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Amanda Silveira e Silva

Bianca Louise Inácia Marcelino


Laiane Taniguthi
Letícia Rosa Oliveira Silva

ESQUISTOSSOMOSE: A REALIDADE SOBRE A ERRADICAÇÃO

Passos - MG
2018
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
UEMG - UNIDADE PASSOS

Amanda Silveira e Silva


Bianca Louise Inácia Marcelino
Laiane Taniguthi
Letícia Rosa Oliveira Silva

ESQUISTOSSOMOSE: A REALIDADE SOBRE A ERRADICAÇÃO

Trabalho apresentado como avaliação


parcial da disciplina Projeto Integrador V.
Prof Diones Antônio Borges

Passos - MG
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4

2. OBJETIVO..........................................................................................................................5

3. JUSTIFICATIVA................................................................................................................5

4. METODOLOGIA................................................................................................................5

5. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................6

5.1. CICLO BIOLÓGICO...................................................................................................6

5.2. TRANSMISSÃO..........................................................................................................7

5.3. SINTOMALOGIA.......................................................................................................7

5.4. DIAGNÓSTICO...........................................................................................................8

5.5. TRATAMENTO..........................................................................................................8

5.6. EPIDEMIOLOGIA......................................................................................................9

5.7. PROFILAXIA E PROMOÇÃO EM SAÚDE............................................................14

6. CONCLUSÃO...................................................................................................................16

7. REFERÊNCIAS................................................................................................................17
1. INTRODUÇÃO
As doenças tropicais negligenciadas, mais conhecida como DTN, são aquelas causadas
por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações com baixa
renda. São um grupo grande e bem heterogêneo de doenças que podem levar ao óbito milhões
de pessoas em todo o mundo (FIOCRUZ). Por causa da notória complexidade dessas
patologias, foi criado um programa pela OMS que busca erradicar estas doenças até o ano de
2020. Alguma dessas doenças são por exemplo, a Doença de Chagas, Teníase-Cistecercose,
Dengue e Chicungunya, Leishmaniose, Hanseníase, Filariose Linfática, Oncocercíose, Raiva,
Esquistossomose ou Geo-helmitíase. (CHAN, 2010).

Considerada a segunda doença parasitária mais disseminada no mundo pela OMS


(Organização Mundial da Saúde), a esquistossomose é uma zoonose com ligação direta ao
saneamento básico e condição monetária, sendo endêmica em 76 países, com 200 milhões de
infectados, 400 milhões com risco de contaminação e 200 mil mortes por ano (SECRETARIA
DA SAÚDE). É considerada uma doença do século XIX que está entre as doenças
infectoparasitárias, disputando as altas taxas de prevalência e vêm se mantendo num patamar
quase constante nas últimas duas décadas, representando cerca de 10% das causas de
internações hospitalares na rede hospitalar pública e contratada pelo Sistema Único de Saúde.
(TIBIRIÇA et al., 2011). Ela representa um grande problema de saúde pública em países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento, principalmente do Brasil (SILVA et al., 1998).

A esquistossomose mansônica possui evolução crônica, sendo considerada uma


doença negligenciada e subnotificada em todo o mundo. Dados do Ministério da Saúde
mostram que a esquistossomose, no Brasil, causa mais óbitos (em média, mais de 500 a cada
ano) que a dengue, a leishmaniose visceral e a malária (SECRETARIA DO ESTADO DE
SAÚDE, 2009).

A zoonose possui diversos nomes diferentes, dentre eles bilharziose, xistosa,


xistossomose, doença dos caramujos ou barriga d` água (SECRETARIA DA SAÚDE). É
causada pelo trematódeo Schistossoma mansoni e possui três espécies de hospedeiros
intermediários: B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila. Seu principal hospedeiro
definitivo é o homem, que abriga o parasita em vasos sanguíneos do intestino e fígado
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Foi descoberta em 1852, por Teodore Bilharz, no Cairo,
e chegou ao Brasil por escravos africanos, onde alcançou 19 estados, com aproximadamente 6
milhões de caso por ano. Entretanto, foi descrita no Brasil pela primeira vez em 1907, por
Manuel Augusto Pirajá da Silva, na Bahia (SECRETARIA DA SAÚDE).

Dada a importância e relevância da patologia no âmbito da saúde e da economia


social, o presente trabalho busca demonstrar a importância da mesma enfatizando a
epidemiologia, tratamento, promoção em saúde e ciclo biológico, expondo a realidade e
dificuldade de aniquilação da doença no plano governamental de erradicação de doenças
tropicais.

2. OBJETIVO

O objetivo deste projeto é discorrer sobre a esquistossomose, dando ênfase na


patologia e seus desdobramentos, como o tratamento, medidas profiláticas, sintomalogia e
epidemiologia, visando a promoção em saúde nesta zoonose.

3. JUSTIFICATIVA

A esquistossomose é uma doença parasitária com grande enfoque no Brasil, sendo


alvo de uma proposta de até o ano de 2020. Dentro disso, o presente trabalho busca
demonstrar a realidade vivida pela doença e suas complicações, visando a possibilidade de
uma erradicação de acordo com a realidade vivida pelo país.

4. METODOLOGIA

As bases de dados bibliográficas utilizadas para o desenvolvimento deste trabalho


foram o Google Acadêmica, Scielo (Scientific Electronic Library Online) e sites
governamentais como o Portal do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde de Curitiba-
Paraná. As pesquisas foram realizadas durante o mês de agosto de 2018 e foram selecionados
25 artigos, datados de 1998 a 2018. Os termos usados para a captação de informações foram:
esquistossomose, esquistossomose e tratamento, esquistossomose e fármacos,
esquistossomose prevenção e tratamento, esquistossomose e sua sintomalogia,
esquistossomose e educação em saúde, promoção da saúde na esquistossomose e
esquistossomose e saneamento.

5. DESENVOLVIMENTO

5.1. CICLO BIOLÓGICO


O agente etiológico Schistosoma mansoni é um helminto da classe Trematoda, família
Schistosomatidae e gênero Schistosoma. Possui reprodução sexuada e assexuada, é delgado e
tem cor branca e sexos separados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). O ciclo biológico da
esquistossomose é heteroxênico, onde os ovos são liberados junto com as fezes do hospedeiro
definitivo em água doce, na qual eclodem e liberam miracídios que contaminam o caramujo.
Depois prosperam os esporocistos e em seguida as cercarias invadem a pele de novos
hospedeiros definitivos, onde se locomovem para os pulmões e o sistema porta-hepático,
tornando-se adultas (CARVALHO et al., 2008). O parasito adulto se localiza nos vasos
sanguíneos do intestino e do fígado do hospedeiro definitivo, e apenas uma parte dos ovos
concebidos são eliminados nas fezes (SECRETARIA DA SAÚDE).

http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/IF_ESQUI05.htm

O hospedeiro intermediário é imprescindível ao ciclo biológico do S. mansoni, são


caramujos gastrópodes aquáticos, pulmonados, hermafroditas, da família Planorbidae e
gênero Biomphalaria, e abrigam o helminto durante a reprodução assexuada. O hospedeiro
definitivo é onde o parasito vive em sua forma adulta e pratica reprodução sexuada, eles
eliminam ovos por meio de evacuação no ambiente, ocorrendo contaminação hídrica.
Primatas, gambás, ruminantes, roedores, lebres e coelhos são classificados como hospedeiros
permissivos ou reservatórios, mas não possuem explicação científica sobre a presenças dos
mesmos no ciclo biológico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). É provável que
esquistossomas parasitos de roedores (S. rodahini) associados à evolução dos primeiros
hominídeos tenham dado origem ao S. mansoni. Com isso, posteriormente, o parasito passou a
infectar também os roedores silvestres. O ciclo biológico silvestre do S. mansoni, que tem
como hospedeiro definitivo os roedores, equivale ao ciclo tradicional, que tem o ser humano
como hospedeiro definitivo, pois ocorrem os mesmos processos desde a infecção no
hospedeiro intermediário (molusco do gênero Biomphalaria) até o hospedeiro definitivo
(LIRA et al., 2016).
Existem 6 espécies que podem provocar a patologia no ser humano, com apenas o
Schistosoma mansoni evoluindo nas américas (SVS, 2008).
5.2. TRANSMISSÃO
A transmissão da esquistossomose não ocorre por contato direto ou por auto-infecção.
Um ser humano elimina ovos 35 dias depois da infecção e durante um tempo de 6 a 10 anos,
podendo prolongar até 20 anos. Já as cercarias são eliminadas pelos caramujos posteriormente
há 28 a 49 dias, sendo possível a eliminação por toda sua vida, que dura cerca de 1 ano. Não
existe vetor associado a esquistossomose (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).

Os indivíduos jovens, na fase produtiva são os mais acometidos, provavelmente pelos


seus hábitos de lazer em rios. A prevalência mundial da esquistossomose é estimada em 200
milhões de pessoas (SILVA et al., 1998).

Ela possui a aptidão da veiculação hídrica e é mais comum em áreas rurais, podendo
estar diretamente relacionada com variações ambientais e socioeconômica (SAUCHA et al.,
2015).

5.3. SINTOMALOGIA
A esquistossomose possui gravidade variada, podendo apresentar-se de forma aguda
ou crônica. Na fase inicial (aguda), dura em torno de um a dois meses e desaparece através de
tratamento específico ou evolui (se não tratada) para a fase crônica, podendo manifestar-se de
forma assintomática, sendo mais comum na infância e confundida com outras doenças; ou de
forma sintomática, com dermatites cercarianas parecidas com picadas de insetos com duração
de até 5 dias, febre de Katayama após 3 a 7 semanas, linfodenopatia, febre, cefaleia, anorexia,
dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos, tosse seca e hepatoesplenomegalia. Indivíduos que
residem em áreas endêmicas habitualmente não exibem as manifestações da fase aguda. Já a
fase tardia (crônica) que tem início após 6 meses de infecção, apresenta várias manifestações
clínicas dependendo da localização e intensidade do parasitismo; os sintomas mais comuns
são diarreias permanentes intercaladas com obstipação, com ocorrência de melena, tonturas,
cefaleia, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, perda de peso,
rigidez do fígado, hepatomegalia e o aumento da região abdominal (popular barriga d´água);
também pode demonstrar progressão para outros órgãos, causando forma clínica
hepatointestinal, hepática, hepatoesplênica, hepatoesplênica compensada, hepatoesplênica
descompensada, genital, pseudoneoplásica, entre outras. Os dois estágios principais são a
forma intestinal ou hepatointestinal e, a mais grave é a forma hepatoesplênica, representada
pelo crescimento e endurecimento do fígado e do baço (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014;
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017; VITORINO et al., 2012; MARCULINO et al., 2016).

A vulnerabilidade do homem a doença é independe de idade, sexo e etnia, entretanto,


algumas doenças (como a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), podem alterar a
morfologia da patologia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017; MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2014).

A esquistossomose apresenta a característica de possuir baixa letalidade e ter suas


principais causas de óbito relacionadas a formas mais agressivas (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA).

5.4. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico laboratorial é o exame parasitológico feito pela técnica de Kato-Katz
(quantifica e visualiza os ovos por grama de fezes), podendo também utilizar testes
sorológicos em áreas não endêmicas. Na fase assintomática o diagnóstico é baseado em
eosinofilia e ovos viáveis de S. mansoni encontrados nas fezes. Na fase sintomática é baseado
no achado de eosinofilia juntamente com dados epidemiológicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2014).

5.5. TRATAMENTO
Os tratamentos em casos menos complexos são realizados em domicílio, com drogas
de prescrição médica e aquisição gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Os casos mais
críticos são tratados com intervenção cirúrgica e hospitalar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
INFECTOLOGIA, 2018).
O tratamento quimioterápico da esquistossomose é feito através de drogas modernas
como Oxamniquina e Praziquantel, que devem ser preconizadas para a maioria dos pacientes
com presença de ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal. A droga Oxamniquina apresenta
baixa toxicidade, e o Praziquantel é uma droga que atua contra todas as espécies do gênero
Schistosoma que infectam o homem, atuando também nas formas jovens do parasito, lesando
seu tegumento, expondo assim antígenos-alvo da resposta imune. (NUNES, 2012).

Em um estudo realizado com hamsters infectados com 200 cercárias de S. mansoni


com o objetivo de observar o efeito do tratamento com praziquantel sobre o nível de pressão
no sistema porta e o desenvolvimento de varizes esofágicas. Várias espécies de mamíferos
têm sido usadas experimentalmente como modelo em estudos acerca da história natural da
esquistossomose, pela facilidade operacional, baixo custo e bons resultados obtidos, com o
Mus musculus sendo uma das espécies mais empregadas; e os camundongos
imunologicamente competentes, quando infectados rapidamente desenvolvem
hepatoesplenomegalia, com desenvolvimento de hipertensão no sistema porta. No presente
trabalho administrou-se praziquantel aos animais infectados, em duas ocasiões, no 50º e 60º
dias após infecção. Os resultados obtidos mostram que, nas condições do experimento, o
tratamento não teve influência sobre a letalidade, o nível de pressão no sistema porta ou no
desenvolvimento de hepatomegalia. Entretanto, os animais tratados com praziquantel
apresentaram, de forma significativa, menor desenvolvimento de esplenomegalia. Por outro
lado, embora tanto os animais tratados como os não tratados tenham revelado a formação de
varizes esofágicas, no grupo que recebeu praziquantel observou-se padrão de
desenvolvimento de varizes mais benigno. Tais resultados sugerem efeito benéfico de
tratamento específico efetuado cerca de dois meses após infecção, que tenderia a diminuir a
morbidade decorrente do depósito de ovos do trematódeo nos tecidos do hospedeiro, embora
não seja capaz de impedir a elevação da pressão no sistema porta e a formação incipiente de
varizes esofágicas (CHIEFFI et al., 2010).

5.6. EPIDEMIOLOGIA
No mundo é notificada em 54 países, com ênfase na África e leste do mediterrâneo. Já
no continente americano, atinge a América do Sul, com proeminência no Caribe, Venezuela e
Brasil. No Brasil, 1,5 milhões de pessoas convivem em ambientes de risco endêmicos, sendo
nordeste e sudeste com mais casos computados, mas é encontrada em todo o país. As áreas de
maior ocorrência são os estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). As
últimas estimativas indicam cerca de 6 milhões de pessoas infectadas pelo Schistosoma
mansoni no país e mais de 70 milhões de indivíduos vivendo em áreas endêmicas de 13
estados. (MURTA et al., 2014). Dados do Ministério da Saúde apontam a região Nordeste do
Brasil como responsável pelo maior registro de casos de esquistossomose, sendo uma das
principais causas de mortalidade por doença transmissível devido as condições ambientais,
como a presença de rios e clima favorável para reprodução de caramujos e condições
socioeconômicas, como o saneamento básico precário, o difícil acesso a atendimento médico
e acentuada pobreza que contribuem para a manutenção do ciclo de transmissão da
esquistossomose no estado. (BARRETO et al., 2015).

No gráfico abaixo se encontra a demonstração do número de internações por


esquistossomose nos anos de 2010 até 2016 nos estados brasileiros. A região nordeste possui
o maior número de casos em todos os anos, exceto em 2013, onde empatou com a região
sudeste e em 2014, onde foi superado pela mesma. As demais regiões apresentam números
bem mais satisfatórios comparados ao nordeste e sudeste.

NÚMERO DE INTERNADOS POR ESQUISTOSSOMOSE


POR REGIÃO
160

149
140
137
131
120 126

100
95 94
90 89 87 88
80
75 75
67 69
60

40

20

10 7 7 8 10
0 4 5 4 6 5 6 6
20102 20113 3 20120 3 20133 20140 20153 20162

região norte região nordeste região sudeste


região sul região centro-oeste

FONTE: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)


Em um estudo feito no estado de Minas Gerais em 2017, constatou-se que existe uma
relação entre o analfabetismo, vulnerabilidade à pobreza e mortalidade infantil com a
incidência da esquistossomose. A falta de saneamento básico foi considerada um fator
determinante na incidência da doença, devido ao ciclo biológico da mesma (SILVA, et al.,
2017). Já outro estudo na Costa do Marfim, evidenciou q correlação inversa entre altitude e
incidência do número de casos (ASSARÉ et al., 2015).

Outros fatores como coleta de lixo, IDH (Índice de Desenvolvimento Humano),


energia elétrica e topografia podem afetar significativamente o controle da esquistossomose,
devido a sua estreita relação com a pobreza e falta de esgoto e agua tratada (FONSECA, et al.,
2014).

A presença da patologia na área rural é expressiva pelo fato de 42,01% dos casos
estarem presente no percentual de 14,7% (representação rural de Minas Gerais) (SILVA;
ANDRADE, 2016).

No gráfico 2, existe a relação de internações da região sudeste, com os estados de


Minas Gerais e São Paulo com os maiores números em relação aos estados do Rio de Janeiro
e Espirito Santo.

INTERNAÇÕES NA REGIÃO SUDESTE


60

50

40

30

20

10

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

internações na região sudeste MG internações na região sudeste ES


internações na região sudeste RJ internações na região sudeste SP

FONTE: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM


No gráfico 3, encontra-se a relação entre os óbitos da região sudeste de 2010 até 2015,
o que demonstra a realidade de acordo com as internações, tendo novamente SP e MG com
maiores números comparados a ES e RJ.

ÓBITOS NA REGIÃO SUDESTE


90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015

ÓBITOS NA REGIÃO SUDESTE MG ÓBITOS NA REGIÃO SUDESTE ES


ÓBITOS NA REGIÃO SUDESTE RJ ÓBITOS NA REGIÃO SUDESTE SP

FONTE: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM

Um dos fatores agravante é que a esquistossomose é uma doença tipicamente rural,


mas tem se expandido para as áreas urbanas e as periferias, contudo a maioria das cidades no
Brasil têm reproduzido as condições que permitem a instalação de novos focos da doença.
Notadamente distribui-se mais intensamente sobre uma faixa de terras contínuas e contíguas,
ao longo de quase toda a costa litorânea, seguindo o trajeto de importantes bacias
hidrográficas nas quais esta doença passou a fazer parte do cotidiano, sendo, muitas vezes,
considerada como algo natural, apesar de levar muitas pessoas à incapacidade física e até a
morte. Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda a identificação oportuna dessas
condições, quais sejam: área geográfica de distribuição dos caramujos; movimentos
migratórios de pessoas oriundas de áreas endêmicas; deficiência de saneamento domiciliar e
ambiental; deficiência de educação em saúde, além do monitoramento, o controle dessas
condições implica, a da redução da ocorrência de formas graves e óbitos e da prevalência da
infecção, a indicação de medidas para reduzir a expansão da endemia. A estratégia de
tratamento a ser utilizada nessas áreas tem por base o percentual de positividade encontrado
na localidade. (NUNES e NUNES, 2017)
Diante do cenário epidemiológico hoje as novas tecnologias de diagnóstico permitem
a identificação dos velhos e novos quadros sindrômicos da doença como a inserção das
técnicas de biologia molecular para a investigação do molusco hospedeiro e para o
diagnóstico do Schistosoma mansoni nas populações humanas configurando-se em um grande
avanço nos conhecimentos e possibilitando a abertura de novas abordagens terapêuticas.
Embora todo esse avanço tecnológico ainda seja insuficiente para erradicar a evolução da
patologia no Brasil, pois ainda vista como uma doença negligenciada por serem endêmicas
em populações de baixa renda, apesar disso os avanços terapêuticos são de baixo interesse
econômico, dado o reduzido potencial de retorno lucrativo para a indústria farmacêutica.
Portanto isso não impede sua magnitude, apesar da redução das taxas de mortalidade e pre-
valência. Ainda existem as formas mais graves da doença que a cada ano são notificadas e
acometem milhares de pessoas. Isso acontece porque ainda predomina, no país, um
desequilíbrio entre a distribuição financeira, a atenção à saúde das pessoas e as condições
socioeconômicas e culturais que facilitam a propagação e manutenção do ciclo de vida
biológico dos parasitos. (TIBIRIÇA et al., 2011).

A presença de populações de roedores silvestres naturalmente infectados pelas

cercárias de S. mansoni, que são eliminadas na água pelos caramujos do gênero Biomphalaria,

tornou-se um fator complicador para os programas de controle. Ao se considerar a vasta


distribuição geográfica, a ocorrência de animais infectados em praticamente todas as áreas
endêmicas onde foram investigados, a tolerância à presença humana, ocorrendo no peri-
domicílio, e os hábitos semi-aquáticos, fator preponderante para a infecção da
esquistossomose, os roedores dos gêneros Nectomys e Holochilus destacam-se como
potenciais reservatórios naturais do S. mansoni quando comparados a diversas outras espécies

de roedores silvestres encontrados parasitados no Brasil. Na Baixada Ocidental Maranhense,


constataram a coabitação de dois hospedeiros definitivos do S. mansoni: o ser humano e o
roedor silvestre do gênero Holochilus.
Atualmente, sabe-se que o roedor Holochilus sp. é um importante elo da cadeia
epidemiológica do S. mansoni, funcionando como um possível reservatório natural, não só
por albergar grande número de parasitos adultos, mas também por eliminar ovos maduros em
suas fezes durante todo o ano, destacando-se por serem importantes na manutenção da
helmintíase na região.
O ciclo reprodutivo de Holochilus sp. é semelhante ao de outros pequenos mamíferos da
região tropical, e se sabe que o período fértil das fêmeas dura cerca de quatro dias e os
animais estão aptos para o acasalamento com três meses de vida. A gestação dura em média
21 dias com aproximadamente 5 a 10 filhotes por ninhada. Os roedores costumam fazer
ninhos em restos de madeira ou, principalmente, nos empilhamentos entre as linhas da
vegetação aquática, onde se protegem dos predadores e costumam construir seus ninhos
elipsoidais, com média de 22,5 cm de comprimento, 13 cm de largura e 18,7 cm de altura.
Tendo em vista a efetiva capacidade dos roedores do gênero Holochilus de funcionarem como
hospedeiros definitivos da doença, é de muita importância conhecer também outros aspectos
da biologia desse animal, visto que uma acelerada reprodução associada à manutenção do
ciclo do parasito em uma área endêmica aumenta a probabilidade de existirem mais potenciais
reservatórios da esquistossomose. (LIRA et al., 2016).
5.7. PROFILAXIA E PROMOÇÃO EM SAÚDE
A prevenção baseia-se na abstenção do contato com águas que contenham existência
de caramujos infectados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). A profilaxia necessária para
prevenção deve se basear nas seguintes condutas: tratamento e conservação da água; uso de
calçados; construção de vasos sanitários e fossas sépticas; destino apropriado das fezes;
programas educacionais relacionados à higiene, condutas que devem ser tomadas para
diminuir a frequência das parasitoses; emprego de medicamentos (NUNES, 2012).

A busca por um controle da doença ocorre desde 1993, com maiores façanhas a partir
de 1999/2000, com o auxílio das secretarias municipais. Atualmente, os municípios são
incumbidos de manterem um controle da parasitologia (juntamente com o estado) de acordo
com o PCD (Programa de Controle da Esquistossomose), feito pelo Ministério da Saúde
(SECRETARIA DA SAÚDE). A escolha pela elaboração de um plano de intervenção para
educação, orientação, tratamento e prevenção da esquistossomose mansônica em uma unidade
de saúde da família, advém da elevada prevalência da parasitose na região, além da
observação ativa dos hábitos da população observada e que podem ser modificados. O fato de
que a prevenção ao nível primário através de medidas educativas e de orientação da
população sobre a doença poderia contribuir para reduzir a incidência, e ao nível secundário
através do tratamento adequado e precoce dos portadores refletindo na redução da prevalência
da doença, é que motivou o desenvolvimento deste estudo. Ademais, o escopo principal é
implantar um plano de intervenção, de baixo custo e fácil execução, com o intuito de
promover educação, orientação e tratamento e consequentemente melhores condições de
saúde para a população do município. (SANTOS et al., 2013).

A literatura tem demonstrado que a educação em saúde, quando associada a outras


medidas de controle, contribui para a redução da prevalência da esquistossomose,
possibilitando maior eficácia e sustentabilidade dos programas de ação. A educação em saúde
busca uma relação dialógica entre profissionais e população, visando à participação cidadã e à
formação de pessoas com autonomia e comprometidas com a coletividade. As informações
sobre a esquistossomose são veiculadas e distribuídas principalmente pelo SUS, em seus
níveis federais, estaduais e municipais, por intermédios dos MEI (Material Educativo
Impresso). Estes materiais são afixados nas paredes e portas de entrada de unidades de saúde,
escolas e estabelecimentos comerciais, ou entregues à comunidade em campanhas específicas
atuando tanto na perspectiva da educação formal quanto da não formal. Um estudo que foi o
primeiro a analisar os MEI – cartazes, folhetos e cartilhas – de diferentes regiões, épocas e
esferas governamentais, apontaram incorreções e inconsistências em sua produção.
Observaram uma carência de materiais educativos impressos, efetivos no empoderamento
social dos indivíduos que vivem em áreas de risco, de maneira geral, não apresentaram rigor
científico quanto aos aspectos da esquistossomose, podendo comprometer as estratégias
educacionais, exemplo: o exame de fezes e o tratamento, que também são determinantes para
a eficácia de um programa de controle da esquistossomose, e não são mencionados em vários
materiais educativos impressos. Especula-se que alguns erros ou omissões podem ter feito
com que esses materiais não tenham atingido seu principal objetivo: esclarecer a população
sobre a doença e, consequentemente, auxiliar no controle da endemia. Ademais, a importância
da presença das nomenclaturas populares nos materiais deve ser avaliada, principalmente
considerando-se a ampla diversidade linguística do Brasil, de forma a que os materiais sejam
mais democráticos e alcancem um número maior de pessoas. Está claro que a eliminação da
endemia deve envolver um esforço conjunto de vários setores públicos e a combinação de
diferentes estratégias de controle (aumento da cobertura de diagnóstico e tratamento,
saneamento, abastecimento de água e educação em saúde), além de assistência às populações
atingidas pelas ações das equipes de Atenção Básica à Saúde. Há uma lacuna na difusão do
conhecimento sobre o assunto para a população, associada ao fato de a esquistossomose
apresenta-se, na maior parte dos casos, em sua forma crônica e assintomática, levando a que a
doença seja muitas vezes negligenciada. Entende-se que as ações educativas constituem o
principal pilar da promoção da saúde, porém não devem ser desenvolvidas como mera
transmissão de informações, antes devem partir do conhecimento prévio das populações
tornando-as agentes de seu próprio processo educativo, tendo em vista o desenvolvimento da
consciência crítica. Assim, poderão reconhecer o impacto socioeconômico e sobre a saúde,
provocado pela doença, a importância das políticas públicas e da mudança de comportamento
para o combate da esquistossomose. O ciclo de ações (identificação de casos, tratamento,
educação em saúde e saneamento), políticas públicas eficazes, planejamento e gestão
estratégica e intersetorial contribuiriam para a efetiva redução não apenas da esquistossomose,
mas também de outras doenças infectoparasitárias ainda prevalentes. (MASSARA et al.,
2016)

Ainda não existem vacinas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Atualmente a


principal forma adotada para controle da esquistossomose é a quimioterapia; no entanto, o uso
de fármacos por vários anos não impediu que a doença continuasse em expansão pelo mundo,
principalmente porque o tratamento não impede as constantes reinfecções dos indivíduos que
vivem nas áreas endêmicas. Diante desse cenário, vários pesquisadores em todo o mundo
buscam o desenvolvimento de uma vacina antiesquistossomótica, visando à erradicação da
doença. Um fato interessante nesse contexto é que, diferentemente de outras vacinas, como de
vírus e bactérias, uma vacina contra o Schistosoma que não seja totalmente esterilizante, mas
que consiga reduzir significativamente a carga parasitária também representa uma estratégia
interessante no combate a essa doença. As pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina
antiesquistossomótica ganharam novas direções com os avanços da biologia molecular,
bioinformática e, especialmente, com o sequenciamento do genoma do Schistosoma mansoni.
Diante do contexto apresentado, formou-se um grupo multidisciplinar constituído por
pesquisadores de três áreas (bioinformática, modelagem molecular e
parasitologia/imunologia), provenientes de quatro conceituados institutos de pesquisa no
Brasil (Centro de Pesquisas René Rachou, Universidade Federal de Minas Gerais,
Universidade Federal de São João del-Rei e Universidade Federal de Ouro Preto). Esse grupo
se uniu em busca da síntese de uma vacina antiesquistossomótica feita de epítopos
provenientes da associação das técnicas de vacinologia reversa, modelagem e docking
molecular, proliferação celular, ensaios de proteção e granulomas. Essa abordagem inovadora
combina predições in silico de prováveis epítopos com sua validação experimental in
vitro/vivo, sendo, portanto, ferramenta extremamente valiosa na busca de uma vacina eficaz.
A pesquisa pretende descobrir e testar novos epítopos imunodominantes para a síntese de um
futuro coquetel vacinal esterilizante ou que reduza a carga parasitária/patologia (SANTOS et
al., 2013).

6. CONCLUSÃO

A possibilidade de erradicação da esquistossomose é pouco provável, devido aos


números de casos e óbitos presentes dos anos de 2010 à 2016, que não demonstram
decadência ou estabilização. Devido aos resultados vê-se a necessidade de amplificar e
melhorar a promoção em saúde, no Brasil especificamente nos estados do nordeste e sudeste,
dada a morbilidade da patologia nestes estados.

Segundo alerta dado pela organização humanitária internacional Médicos Sem


Fronteiras (MSF), as ambiciosas metas para eliminar ou controlar as dez doenças tropicais
negligenciadas só poderão ser concretizadas quando importantes lacunas de financiamento e
apoio forem supridas, ênfase dada à necessidade de mais doações de medicamentos, uma vez
que as estratégias de eliminação acabam sendo baseadas apenas no que as empresas
farmacêuticas estão oferecendo. A preocupação é que os compromissos dessas companhias
refletem apenas as políticas das próprias empresas, que não são necessariamente as
prioridades de saúde pública. (MÉDICOS SEM FRONTEIRAS, S/D).

A parasitologia ainda é subnotificada e esquecida pelas autoridades responsáveis,


levando a uma decadência no sistema de promoção em saúde, devida a falta de investimento
em profilaxias, informação, pesquisa (vacinas, tratamentos quimioterápicos), saneamento
básico e tratamento de locais e caramujos contaminados.

7. REFERÊNCIAS

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