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pezinho”?
2.1 INTRODUÇÃO
A triagem neonatal é uma ação preventiva que permite o diagnóstico de diversas
doenças congênitas ou infecciosas, assintomáticas no período neonatal, a tempo de
interferir no curso da doença, e que possibilita a instituição do tratamento precoce
específico e a diminuição ou a eliminação das sequelas associadas à cada uma delas.
O Programa Nacional da Triagem Neonatal prevê o diagnóstico de seis doenças:
hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias – principalmente a
anemia falciforme –, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de
biotinidase.
#importante
Deve ser realizado utilizando um oftalmoscópio
direto, a 50 cm a 1 m do olho do paciente, em
ambiente escurecido e sem a necessidade de colírios
para dilatar a pupila.
O exame deve ser feito, de acordo com as Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na
Infância do Ministério da Saúde (2016), antes da alta da maternidade, pelo menos
duas a três vezes por ano, nos três primeiros anos de vida e uma vez ao ano do
terceiro ao quinto ano de vida. Os prematuros com peso abaixo de 1.500 g ou idade
gestacional menor que 35 semanas e admitidos em unidade de tratamento intensivo
e intermediário neonatal devem ser examinados com oftalmoscópio indireto, com
lente de 20 a 28 dioptrias, sob midríase medicamentosa, a partir da quarta semana
de vida, por oftalmologista.
A evidência de opacidade – leucocoria – requer avaliação do oftalmologista e pode
indicar as seguintes doenças:
• Catarata congênita;
• Glaucoma congênito;
• Retinopatia da prematuridade;
#importante
Caso qualquer medida da SpO2 seja inferior a 95% ou
haja uma diferença maior que 3% entre as medidas
do membro superior direito e membro inferior, uma
nova aferição deve ser feita após 1 hora.
• Distúrbios neurodegenerativos;
• Infecções pós-natais;
• Trauma de crânio;
• Quimioterapia.
#importante
Os neonatos com malformações da orelha externa
devem ser encaminhados imediatamente para
avaliação audiológica e otorrinolaringológica.
Se houver recusa por parte dos familiares para a coleta do teste “do pezinho”, o
responsável pela ação no ponto de coleta deve orientá-los sobre os riscos da não
realização do exame. O fato deve ser documentado com a assinatura dos pais ou
responsáveis. Recém-nascidos prematuros, com baixo peso ou enfermidades graves
devem ter sua amostra de sangue para triagem obtida por punção venosa periférica.
Apesar de não ser feito na prática, o Manual Técnico de Triagem Neonatal Biológica
do Ministério da Saúde (2016) recomenda coletar três amostras com tempos
diferentes:
• Fenilcetonúria;
• Hipotireoidismo congênito;
• Fibrose cística;
• Deficiência de biotinidase
• Forma não clássica de início tardio: ao contrário da HAC clássica, a não clássica é
leve e não ameaça a vida. Sinais e sintomas podem não aparecer na infância nem na
vida adulta. Em especial no sexo feminino, devido ao hiperandrogenismo, observam-
se aumento discreto do clitóris, pubarca precoce e ciclos menstruais irregulares.
Apesar de ainda não ter cura, diversas medidas terapêuticas têm melhorado a
qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes afetados, como suporte nutricional,
reposição de enzimas pancreáticas, uso de antibióticos contínuos/intermitentes por
via oral ou inalatória, inalação hipertônica, fisioterapia respiratória e
acompanhamento com equipe multidisciplinar.
Por segurança, optou-se por adotar como valores de referência normais níveis
abaixo de 70 ng/mL, em sangue total, até 30 dias de vida. Crianças que apresentem
os dois IRTs alterados devem ser submetidas à avaliação clínica e teste do cloro no
suor para confirmação diagnóstica. Neonatos cuja primeira amostra é positiva e nos
quais não foi possível realizar a segunda amostra até 30 dias de vida também devem
ser encaminhados ao teste do suor.
As hemoglobinas variantes mais frequentes são a HbS e a HbC, mas outras formas
também poderão ser identificadas, como HbD, HbE, Hb Hasharon etc.
Classificação de Graf:
• IA / IB – normal;
• IID – subluxado;
• III – luxado;
• IV – displasia do quadril.