Você está na página 1de 14

Pesquisar

Coronavírus Drauzio Doenças e sintomas Ambulatório Sexualidade Criança Mulher 60+ Oncologia Podcasts Vídeos

TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA Populares
(TEA)
por Maria Helena Varella Bruna

Compartilhar a b m g
Publicado em: 30 de janeiro de 2014
Revisado em: 22 de outubro de 2021

Ouvir: Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA)


engloba diferentes condições marcadas
por perturbações do desenvolvimento
neurológico, todas relacionadas com
dificuldade no relacionamento social.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA)


engloba diferentes condições marcadas
por perturbações do desenvolvimento
neurológico com três características
fundamentais, que podem manifestar-se
em conjunto ou isoladamente. São elas:
dificuldade de comunicação por
deficiência no domínio da linguagem e
no uso da imaginação para lidar com
jogos simbólicos, dificuldade de
socialização e padrão de comportamento
restritivo e repetitivo.

Veja também: Infográfico: Seu filho


tem autismo?

Também chamado de Desordens do


Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês),
recebe o nome de espectro (spectrum),
porque envolve situações e
apresentações muito diferentes umas
das outras, numa gradação que vai da
mais leves à mais grave. Todas, porém,
em menor ou maior grau estão
relacionadas, com as dificuldades de
comunicação e relacionamento social.

Tipos de autismo

De acordo com o quadro clinico, o TEA


pode ser classificado em:

Autismo clássico: Grau de


comprometimento pode variar de
muito. De maneira geral, os
indivíduos são voltados para si
mesmos, não estabelecem contato
visual com as pessoas nem com o
ambiente; conseguem falar, mas não
usam a fala como ferramenta de
comunicação. Embora possam
entender enunciados simples, têm
dificuldade de compreensão e
apreendem apenas o sentido literal
das palavras. Não compreendem
metáforas nem o duplo sentido. Nas
formas mais graves, demonstram
ausência completa de qualquer
contato interpessoal. São crianças
isoladas, que não aprendem a falar,
não olham para as outras pessoas
nos olhos, não retribuem sorrisos,
repetem movimentos estereotipados,
sem muito significado ou ficam
girando ao redor de si mesmas e
apresentam deficiência mental
importante;
Autismo de alto desempenho
(também chamado de síndrome de
Asperger): Os portadores apresentam
as mesmas dificuldades dos outros
autistas, mas numa medida bem
reduzida. São verbais e inteligentes.
Tão inteligentes que chegam a ser
confundidos com gênios, porque são
imbatíveis nas áreas do
conhecimento em que se
especializam. Quanto menor a
dificuldade de interação social, mais
eles conseguem levar vida próxima à
normal.
Distúrbio global do desenvolvimento
sem outra especificação (DGD-SOE):
Os indivíduos são considerados
dentro do espectro do autismo
(dificuldade de comunicação e de
interação social), mas os sintomas
não são suficientes para incluí-los em
nenhuma das categorias específicas
do transtorno, o que torna o
diagnóstico muito mais difícil.

Veja também: Autismo na


adolescência

Incidência do autismo

Não faz muito tempo, o autismo era


considerado uma condição rara, que
atingia uma em cada 2 mil crianças.
Hoje, as pesquisas mostram que uma em
cada cem crianças (algumas pesquisas
indicam que o transtorno é ainda mais
frequente) pode ser diagnosticada com
algum grau do espectro, que afeta mais
os meninos do que as meninas. Em
geral, o transtorno se instala nos três
primeiros anos de vida, quando os
neurônios que coordenam a
comunicação e os relacionamentos
sociais deixam de formar as conexões
necessárias.

As manifestações na adolescência e na
vida adulta estão correlacionadas com o
grau de comprometimento e com a
capacidade de superar as dificuldades
seguindo as condutas terapêuticas
adequadas para cada caso desde cedo.

O diagnóstico é essencialmente clínico.


Baseia-se nos sinais e sintomas e leva
em conta os critérios estabelecidos por
DSM–IV (Manual de Diagnóstico e
Estatística da Sociedade Norte-
Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10
(Classificação Internacional de Doenças
da OMS), o comprometimento e o
histórico do paciente.

Causas do autismo
Estudos iniciais consideravam o
transtorno resultado de dinâmica
familiar problemática e de condições de
ordem psicológica alteradas, hipótese
que se mostrou improcedente. A
tendência atual é admitir a existência de
múltiplas causas para o autismo, entre
eles, fatores genéticos, biológicos e
ambientais. No entanto, saber como o
cérebro dessas pessoas ainda é um
mistério para ciência.

Veja também: Dr. Drauzio escreve


sobre as possíveis causas do autismo

Tratamento do autismo

Ainda não se conhece a cura definitiva


para o transtorno do espectro do
autismo. Da mesma forma não existe um
padrão de tratamento que possa ser
aplicado em todos os portadores do
distúrbio. Cada paciente exige um tipo de
acompanhamento específico e
individualizado que exige a participação
dos pais, dos familiares e de uma equipe
profissional multidisciplinar visando à
reabilitação global do paciente. O uso de
medicamentos só é indicado quando
surgem complicações e comorbidades.

Veja também: MMS – A perigosa


solução que promete a cura de
doenças

Papel da família ao lidar com o


autismo

O diagnóstico de autismo traz sempre


sofrimento para a família inteira. Por
isso, as pessoas envolvidas – pais,
irmãos, parentes – precisam conhecer as
características do espectro e aprender
técnicas que facilitam a autossuficiência
e a comunicação da criança e o
relacionamento entre todos que com ela
convivem.

Crianças com autismo precisam de


tratamento e suas famílias de apoio,
informação e treinamento. A AMA
(Associação dos Amigos dos Autistas) é
uma entidade sem fins lucrativos que
presta importantes serviços nesse
sentido.

Recomendações para lidar com o


autismo

Ter em casa uma pessoa com formas


graves de autismo pode representar
um fator de desequilíbrio para toda a
família. Por isso, todos os envolvidos
precisam de atendimento e
orientação especializados;
É fundamental descobrir um meio ou
técnica, não importam quais, que
possibilitem estabelecer algum tipo
de comunicação com o autista;
Autistas têm dificuldade de lidar com
mudanças, por menores que sejam;
por isso é importante manter o seu
mundo organizado e dentro da rotina;
Apesar de a tendência atual ser a
inclusão de alunos com deficiência
em escolas regulares, as limitações
que o transtorno provoca devem ser
respeitadas. Há casos em que o
melhor é procurar uma instituição
que ofereça atendimento mais
individualizado;
Autistas de bom rendimento podem
apresentar desempenho em
determinadas áreas do conhecimento
com características de genialidade.

Perguntas frequentes sobre autismo

Vacina causa autismo?

Não! Isso é fake news. Não há evidência


de uma associação causal entre a vacina
contra sarampo, caxumba e rubéola e o
transtorno do espectro autista. Estudos
anteriores que sugerem uma ligação
causal estavam marcados por erros
metodológicos (o médico responsável
por tais estudos inclusive teve seu
registro cassado). Também não há
evidências de que qualquer outra vacina
infantil possa aumentar o risco do
transtorno do espectro autista. Ao
contrário: as revisões sobre a relação
entre o conservante timerosal ou os
adjuvantes de alumínio contidos em
vacinas inativadas e a possibilidade de
desenvolvimento do transtorno
concluíram firmemente que não há risco
algum.

MMS cura autismo?

Não, o autismo não tem cura. A


substância conhecida como MMS é um
alvejante usado industrialmente,
semelhante à água sanitária. Nada que
você deva dar para seu filho. Leia mais
sobre ele aqui.

Quais as principais características de


uma criança com autismo?

O mais comum é que os sinais fiquem


evidentes antes da criança completar 3
anos. Os sintomas variam muito
conforme o tipo, mas os mais frequentes
são: ausência completa ou dificuldade de
manter contato interpessoal
(principalmente contato visual),
incapacidade de aprender a falar (ou não
usa a fala como forma de comunicação),
incidência de movimentos
estereotipados e repetitivos, deficiência
mental, o paciente fica ausente ou
voltado para si mesmo,
comprometimento da compreensão. Veja
nesta ilustração os principais sinais do
transtorno.

Uma criança com autismo pode levar


uma vida normal?

Depende do grau do transtorno. Com


frequência, os autistas com grau leve são
muito inteligentes, somente são
sensíveis a mudanças súbitas, o que faz
com que possam ter uma vida bem
próxima da normalidade. Alguns podem
viver anos sem receber o diagnóstico, e
não raro, são confundidos com pessoas
que são apenas muito tímidas. Em graus
mais graves, porém, que implicam em
grande dificuldade de relacionamento,
pode haver comprometimento da
qualidade de vida que exige
acompanhamento especializado.

Existe remédio natural para autismo?

Não. Autismo não tem cura.


Medicamentos são prescritos na
presença de agressividade e de outras
doenças paralelas, como
depressão e ansiedade.

O tratamento deve ser multidisciplinar,


englobando médicos, fonoaudiólogos,
fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos,
de forma a incentivar o paciente a
realizar sozinho tarefas cotidianas.

Tópicos autismo cérebro pediatria psicologia

Saúde da Criança

Veja mais

GRANDES DÚVIDAS DOENÇAS E SINTOMAS INTOXICAÇÃO ALIMENTAR


TOMAR TALASSEMIA GASTROENTERITES:
VENTO (ANEMIA DO CRIANÇAS
DEPOIS DO MEDITERRÂNEO) SÃO AS MAIS
BANHO AFETADAS
QUENTE FAZ PELO
MAL? PROBLEMA
COLUNA DOENÇAS E SINTOMAS DICAS
SURTO DE CÂNCER DE 5 DICAS
MENINGITE BEXIGA PARA BAIXAR
EM SP: QUEM A FEBRE SEM
DEVE SE MEDICAMENTOS
VACINAR

[?]

Nascido Urologista Ele mostrou Esse truque


entre 195… diz: “Uma… ao vivo:… da gema d…
outn0vafantas… Poder Natural Em breve Afirma
entrevista,… especialista…
Papo de Diab… Instituto Saúde…

PESQUISAR...

Coronavírus Drauzio Doenças e sintomas Ambulatório Sexualidade


Criança Mulher 60+ Oncologia Podcasts Vídeos

Contato Contato Comercial Política de Privacidade


Termos de uso

Você também pode gostar