Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2010
KÁTIA LUCIANO PEREIRA MORAIS
São Paulo
2010
Dissertação elaborada no Laboratório
Ciências
Deus.
AGRADECIMENTOS
Figura 1 - Ação da ECA sobre os: sistema renina-angiotensina (SRA) e sistema calicreína-cinina
(SCC) e a interferência dos Bj-BPPs em ambos sistemas.......................................................... 26
Figura 6 – Efeito hipotensor da BK na pressão arterial de ratos Wistar anestesiados antes e após
administração de Bj-BPPs.. ............................................................................................................. 65
2+
Figura 24 – Mobilização da concentração de cálcio intracelular ([Ca ]i) em HEK293 estimuladas
com concentrações crescentes dos Bj-BPPs 5a, 9a, 11e, 12b e 13a. ............................................ 91
ACh acetilcolina
ACN acetonitrila
Bj Bothrops jararaca
BK bradicinina
FC freqüência cardíaca
LB luria bertani
NO óxido nítrico
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 19
BPPs) ................................................................................................................ 20
angiotensina ...................................................................................................... 23
BPPs ................................................................................................................. 28
fisiológicos. ........................................................................................................ 30
2. OBJETIVOS...................................................................................................... 46
anestesiados ..................................................................................................... 50
com os Bj-BPPs................................................................................................. 51
3.5 Cultura de Células HEK 293 (human embryonic kidney 293) ...................... 59
4.RESULTADOS .................................................................................................. 63
anestesiados. .................................................................................................... 64
4.5 Mobilização de [Ca2+]i induzida pelos Bj-BPPs em células HEK 293 .......... 90
5.DISCUSSÃO ...................................................................................................... 92
.......................................................................................................................... 98
Sumário
5.3 A Produção de NO pode não ser o único mecanismo de ação dos Bj-BPPs
1. INTRODUÇÃO
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 20
BPPs)
tecidual, efeitos neurotóxicos e hipotensão (Bjarnason e Fox, 1998; Walter et. al.;
al., 1999; Tanen et. al., 2001). Alguns desses peptídeos bioativos do veneno de
jararaca (Bj-BPPs).
moléculas peptídicas foram nomeados como Bj-BPPs (Ferreira et. al., 1970).
al. (1997) clonaram o cDNA que codifica esses peptídeos e observaram que os
natriurético do tipo-C (Bj-CNP). A partir desse estudo duas novas seqüências com
sugeriu a existência de outros Bj-BPPs, Ianzer et. al. (2004) buscaram e isolaram
mais cinco novos peptídeos do veneno da Bothrops jararaca. O fato dos Bj-BPPs
vários resíduos de prolina nas suas regiões internas (Ferreira et. al., 1970; Freer e
Stewart et. al., 1971; Ianzer et. al., 2004) (Tabela 1), o que lhes confere certa
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 22
angiotensina
identificado por Rocha e Silva et. al. (1949), pertence a um grupo de polipeptídeos
conhecidos como cininas, que são derivados de uma proteína mais complexa, o
al., 2005).
de serem metabolizadas por diversas peptidases (Marceau et. al., 1998; Leeb-
Lundberg et. al., 2005). As ações como vasodilatação e hipotensão são mediadas
(Campbell, 2003).
interações hidrofóbicas.
negativa da hematopoiese (Rieger et. al., 1993; Rousseau et. al., 1994; Azizi et.
domínio C-terminal (Deddish et. al., 1998). Dessa forma, a ECA é uma enzima de
1971; Gavras et. al., 1974). Devido a ação inibitória dos Bj-BPPs sobre ECA, os
Angiotensinogênio Cininogênio
Renina Calicreína
Angiotensina I Bradicinina
ECA
1 2
3
Angiotensina II
BPPs Metabólitos
Inativos
Metabólitos
Inativos
AT1
AT2 B2
Efeitos
Efeitos fisiológicos
fisiológicos
Figura 1 - Ação da ECA sobre os: sistema renina-angiotensina (SRA) e sistema calicreína-
cinina (SCC) e a interferência dos Bj-BPPs em ambos os sistemas. 1) Conversão da
angiotensina I em angiotensina II; 2) Degradação da BK; 3) Inibição da ECA pelos Bj-BPPs.
Efeitos fisiológicos no SRA mediados pelos receptores AT 1 incluem vasoconstrição, retenção de
água e sódio, liberação de aldosterona, aumento da atividade nervosa simpática entre outros;
mediados pelos receptores AT 2 incluem diferenciação celular, vasodilatação entre outros. Os
efeitos no SCC mediados pelos receptores B2 incluem vasodilatação e hipotensão através da
liberação de NO, prostaciclinas e do EDHF. Devido a inibição da ECA pelos Bj-BPPs, os efeitos
fisiológicos do SRA estão diminuídos (não há formação de angiotensina II) e os efeitos fisiológicos
do sistema SCC estão potencializados (inibição da degradação de BK).
(Adaptado de Burnett, 1999; Couture e Girolami, 2004; Santos et. al., 2005).
devido aos quatro resíduos de prolinas na sua estrutura, que apresentava potente
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 27
que também foi um dos primeiros Bj-BPPs a ter estrutura determinada e que foi
BPP-9a era mais efetivo e tinha efeito mais duradouro que o do Bj-BPP-5a na
conversão da angiotensina I (Greene et. al., 1972). Desse modo, O Bj-BPP-9a foi
animais como em humanos e pelo alto custo de sua síntese (Krieger et. al., 1971;
Gavras et. al., 1974; Gavras et. al., 1975). Assim, tornou-se essencial para
(Ferreira et. al. 1970; Stewart et. al., 1971) foram estudadas por Cushman e
especificamente com sítio ativo da ECA (Cushman et. al., 1977). Assim, o Bj-BPP-
sítio dirigida da ECA, o Captopril que foi sintetizado pela adição de um radical
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 28
(Cushman et. al., 1977), e tem sido utilizado por via oral para o tratamento da
1981).
BPPs
Hayashi e Camargo, 2005; Guerreiro et. al., 2009; Lameu et al., 2010a; Mueller et.
al., 2005; Gomes et. al., 2007; Hayashi et. al., 2003).
inibir a ECA que o Bj-BPP-13a, no entanto é muito mais potente para potenciar a
que tem seletividade pelo sítio N-terminal. O Bj-BPP-11e além de ser um fraco
potenciador da BK, também não está entre os melhores inibidores dessa enzima
e não apresenta preferência por nenhum dos sítios ativos da ECA (Tabela 2).
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 29
Tabela 2 - Atividade biológica dos Bj-BPPs I. Efeito dos Bj-BPP-5a, Bj-BPP-9a, Bj-BPP-10c, Bj-
BPP-11e, Bj-BPP-12b, Bj-BPP-13a na potenciação de BK em íleo de cobaia (ex vivo) e na inibição
dos sítios N e C da ECA (in vitro). Os dados são expressos pela média ± erro padrão (Adaptado
de Hayashi e Camargo, 2005; Cotton et. al., 2002).
dose que produz o efeito anti-hipertensivo é menor que a dose requerida para
inibir a ECA in vivo (Ianzer et. al., 2007), sugerindo a participação de outros alvos
BPP-10c marcado com I125 que demonstraram que esse peptídeo se acumulava
mesmo após a saturação dos sítios ativos da ECA com um inibidor específico
Dessa forma, foram realizados estudos visando identificar novos alvos para
fornecimento de substrato para óxido nítrico sintase (NOS) produzir NO (Shen et.
al., 2005; Flam et. al., 2007). Guerreiro e colaboradores demonstraram que a
fisiológicos.
envolvendo a biodisponibilidade de L-arginina (Husson et. al., 2003; Flam et. al.,
2007).
convertida a uréia e a ornitina pela arginase (ciclo da uréia) (Nussler et. al., 1994;
Shuttleworth et. al., 1995; Husson et. al., 2003). Nos rins, onde é sintetizada a
partir da citrulina, é liberada para circulação sanguínea, uma vez que esse órgão
não possui enzimas capazes de utilizá-la como substrato (Nagasaki et. al., 1996;
conjunta da ASS e da enzima ASL, esta via é conhecida como ciclo da citrulina-
células (Figura 2). Além dessas três grandes funções também foi sugerido que a
citrulinemia (Curis et. al., 2005; Haberle et. al., 2002), hipertensão arterial
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 33
Haller, 1997; Dusse et. al., 2007, Garg e Hassid, 1989) e doença de Alzheimer
amônia, o que é tóxico para o organismo (Curis et. al., 2005). Essa disfunção
pode levar danos cerebrais com deficiência mental, geralmente levando à coma e
à morte.
(Higashi e Chayama, 2002). Uma vez que, a ASS participa da via de reciclagem
outros peptídeos, além do Bj-BPP-10c, atuam sobre a ASS para ativá-la ou inibi-
lá. Dessa forma, esses peptídeos poderiam se tornar moléculas potenciais para
que é uma enzima dimérica que contém um grupamento heme. Além do substrato
Há três isoformas de NOS que são codificadas por genes distintos: a NOS
alguns não neuronais (Davis et. al. 2001, Marleta, 1994, Murad, 1996); a NOS
musculares lisas vasculares, fibroblastos e células epiteliais (Davis et. al. 2001,
Marleta, 1994, Murad, 1996) e a eNOS, foi identificada como a enzima que produz
fatores relaxantes derivados do endotélio (Davis et. al. 2001, Marleta, 1994,
Murad, 1996). Tanto a nNOS como a eNOS, são agrupadas como NOS
atividades reguladas pela [Ca2+]i via calmodulina. Por outro lado, a expressão da
Ca2+, assim, a sua função não é afetada pela concentração de desse íon. Além
disso, a iNOS pode produzir níveis muito mais elevados de NO e portanto tóxico
musculatura lisa dos vasos. Além disso, essa molécula atua em diversos tipos
como inibição da ativação plaquetária (Albrecht et. al., 2003, Kubes et. al., 1991),
imune (Kelly e Gold, 1999; Davis et. al., 2001; Marleta, 1994; Murad, 1996).
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 36
flavinas são transferidos para o domínio oxigenase. Desse modo, a eNOS torna-
Fleming, 1995), o que possibilita que essa enzima catalise duas reações
Fridovich, 2001).
(Figura 3). Além disso, é sugerido também que o NO, no cérebro, está envolvido
cavéola, o que permite uma estreita proximidade com o seu substrato, L-arginina
e seus cofatores (Liu et. al., 1996). Os níveis intracelulares de L-arginina são
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 37
arginina através do ciclo citrulina-NO, sendo que a enzima passo limitante das
reações acopladas é a ASS (Hecker et. al.,1990, Xie et. al., 2000, Flam et. al.,
2001). Evidências clínicas sugerem que assim como a ativação da NOS pela
(Brown, 1999; Putney, 1999; Tran et. al., 2000; Putney et. al., 2001).
1999; Putney et. al., 2001; Parekh e Putney, 2005; Vetter e Lewis; 2010).
sinalização de cálcio são caracterizados por uma única proteína que transpassa a
fixado à subunidade α. Uma vez estimulada por um receptor ativado por seu
ligante, a subunidade α troca seu GDP por GTP. Isso causa a dissociação de α
(Felder, 1995).
2+
As vias de mobilização de [Ca ]i desencadeadas por receptores
2004).
2+ 2+
Outro mecanismo é o Ca citoplasmático ativando a liberação de Ca dos
Essa via de mobilização de [Ca2+]i foi observada em estudos realizados com o Bj-
BPP-10c, que em células do sistema nervoso central mediava seus efeitos por um
regulação de funções musculares e nervosas (Berridge et. al., 2000; Garcia et. al.,
2006).
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 40
levando a arritmia e insuficiência cardíaca (Ai et. al., 2005; Bassani e Bassani,
2007).
1999).
relacionado ao fato desse íon estar associado a excreção de sódio, tanto que
desse íon, pode ser citotóxico e promover uma disfunção ou destruição das
esquelético, o que pode ser intepretado como efeito protetor contra a diabetes,
Apesar do estudo da inibição ECA pelos Bj-BPPs ter sido muito importante
o efeito sobre a pressão arterial não poderia ser inteiramente explicado pela
al., 1972). Além disso, questionamentos sobre o mecanismo de ação dos Bj-BPPs
peptídeo apresenta um novo e importante alvo, a ASS (Guerreiro et. al., 2009)
com grande potencial de se tornar alvo terapêutico assim como aconteceu com a
ECA (Ondetti et. al., 1977; Cushman et. al., 1977; Ondetti e Cushman, 1981). O
atividade de outros Bj-BPPs. Portanto, esse trabalho teve como objetivo verificar
O critério utilizado para a escolha dos peptídeos foi que o Bj-BPP-5a, Bj-
serpente (Cho et. al., 1999; Hayashi et. al., 2003; Hayashi e Camargo; 2005;
possui eficácia comprovada no controle da pressão arterial (Gavras et. al., 1974).
Dessa maneira, com esse trabalho esperamos contribuir na literatura com novas
BP
P-
10
c
http://www.mona.uwi.edu/fpas/courses/physiology/muscles/Endothelia_and_Smooth_Muscles.htm)
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 45
2. OBJETIVOS
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 47
BPP-12b e Bj-BPP-13a;
HEK293.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 48
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 49
conforme descrito em Lameu et. al., 2010a. Os peptídeos foram purificados por
uma coluna Merck C18 (Merck KGaA, 4,6x30), previamente eluída com um
solvente B por 20min. A eluição dos peptídeos foi monitorada por absorbância em
(Edwards Freeze Dryer Super Modulyo Pirani 1001, Thermo Fisher Scientific Inc.,
Waltham, MA) por 48h a -50ºC sob vácuo. A massa molecular e a pureza dos
Butantan.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 50
anestesiados
foi introduzida uma cânula para registro da pressão arterial. Na veia femural foi
introduzido uma cânula para as infusões das drogas. A cânula arterial foi
Após a padronização, foi feita a injeção intravenosa (i.v.) in bolus dos Bj-BPPs na
dose de 60nmol num volume total de 150 L (solução de NaCl 0,9 %). Nos tempos
5, 10, 15, 20, 25 e 30min, após a injeção do peptídeo, foram reinjetadas doses
com os Bj-BPPs.
pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) e na veia, uma cânula
durante 60min, como controle basal. Após esse período, foi feita a injeção i.v. in
proteína desejada. Nesse projeto optou-se por utilizar o vetor pDEST 17, que
clonase II 0,2U/μl em tampão Tris-EDTA (TE) pH 8,0. Em seguida, essa reação foi
proteinase K.
contendo 105 células da bactéria Escherichia coli (E. coli) da linhagem DH5α.
Após incubação no gelo por 20min, as bactérias foram incubadas a 42ºC por 45s
cultura SOB (Super Optimal Broth, que é constituído por triptona 2%, extrato de
levedura 0,5%, NaCl 0,05%, KCl 2,5mM, MgCl2 10mM, MgSO4 10mM)
as bactérias foi incubado a 37ºC, por 1h, sob agitação. Só então as bactérias
(ampicilina 50μg/ml). Estas placas foram então incubadas em estufa a 37ºC entre
12 a 14h.
meio de cultura LB (Luria Bertani). Após incubação entre 12 a 14h, a 37ºC, sob
37ºC, sob agitação a 220 rpm. A absorbância do meio de cultura com as bactérias
foi monitorada, até atingir a densidade ótica a 600nm em torno de 0,4 a 0,5. A
mercaptoetanol 10mM e glicerol 10%. Essas células foram lisadas por sonicação
ácido nitriloacético, Qiagen), haja vista que a ASS recombinante foi gerada em
fusão com uma cauda de histidina, a qual apresenta afinidade pelo níquel.
glicerol 10% e, em seguida, foi incubada com sobrenadante obtido acima por 1h a
4ºC, sob agitação a 7rpm. A resina foi então lavada por 8 vezes com 10 volumes
imidazol 500mM, e glicerol 10% (v/v)], e então incubada por 30min a 4ºC, sob
agitação a 7rpm. Essa amostra (resina mais tampão de eluição) foi centrifugada a
ASS por Western blot e espectrometria de massas (descritos nos itens 3.4.3 e
Laemmli (1970). O gel a 12,5% foi preparado em tampão Tris-HCl 380mM, pH 8,8
como tampão de corrida Tris-HCl 25mM, contendo glicina 180mM, pH 8,3 e SDS
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 56
moleculares utilizados foram: soro albumina (68kDa), IgG (cadeia pesada 50kDa
solução de Coomassie blue (Coomassie blue R 250 0,1%, metanol 50%, ácido
coloração, o gel foi colocado em solução descorante [etanol, ácido acético e água
0,05% (v/v) de Tween 20] suplementada com BSA 5% (albumina sérica bovina)
anticorpo foi removida, e a membrana foi lavada com a solução TBS-T, por três
Após a incubação, sob agitação, por 1h, a temperatura ambiente, a membrana foi
novamente lavada por três vezes em tampão TBS-T por 10min cada. Finalmente,
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 57
60mM NBT (nitro blue tetrazolium) como substrato. Para determinação da massa
molecular aproximada das proteínas com afinidade pelo anticorpo, a posição das
proteína com massa molecular semelhante a da ASS foi recortada do gel com
fragmentos de géis foram transferidos para um tubo no qual foi adicionada uma
solução de NH4HCO3 75mM em etanol 40% e a mistura foi incubada por 60min a
adição de DTT (ditiotreitol) 5mM em NH4HCO3 25mM por 30min a 60ºC, seguida
fragmentos de gel foram lavados uma vez com NH4HCO3 25mM. Fez-se a
desidratação dos fragmentos de gel incubando-os por três vezes com acetonitrila
por 10min e então os fragmentos foram secos por 10min a vácuo. Logo após, o
gel foi reidratado em uma solução contendo tripsina 40μg/ml em NH4HCO3 50mM
por 45min no gelo. Em seguida, a solução de tripsina foi retirada, uma solução de
seguida pela adição de 0,05ml de ACN. Este procedimento foi repetido por três
atividade enzimática da ASS foi a descrita por Hao et. al., 2004, que consiste em
pH 7,8; ATP 2mM, citrulina 2mM; aspartato 2mM; MgCl2 6mM; KCl 20mM e
(ácido metil DL aspártico - Sigma) e após 30min a reação foi interrompida com a
inorgânico gerado nas amostras foi determinado por colorimetria a 650nm e pela
comparação dos valores obtidos com uma curva padrão. Esta foi obtida
tampão molibdato.
dessas células foi realizada utilizando-se o meio DMEM, suplementado com 10%
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 60
106 repassadas para placas de 6 poços com meio de cultura apropriado conforme
trocado por meio sem soro, e as células foram incubadas com concentrações
crescentes dos Bj-BPPs por 24h. Em seguida, o meio de cultura foi coletado e
150mM NaCl, 1% Nonidet p-40 (NP-40), 0,5% deoxicolato de sódio, 0,1% SDS,
lisado celular foi coletado e incubado no gelo por 30min, foram centrifugados a
21000g a 4ºC por 15min e então o sobrenadante (meio intracelular) foi coletado.
O3 + NO O2 + NO2* NO2 + hv
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 61
(Costar, RU) a uma densidade de 5 x 104 células por poço em meio sem soro.
volume final para cada poço foi de 200μl. A placa de células foi colocada no
lidas nos intervalos de 1,52s até 120s, totalizando 79 leituras por poço. Após 20s
[Ca2+]i transiente foi monitorada por 100s. As respostas foram medidas pela
EUA).
1990).
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 63
4.RESULTADOS
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 64
Wistar anestesiados.
hipotensora da BK antes e após a administração dos Bj-BPPs 5a, 9a, 10c, 11e,
dentre os peptídeos estudados, seguido dos Bj-BPPs 9a, 12b e 13a (132, 114,
-10 -10
PAM (mmHg)
PAM (mmHg)
-20 -20
-30 -30 **
** *
* **
-40
* -40 **
** *
BK 0 5 g)
-50 -50 BK 0 5 g)
BK (1,0 g) BK (1,0 g)
BPP-5a -60
BPP-9a
-60
-10 -10
PAM (mmHg)
PAM (mmHg)
-20 -20
**
** * *
-30 *** ** ** -30
*
** ***
**
-40 -40
BK 0 5 g) BK 0 5 g)
-50 BK (1,0 g) -50 BK (1,0 g)
BPP-10c BPP-11e
-60 -60
-10 -10
PAM (mmHg)
PAM (mmHg)
-20 -20
* * **
* **
-30
** *
-30 ** ** *
-40 -40
BK 0 5 g)
BK 0 5 g)
-50 -50 BK (1,0 g)
BK (1,0 g)
BPP-13a
BPP-12b
-60 -60
i.v. dos Bj-BPPs na dose de 71nmol/Kg em SHRs mostrou que todos os peptídeos
peptídeo.
contrário dos outros Bj-BPPs avaliados, o efeito anti-hipertensivo causado pelo Bj-
‘
B P P -5 a
A
15
T e mpo (min)
5 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
PAM (m m Hg)
-5
-15
-25
-35
-45
*
-55
B
50
40
30 T e mpo (min)
20
10
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
FC (bpm )
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80 *
Figura 7 – Alterações nos parâmetros cardiovasculares de SHR durante 6 horas após a
administração do Bj-BPP-5a (Ianzer et al., submitted). A: pressão arterial media (PAM) e B:
Frequência cardíaca (FC). Injeção intravenosa de Bj-BPP-5a (n=5) foi feita na dose de 71nmol/kg.
Dados apresentados como média ± EPM.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 69
BPP-9a
A
15
Tempo (min)
5
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-5
PAM (mmHg)
-15
-25
-35
-45
*
-55
B
Tempo (min)
50 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
40
30
20
10
FC (bpm)
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
BPP-10c
A
15
Tempo (min)
5
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-5
PAM (mmHg)
-15
-25
-35
-45
-55
*
B
50
40
30 Tempo (min)
20
10
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
FC (bpm)
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80 *
BPP-11e
A
15
Tempo (min)
5
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-5
PAM (mmHg)
-15
-25
-35
-45
*
-55
B
50
40
30 Tempo (min)
20
10
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
FC (bpm)
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80 *
BPP-12b
A
15
Tempo (min)
5 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-5
PAM (mmHg)
-15
-25
-35
-45
*
-55
B
50
40
30 Tempo (min)
20
10
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
FC (bpm)
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80 *
BPP-13a
A
15
Tempo (min)
5
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-5
PAM (mmHg)
-15
-25
-35
-45
*
-55
B
50
40
30 Tempo (min)
20
10
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
FC (bpm)
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80 *
Veículo
Tempo (min)
A
15 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-5
PAM (mmHg)
-15
-25
-35
-45
-55
B Tempo (min)
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
Tabela 3. Ensaios in vivo de alguns Bj-BPPs encontrados no cérebro e no veneno da Bothrops jararaca. Efeito máximo de: redução da pressão
arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC). Efeito máximo de potenciação da BK.
*p<0,05 quando comparado ao grupo controle, que corresponde as alterações dos parâmetros cardiovasculares observadas no grupo tratado com o
veículo.
a
Ferreira et al.1970
b
Hayashi et al.2003
c
Ianzer et al.2004
d
Ianzer et al.2007
e
Gomes et al.2007
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 76
vetor de expressão pDEST 17 foi verificada por análise de restrição (Figura 14) e
rendimento de cerca de 2mg de proteína por litro de cultura, após indução com L-
fusão com a cauda de histidina foi a única observada quando o gel foi corado com
Coomassie blue (Figura 15). Ainda, a análise por Western blot da proteína
isolada.
1 2 3
23,1kb
9,4kb
6,5kb
4,4kb
pDEST 17
2,3kb
2kb
cDNA da AsS
1 2
63 kDa
50 kDa
46 kDa
23 kDa
13 kDa
1 2
50 kDa
35 kDa
Figura 16 – Análise por Western blot da ASS humana recombinante obtida pela expressão
em E. coli. Linha 1 - Proteína purificada revelada pelo anticorpo anti-ASS. Linha 2 - Marcadores
de massa molecular.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 79
e 6 g), observamos que a enzima estava ativa, visto que o aumento da atividade
equiparáveis (Tabela 5). Todos juntos, estes resultados sugerem que a expressão
estudadas, alguns peptídeos não alteram a atividade catalítica da ASS, isso foi
observado para os Bj-BPPs 9a e 11e (Figura 19B e C). Resultados ainda mais
A B
25 250
] u M /m in
20 200
(u M )
15 150
3-
4
P r o d u ç ã o [P O
3-
PO4
10 100
5 50
0 0
5
10
20
30
45
60
0,
A S S (u g ) T e m p o (m i n )
150
] u M /m in
100
3-
4
% P r o d u c a o [P O
50
***
0
al
10
as
B
M D L A (m M )
A B
150 150
]
]
3-
3-
4
4
% P ro d u ç ã o [P O
% P ro d u ç ã o [P O
100 100
* * * ** ** ** *
***
50 50
0 0
al
01
03
0
1
10
30
1
3
al
01
03
0
1
3
1
10
30
0.
0.
10
0.
0.
10
as
as
0.
0.
0.
0.
B
B
[B j -B P P -5 a ] ( M) [B j -B P P -9 a ] ( M)
C D
150 200
**
*
*
]
150
3-
3-
4
4
% P ro d u ç ã o [P O
% P ro d u ç ã o [P O
100
100
50
50
0 0
al
al
0
0
01
03
01
03
3
1
10
30
10
30
0.
0.
0.
0.
10
10
as
as
0.
0.
0.
0.
B
[B j -B P P -1 1 e ] ( M) [B j -B P P -1 2 b ] ( M)
150 ***
*** ***
***
*
* *
]
3-
4
% P ro d u ç ã o [P O
100
50
0
al
01
03
0
1
10
30
1
3
0.
0.
10
as
0.
0.
B
[B j -B P P -1 3 a ] ( M)
avaliar ou correlacionar o efeito dos Bj-BPPs sobre a ASS ou até mesmo verificar
dessa enzima.
(Figura 20).
células).
requerida para bloquear o efeito de seu ativador, Bj-BPP-10c (Guerreiro et. al.,
A B
20 20
***
15 *** 15
( n m o l/1 0 6 c é lu la s )
( n m o l/1 0 6 c é lu la s )
***
*
N O x tota l
N O x tota l
10 10
5 5
0 0
al
al
03
3
1
03
1
3
0,
0,
0.
0.
as
as
0,
0.
B
B
[B j -B P P -5 a ] ( M ) [B j -B P P -9 a ] ( M )
C D
20 20
15 15
( n m o l/1 0 c é lu la s )
( n m o l/1 0 c é lu la s )
N O x tota l
N O x tota l
10 10
6
5 5
0 0
al
al
03
03
1
3
0,
0,
0,
0,
as
as
0,
0,
B
[B j -B P P -1 1 e ] ( M ) [B j -B P P -1 2 b ] ( M )
E
20
*** ***
15 ***
***
( n m o l/1 0 c é lu la s )
***
N O x tota l
10
6
0
al
3
1
3
03
0,
0,
as
0,
B
[B j -B P P -1 3 a ] ( M )
( n m o l/1 0 c é lu la s ) 150
100
% NO x t o t a l
*
6
***
50
0
a
40
na
a
na
P
LA
-5
in
M
-1
pi
bi
D
P
am
A
E
ze
+M
im
P
-D
O
B
al
en
oh
+4
+H
+G
ir
+Y
P
+
150
( n m o l/1 0 c é lu la s )
100
*
% NO x t o t a l
***
6
50
0
3a
40
P
na
LA
na
in
M
-1
-1
pi
bi
D
am
A
P
ze
+M
im
-D
P
al
en
oh
+4
B
+H
+G
ir
+Y
+P
250 250
200 200
% N O x t o t al
% N O x t o t al
150 150
***
100 100
**
50 50
0 0
al
40
al
na
na
B
as
as
-1
ni
bi
E
B
gi
O
ar
hi
H
L-
yo
+
K
+
B
na
ni
gi
ar
L-
800
600
% N O x to tal
400 **
*** ***
200
0
al
na
P
a
in
in
M
as
ri
ep
A
ca
B
D
la
nz
4-
us
ga
re
+
M
+
pi
na
na
+
ri
ri
na
ca
ca
ri
us
us
ca
M
M
us
M
significante pode ser observada pela estimulação das células com o Bj-BPP-9a
(Figura 24). Além disso, observamos que o aumento da [Ca2+]i foi instantâneo e
A B C
% U n id ad e d e F lu o rescên cia
% U n id ad e d e F lu o rescên cia
100 100 100
(m a x -m i n )
(m a x -m i n )
(m a x -m i n )
75 75 75
50 50 50
25 25 25
0 0 0
-11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -9 -8 -7 -6 -5 -12 -10 -8 -6 -4
lo g [B P P -5a] (M ) lo g [B P P -9a] (M ) lo g [B P P -11e ] (M )
D E
125 125
% U n id ad e d e F lu o rescên cia
% U n id ad e d e F lu o rescên cia
100 100
(m a x -m i n )
(m a x -m i n )
75 75
50 50
25 25
0 0
-11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -1 0 -9 -8 -7 -6 -5
lo g [B P P -12b ] (M ) lo g [B P P -1 3 a ] (M )
2+
Figura 24 – Mobilização de cálcio intracelular ([Ca ]i) em HEK293 estimuladas com
concentrações crescentes dos Bj-BPPs 5a, 9a, 11e, 12b e 13a. As curvas dose-resposta foram
obtidas pela regressão não-linear e os valores pD2 (-log EC50) foram calculados usando o
programa Graph-Pad PRISM (GraphPad Software). Os valores são a média ± desvio padrão de
três experimentos independentes.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 92
5.DISCUSSÃO
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 93
observada pela primeira vez com o veneno bruto da serpente Bothrops jararaca, e
moléculas eram responsáveis por essa resposta (Rocha e Silva et. al., 1949).
Atualmente já está bem estabelecido que esse efeito desencadeado pelo veneno
ECA (Stewart et. al., 1971; Smith e Vane, 2003). A ECA possui dois sítios ativos
angiotensina II, enquanto outros inibidores são mais seletivos para o sitio N-
enzima (Greene et. al., 1972; Marks et. al., 1980), por exemplo, estudos com o
Captopril mostraram que esse inibidor da ECA é capaz de produzir redução nos
Além disso, existem estudos que sugerem que os Bj-BPPs possam agir por
inibitórios da ECA com a potenciação de BK, esses dois mecanismos não serão
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 94
sobre o efeito hipotensor de BK (Mueller et. al., 2005). Sabe-se que todos os
(Hayashi e Camargo, 2005), entre esses alguns também já foram testados in vivo
Assim, uma das hipóteses seria a de que os Bj-BPPs poderiam ter influência
incluiria a interação com a ECA (Minshall et. al., 1997) e com outras enzimas
5a, Bj-BPP-9a e Bj-BPP-10c (Ianzer et. al., 2010; Gavras et. al., 1975; Bianchi et.
al., 1973; Ianzer et. al., 2007), demonstramos que os Bj-BPP-11e, Bj-BPP-12b e
(Ferreira et. al., 1970; Ondetti et. al., 1971; Murayama et. al., 1997), mas o mesmo
não é observado nos experimentos realizados in vivo (Figura 6A). Além disso,
esse peptídeo não é um bom inibidor da ECA, sendo mais seletivo para o sítio N-
2010).
não apresenta preferência por nenhum dos sítios ativos da ECA, provoca discreta
do coração), região especial do coração que controla a FC (Somsen et. al., 2004).
nutrição do próprio músculo cardíaco. Todos esses efeitos podem ser resumidos,
reduzir a FC que leva a discreta queda da PAM promovida por esse peptídeo.
fato de apresentar seletividade de inibição pelo sitio N-terminal da ECA o que não
ocorre com o Bj BPP-13a que não é um bom inibidor dessa enzima (Tabela 2).
dessa enzima (Cotton et. al., 2002). Entretanto, promove discreta redução da
PAM e não altera a FC, portanto é descartada a hipótese de ação sobre o sistema
nervoso central.
serem encontrados no veneno, também são codificados pelo precursor dos Bj-
não está na proteína precursora dos BPPs e CNP do cérebro (Murayama et. al.,
responsável por efeitos nas presas que inclui mamíferos. Como a mesma enzima
hipertensos (Lameu et. al., 2010a; Lameu et. al., 2010b). Como a sensibilidade do
pressão arterial, como por exemplo, na pré-eclâmpsia (Molino et. al.,1999), esse
peptídeo usado em quantidades adequadas pode ser benéfico para tratar esses
tipos de patologia.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 98
para consumo da NOS (Hao et. al., 2004; Shen et. al., 2005; Corbin et. al., 2008).
convertido a L-arginina e fumarato (Husson et. al., 2003; Karlberg et. al., 2008).
uma discreta inibição da ASS. Desse modo, poderíamos sugerir esse peptídeo
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 99
dessas patologias (Feun et. al., 2008; Shen et. al., 2006; Delage et. al., 2010).
12b esse fato ocorre em concentrações mais altas que o Bj-BPP-10c e o Bj-BPP-
(Haberle et. al., 2002; Ezgu et. al., 2005) e quando a modulação positiva da sua
conseqüente, aumento da produção de NO (Shen et. al., 2005; Guerreiro et. al.,
2009).
indicar que essa enzima não é alvo desses peptídeos, ou ainda, que interagem
com a ASS sem modificar sua capacidade enzimática, isso não os descartaria
(Guerreiro et. al., 2009), mas não deve participar do mecanismo de ação do Bj-
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 100
semelhantes.
5.3 A produção de NO pode não ser o único mecanismo de ação dos Bj-
2003).
atividade da ASS, sugerindo que o ciclo citrulina-NO não esteja envolvido nos
Ca2+ induzida pela BK ativa a NOS para gerar NO (Busse e Fleming, 1995).
Muitos outros receptores quando ativados geram sinais intracelulares para induzir
acoplados a proteína Gi/0 e Gs, que são ativados quando estimulados por
agonista desses receptores (Joshi et. al., 2007). A ativação pré-sináptica desses
utilizada para o tratamento de glaucoma, hipertensão ocular (Hurvitz et. al., 1991;
Bj-BPP-5a não é um bom inbidor dessa enzima. Dessa forma, sugerimos o Bj-
cognitivas, tais como Alzheimer (Fisher et.al., 2003; Caccamo et. al., 2006; Conn
et. al., 2009). A ativação desse subtipo de receptor também tem sido relacionada
altera a FC, não age sobre a ASS, não estimula a produção de NO e não mobiliza
NOS pelo aumento nos níveis de [Ca2+]i provocado por esse peptídeo.
está relacionado com controle das funções cardiovasculares pelo sistema nervoso
efeitos biológicos diferenciados e por isso mesmo são uma fonte inesgotável de
desenvolvimento de fármacos.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 106
6.CONCLUSÕES
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 107
6. Conclusões
Captopril, que desde os anos 80 tem sido utilizado por via oral para o tratamento
mesmo efeito sobre a FC. Por isso, as ações do Bj-BPP-5a, Bj-BPP-11e, Bj-BPP-
indicando que podem agir no sistema nervoso central, como já foi visto para o Bj-
apesar de não ser um excelente inibidor da ECA (Cotton et. al., 2002; Hayashi et.
pois é um potente inibidor dessa enzima com maior seletividade pelo sítio C-
terminal (Cotton et. al., 2002), o que explicaria seu efeito anti-hipertensivo e de
potenciação de BK;
mobilizar [Ca2+]i, mas ainda não temos nenhuma sugestão do receptor envolvido
ex vivo, mas é mais seletivo para o sítio no N-terminal. Além disso, apesar de
Tabela 6 - Atividade biológica dos Bj-BPPs II. Efeito dos BPPs na potenciação da resposta contrátil em musculatura lisa (ex vivo) e na resposta
hipotensiva da BK (in vivo), na pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) de SHRs acordados, na atividade da ASS, na produção de NO e
2+
na mobilização de [Ca ]i em células HEK293. Os dados são expressos pela média ± erro padrão.
Bj-BPP-9a <EWPRPQIPP Venenoa 0,22± c 114 ± 31j 100b 1b -22 ± 3*j -40 ± 15 j Nulaj Nãoj Nãoj
Venenoa
Bj-BPP-10c <ENWPHPQIPP 0,48±0,02 e 132 ± 22j 200b 0,5b - 53 ± 6*e - 67 ± 10* e Ativação h Sim h 7,23±0,09 i
b
Cérebro
Bj-BPP-11e <EARPPHPPIPP Cérebrob 2,68±0,20 b 48 ± 10j 100b 300b - 26 ± 3*j -61 ± 9*j Nulaj Nãoj 7,15±0,11 j
Bj-BPP-12b <EWGRPPGPPIPP Cérebrob 0,83±0,30 b 109 ± 17j 5b 150b - 25 ± 2*j -54 ± 9*j Ativaçãoj Nãoj 8,63±0,15j
Venenod
Bj-BPP-13a <EGGWPRPGPEIPP 1,50±0,20 b 62 ± 15j 50b 50b - 27 ± 2*j -67 ± 10*j Ativaçãoj Simj 7,82±0,17j
b
Cérebro
7.REFERÊNCIAS
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 112
AI X, CURRAN JW, SHANNON TR, BERS DM, POGWIZD SM. (2005). Failure Receptor
2+ 2+
Phosphorylation and Sarcoplasmic Reticulum Ca Leak in Heart Ca /Calmodulin–Dependent
Protein Kinase Modulates Cardiac Ryanodine. Circ Res. 97(12):1314-1322.
ALBRECHT EW, STEGEMAN CA, HEERINGA P, HENNING RH, VAN GH. (2003). Protective role
of endothelial nitric oxide synthase. J. Pathol. 199:8-17.
ARDAILLOU R, MICHEL JB. (1999). The relatives roles of circulating and tissue renin-angiotensin
systems. Nephrol. Dial. Transplant.14:283-286.
2+
BASSANI JW, BASSANI RA. (2007). Sarcoplasmic reticulum Ca release channel complex and
automatism: a matter of fine tuning. Cardiovasc Res. 75(1):7-9.
BERRIDGE MJ, LIPP P, BOOTMAN MD. (2000). The versatility and universality of calcium
signaling. Nat Rev Mol Cell Biol. 1(1): 11-21.
BIANCHI A, EVANS DB, COBB M, PESCHKA MT, SCHAEFFER TR, AND LAFFAN RJ. (1973).
Inhibition by SQ 20881 of vasopressor response to angiotensin I in conscious animals. Eur J
Pharmacol. 23:90–96.
BJARNASON JB, FOX JW. (1988). Characterization and substrate site mapping of two
hemorrhagic zinc protease from Crotalus atrox. Hematology and Animal Venoms (New York).
BRADFORD MM. (1976). A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram quantities
of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Anal. Biochem. 72:248-254.
BROWN EM. (1999). Physiology and pathophysiology of the extracellular calcium sensing
receptor. Am J Med. 106:238-53.
BURNETT JC Jr. (1999). Vasopeptidase inhibition: a new concept in blood pressure management.
J Hypertens Suppl. 17(1): S37-S43.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 113
BUSSE R, FLEMING I. (1995). Regulation and functional consequences of endothelial nitric oxide
formation. Ann Med. 27(3):331-371.
CAMARGO A, FERREIRA SH. (1971). Action of a bradykinin potentiating factor (BPF) and
dimercaprol (BAL) on the responses to bradykinin of isolated preparations of rat intestines. British
Journal of Pharmacology. 42: 305-307.
CAMPBELL DJ. (2003). The renin-angiotensin and the kallikrein-kinin systems. Int J Biochem Cell
Biol. 35(6):784-791.
CAWLEY SM, SAWYER CL, BRUNELLE KM, van der Vliet A, DOSTMANN WR. (2007). Nitric
oxide-evoked transient kinetics of cyclic GMP in vascular smooth muscle cells. Cell Signal.
19:1023-1033.
CHO Y, SOMER BG, AMATYA A. (1999). Natriuretic peptides and their therapeutic potential. Heart
Dis. 1(5):305-328.
COATES D. (2003). The angiotensin converting enzyme (ACE). Int J Biochem Cell Biol. 35(6):769-
773.
CONN PJ, JONES CK, LINDSLEY CW. (2009) Subtype-selective allosteric modulators of
muscarinic receptors for the treatment of CNS disorders. Trends Pharmacol Sci. 30(3):148-155.
CORBIN KD, PENDLETON LC, SOLOMONSON LP, EICHLER DC. (2008). Phosphorylation of
argininosuccinate synthase by protein kinase A. Biochem Biophys Res Commun. 377(4):1042-
1046.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 114
COUTURE R, GIROLAMI JP. (2004). Putative roles of kinin receptors in the therapeutic effects of
angiotensin 1-converting enzyme inhibitors in diabetes mellitus. Eur J Pharmacol. 500(1-3):467-
485.
CUADRA AE, EL-FAKAHANY EE. (1998). Up-regulation of the neuronal form of nitric oxide
synthase in response to prolonged muscarinic M1 receptor stimulation. J Neurochem. 71(2): 571-
579.
CUSHMAN DW, CHEUNG HS, SABO EF, ONDETTI MA. (1977). Design of potent competitive
inhibitors of angiotensin-converting enzyme. Carboxyalkanoyl and mercaptoalkanoyl amino acids.
Biochemistry. 16(25):5484-5491.
DAVIS KL, MARTIN E, TURKO IV. (2001). NOVEL EFFECTS OF NITRIC OXIDE. Annu. Rev.
Pharmacol. Toxicol. 41:203–236.
DE GASPARO M, CATT KJ, INAGAMI T, WRIGHT JW, UNGER T. (2000). International union of
pharmacology. XXIII. The angiotensin II receptors. Pharmacol Rev. 52(3):415-472.
DEDDISH PA, MARCIC B, JACKMAN HL, WANG HZ, SIKGEL RA, ERDÖS EG. (1998). N-
Domain-Specific Substrate and C-Domain Inhibitors of Angiotensin-converting Enzyme
Angiotensin-(1-7) and keto-ACE. Hypertension. 31:912-917.
DEDDISH PA, MARCIC BM, TAN F, JACKMAN HL, CHEN Z, ERDOS EG. (2002). Neprilysin
inhibitors potentiate effects of bradykinin on B2 receptor. Hypertension. 39(2Pt 2):619–623.
DUSSE LM, LWALEED BA, SILVA RM, COOPER AJ, CARVALHO MG. (2007). Nitric oxide in pre-
eclampsia: Be careful with the results. Eur J Obstet Gyneco, Reprod Biol. 138(2):242-243.
EGLEN RM. (2006). Muscarinic receptor subtypes in neuronal and non-neuronal cholinergic
function. Auton Autacoid Pharmacol. 26(3):219-233.
FAKLER CR. (1995). Two cases suggesting a role for the L-arginine nitric oxide pathway in
neonatal blood pressure regulation. Acta Paediatr. 84:460-462.
FERREIRA SH. (1965). Bradykinin potentation factor (BFP) present in snake venom of Bothrops
jararaca. Br. J. Pharmacol. 24:163-169.
FERREIRA SH, BARTELD DC, GREENE LJ. (1970) Isolation of bradykinin potentiating peptides
from Bothrops jararaca venom. Biochemistry. 9(13): 2583-2593.
FLAM BR, EICHLER DC, E SOLOMONSON, L. P. (2007). Endothelial nitric oxide production is
tightly coupled to the citrulline-NO cycle. Nitric Oxide 17:115-121.
FREER RJ, STEWART JM. (1971). Synthetic Bradykinin Potentiating Peptides Related to those
isolated from snake venoms. Ciência e Cultura, 23(4):539-542.
FROHLICH ED, SULLIVAN JM, LEWIS RP, PASTERNAK RC. (1995). Guidelines for training in
adult cardiovascular medicine. Core Cardiology Training Symposium (COCATS). Task force 10:
training in preventive cardiovascular medicine. J Am Coll Cardiol. 25(1):33-36.
GARTHWAITE J, BOULTON CL. (1995). Nitric oxide signaling in the central nervous system. Annu
Rev Physiol. 57:683-706.
GAVRAS H, BRUNNER HR, LARAGH JH, SEALEY JE, GAVRAS I, VUKOVICH RA. (1974). An
angiotensin converting-enzyme inhibitor to identify and treat vasoconstrictor and volume factors in
hypertensive patients. N. Engl. J. Med. 291(16):817-821.
GAVRAS H, BRUNNER HR, LARAGH JH GAVRAS I, VUKOVICH RA. (1975). The use of
angiotensin-converting enzyme inhibitor in the diagnosis and treatment of hypertension. Clin Sci
Mol Med Suppl. 2:57s-60S.
GAVRAS H, GAVRAS I, TEXTOR S, VOLICER L, BRUNNER HR, RUCINSKA EJ. (1978). Effect of
angiotensin converting enzyme inhibition on blood pressure, plasma renin activity and plasma
aldosterone in essencial hypertension. J. Clin. Endocrinol. Metab.,46(2):220-226.
GILES AR. (1987). Guidelines for the use of animals in biomedical research. Thromb. Haemost.
58:1078-1084.
GOODWIN BL, PENDLETON LC, LEVY MM, SOLOMONSON LP, EICHLER D. (2007) Tumor
necrosis factor- reduces argininosuccinate synthase expression and nitric oxide production in
aortic endothelial cells. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 293:H1115-H1121.
GORDON FJ, SVED AF. (2002). Neurotransmitters in central cardiovascular regulation: glutamate
and GABA. Clin Exp Pharmacol Physiol. 29(5-6):522-524.
GREENE LJ, CAMARGO AC, KRIEGER EM, STEWART JM, FERREIRA SH. (1972). Inhibition of
the conversion of angiotensin I to II and potentiation of bradykinin by small peptides present in
Bothrops jararaca venom. Circ Res., 31(9):Suppl 2:62-71.
GUERREIRO JR, LAMEU CG, OLIVEIRA EF, KLITZKE CF, LINARES E, OHARA A, FOX JW,
LEBRUN I, SERRANO SM, CAMARGO ACM. (2009). Argininosuccinate synthetase is a novel
functional target for a snake venom anti-hypertensive peptide: role in arginine and nitric oxide
production. JBC. 30(284):20022-20033.
HABERLE J, PAULI S, LINNEBANK M, KLEIJER WJ, BAKKER HD, WANDERS RJA, HARMS E,
KOCH HG. (2002). Structure of the human argininosuccinate synthetase gene and improve system
for molecular diagnostics in patient with classical and mild citrullinemia. Hum Genet. 110:327-333.
HANSON MA, STEVENS RC. (2009). Discovery of new GPCR biology: one receptor structure at a
time. Structure. 17(1):8-14.
HARRISON DG. (1996). Endothelial control of vasomotion and nitric oxide production. Cardiol.
Clin. 14:1–15.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 118
HARRISON DG. (1997). Cellular and molecular mechanisms of endothelial cell dysfunction. J Clin
Invest. 100:2153-2157.
HAYASHI MAF, MURBACH AF, IANZER D, PORTARO FCV, PREZOTO BC, SILVEIRA PF,
SILVA CA, FERNANDES BL, PIRES RS, BRITTO LRG, DIVE V, CAMARGO ACM. (2003). The C-
type natriuretic peptide precursor of snake brain contains highly specific inhibitors of the
angiotensin-converting enzyme. Journal of Neurochemistry. 85(4):969-977.
HAYASHI MAF, CAMARGO AC. (2005) The Bradykinin-potentiating peptides from venom gland
and brain of Bothrops jararaca contain highly site specific inhibitors of the somatic angiotensin-
converting enzyme. Toxicon. 45(8):1163-1170.
HECKER, M.; SESSA, W. C.; HARRIS, H.J.; ANGGARD, E. E. AND VANE, J. R. (1990). The
metabolism of L-arginine and its significance for the biosynthesis of endothelium-derived relaxing
factor: cultured endothelial cells recycle L- citrulline to L-arginine. Proc. Natl. Acad. Sci. 87: 8612-
8616.
HIGASHI Y, CHAYAMA K. (2002). Renal endothelial dysfunction and hypertension. J Diab Comp.
16:103-107.
HIPERLINK.http://www.mona.uwi.edu/fpas/courses/physiology/muscles/Endothelia_and_Smooth_
Muscles.htm
HURVITZ LM, KAUFMAN PL, ROBIN AL, WEINREB RN, CRAWFORD K, SHAW B. (1991). New
developments in the drug treatment of glaucoma. Drugs. 41(4):514-532.
IANZER DA. (2001) Tese de mestrado: Relação da estrutura primária dos peptídeos
potenciadores de bradicinina (BPPs), derivados do veneno da Bothrops jararaca, e atividade sobre
vasopeptidases, íleo isolado de cobaia e pressão arterial de rato.
IANZER D, SANTOS RAS, ETELVINO GM, XAVIER CH, SANTOS JÁ, MENDES EP, MACHADO
LT, PREZOTO BC, DIVE V, CAMARGO ACM. (2007). Do the cardiovascular effects of
angiotensina-converting enzyme (ACE) I involve ACE-independent mechanisms? New insights
from proline-rich peptides of Bothrops jararaca. J. Pharm. Exp. Ther. 322:795-805.
IANZER D, XAVIER CH, FRAGA FC, GUERREIRO JR, MACHADO LT, MENDES EP, CAMARGO
ACM, SANTOS RAS. (2010). The Bothrops jararaca pentapeptide BPP-5a produces potent and
long-lasting antihypertensive effect independent of bradykinin potentiation or ACE inhibition.
Peptides. (submitted).
KELLY CJ, GOLD DP. (1999). Nitric oxide in in interstitial nephritis and other autoimmune
diseases. Semin. Nephrol. 19(3):288–295.
KINI RM. (2002). Molecular moulds with multiple missions: functional sites in three-finger toxins.
Clin. Exp. Pharmacol. Physiol. 29:815–822.
KINI RM. (2003). Excitement ahead: structure, function and mechanism of snake venom
phospholipase A2 enzymes. Toxicon. 42(8):827-840.
KRIEGER EM, SALGADO HC, ASSAN CJ. GREENE LL, FERREIRA SH. (1971). Potential
screening test for detection of overactivity of renin-angiotensin system. Lancet. 1(7693):269-271.
LAEMMLI UK. (1970). Cleavage of structural proteins during the assembly of the head of
bacteriophage T4. Nature. 227:680-685.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 120
LAMEU C, HAYASHI MA, GUERREIRO JR, OLIVEIRA EF, LEBRUN I, PONTIERI V, MORAIS KL,
CAMARGO AC, ULRICH H. (2010a). The central nervous system as target for antihypertensive
actions of a proline-rich peptide from Bothrops jararaca venom. Cytometry A. 77(3):220-230.
LEMKE CT, YEUNG M, HOWELL PL. (1999). Expression, purification, crystallization and
preliminary X-ray analysis of Escherichia coli argininosuccinate synthetase. Acta Cryst.
55(12):2028-2030.
LIN HC, WAN FJ, CHENG KK, TSENG CJ. (1999). Nitric oxide signaling pathway mediates the L-
arginine-induced cardiovascular effects in the nucleus tractus solitarii of rats. Life Sci. 65(23):2439-
2451.
MAHAUT-SMITH MP, MARTINEZ-PINNA J, GURUNG IS. (2008). A role for membrane potential in
regulating GPCRs? Trends Pharmacol Sci. 29(8):421-429.
MARCEAU F, HESS JF, BACHVAROV DR. (1998). The B1 receptors for kinins. Pharmacol
Rev.50:357–386.
MARCIC B, DEDDISH PA, SKIDGEL RA, ERDÖS EG, MINSHALL RD, TAN F. (2000).
Replacement of the transmembrane anchor in angiotensin I-converting enzyme (ACE) with a
glycosylphosphatidylinositol tail affects activation of the B2 bradykinin receptor by ACE inhibitors. J.
Biol. Chem. 275:16110-16118.
MARGOLIUS HS. (1995). Theodore Cooper Memorial Lecture. Kallikreins and kinins. Some
unanswered questions about system characteristics and roles in human disease. Hypertension.
26(2):221-229.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 121
MARKS ES, BING RF, THURSTON H, AND SWALES JD. (1980). Vasodepressor property of the
converting enzyme inhibitor captopril (SQ 14 225): the role of factors other than renin-angiotensin
blockade in the rat. Clin Sci. 58:1–6.
MARLETTA MA. (1994). Nitric oxide synthase: aspects concerning structure and catalysis. Cell.
78(6):927–930.
MCDONALD KK, ZHARIKOV S, BLOCK ER, KILBERG MS. (1997). A caveolar complex between
the cationic amino acid transporter 1 and endothelial nitric oxide synthase may explain the
“arginine paradox”. J. Biol. Chem. 272:31213-31216.
MEKI AR, NASSAR AY, ROCHAT H. (1995). A bradykinin-potentiating peptide (peptide K12)
isolated from the venom of Egyptian scorpion Buthus occitanus. Peptides. 16(8):1359-1365.
MICHELINI LC. (1999). Regulação neuro-humoral da pressão arterial. In: Ayres MM. Fisiologia.
Rio de Janeiro: Ghuanabar Kogan. 473-488.
MINSHALL RD, TAN F, NAKAMURA F, RABITO SF, BECKER RP, MARCIC B. (1997).
Potentiation of the actions of bradykinin by angiotensin I-converting enzyme inhibitors. The role of
expressed human bradykinin B2 receptors and angiotensin I-converting enzyme in CHO cells. Circ
Res. 81(5):848–856.
MOREAU ME, GARBACKI N, MOLINARO G, BROWN NJ, MARCEAU F, ADAM A. (2005). The
kallikrein-kinin system: current and future pharmacological targets. J Pharmacol Sci. 99(1):6-38.
MURAD F. (1996). The 1996 Albert Lasker Medical Research Awards. Signal transduction using
nitric oxide and cyclic guanosine monophosphate. JAMA 276(14):1189–1192.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 122
MURAYAMA N, HAYASHI MA, OHI H, FERREIRA LA, FERNANDES BL, YAMANE T, CAMARGO
ACM. (1997). Cloning and sequence of a Bothrops jararaca cDNA encoding a precursor of seven
bradykinin-potentiating peptides and a C-type natriuretic peptide. Proc. Natl. Acad. Sci. USA. 94:
1189-1193.
NETER J, WASSERMAN W, KUTNER MH. (1990). Applied Linear Statistical Models. 3ª Edition.
741-744.
NODA M, KARIURA Y, AMANO T, MANAGO Y. (2004). Kinin receptors in cultured rat microglia.
Neurochemistry International. 45:437–442.
NUSSLER AK, BILIAR TR, LIU ZZ, MORIS SM. (1994). Coinduction of nitric oxide synthase and
argininosuccinate synthase in a murine macrophage cell line. Implications for regulation of nitric
oxide production. J. Biol. Chem. 269, 1257-1261.
ONDETTI MA, WILLIAMS NJ, SABO EF, PLUSCEC J, WEAVER ER, KOCY O. (1971).
Angiotensins-Converting Enzyme Inhibitors from the Venom of Bothrops jararaca. Isolation,
Elucidation of Structure, and Synthesis. Biochemistry. 19(22):4033-4039.
ONDETTI MA, RUBIN B, CUSHMAN DW. (1977). Design of specific inhibitors of angiotensin-
converting enzyme: new class of orally active antihypertensive agents. Science. 196:441-444.
ONDETTI MA, CUSHMAN DW. (1981) Inhibition of the renin-angiotensin system. A new approach
to the therapy of hypertension. J Med Chem. 24(4):355-361.
PAREKH AB, PUTNEY JW JR. (2005). Store-operated calcium channels. Physiol Rev. 5(2):757-
810.
PUTNEY JW JR. (1999). TRP, inositol 1,4,5-trisphosphate receptors, and capacitative calcium
entry. PNAS. 96(26):14669–14671.
PUTNEY JW JR, BROAD LM, BRAUN FJ, LIEVREMONT JP, BIRD SJ. (2001). Mechanisms of
capacitative calcium entry. J Cell Sci. 114:2223-2229.
RATNER S, PETRACK B. (1951). Biosyntesisof urea. III. Further studies on arginine synthesis
from citrulline. J. Biol. Chem. 191: 693-705.
RIBEIRO SA, CORRADO AP, GRAEFF FG. (1971). Antinociceptive action of intraventricular
bradykinin. Neuropharmacology. 10(6):725-731.
SANTOS RA, FREZARD F, FERREIRA AJ. (2005). Angiotensin-(1-7): blood, heart, and blood
vessels. Curr Med Chem Cardiovasc Hematol Agents. 3(4):383-391.
SHEN LJ, BELOUSSOW K, SHEN WC. (2005). Accessibility of endothelial and inducible nitric
oxide synthase to the intracellular citrulline–arginine regeneration pathway. Biochem. Pharmacol.
69:97–104.
SHEN LJ, BELOUSSOW K, SHEN WC. (2006). Modulation of arginine metabolic pathways as the
potential anti-tumor mechanism of recombinant arginine deiminase. Biochem. Pharmacol. 69:97-
104.
SHUTTLEWORTH CW, BURNS AJ, WARD SM, O´BRIEN WE, SANDERS KM. (1995). Recycling
of L-citrulline to sustain nitric oxide-dependent enteric neurotransmission. Neuroscience. 68:1295-
1304.
SILVA CA, PORTARO FC, FERNANDES BL, IANZER DA, GUERREIRO JR, GOMES CL, KONNO
K, SERRANO SM, NASCIMENTO N, CAMARGO AC. (2008). Tissue distribution in mice of BPP
10c, a potent proline-rich anti-hypertensive peptide of Bothrops jararaca. Toxicon, 15;51(4):515-
523.
SMITH CG, VANE JR. (2003). The discovery of captopril. FASEB J. 17(8):788-789.
SOARES AM, RODRIGUES VM, HOMSI-BRANDEBURGO MI, TOYAMA MH, LOMBARDI FR,
ARNI RK, GIGLIO JR. (1998). A rapid procedure for the isolation of the Lys-49 myotoxin II from
Bothrops moojeni (caissaca) venom: biochemical characterization, crystallization, myotoxic and
edematogenic activity. Toxicon. 36(3):503-514.
SOMSEN RJ, JENNINGS JR, VAN DER MOLEN MW. (2004). The cardiac cycle time effect
revisited: temporal dynamics of the central-vagal modulation of heart rate in human reaction time
tasks. Psychophysiology. 41(6):941-953.
STEWART JM, FERREIRA SH, GREENE LJ. (1971). Bradykinin potentiating peptide PCA-Lys-
Trp-Ala-Pro: an inhibitor of the pulmonary inactivation of bradykinin and conversion of angiotensin I
to II. Biochem Pharmacol. 20:1557-1567.
TANEN, D.A., RUHA, A.M., GRAEME, K.A., CURRY, S.C., AND FISCHIONE, M.A. (2001).
Rattlesnake envenomations: unusual case presentations. Arch. Intern. Med. 161:474:479.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 125
TARPEY MM, FRIDOVICH I. (2001). Methods of Detection of Vascular Reactive Species Nitric
Oxide, Superoxide, Hydrogen Peroxide, and Peroxynitrite. Journal of Am Heart Association.
89:224-236.
TRAN QT, OHASHI K, WATANABE H. (2000). Calcium signaling in endothelial cells. Cardiovasc.
Res. 48:3-22.
TURNER AJ, HOOPER NM. (2002). The angiotensin-converting enzyme gene family: genomics
and pharmacology. Trends Pharmacol Sci. 23(4):177-183.
VALLANCE P, CHAN N. (2001). Endothelial function and nitric oxide: clinical relevance. Heart.
85:342-350.
VELDEN M, KAREMAKER JM, WÖLK C, SCHNEIDER R. (1990). Inferring vagal effects on the
heart from changes in cardiac cycle length: implications for cycle time-dependency. Int J
Psychophysiol. 10(1):85-93.
VETTER I, LEWIS RJ. (2010). Characterization of endogenous calcium responses in neuronal cell
lines. Biochem Pharmacol. 79(6):908-920.
VILLARD E, SOUBRIER F. (1996). Molecular biology and genetics of the angiotensin-I converting
enzyme: potential implications in cardiovascular diseases. Cardiovasc. Res. 32:999-1007.
WALTER FG, BIDLEN EF, GIBLY RL. (1999). Envenomations. Crit Care Clin. 5:353-386.
WESS J. (2004). Muscarinic Acetylcholine receptor knockout mice: Novel phenotypes and clinical
implications. Annu Rev Pharmacol Toxicol. 44:423-450.
WIESINGER H. (2001). Arginine metabolism and the synthesis of nitric oxide in the nervous
system. Neurobiology. 64:365-391.
WILLIAMS DJ, VALLANCE P J, NEILD GH, SPENCER JA, IMMS, FJ. (1997). Nitric oxide-
mediated vasodilation in humam pregnancy. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 272:H748-H752.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 126
WOODARD GE, ROSADO JA. (2007). Recent advances in natriuretic peptide research. J Cell Mol
Med. 11(6):1263-71.
WOTTA DR, PARSONS AM, HU J, GRANDE AW, EL-FAKAHANY EE. (1998). M1 muscarinic
receptors stimulate rapid and prolonged phases of neuronal nitric oxide synthase activity:
involvement of different calcium pools. J Neurochem. 71(2):487-97.
WRAY S, BURDYGA T. (2010). Sarcoplasmic reticulum function in smooth muscle. Physiol Rev.
90(1):113-78.
XIE LJ, HATTORI Y, TUME N, GROSS SS. (2000). The preferred source of arginine for high-
output nitric oxide synthesis in blood vessels. Semin. Perinatol. 24:42-45.
YOUN JH, GULVE EA, HOLLOSZY JO. (1991). Calcium stimulates glucose transport in skeletal
muscle by a pathway independent of contraction. Am J Physiol. 260(3 Pt 1):C555-C561.
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de São Paulo 127
8.ANEXOS