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Passos - MG
2018
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
UEMG - UNIDADE PASSOS
Passos - MG
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
2. OBJETIVO..........................................................................................................................5
3. JUSTIFICATIVA................................................................................................................5
4. METODOLOGIA................................................................................................................5
5. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................6
5.2. TRANSMISSÃO..........................................................................................................7
5.3. SINTOMALOGIA.......................................................................................................7
5.4. DIAGNÓSTICO...........................................................................................................8
5.5. TRATAMENTO..........................................................................................................8
5.6. EPIDEMIOLOGIA......................................................................................................9
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................16
7. REFERÊNCIAS................................................................................................................17
1. INTRODUÇÃO
As doenças tropicais negligenciadas, mais conhecida como DTN, são aquelas causadas
por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações com baixa
renda. São um grupo grande e bem heterogêneo de doenças que podem levar ao óbito milhões
de pessoas em todo o mundo (FIOCRUZ). Por causa da notória complexidade dessas
patologias, foi criado um programa pela OMS que busca erradicar estas doenças até o ano de
2020. Alguma dessas doenças são por exemplo, a Doença de Chagas, Teníase-Cistecercose,
Dengue e Chicungunya, Leishmaniose, Hanseníase, Filariose Linfática, Oncocercíose, Raiva,
Esquistossomose ou Geo-helmitíase. (CHAN, 2010).
2. OBJETIVO
3. JUSTIFICATIVA
4. METODOLOGIA
5. DESENVOLVIMENTO
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/IF_ESQUI05.htm
Ela possui a aptidão da veiculação hídrica e é mais comum em áreas rurais, podendo
estar diretamente relacionada com variações ambientais e socioeconômica (SAUCHA et al.,
2015).
5.3. SINTOMALOGIA
A esquistossomose possui gravidade variada, podendo apresentar-se de forma aguda
ou crônica. Na fase inicial (aguda), dura em torno de um a dois meses e desaparece através de
tratamento específico ou evolui (se não tratada) para a fase crônica, podendo manifestar-se de
forma assintomática, sendo mais comum na infância e confundida com outras doenças; ou de
forma sintomática, com dermatites cercarianas parecidas com picadas de insetos com duração
de até 5 dias, febre de Katayama após 3 a 7 semanas, linfodenopatia, febre, cefaleia, anorexia,
dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos, tosse seca e hepatoesplenomegalia. Indivíduos que
residem em áreas endêmicas habitualmente não exibem as manifestações da fase aguda. Já a
fase tardia (crônica) que tem início após 6 meses de infecção, apresenta várias manifestações
clínicas dependendo da localização e intensidade do parasitismo; os sintomas mais comuns
são diarreias permanentes intercaladas com obstipação, com ocorrência de melena, tonturas,
cefaleia, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, perda de peso,
rigidez do fígado, hepatomegalia e o aumento da região abdominal (popular barriga d´água);
também pode demonstrar progressão para outros órgãos, causando forma clínica
hepatointestinal, hepática, hepatoesplênica, hepatoesplênica compensada, hepatoesplênica
descompensada, genital, pseudoneoplásica, entre outras. Os dois estágios principais são a
forma intestinal ou hepatointestinal e, a mais grave é a forma hepatoesplênica, representada
pelo crescimento e endurecimento do fígado e do baço (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014;
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017; VITORINO et al., 2012; MARCULINO et al., 2016).
5.4. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico laboratorial é o exame parasitológico feito pela técnica de Kato-Katz
(quantifica e visualiza os ovos por grama de fezes), podendo também utilizar testes
sorológicos em áreas não endêmicas. Na fase assintomática o diagnóstico é baseado em
eosinofilia e ovos viáveis de S. mansoni encontrados nas fezes. Na fase sintomática é baseado
no achado de eosinofilia juntamente com dados epidemiológicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2014).
5.5. TRATAMENTO
Os tratamentos em casos menos complexos são realizados em domicílio, com drogas
de prescrição médica e aquisição gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Os casos mais
críticos são tratados com intervenção cirúrgica e hospitalar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
INFECTOLOGIA, 2018).
O tratamento quimioterápico da esquistossomose é feito através de drogas modernas
como Oxamniquina e Praziquantel, que devem ser preconizadas para a maioria dos pacientes
com presença de ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal. A droga Oxamniquina apresenta
baixa toxicidade, e o Praziquantel é uma droga que atua contra todas as espécies do gênero
Schistosoma que infectam o homem, atuando também nas formas jovens do parasito, lesando
seu tegumento, expondo assim antígenos-alvo da resposta imune. (NUNES, 2012).
5.6. EPIDEMIOLOGIA
No mundo é notificada em 54 países, com ênfase na África e leste do mediterrâneo. Já
no continente americano, atinge a América do Sul, com proeminência no Caribe, Venezuela e
Brasil. No Brasil, 1,5 milhões de pessoas convivem em ambientes de risco endêmicos, sendo
nordeste e sudeste com mais casos computados, mas é encontrada em todo o país. As áreas de
maior ocorrência são os estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). As
últimas estimativas indicam cerca de 6 milhões de pessoas infectadas pelo Schistosoma
mansoni no país e mais de 70 milhões de indivíduos vivendo em áreas endêmicas de 13
estados. (MURTA et al., 2014). Dados do Ministério da Saúde apontam a região Nordeste do
Brasil como responsável pelo maior registro de casos de esquistossomose, sendo uma das
principais causas de mortalidade por doença transmissível devido as condições ambientais,
como a presença de rios e clima favorável para reprodução de caramujos e condições
socioeconômicas, como o saneamento básico precário, o difícil acesso a atendimento médico
e acentuada pobreza que contribuem para a manutenção do ciclo de transmissão da
esquistossomose no estado. (BARRETO et al., 2015).
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140
137
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0 4 5 4 6 5 6 6
20102 20113 3 20120 3 20133 20140 20153 20162
A presença da patologia na área rural é expressiva pelo fato de 42,01% dos casos
estarem presente no percentual de 14,7% (representação rural de Minas Gerais) (SILVA;
ANDRADE, 2016).
50
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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
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2010 2011 2012 2013 2014 2015
cercárias de S. mansoni, que são eliminadas na água pelos caramujos do gênero Biomphalaria,
A busca por um controle da doença ocorre desde 1993, com maiores façanhas a partir
de 1999/2000, com o auxílio das secretarias municipais. Atualmente, os municípios são
incumbidos de manterem um controle da parasitologia (juntamente com o estado) de acordo
com o PCD (Programa de Controle da Esquistossomose), feito pelo Ministério da Saúde
(SECRETARIA DA SAÚDE). A escolha pela elaboração de um plano de intervenção para
educação, orientação, tratamento e prevenção da esquistossomose mansônica em uma unidade
de saúde da família, advém da elevada prevalência da parasitose na região, além da
observação ativa dos hábitos da população observada e que podem ser modificados. O fato de
que a prevenção ao nível primário através de medidas educativas e de orientação da
população sobre a doença poderia contribuir para reduzir a incidência, e ao nível secundário
através do tratamento adequado e precoce dos portadores refletindo na redução da prevalência
da doença, é que motivou o desenvolvimento deste estudo. Ademais, o escopo principal é
implantar um plano de intervenção, de baixo custo e fácil execução, com o intuito de
promover educação, orientação e tratamento e consequentemente melhores condições de
saúde para a população do município. (SANTOS et al., 2013).
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
ASSARÉ, R. K.; LAI, Y. S.; YAPI, A.; TIAN-BI, Y. N.; OUATTARA, M.; YAO, P. K.,
et al. The spatial distribution of Schistosoma mansoni infection in four regions of
western Côte d’Ivoire. Geospat Health. 10(1):345. 2015.
FONSECA, F.; FREITAS, C.; DUTRA, L.; GUIMARÃES. R.; CARVALHO, O. Spatial
modeling of the schistosomiasis mansoni in Minas Gerais State, Brazil using spatial
regression. Acta Trop. 133:56-63. 2014.
SANTOS, L. L.; VIANA, G. H. R.; VILLAR, J. A. F. P.; SANTOS, H. L.; SILVA, E. S.;
JUNIOR, M. C.; TARANTO, A. G.; AZAMBUJA, R. I.; TOSCANO, C. F.; FIGUEREDO,
R. C.; MIYOSHI, A.; LOPES, D. O. O uso de quimeras lipo-peptídicas na produção de
vacinas contra a esquistossomose. Gerais: revista de saúde pública do SUS/MG. v. 1, n. 1.
2013. Disponível
em :<http://revistageraissaude.mg.gov.br/index.php/gerais41/article/view/268>. Acesso em
18 de novembro de 2018.
SAUCHA, C. V. V.; SILVA, J. A. M.; AMORIM, L. B. Condições de saneamento básico
em áreas hiperendêmicas para esquistossomose no estado de Pernambuco em 2012.
Epidemiol Serv Saúde. 24(3):497-506. 2015.
VITORINO, R. R.; SOUZA, P. C. F.; COSTA, P. A.; CORRÊA, F. F.; SANTANA, A. L.;
GOMES, P. A. Esquistossomose mansônica: diagnóstico, tratamento, epidemiologia,
profilaxia e controle. Revista Brasileira Clínica Médica, v. 10, p. 39-45, 2012.