Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Botucatu, SP
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
Botucatu, SP
2021
iii
iv
COMISSÃO EXAMINADORA
Dedico este triunfo a minha mãe, sem ela não seria quem sou
Minha família, apoio incondicional
Minha esposa e filho, meu todo
vi
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 .................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA.............................................................. 2
2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 5
2.1. Células tronco mesenquimais ou células estromais mesenquimais ........ 5
2.2. Mecanismos de ação das MSCs .................................................................. 6
2.3. Hipóxia........................................................................................................... 8
2.4. HIF-1 ........................................................................................................... 9
2.5. Indução da hipóxia in vitro ......................................................................... 11
2.6. Hipóxia e MSC .......................................................................................... 12
2.7. Inflamação................................................................................................. 13
2.8. MSC e a modulação imune ....................................................................... 14
3. HIPOTESE ................................................................................................. 17
4. OBJETIVO ................................................................................................. 17
5. REFERENCIAS ......................................................................................... 18
CAPÍTULO 2 .................................................................................................... 37
ARTIGO CIENTÍFICO ...................................................................................... 38
Abstract .................................................................................................................. 38
1. Introdução ................................................................................................... 41
2. Material e Métodos...................................................................................... 42
3. Resultados .................................................................................................. 48
4. Discussão .................................................................................................... 53
5. Conclusão ................................................................................................... 60
6. Referencias ................................................................................................. 61
viii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE ABREVIATURAS
group when compared to the other treated groups; the DKC1 and TP53 genes
involved with cell survival and tumor suppression respectively, had an increase
in the IFN-g group when compared to the DFO group; the expression of the gene
related to the angiogenesis processes, VEGFA, was higher in the groups where
DFO was used. We conclude that conditioning cAT-MSCs with the pro-
inflammatory cytokine IFN-g stimulated an increase in survival, cell proliferation
and MMP2-mediated angiogenesis. The mimicry of hypoxia, on the other hand,
led to a decrease in the expression of genes related to these properties
associated with a stimulus for VEGF-dependent angiogenesis. Despite this,
genes related to immunomodulation were not influenced by culture conditions.
The results obtained indicate that tissue regeneration induction properties were
more affected by culture conditions, compared to the immunomodulated
properties of cAT-MSC.
Key words: immunomodulation, inflammation, gene expression.
CAPÍTULO 1
2
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
As células tronco mesenquimais (MSC) tem se destacado como
candidatas ao uso em terapias regenerativas por serem células com duas
principais características, sendo a segunda atualmente a mais importante, 1) se
diferenciar em várias linhagens celulares e portanto, serem usadas na
engenharia de tecidos (DA SILVA MEIRELLES, 2009; DA SILVA MEIRELLES
2006; ZAGO, 2004), e 2) atividade parácrina, secretando moléculas bioativas
que propiciam um ambiente adequado para a reparação tecidual (CAPLAN,
2007; MONTEIRO E NETO; DEL CARLO, 2010).
A principal fonte de MSCs não hematopoiéticas estudada foi a medula
óssea (MO) (NARDI E DA SILVA MEIRELLES, 2008), cujas MSCs tem um
potencial terapêutico e de diferenciação diminuído em doadores de idade
avançada (MUELLER E GLOWACKI, 2001). Para contrabalancear esta limitação
outras fontes alternativas de MSCs começaram a ser pesquisadas, entre elas, o
tecido adiposo (BAJADA et al., 2008; MINGUELL; et al., 2001) e tecidos de
origem fetal (BAJADA et al., 2008; CREMONESI; et al., 2011; LANGE-
CONSIGLIO et al., 2013; LOVATI et al., 2011; MIKI et al., 2005; TSAI et al.,
2004), sendo as de origem adiposo as mais utilizadas na atualidade.
Indistintamente da origem, inúmeros trabalhos em animais e humanos
confirmam os benefícios terapêuticos das MSCs (BAJADA et al., 2008; ORLIC
et al., 2001; TABBARA et al., 2002). MASON e MANZOTTI relatam o tratamento
de 675.000 pacientes com diversas doenças entre os anos 80 até o ano 2010
(MASON E MANZOTTI, 2010). De fato, hoje a terapia com CTMs é bem
estabelecida em medicina veterinária no Brasil e estas células tem sido utilizadas
no tratamento de diversos tipos de doenças. Porém, a evolução da terapia celular
com MSCs tem demostrado que nem todas as condições clínicas ou
experimentais podem ser favorecidas pela presença das células (SEIFERT et
al., 2012), já que as propriedades das MSCs são influenciadas pelo status clínico
do organismo e/ou tecido alvo onde serão aplicadas, bem como pelo
microambiente onde estas são cultivadas quando expandidas in vitro (CERON
et al., 2016).
Durante a lesão tecidual a capacidade regenerativa depende da
proximidade e sinergismo entre as células do sistema imune e das MSCs
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Células tronco mesenquimais ou células estromais mesenquimais
As células tronco mesenquimais (MSCs) (do inglês, mesenchymal stem
cells) ou células estromais mesenquimais são células de origem adulto não
hematopoietico que possuem ampla plasticidade fenotípica e aderência ao
plástico (NARDI E DA SILVA MEIRELLES, 2008). A propriedade plástico-
aderentes permite que adotem morfologia fibroblastóide e sob condições
especiais, diferenciem-se em várias linhagens de células mesenquimais
(DOMINICI et al., 2006).
As MSCs Inicialmente foram isoladas de medula óssea (MO), porém
devido à sua ampla distribuição no organismo, outras fontes foram identificadas,
sendo possível isolar MSCs de diversos tecidos como: tecido adiposo (ZUK et
al., 2001), tecido musculoesquelético (BIANCO, et al., 2008), sangue periférico
(KUZNETSOV et al., 2001), derme (JIANG et al., 2002) e tecidos fetais como:
sangue de cordão umbilical (BIEBACK et al., 2004), líquido amniótico (LOVATI
et al., 2011), membrana amniótica (BAJADA et al., 2008; LANGE-CONSIGLIO
et al., 2013; MIKI et al., 2005; TSAI et al., 2004), matriz extra vascular do cordão
umbilical (BAJADA et al., 2008; CREMONESI, et al., 2011) entre outros.
O desempenho das MSC é mais conhecido in vitro quando comparado a
condições in vivo, sendo suas principais propriedades a autorrenovação e a
plasticidade, a capacidade quimiotática e de migração para os locais de lesão e
inflamação, a secreção de mediadores parácrinos e fatores tróficos,
propriedades imunomoduladoras, propriedade angiogênica e de regulação
6
2.3. Hipóxia
Desde o surgimento do primeiro organismo capaz de liberar oxigênio (O2)
na atmosfera, (cerca de 4 biliões de anos atrás) a concentração deste gás
aumentou drasticamente tornando-se um fator indispensável a vida. No começo
o O2 era tóxico para seres vivos, porém, com o passar dos anos mecanismos
adaptativos de detoxificação foram surgindo. Um exemplo disso, são os
eucariotas, cuja fisiologia se tornou oxigênio-dependente, porém com
concentrações de oxigênio metabolismo-dependente (IVANOVIC, 2009). No
corpo humano, as concentrações de O2 são tecido-dependente variando de um
estado de hipóxia até anóxia, quando comparadas com as encontradas na
atmosfera. No parênquima pulmonar e na circulação (JOHNSON et al., 2005;
WILD et al., 2005), assim como em órgãos com parênquima bem irrigado como
fígado, rins e coração (DAVILA et al., 2004; MIK et al., 2004; ROY et al., 2003;
WELCH et al., 2001) as concentrações de oxigênio oscilam entre 4% e 14%. Em
tecidos menos irrigados e com consequente tensão de O2 relativamente mais
baixa, como o cérebro, esta concentração varia entre 0,5% a 7% (HEMPHILL et
al., 2005), no olho 1% a 5% (YU; CRINGLE, 2005), e na medula óssea de 0% a
4% devido a heterogeneidade celular (CHOW et al., 2001; SPENCER et al.,
2014).
Desta forma fica evidente que, a normóxia in situ é na verdade uma
“hipóxia fisiológica” (BURAVKOVA et al., 2014; GUZY E SCHUMACKER, 2006;
IVANOVIC, 2009) na qual, os requisitos de O2 são dependentes das
necessidades energéticas de cada célula, tecido e organismo (LENIHAN E
9
2.4. HIF-1
A homeostase de oxigênio é um princípio organizacional importante para a
compreensão da evolução, biologia e medicina (SEMENZA 2014) e é
indispensável para sobrevivência do organismo, mesmo em condições de
anemia ou em altas altitudes, uma vez que a produção de eritropoetina (EPO) é
rapidamente ativada no rim (WEIDEMANN E JOHNSON 2008). A EPO estimula
10
2.5.1. Desferroxiamina
A desferroxiamina é um sideroforo hexadentado secretado pelo
Streptomyces pilosus amplamente utilizado como tratamento de intoxicações
crônicas por ferro como a beta-talassemia. Se caracteriza por ter uma alta
afinidade pelo ferro e muito baixa pelos outros íons metais presentes nos fluidos
biológicos, impedindo a produção de ROS e por consequente a diminuição de
estresse oxidativo nas células sobrecarregadas com ferro, aliviando assim os
sintomas causados pela intoxicação (AOUAD, 2002; LIU E HIDER 2002;
KALINOWSKI E RICHARDSON, 2005).
No que diz respeito ao seu uso no cultivo celular, propriedades
anticancerígenas têm sido demostradas. Inibição de células tronco
12
2.7. Inflamação
A imunidade inata se refere a capacidade do organismo de concentrar
rapidamente células e moléculas de defesa no local de invasão para se proteger
de danos e invasão microbiana. Este processo ativa células como neutrófilos e
macrófagos e direciona seu caminho no fluxo sanguíneo para o local de invasão.
14
2.8.1. Interferon g
Único interferon tipo II e chamado assim pela sua atividade antiviral,
interferindo na síntese proteica e de RNA dos vírus. No entanto, sua atividade
antiviral é mínima e secundaria quando comparada com os outros interferons,
sendo a molécula destacada pela atividade imunomoduladora. O IFN-g é
produzido pelos linfócitos T, algumas células T CD8+, e células NK. De forma
16
geral, sua atividade biológica pode ser dividida em três: defesa do hospedeiro
regulando a expressão de proteínas do MHC I e II da maioria de células imunes,
com a exceção de inibir a expressão de MHC II nas células B; é o principal
ativador de macrófagos e é a principal citocina responsável pela indução de
mecanismos mediados por células NO especificas.
Existe certeza de que a resposta inflamatória é mediada em grande parte
pelo IFN-g, devido ao seu sinergismo com o TNF. Diversos estudos afirmam que
o IFN-g tem muito a ver no desenvolvimento e severidade de autoinmunidade
sistêmica, principalmente no lúpus eritematoso. O IFN-g atua de diferentes
maneiras e por diferentes mecanismos no desenvolvimento de várias respostas
autoimunes, e sua natureza multifacetária na imunidade adaptativa evidencia
possíveis alvos terapêuticos com benefícios promissores. No entanto seu papel
neste processo ainda está sujeito a investigação (FARRAR E SCHREIBER,
1993; POLLAR et al., 2013).
3. HIPOTESE
Hipotetizamos que a adição da desferroxamina (DFO) e do IFN-g, durante a
cultura, será capaz de mimetizar as condições de hipóxia e inflamação
observada nos tecidos lesados, criando um ambiente de modulação da função
das MSCs. Este ambiente de modulação in vitro irá influenciar a sobrevivência,
proliferação e a expressão de transcritos produzidos por MSCs favorecendo a
adaptação destas as condições terapêuticas.
4. OBJETIVO
O objetivo geral é estudar a resposta das MSCs obtidas de tecido adiposo
canino ao ambiente de cultivo com desferroxamina (DFO), como mimético de
hipóxia, e na presença do agente pró-inflamatório IFN-g, bem como a associação
dos dois, por 48 horas, avaliando sua influencia na sobrevivência, proliferação e
a expressão genica de MSCs caninas.
DNMT1, HGF, PGE2, IDO, FGF2, VEGFA, MMP2, IL-6, BCL2, TP53,
Cyclin-D1 e GADPH pelas MSCs submetidas às diferentes condições
de cultivo, focando nas mudanças de modulação da resposta imune,
angiogênese, resistência ao estresse oxidativo e atividade anti-
apoptótica.
5. REFERENCIAS1
AIRLEY, R.E.; MONAGHAN, J.E.; STRATFORD, I.J. Hypoxia and disease:
opportunities for novel diagnostic and therapeutic prodrug strategies.
Pharmaceutical journal, v.264, n.7094, p.666-673. 2000.
AMORIN, B.; VALIM, V.S.; LEMOS, N.E.; MORAES JÚNIOR, L.; SILVA, A.M.P.;
SILVA, M.A.L. Immunological Properties and Clinical Applications. Revista
HCPA, v.32, n.1, p.71–81, 2012.
AOUAD, F.; FLORENCE, A.; ZHANG, Y.; COLLINS, F.; HENRY, C.; WARD, R.
J.; CRICHTON, R.R. Evaluation of new iron chelators and their therapeutic
potential. Inorganica Chimica Acta, v.339, p.470-480. 2002.
1
Referencias organizadas de acordo com as normas vigentes da ABNT.
19
BAKMIWEWA, S.M.; HENG, B.; GUILLEMIN, G.J.; BALL, H.J.; HUNT, N.H. An
effective, low-cost method for achieving and maintaining hypoxia during cell
culture studies. Biotechniques, v.59, n.4, p.223-229, 2015.
BIANCO, P.; ROBEY, P.G.; SIMMONS, P.J. Mesenchymal Stem Cells: Revisiting
History, Concepts, and Assays. Cell Stem Cell, v.2, p.313–319, 2008.
BIEBACK, K.; KERN, S.; KLÜTER, H.; EICHLER, H. Critical parameters for the
isolation of mesenchymal stem cells from umbilical cord blood. Stem cells, v.22,
p.625–634, 2004.
BOUFFI, C.; BONY, C.; COURTIES, G.; JORGENSEN, C.; NOEL, D. IL-6-
dependent PGE2 secretion by mesenchymal stem cells inhibits local
inflammation in experimental arthritis. PLoS ONE, v.5, n.12, p.e14247, 2010.
CAPLAN, A.I. Adult Mesenchymal Stem Cells for Tissue Engineering Versus
Regenerative Medicine. Journal of cellular physiology, v.213, n.2, p.341–347,
2007.
CAPLAN, A.I. Mesenchymal stem cells: time to change the name! Stem cells
translational medicine, v.6, n.6, p.1445-1451. 2017.
CARRIÈRE, A.; EBRAHIMIAN, T.G.; DEHEZ, S.; AUGÉ, N.; JOFFRE, C.;
ANDRÉ, M.; CASTEILLA, L. Preconditioning by mitochondrial reactive oxygen
species improves the proangiogenic potential of adipose-derived cells-based
therapy. Arteriosclerosis, thrombosis, and vascular biology, v.29, n.7,
p.1093-1099, 2009.
CERON, W.; LOZADA-REQUENA, I.; VENTOCILLA, K.; JARA, S.; PINTO, M.;
CABELLO, M.; AGUILAR, J.L. Células tronco mesenquimales: definiciones,
cultivo y aplicaciones potenciales. Revista Peruana de Medicina Experimental
y Salud Pública, v.33, n.4, p.758–771, 2016.
CHAYTOR, J.L.; TOKAREW, J.M.; WU, L.K.; LECLÈRE, M.; TAM, R.Y.;
CAPICCIOTTI, C.J.; BEN, R.N. Inhibiting ice recrystallization and optimization of
cell viability after cryopreservation. Glycobiology, v.22, n.1, p.123–133, 2012.
CHEN, K.; WANG, D.; DU, W.T.; HAN, Z.B.; REN, H.; CHI, Y.; HAN, Z.C. Human
umbilical cord mesenchymal stem cells hUC-MSCs exert immunosuppressive
21
CHENIER, T.S. The normal male reproductive system. In.: SAMPER, C.;
PYCOCK, F.; MCKINNON, O. Current therapy in equine reproduction.
Saunders Elsevier, 2007.
CRISOSTOMO, P.R.; WANG, Y.; MARKEL, T.A.; WANG, M.; LAHM, T.;
MELDRUM, D. R. Human mesenchymal stem cells stimulated by TNF- , LPS, or
hypoxia produce growth factors by an NF B- but not JNK-dependent mechanism.
American Journal of Physiology-Cell Physiology, v.294, n.3, p.C675–C682,
2008.
CROVACE, A.; LACITIGNOLA, L.; ROSSI, G.; FRANCIOSO, E. Cell therapy for
tendon repair in horses: an experimental study. Veterinary research
communications, v.31, p.281-283, 2007.
D’IGNAZIO, L.; BANDARRA, D.; ROCHA, S. NF-κB and HIF crosstalk in immune
responses. FEBS Journal, v.283, n.3, p.413–424, 2016.
DAVILA, J.C.; CEZAR, G.G.; THIEDE, M.; STROM, S.; MIKI, T.; TROSKO, J.
Use and application of stem cells in toxicology. Toxicological Sciences, v.79,
n.2, p.214–223, 2004.
DAVIS, C.K.; JAIN, S.A.; BAE, O.N.; MAJID, A.; RAJANIKANT, G.K. Hypoxia
mimetic agents for ischemic stroke. Frontiers in cell and developmental
biology, v.6, p.175. 2019.
FAN, L.; ZHANG, C.; YU, Z.; SHI, Z.; DANG, X.; WANG, K. Transplantation of
hypoxia preconditioned bone marrow mesenchymal stem cells enhances
angiogenesis and osteogenesis in rabbit femoral head osteonecrosis. Bone, v.
81, p. 544-553, 2015.
FARRAR, M.A.; SCHREIBER, R.D. The molecular cell biology of interferon-γ and
its receptor. Annual review of immunology, v.11, n.1, p.571-611. 1993.
23
FUJISAWA, K.; TAKAMI, T.; OKADA, S.; HARA, K.; MATSUMOTO, T.;
YAMAMOTO, N.; SAKAIDA, I. Analysis of metabolomic changes in mesenchymal
stem cells on treatment with desferrioxamine as a hypoxia mimetic compared
with hypoxic conditions. Stem Cell, v.36, n.8, p.1226-1236, 2018.
GAO, F. CHIU, S.M.; MOTAN, D.A.L.; ZHANG, Z.; CHEN, L.; JI, H.L.; LIAN, Q.
Mesenchymal stem cells and immunomodulation: current status and future
prospects. Cell Death and Disease, v.7, n.1, p.e2062, 2016.
HEMPHILL, J.C.; SMITH, W.S.; SONNE, D.C.; MORABITO, D.; MANLEY, G.T.;
Relationship between brain tissue oxygen tension and CT perfusion: feasibility
24
HU, X.; YU, S.P.; FRASER, J.L.; LU, Z.; OGLE, M.E.; WANG, J.A.; WEI, L.
Transplantation of hypoxia-preconditioned mesenchymal stem cells improves
infarcted heart function via enhanced survival of implanted cells and
angiogenesis. Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, v.135, n.4,
p.799–808, 2008.
IWASE, T.; NAGAYA, N.; FUJII, T.; ITOH, T.; MURAKAMI, S.; MATSUMOTO,
T.; KITAMURA, S. Comparison of angiogenic potency between mesenchymal
stem cells and mononuclear cells in a rat model of hindlimb ischemia.
Cardiovascular Research, v.66, n.3, p.543–551, 2005.
JAAKKOLA, P.; MOLE, D.R.; TIAN, Y.M.; WILSON, M.I.; GIELBERT, J.;
GASKELL, S. J.; RATCLIFFE, P.J. Targeting of HIF-α to the von Hippel-Lindau
ubiquitylation complex by O2-regulated prolyl hydroxylation. Science, v.292,
n.5516, p.468-472, 2001.
JIANG, Y.; VAESSEN, B.; LENVIK, T.; BLACKSTAD, M.; REYES, M.;
VERFAILLIE, C.M. Multipotent progenitor cells can be isolated from postnatal
murine bone marrow, muscle, and brain. Experimental Hematology, v.30, n.8,
p.896–904, 2002.
25
JUN, E.K.; ZHANG, Q.; YOON, B.S.; MOON, J.H.; LEE, G.; PARK, G.; YOU, S.
Hypoxic conditioned medium from human amniotic fluid-derived mesenchymal
stem cells accelerates skin wound healing through TGF-β/SMAD2 and PI3K/AKT
pathways. International Journal of Molecular Sciences, v.15, n.1, p.605–628,
2014.
KALINOWSKI, D.S.; RICHARDSON, D.R. The evolution of iron chelators for the
treatment of iron overload disease and cancer. Pharmacological reviews, v.57
n.4, p.547-583. 2005.
KIM, D.S.; JANG, I.K.; LEE, M.W.; KO, Y.J.; LEE, D.H.; LEE, J.W.; YOO, K.H.;
Enhanced immunosuppressive properties of human mesenchymal stem cells
primed by interferon-γ. EBioMedicine, v.28, p.261-273. 2018.
KIM, Y.; JO, S.H.; KIM, W.H.; KWEON, O.K. Antioxidant and anti-inflammatory
effects of intravenously injected adipose derived mesenchymal stem cells in dogs
with acute spinal cord injury. Stem Cell Research & Therapy, v.6, n.1, p.229–
239, 2015.
KIM, Y.; LEE, S.H.; KIM, W.H.; KWEON, O.K. Transplantation of adipose derived
mesenchymal stem cells for acute thoracolumbar disc disease with no deep pain
perception in dogs. Journal of Veterinary Science, v.17, n.1, p.123–126, 2016.
KINNAIRD, T.; STABILE, E.; BURNETT, M.S.; LEE, C.W.; BARR, S.; FUCHS,
S.; EPSTEIN, S.E. Marrow-Derived Stromal Cells Express Genes Encoding a
Broad Spectrum of Arteriogenic Cytokines and Promote In Vitro and In Vivo
Arteriogenesis Through Paracrine Mechanisms. Circulation Research, v.94,
n.5, p.678–685, 2004.
26
LEE, S.; RYU, M.O.; SEO, M.S.; PARK, S.B.; AHN, J.O.; HAN, S.M.; YOUN, H.Y.
Mesenchymal Stem Cells Contribute to Improvement of Renal Function in a
Canine Kidney Injury Model. In Vivo, v.31, n.6, p.1115–1124, 2017.
LEE, S.H.; LEE, Y.J.; SONG, C.H.; AHN, Y.K.; HAN, H. J. Role of FAK
phosphorylation in hypoxia-induced hMSCS migration: involvement of VEGF as
well as MAPKS and eNOS pathways. American Journal of Physiology-Cell
Physiology, v.298, n.4, p.C847–C856, 2010.
LI, B.; ESPÓSITO, B.P.; WANG, S.; ZHANG, J.; XU, M.; ZHANG, S.; LIU, S.
Desferrioxamine-caffeine shows improved efficacy in chelating iron and depleting
cancer stem cells. Journal of Trace Elements in Medicine and Biology, v.52,
p.232-238. 2019.
27
LIN, Q.; ZHAO, S.; ZHOU, L.L.; FANG, X.S.; FU, Y.; HUANG, Z.T. Mesenchymal
stem cells transplantation suppresses inflammatory responses in global cerebral
ischemia: contribution of TNF-α-induced protein 6. Acta Pharmacologica
Sinica, v.34, n.6, p.784–792, 2013.
LIU, L.; GAO, J.; YUAN, Y.; CHANG, Q.; LIAO, Y.; LU, F. Hypoxia preconditioned
human adipose derived mesenchymal stem cells enhance angiogenic potential
via secretion of increased VEGF and bFGF. Cell biology international, v.37,
n,6, p.551-560, 2013.
LIU, G.; PESHAVARIYA, H.M.; HIGUCHI, M.; CHAN, E.C.; DUSTING, G.J.;
JIANG, F. Pharmacological priming of adipose-derived stem cells for paracrine
VEGF production with deferoxamine. Journal of tissue engineering and
regenerative medicine, v.10, n.3, p.E167-E176, 2016.
LIU, Z D.; HIDER, R.C. Design of iron chelators with therapeutic application.
Coordination Chemistry Reviews, v.232, n.1-2, p.151-171. 2002.
LUO, R.; Lu, Y.; Liu, J.; Cheng, J.; Chen, Y. Enhancement of the efficacy of
mesenchymal stem cells in the treatment of ischemic diseases. Biomedicine &
Pharmacotherapy, v.109, p.2022-2034, 2019.
28
MA, S.; XIE, N.; LI, W.; YUAN, B.; SHI, Y.; WANG, Y. Immunobiology of
mesenchymal stem cells. Cell Death and Differentiation, v.21, n.2, p.216–225,
2014.
MASTRI, M.; LIN, H.; LEE, T. Enhancing the efficacy of mesenchymal stem cell
therapy. World Journal of Stem Cells, v.6, n.2, p.82–93, 2014.
MEISEL, R.; ZIBERT, A.; LARYEA, M.; GÖBEL, U.; DÄUBENER, W.; DILLOO,
D. Human bone marrow stromal cells inhibit allogeneic T-cell responses by
indoleamine 2,3-dioxygenase–mediated tryptophan degradation.
Immunobiology, v.103, n.12, p.4619–4621, 2004.
MIKI, T.; LEHMANN, T.; CAI, H.; STOLZ, D.B.; STROM, S.C. Stem Cell
Characteristics of Amniotic Epithelial Cells. Stem Cells, v.23, n.10, p.1549–1559,
2005.
MOON, M.H.; KIM, S.Y.; KIM, Y.J.; KIM, S.J.; LEE, J.B.; BAE, Y.C.; JUNG, J.S.
Human adipose tissue-derived mesenchymal stem cells improve postnatal
neovascularization in a mouse model of hindlimb ischemia. Cellular Physiology
and Biochemistry, v.17, n.5–6, p.279–290, 2006.
MÜLLER, A.S.; JANJIĆ, K.; OBEROI, G.; PENSCH, M.; KURZMANN, C.;
MORITZ, A.; AGIS, H. Deferoxamine but not dimethyloxalylglycine, L-mimosine,
or cobalt dichloride can interfere with the MTT assay. BioMed research
international, 2018.
NAKAGAMI, H.; MAEDA, K.; MORISHITA, R.; IGUCHI, S.; NISHIKAWA, T.;
TAKAMI, Y.; KANEDA, Y. Novel autologous cell therapy in ischemic limb disease
through growth factor secretion by cultured adipose tissue-derived stromal cells.
Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, v.25, n.12, p.2542–
2547, 2005.
NIE, Y.; HAN, B.M.; LIU, X.B.; YANG, J.J.; WANG, F.; CONG, X.F.; CHEN, X.
Identification of micrornas involved in hypoxia- and serum deprivation-induced
apoptosis in mesenchymal stem cells. International Journal of Biological
Sciences, v.7, n.6, p.762–768, 2011.
OH, J.Y.; RODDY, G.W.; CHOI, H.; LEE, R.H.; YLÖSTALO, J.H. ROSA, R.H.;
PROCKOP, D.J. Anti-inflammatory protein TSG-6 reduces inflammatory damage
to the cornea following chemical and mechanical injury. Proceedings of the
National Academy of Sciences, v.107, n.39, p.16875–16880, 2010.
ORLIC, D.; KAJSTURA, J.; CHIMENTI, S.; JAKONIUK, I.; ANDERSON, S.M. LI,
B.; ANVERSA, P. Bone marrow cells regenerate infarcted myocardium. Nature,
v.410, n.6829, p.701–705, 2001.
ORTIZ, L.A.; DUTREIL, M.; FATTMAN, C.; PANDEY, A.C.; TORRES, G.; GO,
K.; PHINNEY, D.G. Interleukin 1 receptor antagonist mediates the
antiinflammatory and antifibrotic effect of mesenchymal stem cells during lung
injury. Proceedings of the National Academy of Sciences, v.104, n.26,
p.11002–11007, 2007.
POLLARD, K.M.; CAUVI, D.M.; TOOMEY, C.B.; MORRIS, K.V.; KONO, D.H.
Interferon-γ and systemic autoimmunity. Discovery medicine, v.16, n.87, p.123.
2013.
31
RANI, S.; RYAN, A.E.; GRIFFIN, M.D.; RITTER, T. Mesenchimal Stem Cell-
derived Extracellular Vesicles: Toward Cell-free Therapeutic Applications.
Molecular Therapy, v.23, n.5, p.812–823, 2015.
ROSOVÁ, I.; DAO, M.; CAPOCCIA, B.; LINK, D.; NOLTA, J.A. Hypoxic
Preconditioning Results in Increased Motility and Improved Therapeutic Potential
of Human Mesenchymal Stem Cells. Stem Cells, v.26, n.8, p.2173–2182, 2008.
ROY, S.; KHANNA, S.; WALLACE, W.A.; LAPPALAINEN, J.; RINK, C.;
CARDOUNEL, A.J.; SEN, C.K. Characterization of Perceived Hyperoxia in
Isolated Primary Cardiac Fibroblasts and in the Reoxygenated Heart. The
Journal of Biological Chemistry, v.278, n.47, p.47129–47135, 2003.
SATO, K.; OZAKI, K.; OH, I.; MEGURO, A.; HATANAKA, K.; NAGAI, T.; OZAWA,
K. Nitric oxide plays a critical role in suppression of T-cell proliferation by
mesenchymal stem cells. Blood, v.109, n.1, p.228–235, 2007.
32
SEIFERT, M.; STOLK, M.; POLENZ, D.; VOLK, H.D. Detrimental effects of rat
mesenchymal stromal cell pre-treatment in a model of acute kidney rejection.
Frontiers in Immunology, v.3, p.202, 2012.
SEMENZA, G.L.; WANG, G.L. A nuclear factor induced by hypoxia via de novo
protein synthesis binds to the human erythropoietin gene enhancer at a site
required for transcriptional activation. Molecular and cellular biology, v.12,
n.12, p.5447-5454. 1992.
SICCO, C.; LO REVERBERI, D.; BALBI, C.; ULIVI, V.; PRINCIPI, E.; PASCUCCI,
L.; TASSO, R. Mesenchymal Stem Cell-Derived Extracellular Vesicles as
Mediators of Anti-Inflammatory Effects: Endorsement of Macrophage
Polarization. Stem Cells Translational Medicine, v.6, p.1018–1028, 2017.
33
SPENCER, J.A.; FERRARO, F.; ROUSSAKIS, E.; KLEIN, A.; WU, J.; RUNNELS,
J.M.; LIN, C.P. Direct measurement of local oxygen concentration in the bone
marrow of live animals. Nature, v.508, n.7495, p.269–273, 2014.
TSAI, M.S.; LEE, J.L.; CHANG, Y.J.; HWANG, S.M. Isolation of human
multipotent mesenchymal stem cells from second-trimester amniotic fluid using a
novel two-stage culture protocol. Human Reproduction, v.19, n.6, p.1450–1456,
2004.
34
TSUMANUMA, Y.; IWATA, T.; KINOSHITA, A.; WASHIO, K.; YOSHIDA, T.;
YAMADA, A.; IZUMI, Y. Allogeneic Transplantation of Periodontal Ligament-
Derived Multipotent Mesenchymal Stromal Cell Sheets in Canine Critical-Size
Supra-Alveolar Periodontal Defect Model. BioResearch Open Access, v.5, n.1,
p.22–36, 2016.
WANG, L.; LI, X.; MU, Y.; LU, C.; TANG, S.; LU, K.; WEI, W. The iron chelator
desferrioxamine synergizes with chemotherapy for cancer treatment. Journal of
Trace Elements in Medicine and Biology, v.56, p.131-138. 2019.
WANG, Y.; CHEN, X.; CAO, W.; SHI, Y. Plasticity of mesenchymal stem cells in
immunomodulation: Pathological and therapeutic implications. Nature
Immunology, v.15, n.11, p.1009–1016, 2014.
WEI, L,; FRASER, J.L.; LU, Z.Y.; HU, X.; YU, S.P. Transplantation of hypoxia
preconditioned bone marrow mesenchymal stem cells enhances angiogenesis
and neurogenesis after cerebral ischemia in rats. Neurobiology of disease,
v.46, n.3, p.635-645. 2012.
WELCH, W.J.; BAUMGÄRTL, H.; LÜBBERS, D.; WILCOX, C.S. Nephron pO2
and renal oxygen usage in the hypertensive rat kidney. Kidney international,
v.59, n.1, p.230–237, 2001.
WILD, J.M.; FICHELE, S.; WOODHOUSE, N.; PALEY, M.N.; KASUBOSKI, L.;
VAN BEEK, E.J. 3D volume-localized pO2 measurement in the human lung with
3He MRI. Magnetic Resonance in Medicine, v.53, n.5, p.1055–1064, 2005.
YU, D.; Cringle, S.J. Retinal degeneration and local oxygen metabolism.
Experimental eye research, v. 80, n. 6, p. 745-751, 2005.
YU, J,; Yin, S.; Zhang, W.; Gao, F.; Liu, Y.; Chen, Z.; Zheng, S. Hypoxia
preconditioned bone marrow mesenchymal stem cells promote liver regeneration
in a rat massive hepatectomy model. Stem cell research & therapy, v.4, n.4,
p.83, 2013.
ZHANG, W.; SU, X.; GAO, Y.; SUN, B.; YU, Y.; WANG, X.; ZHANG, F. Berberine
protects mesenchymal stem cells against hypoxia-induced apoptosis in vitro.
Biological & pharmaceutical bulletin, v.32, n.8, p.1335–1342, 2009.
ZHENG, S.; DU, Z.; HUANG, X.; ZHUANG, J.; LIN, G.; YANG, Y.; ZAN, T.
Experimental study on the effect of desferrioxamine on targeted homing and
angiogenesis of bone marrow mesenchymal stem cells. Zhongguo xiu fu chong
jian wai ke za zhi= Zhongguo xiufu chongjian waike zazhi= Chinese journal of
reparative and reconstructive surgery, v.33, n.1, p.85-92, 2019.
36
ZHU, W.; CHEN, J.; CONG, X.; HU, S.; CHEN, X. Stem Cells, v.24, n.2, p.416–
425, 2006.
ZUK, P.A.; ZHU, M.I.N.; MIZUNO, H.; HUANG, J.; FUTRELL, J.W.; KATZ, A.J.;
BENHAIM, P.; LORENZ, P.; HEDRICK, M.H. Multilineage cells from human
adipose tissue: implications for cell-based therapies. Tissue engineering, v.7,
n.2, p.211–228, 2001.
37
CAPÍTULO 2
38
ARTIGO CIENTÍFICO
Artigo redigido segundo as normas da Regenerative Therapy
https://www.journals.elsevier.com/regenerative-therapy
1
Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária - Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP - Botucatu, 18618-681 SP, Brasil.
2
Departamento de Fisiologia - IBB - UNESP - Botucatu, 18618-689 SP, Brasil.
Abstract
Introduction: The immunomodulatory properties of exogenous mesenchymal
stem cells (MSCs) have been the target of research in immune-mediated
diseases and organ transplants. However, the altered microenvironment
(hypoxia, inflammation, increased reactive oxygen species) in these conditions
decrease MSCs capabilities and survival post-transplantation. The purpose of
this study was to assess the viability, proliferation, and gene expression of canine
adipose tissue-derived MSCs (cAT-MSCs) cultured in hypoxia (deferroxyamine
39
Highlights:
List of abbreviations:
Bcl2 B cell lymphoma 2
Casp3 Caspase 3
Casp8 Caspase 8
Casp9 Caspase 9
cAT-MSCs canine adipose tissue-derived mesenchymal stem cells
DFO Desferroxiamine
DKC1 Dyskerin 1
DNMT1 DNA methyltransferase 1
EGF Epidermal growht factor
FGF-2 Fibroblastic growht factor 2
GAPDH Glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase
hBM-MSCs Human bone marrow mesenchymal stem cells
HDAC1 Histone deacetylase 1
HGF Hepatocyte growth factor
Hif1α Hypoxia-inducible factor 1 alpha
IDO Indoleamine 2, 3-dioxygenase
IL-10 Interleukin 10
IL-6 Interleukin 6
IFN g Interferon gamma
iNOS inducible nitric oxide synthase
ISCT International Society for Cellular Therapy
MM Maintenance medium
MMP2 matrix metalloproteinase 2
MSCs Mesenchymal stem cells
NK Natural killer
41
1. Introdução
2. Material e Métodos
3. Resultados
49
de 10% das células avaliadas nos diferentes grupos. Não houve diferenças entre
os parâmetros avaliados quando comparados entre os grupos experimentais (p
≤ 0.05).
O efeito do IFN-g e DFO sobre a expressão gênica das MSCs caninas estão
representados na Figura 4. A abundância de transcritos para os genes
relacionados com apoptose, sobrevida celular, proliferação e diferenciação,
angiogênese, regulação do ciclo celular e regulador de resposta a hipóxia foi
maior no grupo IFN-g (p ≤ 0.05).
51
52
53
4. Discussão
A expressão do mRNA regulador do ciclo celular cyclin D1, não sofreu influência
das condições de cultura em hipóxia e inflamação. Por outro lado, a via para
produção do p53, conhecida como “guardiã do genoma” se encontrou
aumentada no grupo tratado com IFN-g em relação ao DFO. Choi et al. [17]
submeteram hAT-MSCs às condições de hipóxia e normóxia e também
observaram diminuição dos transcritos de p53 nas células em condições de
hipóxia. O p53 é induzido em resposta ao estrese genotoxico e oncogenico e
funciona como ponto de controle no câncer induzindo respostas proliferativas e
antiapoptoticas [57]. Acreditamos que a diminuição no p53 nos grupos tratados
com DFO é causada pela ausência de dano ao DNA indicado pelo baixo índice
de apoptose, diminuindo assim a necessidade de eliminação de células com
genoma defeituoso.
A via do p53 também é reguladora do ciclo e sobrevivencia celular, concordando
com a menor expressão do Casp9 evidenciada em nosso estudo. Maior
expressão de p53 induzido pela hipóxia (1,5% - 0,02%) já foi descrito em várias
linhagens celulares, porém associado a acidose/privação de nutrientes. Por
outro lado, nos cultivos tratados com 100 µM DFO, a expressão de p53 foi maior
independentemente do perfil de expressão da proteína HIF1-a, que é o regulador
celular mais importante nos processos adaptativos a condições de hipóxia. Tal
fato indica relação entre a via p53 ativada por hipóxia e a via de resposta
transcripcional da hipóxia central, a HIF-a [58], sugerindo que mudanças na p53
não são consequências obrigatórias do condicionamento com hipóxia.
Estudo conduzido em MSCs de ratos de 3 meses de idade demostraram que o
transcrito p53 esteve aumentado em células submetidas a condições de hipóxia.
No entanto, em células de animais mais velhos, a expressão de p53 foi menor
quando comparado com o grupo normóxia e com as células de animais jovens
[26]. Tal achado pode justificar a diminuição da p53 no nosso estudo, no qual a
idade das doadoras esteve ao redor de 3 anos. Acreditamos que concentrações
maiores que 50 µmol são necessárias para estimular estresse oxidativo
significativo e a síntese do supressor tumoral p53, uma vez que nos estudos
onde o transcrito esteve aumentado, foram utilizadas quantidades maiores que
100 µmol de DFO.
57
5. Conclusão
61
6. Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de
Financiamento 001
7. Referencias