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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE MANICA

Divisão de Agricultura

Curso: Engenharia Zootécnica

Módulo : Parasitologia

3°Bloco/1°Ano

Relatório da aula pratica no laboratório

Discentes:
 Erasmo Seco Agostinho
 Gustavia Alexandre Nlacudime
 Jemusse Tomas Nóe
 Josúe paulo António
 Mertina Alberto Matsinhe
 Michael Chinhema
 Mourinho Tobias Sande
 Nilton Mesa Nensa
 Ninércia Datina Moniz
 Onésio José Viola
 Priscila Gilberto Canhenze
 Rodrigues Joaquim mogas
 Salomão de Jesus José Raimundo

Docente:
dra.Yara Loforte, Msc

Matsinho, Outubro de 2023


Índice
Introdução................................................................................................................................. 3
Objectivos: ............................................................................................................................... 3
Objectivo Geral:.................................................................................................................... 3
Objectivos Específicos: ......................................................................................................... 3
Tripanossomose ........................................................................................................................ 4
Diagnóstico de Parasitas Gastrointestinais ................................................................................. 5
Diagnostico............................................................................................................................... 5
Materiais utilizados: .................................................................................................................. 5
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ..................................................................................... 6
Resultado.................................................................................................................................. 6
Técnica de Sedimentação .......................................................................................................... 7
Materiais usados para o diagnóstico: ......................................................................................... 7
Técnicas usadas para fazer o diagnóstico ................................................................................... 7
Diagnóstico de Hemoparasitas .................................................................................................. 8
Material Utilizado para o diagnóstico: ....................................................................................... 8
Meios de culturas .................................................................................................................... 11
Materiais utilizados ................................................................................................................. 11
Preparação da amostra ............................................................................................................ 11
Sementeira .............................................................................................................................. 12
Conclusão ............................................................................................................................... 13
Introdução
A visita de estudo realizada no laboratório veterinário representou uma oportunidade
significativa para aprofundar nosso entendimento sobre a importância da parasitologia e
microbiologia na saúde dos animais. Durante esta experiência, tivemos a oportunidade
de explorar e aprender sobre três áreas cruciais: hemoparasitas, parasitas
gastrointestinais e meios de cultura. Esses tópicos são fundamentais para a compreensão
da saúde e do diagnóstico veterinário, pois muitas doenças que afectam animais, sejam
domésticos ou selvagens, estão intimamente ligadas à presença desses parasitas e à
capacidade de identificá-los de maneira precisa.

No que diz respeito aos hemoparasitas, esses microrganismos sanguíneos são


responsáveis por uma série de doenças que afectam a saúde de animais de todas as
espécies. Durante nossa visita, pudemos observar as técnicas e procedimentos usados
para a identificação e tratamento dessas infecções, destacando a importância do
diagnóstico. Além disso, o estudo dos parasitas gastrointestinais é de vital importância,
uma vez que muitos problemas de saúde em animais estão relacionados à infestação por
vermes e outros parasitas que habitam o trato digestivo. Nesta visita, tivemos a
oportunidade de aprender sobre as técnicas de diagnóstico desses parasitas.

Por fim, a compreensão dos meios de cultura é essencial para o isolamento e


identificação de microrganismos que podem afectar a saúde dos animais. A visita ao
laboratório permitiu-nos explorar as condições e métodos de cultivo utilizados para o
crescimento de bactérias, e outros microrganismos, desempenhando um papel crucial na
pesquisa e diagnóstico.

Neste relatório, documentaremos as informações adquiridas durante a visita, destacando


os procedimentos e técnicas relevantes que observamos, e ressaltando a importância do
conhecimento adquirido para o campo da medicina veterinária.

Objectivos:
Objectivo Geral:
O objectivo geral deste relatório é documentar as informações e experiências adquiridas
durante a visita de estudo ao laboratório veterinário, destacando a importância da
parasitologia, microbiologia e meios de cultura na prática veterinária.

Objectivos Específicos:
 Descrever os procedimentos e técnicas utilizadas para identificação e tratamento
de hemoparasitas;
 Conhecer as práticas de diagnóstico, de parasitas gastrointestinais em animai.
 Discutir a importância dos meios de cultura no isolamento e identificação de
microrganismos em amostras biológicas, incluindo sua aplicação na pesquisa e no
diagnóstico veterinário.

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No dia 12 de Outubro tivemos uma visita de estudo no IIAM (Instituto de investigação
Agraria de Moçambique) onde abordou-se a cerca das doenças parasitárias constantes
em animais de producão quem tem causado muitas preocupações, pois são responsáveis
por largas perdas no sector pecuário a nível mundial.

Começamos com uma breve explicação sobre a mosca Tsétsé e Tripanossomose em


Moçambique principalmente na zona centro onde há mas ocorrência.

Tripanossomose
É uma doença parasitária causada por protozoários do género Trypanosoma. Os
responsáveis pela transmissão da tripanossomose são maioritariamente os insectos do
género Glossina, vulgarmente conhecidos como mosca Tsétsé. E ela se minifesta de
duas formas:

Aguda: Temperatura alta, letargia, fraqueza, anemia; pode causar a morte de um animal
sem grandes alterações na condição corporal, a carcaça pode se apresentar pálida.

Crónica: Anemia, atraso no crescimento em animais jovens e emagrecimento


progressivo em adultos, aumento do volume dos gânglios linfáticos e redução da forca
de tracção animal.

Consequências da Tripanossomose

Directa: Altos custos no controle da doença, despesas com tratamento e medidas de


profilaxia, diminuição da producão de carne, leite, vitelos e mortalidade dos animais
infectados.

Indirectas: deficiências proteicas nos camponeses devido a redução de consumo de


carne e leite. Redução das áreas cultivadas e do escoamento da producão devido
doenças ou mortalidade em animais de tracção.

A que estão algumas actividades feitas no Laboratório regional de veterinária de


chimoio em relação a mosca Tsétsé e a tripanossomose:

 Recolha de sangue;
 Confecção de esfregaço de sangue;
 Centrifugação dos tubos de hematocrito e leitura do PCV.
 Pesquisa do tripanossoma usando os métodos “WOO” e “Buffy Coat”
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Diagnóstico de Parasitas Gastrointestinais
O primeiro lugar que visitamos foi a sala de Diagnostico de parasitas gastrointestinais,
onde vimos que este grupo de parasitas inclui um amplo grupo de microorganismos dos
quais os helmintos e protozoários são os mais representativos. Os helmintos sao uma
grande importância na economia pois, causam uma diminuição da qualidade e
quantidade de carne, leite e a causa de grande mortalidade.

Diagnostico
Para o diagnostico colecta-se amostras de fezes frescas, depois colocadas em um
recipiente apropriado (frasco de boca larga ou em saco plástico), identificar e processar
imediatamente as amostras ou refrigerar a (2-5~C).

Existem dois tipos de diagnósticos:

 Técnica de Wills ou Flutuação simples: Detecção de ovos leves de


helmintos e oócitos de protozoários.
 Técnica de Sedimentação: Detecção de ovos pesados de helmintos.

Técnica de Wills ou Flutuação simples é uma técnica que baseia-se na tendência que os
corpos menos densos têm de flutuar sobre uma solução salina densa. Isso nos diz que
quanto menos densos os ovos, melhor sua separação por meio dessa técnica, que utiliza
uma solução saturada de cloreto de sódio para induzir a flutuação dos avos ate a
superfície.

Materiais utilizados:
 Copo;
 Colher ou palito de madeira;
 Coador’;
 Funil;
 Tubo de ensaio;
 Lâmina e lamela;
 Solução saturada de NaCl;
 Microscópio óptico.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Utilizou-se uma pequena Porcão de fezes de suínos de +/- 10g num copo, depois
homogeneizada com um pouco de solução saturada de Sal (NaCl) e usou-se uma colher
para misturar.

Depois de misturar acrescentou-se a solução salina até completar o volume desejado,


que é o volume necessário para preencher o tubo de ensaio. Depois, usando um coador e
funil, filtrou-se a mistura para o tubo de ensaio, onde enchemos o tubo de ensaio até a
formação de uma estrutura convexa na boca do tubo como liquido filtrado.

Logo após, se colocou cuidadosamente na boca do tubo de ensaio uma lamela, que
ficou em contacto direito com o liquido. Depois, ficou em repouso por 15 minutos.
Findo esse tempo, retirou-se a lamela rapinante e colocar na lâmina com a parte
molhada voltada para baixo.

E o último passo foi observar a lâmina no microscópio óptico com objectiva 10X para
verificar a presença de ovos.

Enchimento do tubo de ensaio


Filtração

Lamela na boca do tubo de ensaio

Resultado
Com as fezes que usamos não conseguimos observar os ovos.

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Técnica de Sedimentação
A sedimentação espontânea é um procedimento simples, essa técnica é indicada para o
diagnóstico de helmintos com ovos pesados que não flutuam em soluções saturadas.

Materiais usados para o diagnóstico:


 Frasco de borrel ou copos descartáveis transparentes;
 Cálice de sedimentação ou copo;
 Gaze;
 Colher, bastão de vidro ou palito de madeira;
 Pipetas Pasteur;
 Lâmina e lamela.

Técnicas usadas para fazer o diagnóstico


 Colocar uma pequena Porcão de fezes de +/- 10g em frasco de borrel ou um
copo plástico descartável, com cerca de 5ml de água, e triturar com a colher,
bastão de vidro ou palito de madeira até formar uma mistura homogénea.
 Acrescentar mais de água até a boca do copo;
 Filtrar a suspensão para um cálice cónico, com ajuda de uma gaze cirúrgica
dobrada em quatro os detritos retidos são levados com mais 20ml de água,
agitando-se constantemente com o bastão de vidro, devendo o líquido da
lavagem ser recolhido no mesmo cálice.
 Completar o volume do cálice com água.
 Deixar essa suspensão em repouso durante 24 horas.
 Terminado este tempo, observar o aspecto do liquido sobre nadante, tomando
umas dessas duas condutas:
a) Se o líquido estiver turvo, descarta-lo cuidadosamente sem levantar ou
perder o sedimento, depois colocar mais água até o volume anterior e deixar
em repouso por mais de 60 minutos.
b) Se o líquido estiver liquido e o sedimento bom, colher uma amostra do
sedimento para exame.
 Colocar parte do sedimento numa lâmina e colocar uma lamela por cima do
conteúdo. E dai examinar ao microscópio com as objectivas de 10X e/ou 40X. e
no mínimo devem ser examinadas duas amostras.

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Diagnóstico de Hemoparasitas
Depois da visita a sala de diagnóstico de parasitas gastrointestinais, visitamos a sala
de diagnóstico de Hemoparasitas.

Neste grupo de doenças se destacam: a Babesiose, a Theleriose, a Anaplasma e a


tripanossomose, conhecidos pelos seus elevados índices de morbidade e
mortalidade.

Material Utilizado para o diagnóstico:


 Microscópio óptico;
 Lâminas e lamelas;
 Tubos de colecta de sangue;
 Corante.

O diagnóstico Hematológico de parasitas pode ser feito com uma gota de sangue
fresca.

1° Recolhe-se a amostra do sangue da orelha ou da cauda do animal vivo, depois da


colecta da recolha de sangue, coloca-se uma gota de sangue numa lâmina. Depois,
cobrir a gota de sangue com lamela limpa.

E o último passo é examinar a lâmina de imediato, no microscópio óptico


utilizando objectiva de 20X ou 40X.

Este método é vantajoso porque é simples, barato e rápido. Mas também tem
algumas desvantagens como a baixa sensibilidade, e, é útil apenas para parasitas
extracelulares, como Tripanossomas.

Para o diagnóstico usou-se o esfregão Fino de sangue

`1° Usamos lâminas devidamente esterilizadas e conservadas, depois é a identificar


a àlápis na parte oposta a que será feita o esfregão. Logo depois, colocamos uma
gota de sangue numa lâmina limpa a cerca de 2 a 3 cm de uma das extremidades.

Depois de colocar a gota de sangue na lâmina, segura-se bem a lâmina com a gota
de sangue, e com o auxílio de outra lâmina, coloca se a gota de sangue em contacto
com sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás
tocando a gota com o dorso em um ângulo de 45°. Depois o sangue espalha-se pela
borda da lâmina extronsora por capilaridade.

Após, deslizar a lâmina suavemente e uniformemente sobre a outra, em direcção


oposta a extremidade em que esta a gota de sangue. Onde o sangue sara puxado pela
lâmina. Depois de completamente escondido, o sangue forma uma película sobre a
lâmina de vidro. Depois dai, é so secar ao ar em posição horizonta. E esta operação
pode levar uma hora pelo que deve-se proteger a lâmina das moscas e outros
insectos durante o tempo de secagem.

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Depois do esfregão podemos observar três camadas na lâmina:

 Cabeça da lâmina: que é a região imediatamente após o local em que estava


a gota de sangue.
 Corpo da lâmina: é a região ente a cabeça e a cauda. É nessa área que os
leucócitos, hemacias e plaquetas estão distribuídos de forma homogénea.
 Cauda da lâmina: Região final da distensão sanguínea. Nessa região,
podemos ver alguns esferocitos e elevação de monocitos e granduocitos, que
podem apresentar maior distorção morfológica.

E para preservar e conservar o esfregão de modo que as células não sofram


distorções, e seja infectado por fungos e baterias ou seja, autolisadas, e as
lâminas devem ser fixas antes.

Coloração das amostras de esfregaço de sangue

Normalmente obtém-se a corante em forma concentrada e deve ser diluído antes de


utilizados.

1. Fazer uma solução de 1ml de giemsa concentrado com 9ml de água (PH de 7,5);
2. Corar a lâmina durante três minutos;
3. Lavar a lâmina com água durante um minuto, até o esfregaço ficar com uma
coloração tendendo paradoxo.

Observar a lâmina ao microscópio com objectiva de imersão.

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Tubos de colecta de sangue Tubos de colecta de sangue

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Meios de culturas
E por último visitamos a sala onde é feito o controlo de qualidade de alimentos. Onde é
feita a análise de possíveis microorganismos que podem ser encontrados nos alimentos.

Materiais utilizados
Placas de Petri;
Pipeta graduada;
Espalhador em formato de L;
Chama;
Tubo de ensaio;
Bico de Buzer;
Estufa;
Água peptonada.
Materiais

Preparação da amostra
Vimos que para a preparação, primeiro faz-se a colecta da amostra do objecto em estudo
que pode ser carne, leite, etc.

Depois deve se certificar que todos os materiais estão esterilizados como frascos,
pipetas e as placas. Isso é fundamental para evitar a contaminação da amostra. E
devemos identificar as amostras.

Depois da colecta de amostra e certificar-se que todos os materiais estão esterilizados,


levamos a amostra e colocamos em um recipiente limpo e estéril para preparar a
diluição. Para diluir colocasse 10ml da amostra mas 90ml do solvente e agitamos. E
para tirar medidas precisas usamos a pipeta graduada.

E a primeira amostra que obtemos é chamada de diluição ou amostra mãe, que é de


. E depois identificamos (o nome da amostra, diluição e a data). E a partir da
diluição mãe podemos fazer as diluições sucessivas, onde com uma pipeta graduada.
Vamos transferir 1ml da nossa amostra para um outro tubo contendo 9ml do solvente e
ela se torna a amostra . E com outra pipeta transferimos 1ml da amostra contendo
9ml do solvente e se torna a diluição e assim sucessivamente para diminuir a carga
microbiana.

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Sementeira
E com as amostras feitas a diluição sucessiva, começamos a sementeira. E vimos que
existem dois tipos de sementeira (Sementeira profunda e sementeira Artificial).

Sementeira profunda

Usa-se a placa de Petri, transfere-se 1ml da amostra para a placa de Petri e de seguida
adicionamos 12 a 15ml do meio de cultura, se for para o cultivo de bactérias Mesófilas
usa-se o meio de cultura PCA e a sua sementeira é profunda. Depois agitamos no
sentido horário e anti-horário para a carga distribuir-se completamente pelo meio. E
cada diluição deve ser feita em duplicata. E deixamos secar, depois leva-se a estufa a
uma temperatura de 37°C durante 48h.

Pesquisa de E. aureus, é feita a sementeira superficial. O meio usado para a sementeira é


Agar Mannitol. Transfere-se 0,5ml da diluição para a placa com ajuda de um
espalhador em formato de L, para espalhar completamente no meio.

Depois da sementeira faz-se a leitura, contamos as placas que têm colónias de 30 a 300.
Acima disso que é incontável descartamos. E como e feita em duplicata deve ser feita a
soma e divisão (somando as duas placas e dividido por 2, e o numero sempre é expresso
de 1 a 9,9). Depois comparar o resultado com o limite de carga microbiana por cada
alimento.

E outra lição importante que aprendemos lá é de ser justo e Honesto (não aceitar
subornos para falsificar resultado). Onde vimos que é muito importante seguir
todos os passos, desde a colecta de amostra, transporte, processamento da amostra,
sementeira. Seguir todos passos é muito importante para um bom diagnostico e
para obtenção de resultados precisos.

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Conclusão
A visita ao laboratório veterinário foi muito interessante. Aprendemos sobre coisas
importantes que têm a ver com a saúde dos animais. Aprendemos sobre a importância
de identificar e combater hemoparasitas, parasitas gastrointestinais e como os meios de
cultura são essenciais para entender microrganismos relacionados à saúde animal.

Ficou claro que a parasitologia e a Microbiologia desempenham um papel importante


no diagnóstico e tratamento de animais doentes. Aprendemos como a ciência ajuda os
veterinários a manter os animais saudáveis e a fornecer tratamentos eficazes.

Essa experiência nos deixou com uma maior compreensão e apreço pelo trabalho dos
profissionais de medicina veterinária, que dedicam seus esforços a manter os animais
saudáveis.

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