermeiros, 06 nutricionistas, 01 assistente social e 16 técnicos de enfermagem).

O assunto do estudo foi colocado em debate para discussão a cada reunião de subgrupo,
assim todos os profissionais envolvidos tiveram a oportunidade de debater o assunto e colaborar
com a construção do diagnóstico situacional do processo.

A dinâmica das rodas de conversas foi guiada por um roteiro estruturado, especialmente
elaborado para essa finalidade, contendo perguntas abertas e fechadas abordando as seguintes
questões abertas:

1. Na sua opinião: Existe barreira na comunicação entre equipe do BLH e usuárias do


serviço? Se sim, Cite a(s) barreira.

2. Cite uma ou mais sugestões para melhorias na comunicação interna e externa no


BLH.
55

3. Você tem conhecimento sobre se o Banco de Leite utiliza ferramentas midiáticas


como: Sites, e redes sociais para divulgar e orientar mulheres sobre aleitamento materno? Se
sim, qual?

Em relação às respostas dos questionamentos referente a existência de barreiras na


comunicação inferidos a equipe multiprofissional, foi constatado que 78,9% dos profissionais
responderam, sim. Enquanto, 10,5%, respondeu talvez e 5,3% responderam, não. Em relação
às sugestões para a melhoria da comunicação interna, a equipe multiprofissional apresentou um
índice de 36, 8% a da necessidade de um APP de Mensagem, seguidos de 10,5% para um APP
de Mensagem + Documento Circular. No terceiro questionamento, verificou-se que 89,5% dos
entrevistados possuem o conhecimento sobre as ferramentas midiáticas, 5,3% dos participantes
entrevistados relataram a incerteza do talvez e na mesma proporção de 5,3% argumentou que
não. Os entrevistados relataram ainda sobre quais ferramentas midiáticas o BLH utilizam a
ouvidoria 57,9%., 10,5% relataram sobre o APP de mensagem e Telefone. Enquanto 5,3%
Instagram,

Nestes termos, verifica-se segundo Diniz (2019) a comunicação é essencial e necessária


para o ser humano para subsidiar a construção de uma estratégia que favoreça a comunicação
efetiva entre , nas organizações visto que elas são formadas por pessoas, e definem o clima,
cultura e ações da empresa, é dessa forma que a comunicação causa impacto direto e
indiretamente nas ações do público-alvo.

Nas contribuições de Azevedo (2021) considera que as estratégias de comunicação


devem ser inovadoras no processo de cuidado e amplamente utilizadas com os usuários. Porém,
faz menção que os profissionais em saúde estejam capacitados para utilizar a ferramenta de
comunicação na prática assistencial. Além disso, o uso das ferramentas de comunicação
trabalha a viabilização da prática educativa, efetiva-se em garantir a facilitação da
confiabilidade e do fluxo de dados, em saúde o estabelecimento de rotinas e protocolos,
estabelece avaliações e cuidados com promoção de tomada de decisões.

3 ANÁLISE CONCLUSIVA

Diante do exposto, compreende-se que a comunicação é essencial e necessária em todos


os serviços de saúde, a possibilidade do uso de ferramentas de comunicação despertou grande
interesse do público selecionado para o estudo e inclui também que há possibilidades para
construção de uma estratégia que favoreça a comunicação efetiva entre usuárias e profissionais
do Banco de Leite Humano (BLH)- Dr. João Aprígio – da Fundação Santa Casa de Misericórdia
56

do Pará - FSCMP, destinado à promoção do aleitamento materno e a mobilização da sociedade


como suporte às demandas das mulheres.

Considera-se a elaboração de um planejamento estratégico em parceria com Assessoria


de Comunicação (ASCON) da FSCMP em conjunto com a coordenação responsável pela
gestão do setor a fim de seja alinhado com a disponibilidade da equipe multidisciplinar do BLH,
para fornecer informações na atualização das ferramentas disponibilizada para interação entre
usuários e equipe.

Recomenda-se, que as atualizações na ferramenta de interação com os usuários sejam


inseridas por profissionais do BLH, que melhor identificam e dominam o assunto que deve ser
abordado sobre a promoção do aleitamento materno em comparação a equipe técnica de
comunicação da instituição.

Compreende- se ainda que a utilização de aplicativo móveis ou aplicativos de


mensagens instantâneas, favorecem a comunicação e a participação da comunidade.

Os benefícios serão aplicáveis a qualquer outro hospital que tenha um BLH e que busca
mudar a realidade da instituição e causando impactos positivos na dinamização dos seus
atendimentos, possibilitando também ao participante a possibilidade do feedback dos serviços
oferecidos pela instituição e para o pesquisador a oportunidade de participar de todo de toda
construção do processo

Ante ao exposto as mídias sociais favorecem a comunicação e a participação da


comunidade, desse modo, a criação de um canal de interação direta entre equipe
multidisciplinar e usuárias se faz necessária, seja através de um aplicativo de mensagem de
conversas simultâneas ,coordenada por profissional do Banco de Leite como moderador assim
garantindo a harmonia e boa convivência entre os membros.

Este é o parecer, salvo melhor juízo

Belém, 04 de Julho de 2022.

_____________________________________
Nilce Vania Nunes da Costa da Silva
57

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, S. L. de. et al. A Tecnologia de Informação e Comunicação em Saúde: vivência


e prática educativa no Programa HIPERDIA. Brazilian Journal Development. v. 7. n. 3,
2021. Disponível em:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/26860/21253. Acesso em 05
de Jul. de 2022.

Amamenta Brasília ganha aplicativo de celular para doadoras. Df.gov.com, 2019. Disponível
em: Amamenta Brasília ganha aplicativo de celular para doadoras – GOVERNO DO
DISTRITO FEDERAL (www.df.gov.br)

BRASIL, .BLHWeb Sistema de Gerenciamento de Bancos de Leite Humano. Normas e


Manuais Técnicos de Operação: Brasília, 2009. Disponível em:
httpshttps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pdoc/MNL-GPSL-PDOC-BLHWeb-
ManualOperacao-Edicao2.0.pdf. Acesso em: 04 de Jul. de 2022.

DINIZ, Edison Silva. Comunicação Institucional: a comunicação e sua contribuição para o


processo educacional no Instituto de Ensino Superior Franciscano – IESF no município de
Paço de Alumiar – Maranhão – Brasil, 2019.

FIOCRUZ. Campanhas. In: Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em:
https://rblh.fiocruz.br/campanhas. Acesso em: 27 abr. 2021.

MURRI, Lucimar Andrade Cardoso et al. Aplicativo móvel para gerenciamento do processo
de captação domiciliar de leite humano. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2022, v. 35
[Acessado 19 Agosto 2022] . Disponível em: <https://doi.org/10.37689/acta-
ape/2022AO03161>. Acesso: 18 de Ago. de 2022

SARMENTO, L. Amamenta Brasília ganha aplicativo de celular para doadoras. Brasília:


Agência Brasília, 2017. Disponível em:
https://www.agenciabrasilNeonatal.ia.df.gov.br/2017/05/19/amamenta-brasilia-ganha-
aplicativo-de-celular-para-doadoras/. Acesso: 04 DE Jul. de 2022.
58

APÊNDICE B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Eu,_____________________________________________________(idade),_______
_______(estado civil),________________________(profissão),_______________________________
(endereço)_____________________________________RG _________________, estou sendo
convidado a participar de um estudo denominado: Elaborar um parecer técnico para subsidiar a
comunicação efetiva entre usuárias e equipe multidisciplinar de um Banco de Leite Humano.

A minha participação no referido estudo será no sentido responder perguntas guiada por roteiro
estruturado, contendo perguntas abertas e fechadas, referente a comunicação efetiva, dificuldades
enfrentadas e sugestões de melhorias no BLH do FSCMP, todas as respostas serão gravadas.
Recebi, por outro lado, os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e riscos
decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma investigação científica, e os resultados positivos
ou negativos somente serão obtidos após a sua realização. Estou ciente de que minha privacidade será
respeitada, ou seja, meu nome ou qualquer outro dado, ou elemento que possa, de qualquer forma, me
identificar, será mantido em sigilo. Os Riscos: Os sujeitos da pesquisa poderão correr o risco de ter a
sua identidade exposta, porém, será garantido o sigilo de seus dados pessoais durante a pesquisa,
obedecendo todas as exigências da resolução 466/2012. Assegurando ao participante ou voluntário a
privacidade de seus dados, sendo utilizado apenas um código alfanumérico para sua identificação, caso
contrário, caberá aos pesquisadores tomarem medidas para reparar o dano. Como consta no Item 2.7 da
Res. 466/12. Garantindo que os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto
ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação, além do direito à assistência integral,
têm direito à indenização.
Benefícios: Com este estudo esperamos contribuir para reflexão e conhecimento dos múltiplos
benefícios que a comunicação efetiva pode proporcionar a um serviço de alta complexidade que tem
como do binômio mãe/filho através dos serviços de um BLH. Os benefícios Serão aplicáveis a qualquer
outro hospital que tenha um BLH e que busca mudar a realidade da instituição e causando impactos
positivos na dinamização dos seus atendimentos, possibilitando também ao participante a possibilidade
do feedback dos serviços oferecidos pela instituição e para o pesquisador a oportunidade de participar
de todo de toda construção do processo.

Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu
consentimento a qualquer momento, sem precisar de justificativas.

Em caso de dúvida referente a pesquisa, posso entrar em contato com pesquisador responsável
pelo projeto: Nilce Vania Nunes da Costa da Silva pelo telefone (91) 988838985 ou através do e-mail:
nilcencsilva@gmail.com ou no endereço residencial: Trav. Bom Jardim, 1476, jurunas, Belém-Pará.
Quanto à condução ética do estudo, posso tirar dúvidas com o Comitê de Ética em Pesquisa da FSCMPA
através telefone (91) 4009 2264

É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido o livre acesso a
todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o
que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação. Sei também que meus dados serão
codificados em código alfanumérico evitando assim minha exposição.

Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de tudo aqui mencionado e compreendido a natureza
e o objetivo referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente
de que não há nenhum valor econômico, a receber ou pagar, por minha participação.

Declaro que estou recebendo nesta oportunidade uma via deste documento com todas as
assinaturas
59

___________________________

Assinatura do participante da pesquisa

Pesquisador Responsável

Nilce Vania Nunes da Costa da Silva

Enfermeira – Coren 425924

CPF 72643773268

Endereço: Trav. Bom Jardim,1476- Jurunas, Belém, -Para

e-mail: nilcencsilva@gmail.com

____________________________________

Nome do Orientador da pesquisa

Profa. Dra. AurimeryChermont

Médica - CRM3877

CPF: 12460087268

Endereço: Rov. Mario Covas, 1426- Coqueiro, Ananindeua-Pará

e-mail: agchermont@gmail.com
60

Nome da co-orientadora da pesquisa

Prof. Dra. Pilar Maria de Oliveira Moraes


CPF: 23600141268
Nutricionista - CRN 776
Endereço: R. Bernal do Couto, 988 - Umarizal, Belém - PA, 66055-080

e-mail:pilarmoraesnutri@gmail.com
61

APÊNDICE C

TERMO DE COMPROMISSO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS

Eu, Nilce Vania Nunes da Costa da Silva, da Fundação Santa Casa de


Misericórdia doPará (FSCMP), no âmbito do projeto de pesquisa intitulado “Elaborar um
parecer técnico para subsidiar a comunicação efetiva entre usuárias e equipe multidisciplinar
de um Banco de Leite Humano. ” A fim de obtenção dos objetivos previstos, e somente após
receber a aprovação do sistema CEP -CONEP.

Comprometo-me a manter confidencialidade dos dados coletados nos arquivos e/ou


prontuários, bem como preconizam os documentos internacionais, e demais Resoluções, nos
termos da resolução 466/12 do conselho Nacional de Saúde.

Declaro entender que é minha a responsabilidade de cuidar da integridade das


informações e de garantir confidencialidade dos dados e a privacidade dos indivíduos que terão
suas informações acessadas.

Também é minha a responsabilidade de não repassar os dados coletados ou o banco de


dados em sua íntegra, ou parte dele, à pessoas não envolvidas na equipe da pesquisa

Por fim, comprometo-me com a guarda, cuidado e utilização das informações apenas
para cumprimento dos objetivos previsto nesta pesquisa aqui referida. qualquer outra pesquisa
em que eu precise coletar informações serão submetidas à apreciação do CEP-FSCMPA

Belém, _____ de ______ de 2022

________________________ _______________________________

Orientador da pesquisa Pesquisador Responsável

Profa. Dra. AurimeryChermot Nilce Vania Nunes da Costa da Silva

Médica - CRM3877 Enfermeira – Coren 425924

CPF: 12460087268 CPF: 72643773268


62

End: Rod. Mario Covas, 1426- Trav. Bom Jardim, 1476- jurunas

Coqueiro, Ananindeua-Pará Belém - Pará

e-mail: agchermont@gmail.com e-mail: nilcencsilva@gmail.com

Nome da co-orientadora da pesquisa

Prof. Dra. Pilar Maria de Oliveira Moraes

CPF: 23600141268

Nutricionista - CRN 776

Endereço: R. Bernal do Couto, 988 - Umarizal, Belém - PA

e-mail: pilarmoraesnutri@gmail.com
63

APÊNDICE D
Roteiro da roda de conversa sobre comunicação efetivo BLH
Nilce Vania Nunes da Costa da Silva, aluna do mestrado da Fundação Santa Casa de
Misericórdia do Pará- FSCMPA, encontra-se a realizar uma investigação, intitulada:
“Elaborar um parecer técnico para subsidiar a comunicação efetiva entre usuárias e equipe
multidisciplinar do Banco de Leite Humano da FSCMP.” e solicita a sua colaboração na
participação da roda de conversa. Toda a informação será anónima e confidencial.

I – Caracterização da Amostra

1. Escolaridade:
{ } Ensino Médio { } Ensino Superior
{ }Pós-graduação { } Mestrado {}
Doutorado

2. Faixa Etária
{ } Entre 18 e 23 anos { } Entre 24 e 30 anos
{ } Entre 34 e 40 anos { } Entre 41 e 54 anos
{} Acima de 55 anos

3. Como você se sente em relação ao seu trabalho desempenhado na captação e orientação


sobre aleitamento materno?
{ } Insatisfeito { }Pouco satisfeito { }Satisfeito { } Muito satisfeito

4. Em relação ao seu ambiente de trabalho qual a ferramenta mais utilizada para comunicação
interna?
{ } App de MSG { } documentos circular { } Telefone
{ } E-mail { } Reunião { } Outras......................
5.A Comunicação Efetiva é uma das seis metas internacionais para melhorar a segurança do
paciente no atendimento em saúde. No seu ambiente de trabalho, qual a ferramenta utilizada
pelas usuárias para avaliar os serviços prestados
pela equipe?
{ } App de MSG { } Telefone { }Redes sociais { } Ouvidoria
{ }Desconheço qualquer forma de avaliação { } Outras formas ...........................
64

6. Você acredita que a dificuldade na comunicação interna e externa afeta os resultados


dos serviços do BLH?
{ } Sim { } Não { } Talvez ……………………………

7. Você acredita que as ferramentas midiáticas (sites, redes sociais, app de mensagem) podem
contribuir na divulgação e orientação de famílias sobre aleitamento materno?
{ } Sim { } Não { } Talvez

8. Na sua opinião: Existe barreira na comunicação entre equipe do BLH e usuárias do


serviço? Se sim, Cite a(s) barreira ........................................

9. Cite uma ou mais sugestões para melhorias na comunicação interna e externa no BLH
___________________________________________________________________________

10. Você tem conhecimento sobre se o Banco de leite utiliza ferramentas midiáticas como:
sites e redes sociais para a divulgar e orientar mulheres sobre aleitamento materno? Se
sim, quais?

_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
65

APÊNDICE E
CARTA DE APRESENTAÇÃO AOS PARTICIPANTES

Meu nome é Nilce Vânia Nunes da C Silva, sou Enfermeira e mestranda do Programa
de Pós-Graduação de Gestão e Saúde da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, onde
sou orientada pelas professoras Prof. Dra. Aurimery Chermont e Dra. Pilar Maria de Oliveira
Moraes, dando continuidade a minha pesquisa, gostaria de convidá-lo (a), como voluntário(a)
formados pela equipe multidisciplinar do Banco de Leite Humano a participar do grupo de
participante da pesquisa intitulada:Elaborar um parecer técnico para subsidiar a
comunicação efetiva entre usuárias e equipe multidisciplinar de um Banco de Leite
Humano.
O objetivo desse estudo é discutir, envolver e interagir com o grupo de participantes
selecionado, de forma coletiva na resolução dos problemas e conflitos do setor, importante na
construção social de conhecimento.
Nenhuma postagem que possa identificar qualquer participante será publicada. Em caso
de citação de trecho da fala dos participantes, serão usados símbolos alfanuméricos.
Agradeço sua participação

Pesquisador Responsável

Nilce Vania Nunes da Costa da Silva

Enfermeira – Coren 425924

CPF 72643773268

Endereço: Trav. Bom Jardim,1476- Jurunas, Belém, -Para

e-mail: nilcencsilva@gmail.com
66

APÊNDICE F
TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE SOM DE VOZ PARA FINS DE PESQUISA

Eu,________________________________________________autorizo a utilização de meus


relatos (Som de Voz) na qualidade de entrevistado no projeto de pesquisa intitulado: ELABORAR UM
PARECER TÉCNICO PARA SUBSIDIAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR DO BANCO DE LEITE HUMANO DA FSCMP, sob a responsabilidade de
das orientadoras professoras Prof. Dra. AurimeryChermont e Dra. Pilar Maria de Oliveira Moraes,
vinculada ao programa de Pós-Graduação de Gestão e Saúde da Fundação Santa Casa de Misericórdia
do Pará

Autorizo meus relatos em som de voz serem reproduzidos, publicados ou exibidos apenas pelos
materiais produzidos pela referida pesquisa científica, após aprovação no comitê de ética desta
instituição.

Tenho ciência que não haverá divulgação da minha identidade, imagem nem som de voz por
qualquer meio de comunicação, seja elas televisão, rádio ou Internet, exceto dados codificados nas
atividades vinculadas ao ensino e a pesquisa explicitada acima. Tenho ciência também de que a guarda
é demais procedimentos de segurança com relação aos relatos, às imagens e som de voz são de
responsabilidade da pesquisadora responsável pela referida pesquisa e após o período de 5 anos contar
a partir da data de publicação, os mesmos serão inutilizados.

Série livre para interromper minha participação na pesquisa a qualquer momento e/ou solicitar
a posse dos relatos escritos e gravação de minha entrevista.

Deste modo, declaro que autorizo, livre e espontaneamente, o uso para fins de pesquisa, nos
termos acima descritos, dos meus relatos escritos e som de voz.

Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com a pesquisadora responsável pela a
outra com o participante.

Belém, __ de ____ de 2022

____________________

Assinatura do participante da pesquisa

Pesquisador Responsável

Nilce Vania Nunes da Costa da Silva


67

Enfermeira – Coren 425924

CPF 72643773268

Endereço: Trav. Bom Jardim,1476- Jurunas, Belém, -Para

9198883 8985

e-mail: nilcencsilva@gmail.com

Nome do Orientador da pesquisa

Profa. Dra. AurimeryChermont

Médica - CRM3877

CPF: 12460087268

Endereço: Rov. Mario Covas, 1426- Coqueiro, Ananindeua-Pará

+91 98135-1225

e-mail: agchermont@gmail.com

Nome da co-orientadora da pesquisa

Prof. Dra. Pilar Maria de Oliveira Moraes

CPF: 23600141268

Nutricionista - CRN 776

Endereço: R. Bernal do Couto, 988 - Umarizal, Belém - PA

e-mail: pilarmoraesnutri@gmail.com
68

APÊNDICE G

FUNDAÇÃO SANTA CASA DEMISERICÓRDIA DO PARÁ – FSCMPA

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa:
ELABORAR UM PARECER TÉCNICO PARA SUBSIDIAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE
USUARIAS E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DO BANCO DE LEITE HUMANO DA FSCMP

Pesquisador:
NILCE VANIA NUNES DA COSTA DA SILVA

Área Temática:

Versão:
1
CAAE:
59695622.0.0000.5171

Instituição Proponente:
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 5.497.653

Apresentação do Projeto:
Introdução: Os serviços oferecidos pelos Bancos de Leite Humano são desempenhados por uma equipe multidisciplinar
responsável por promover o aleitamento materno dando apoio às mães que apresentam dificuldades para amamentar e
executam atividades de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição do leite pasteurizado e in natura. No
Brasil os bancos de leite humano estão organizados por uma Rede Nacional de BLH, composta por uma equipe
multidisciplinar. Objetivo: Elaborar um parecer técnico para subsidiar a comunicação efetiva entre usuárias e
equipe multidisciplinar do BLH. Resultado e discussões: Trata-se de uma pesquisa ação – participativa de cunho
qualitativo. Participarão da pesquisa os
profissionais de nível médio e superior que atuam no Banco de leite do FSCMP, os dados serão coletados através de
entrevista semiestruturada, roda de conversa e revisão de literatura, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os
dados coletados serão organizados e analisados em etapas - identificação do problema, planejamento das ações e elaboração
de um parecer técnico para alta gestão.Conclusões:O desafio de manter a mobilização social a favor do incentivo ao
aleitamento materno tem motivados os serviços como
69

Rua Bernal do Couto, 1040


Endereço:
Umarizal
Bairro: CEP:
66.050-380
UF: PA Município: BELEM
Telefone:
(91)4009-2264 E-mail: cep@santacasa.pa.gov.br
70

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