Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IMPERATRIZ-MA
2023.1
PROBLEMATIZAÇÃO
Faça uma análise do caso atual (e de casos passados) e responda às seguintes questões:
1ª O que é a doença da “Vaca louca”?
R: A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como doença da
vaca louca, é uma doença neurológica degenerativa crônica que atinge principalmente o
sistema nervoso central desses animais, além de atingir humanos também, portanto sendo
uma zoonose. É causada por um príon, na deposição dessa proteína amilóide na substância
cinzenta do cérebro e quando há presença de vacúolos microscópicos. Atinge principalmente
animais adultos e possui um período de incubação longo, podendo ser no mínimo de dois
anos e meio, podendo chegar até oito anos. O principal fator de risco dessa doença é o
consumo de alimentos de origem animal pelos bovinos, onde os príons sofrem uma alteração
em sua isoforma durante o processo de autoclavagem, utilizado na produção de farinha de
carne e osso (FCO), por exemplo, destinado à alimentação de ruminantes.
De acordo com o peso molecular, os príons podem ter três classificações, a de peso
molecular padrão, causador da EEB clássica; a de peso molecular alto, causador da EEB
atípica tipo H (high) e por último, a de peso molecular baixo, causador da EEB atípica tipo L
(low). Ainda há uma forma atípica onde, ao contrário da clássica, é desenvolvida sem que o
animal consuma alimentos contaminados pelo agente, ocorrendo normalmente em animais
idosos, acima de oito anos de idade. Um estudo realizado apontou que a ocorrência de EEB
atípica, é mais comum no gado com aptidão para o corte do que para o leite, sendo esta forma
a encontrada nos casos relatados no país ultimamente.
2ª Você como agente fiscal, qual seria sua conduta? Siga a legislação vigente.
R: Cadastramento de propriedades. Inventário da população de animais de peculiar interesse
do Estado suscetível às EETs. Inspeção e fiscalização da população e do trânsito de animais
de peculiar interesse do Estado suscetível às EETs. Dentre as estratégias de prevenção das
EETs, destaca-se a vigilância, esta pode ser dividida em algumas frentes. Estas são:
Por se tratar de uma doença que é contagiosa, através da ingestão de uma proteína que está no
sistema nervoso de um animal acometido, a vigilância em estabelecimentos de abate de
ruminantes é uma ferramenta de extrema importância; A remoção do material especificado de
risco (MER) nos estabelecimentos de abate de ruminantes, visto que algum animal pode não
estar apresentando o sinais clínicos da doença mas esta pode estar em desenvolvimento; A
Destruição de todos os MERs através da incineração também é uma forma de prevenção da
ocorrência; A proibição da alimentação de ruminantes de proteínas e gorduras de origem
animal também é uma forma de prevenir a ocorrência de casos de EEB; A fiscalização do
fornecimento de alimentos contendo subprodutos de origem animal proibidos para
ruminantes.
3ª Quais serão os prejuízos econômicos para o proprietário e para o Brasil?
R: Diminuição no valor do preço do boi e da carne, desvalorização na bolsa de valores das
principais empresas frigoríficas responsáveis pelo repasse da carne, queda na exportação e
desvalorização nacional frente ao mercado mundial. No comércio interno um volume
significativo que precisará ser redirecionado para o mercado interno e externo, caso haja uma
suspensão prolongada das compras. O impacto, no entanto, dependerá do tempo que o
embargo permanecer em vigor, mas, segundo especialistas, mesmo que a doença seja
confirmada como “atípica”, isso pode temporariamente impedir as exportações de carne
bovina para a China, o principal mercado do país. Os prejuízos comerciais em países onde
estão confirmados casos do mal da vaca louca envolvem não somente a queda no consumo
interno da carne bovina, mas também o comércio exterior devido às barreiras sanitárias
impostas pela OIE.
4ª Como evitar que haja esse problema no Brasil ?
R: • Não importar animais ou produtos de origem animal de países considerados de risco para
EEB;
• Não alimentar bovinos com farinhas de carne e ossos (FCO) de ruminantes.
Essa medida é reconhecida como a principal maneira de interromper o ciclo da EEB típica;
• Não alimentar bovinos com “cama de aviário” ou resíduos da exploração de suínos, pois na
ração destes animais pode conter farinha de carne e ossos;
• Antes de alimentar os bovinos com rações, concentrados e suplementos protéicos, conferir o
rótulo destes produtos.
• Se notar algum animal apresentando qualquer sintoma de doença nervosa, notificar à
unidade da Agência de Defesa Agropecuária do Estado.
• Realização de testes para diagnóstico diferencial em qualquer bovino, com idade superior a
24 meses, que demonstre sinais neurológicos;