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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

DEBORAH MARTINS RA: 2001513


JULIA MOURA RA: 2001492
LETICIA CRISTINE RA: 2001479
MARIANA RIBEIRO RA:2001401
NAYARA SAMIA RA: 2002312

PROJETO DE EXTENSÃO:
Toxoplasmose em gatos, com foco em zoonose para crianças e grávidas

Jundiaí -SP

2022

SUMÁRIO
Resumo..............................................................................................................04
1. Introdução......................................................................................................05
2. Etiologia.........................................................................................................07
3. Toxoplasmose ...............................................................................................08
3.1 Toxoplasmose em Humanos............................................................08
3.2 Toxoplasmose Gestacional...............................................................09
4. Patogenia.......................................................................................................10
4.1 Ciclo da Toxoplasmose nos Gatos...................................................11
4.2 Ciclo de Toxoplasmose nas Gestantes...........................................13
5. Epidemiologia................................................................................................15
5.1 Dados Epidemiológicos Gestantes..................................................15
6. Transmissão..................................................................................................16
6.1 Meios de Contaminação..................................................................16
7. Sinais Clínicos...............................................................................................17
7.1 Sinais Clínicos em Humanos...........................................................17
7.2 Sinais Clínicos em Gatos.................................................................18
8. Diagnóstico ...................................................................................................19
8.1 Diagnóstico em Crianças.................................................................19
8.2 Diagnóstico em Gestantes...............................................................19
8.2.1 Diagnóstico Diferencial em Gestantes .........................................20
8.3 Diagnóstico em Gatos......................................................................20
8.3.1 Diagnóstico Diferencial em Gatos.................................................21
9. Tratamento.....................................................................................................22
9.1 Tratamento em Gatos.....................................................................22
10. Prevenção e Controle .................................................................................23
10.1 Cuidados Sanitários em Humanos...............................................23
10. 2 Cuidados Sanitários em Crianças...............................................24
10.3 Saúde única...................................................................................25
11 Conclusão.....................................................................................................26
12 Referências...................................................................................................28
Lista de Figuras
Figura 01 – Estrutura do Toxoplasma gondii.......................................................07
Figura 02 – Ciclo Biológico do Toxoplasma gondii..............................................12
Figura 03 – Meios de Transmissão......................................................................13
Figura 04 – Ciclo da Toxoplasmose em Gestantes.............................................14
Figura 05 – Gráfico de Taxa de Mortalidade .......................................................15
RESUMO

A toxoplasmose é considerada uma zoonose que possui como causa o parasita


Toxoplasma gondii, que por sua vez é de grande importância para a saúde pública. O
ser humano pode adquirir a doença pela ingestão de alimentos contaminados como
carne crua ou mal cozida, hortaliças, leite, até mesmo por transfusão sanguínea e
transplante de órgãos. Gestantes podem realizar a transmissão da toxoplasmose para
o feto e, como consequência, podem apresentar lesões severas, tal qual a hidrocefalia.
Contudo, a cada os felinos estão mais presentes como animais de estimação, uma vez
que os felinos são os hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii, eliminando
oocistos nas fezes, pode haver o risco de contaminação do meio ambiente e
propagação da infecção para os seres humanos e outros animais domésticos. Este
trabalho tem como objetivo expor por meio de revisão literária alguns aspectos da
toxoplasmose felina, como os sinais clínicos, epidemiologia e a importância da doença
na saúde pública.

ABSTRACT
Toxoplasmosis is considered a zoonosis caused by the parasite Toxoplasma gondii,
which in turn is of great importance for public health. The human being can acquire an
ingestion of contaminated food such as raw or undercooked meat, vegetables, disease
even through blood milk transfusion and organ transplantation. Pregnant women can
carry out the transmission of toxoplasmosis to the fetus and, as a consequence, can
present several solutions, such as hydrocephalus. However, as pets are increasingly
present, as more and more animals are present and infection animals for humans go,
there may be a risk of being hosts in the samples, there may be a risk of being hosts
of the environment and of infection to humans and other domestic animals. This work
aims to expose, through a literary review, some aspects of feline xoplasmosis, such as
clinical signs, epidemiology and the importance of the disease in public health.
1 INTRODUÇÃO

O protozoário Toxoplasma gondii é amplamente distribuída por todo o planeta,


tanto em países subdesenvolvidos como desenvolvidos, independente de poder
econômico e social (FIALHO, TEIXEIRA E ARAÚJO 2009). É classificado como um
parasito do reino Protista, filo Apicomplexa, ordem Eucoccidiida e família
Sarcocystidae (AMENDOEIRA, 2010).

Esse protozoário pode ser dividido em três genótipos principais, T. gondii de


tipo I, II e III, de modo que sua persistência pode depender de localidade,
apresentando formas clínicas distintas. Nos gatos, o principal meio de infecção é por
ingestão de traquizoítos e bradizoítos (pseudocistos e cistos respectivamente) ,
(AMENDOEIRA, 2010).

Há a possibilidade ainda da transmissão transplacentária e transmamária por


ingestão de oocistos esporulados, sendo importante destacar que gatos de rua são
de maior contribuição para a epidemiologia da toxoplasmose, contaminando
frequentemente os solos e fornecendo condições favoráveis aos oocistos presentes
nas fezes, que podem ficar infectantes por até 18 meses (FIALHO, TEIXEIRA E
ARAÚJO 2009).

Embora os felídeos sejam os únicos hospedeiros definitivos do T.gondii, com a


capacidade de permitirem a conclusão do ciclo e eliminação de oocistos do parasito,
gatos raramente apresentam sinais clínicos importantes, enquanto que em humanos,
principalmente gestantes e fetos, os sintomas são mais severos, com grandes
consequências ao desenvolvimento e com maior risco de óbito, pois durante a
gestação o protozoário causa danos no desenvolvimento fetal (Negri et al. 2008; LIMA
et al., 2011).

Como forma de diagnóstico, pode-se utilizar como primeiro contato a triagem


sorológica materna para detecção da toxoplasmose, sendo considerada uma conduta
importante para detecção do parasita, permitindo assim a realização de medidas
profiláticas e terapêuticas precocemente e, assim, a diminuição da taxa de
transmissão vertical e/ou danos ao desenvolvimento fetal. (PELLOSO et al,2005)

Já nos casos dos felinos, o diagnóstico de toxoplasmose deve ser feito com a
correlação as alterações clínicas, e solicitações de exames laboratoriais, destacando
como os principais hematológico e bioquímico, ALT, AST e sorológico, no entanto os
exames adicionais, como ultrassonografias, e até mesmo raio x se fazem necessário
em algumas medidas (DE CARLI, 2011; ÁVILA, 2009).

A conduta de prevenção e controle a ser realizada, gira em torno de cozimento


correto dos alimentos, fazer a higienização das frutas e verduras corretamente, e para
as pessoas que possuem o gatinho como animal de estimação, não o abandone,
utilize meios de prevenção como limpeza da caixinha de areia com uso de epi’s
sanitários, alimentação de boa qualidade e com balanço nutricional (AMONDOEIRA,
2010).
2 ETIOLOGIA
A toxoplasmose é considerada uma zoonose de distribuição mundial, em que seu
acometimento envolve humanos, aves, roedores e os hospedeiros definitivos que são
os felídeos. É um parasito que está classificado no reino Protista, filo Apicomplexa,
ordem Eucoccidiida e família Sarcocystidae (AMENDOEIRA, 2010). O protozoário
Toxoplasma são divididos em três genótipos principais, T. gondii de tipo I, II e III, sendo
que sua prevalência pode variar de acordo com a sua localidade geográfica e podem
apresentar de formas clínicas diferentes, vide estrutura na figura 1 (BRAZILIAN
JOURNAL OF DEVELOPMENT, BJD, 2022)

Figura 1: Estrutura do T. gondii

Fonte: https://www.icc.fiocruz.br/

Sua causa é de responsabilidade de um protozoário, Toxoplasma gondii, sendo


considerado um protozoário intracelular obrigatório, encontrados em fezes de gatos
domésticos e outros felinos (MINISTÉRIO DA SAÚDE; GOV.BR- 04/10/2022). Os
felinos são considerados os únicos animais que possuem a capacidade de abrigar o
protozoário com o seu ciclo reprodutivo completo, em que após a sua ingestão,
independente da forma de T. gondii, o parasita fará a infecção de células epiteliais do
intestino para a sua reprodução (BRAZILIAN JOURNAL OF DEVELOPMENT, BJD,
2022).
3 TOXOPLASMOSE

3.1 Toxoplasmose em Humanos

A toxoplasmose não é considerada uma doença de hospedeiro definitivo nos


humanos, mas sim nos felinos. No organismo desses animais o ambiente para sua
proliferação encontra-se perfeito para a sua reprodução sexuada, o que causa um
potencial disseminação de infectantes nas fezes desses animais (CAETANO, WEG.
RODRIGUES, GMM. DOS ANJOS, L. DOS SANTOS, MM. 2021).

Ainda que de fato o ser humano não seja o hospedeiro definitivo da T. gondii, o
protozoário é capaz de causar sinais clínicos e quadros que precisam de uma atenção
em pessoas imunossuprimidas, gestantes ou indivíduos muito jovens. Existem alguns
diagnósticos importantes a serem levado em consideração, principalmente toxoplasma
neural, que irá acometer o sistema nervoso central, que por sua vez consiga atingir o
feto de uma gestante pode vir a ocasionar graves consequências, desde uma condição
permanente como a microcefalia ou até mesmo levar a óbito na gestação ou durante o
nascimento (CAETANO, WEG. RODRIGUES, GMM. DOS ANJOS, L. DOS SANTOS,
MM. 2021).

Portanto o Ministério da Saúde alega ser de grande importância a realização em


forma de triagem os exames sorológicos aos pré-natais, principalmente em locais de
maiores incidência da doença (CAETANO, WEG. RODRIGUES, GMM. DOS ANJOS,
L. DOS SANTOS, MM. 2021).
3. 2 Toxoplasmose gestacional

A TOG, conhecida como Toxoplasmose gestacional é acometida pelo parasita


Toxoplasma gondii, no período relacionado a gestação (TABILE; REVISTA DE
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO; VOL. 5; 2015)

A sua suspeita se dá através de exames em que conste contagem de IgG negativa


e IgM positiva. A sua prevalência nas gestantes contaminadas será dependente de
alguns fatores como a sociais, econômicos, regionais (TABILE; REVISTA DE
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO; VOL. 5; 2015).

Entende-se que a toxoplasmose principalmente gestacional possui uma ampla


distribuição geográfica e com alto fator de infectividade, ocasionado consequências
graves para o feto, podendo ser considerada uma patologia de extrema importância
para a saúde pública. Para realização da detecção da doença, os exames de triagem
e sorológicos fazem a grande diferença. O marcador sorológico mais usado e indicado
nesses casos é o anticorpo antitoxoplasma da classe imunoglobulina M, objetivando
identificar a doença no início do seu percurso patogênico, visando minimizar as
sequelas e danos ao feto. (TABILE; REVISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE
INFECÇÃO; VOL. 5; 2015)
4 PATOGENIA

De acordo com alguns estudos, a morte de gatos com toxoplasmose e a


insistência da sua infecção assintomática em outros animais ainda não é muito bem
explicada. Em casos de felinos recém-nascidos podem se infectar e desenvolver
toxoplasmose aguda e morrer. No entanto, animais com mais de três meses de idade
dificilmente demonstram quaisquer sinais clínicos após a infecção via oral com cistos
teciduais (DUBEY, 2012).
A gravidade por Toxoplasma gondii, vai depender da localidade que se
encontra a lesão tecidual. Logo após a ingestão cistos teciduais ou oocistos, os
traquizoitos realizam a invasão da célula, iniciando o seu crescimento de forma
exacerbada e acelerada, o que acaba provocando necrose intracelular do intestino e
órgãos linfoides associados, o que provocará os primeiros sinais clínicos. (FILHO,
2017). Esses traquizoitos que foram ingeridos conseguem se espalhar através do
sangue ou linfa pelo organismo, por muitas vezes provocando necrose pontual em
alguns órgão, como cérebro, fígado, pulmão, musculo esquelético e olhos, lugares
mais comuns para a sua replicação e persistência para a infecção crônica (FILHO,
2017)
Na terceira semana após a infecção, os traquzoitos começam a desaparecer
dos tecidos viscerais, no entanto podem resistir e se instalarem nos tecidos em forma
de bradizoitos, localizados dentro de cistos. Essa fase normalmente está relacionada
com uma resposta imunológica sistêmica do organismo, para inibir a parasitemia
(FILHO,2017)
Dependendo do tecido infectado, o hospedeiro vai apresentar de formas
diferentes, sendo elas a forma Congênita/pré-natal (fase aguda), Pós-natal,
Ganglionar (febril aguda), Ocular, Cutânea, Cérebro-espinhal (meníngeo encefálica)
e generalizada. (CAMPOS, 2019)
4.1 Ciclo da toxoplasmose em gatos

Nos gatos o ciclo do T. gondii pode ocorrer de duas formas, ciclo biológico
enteroepitelial ou de forma extraintestinal. No ciclo enteroepitelial só ocorre no
hospedeiro definitivo felino. Acredita-se que a maioria dos gatos são infectados ao
ingerir hospedeiros intermediários infectados. Dessa forma os bradizoítas são
liberados no estômago e no intestino, assim eles penetram nas células epiteliais do
intestino delgado e se reproduzem de forma assexuada. Todo esse ciclo pode ser
completado em 3 a 10 dias após a ingestão de cistos teciduais (GREENE,2015).

No ciclo biológico extraintestinal ocorre de forma idêntica em todos os


hospedeiros, independentemente se a infecção ocorreu pela ingestão de cistos
teciduais ou oocistos. Com a ingestão dos oocistos, os esporozoítos são liberados
no lúmen do intestino delgado, penetrando assim nas células intestinais, de forma
assexuada se tornam taquizoítas, podendo se multiplicar em qualquer célula do
corpo, músculos e nos órgãos virais, o que provavelmente pode persistir pelo resto
da vida do hospedeiro (GREENE, 2015).
Figura 2: Ciclo Biológico do Toxoplasma gondii

Legenda: A – Ocorre replicação enteroepitelial no intestino do gato após a ingestão de oocistos em


decorrência de contaminação fecal ou bradizoítas dentro de cistos teciduais. Após a formação de
taquizoítas, é possível que ocorra alguma disseminação sistêmica para outros tecidos. B – O oocisto
é excretado não esporulado nas fezes e não é infeccioso. Ele esporula no ambiente, torna-se
infeccioso, e pode ser ingerido por uma variedade de hospedeiros intermediários. C – Encistamento
em músculos e tecidos no hospedeiro intermediário.
Fonte: Greene – Doenças Infecciosas em Cães e Gatos, 2015
4. 2 Ciclo da toxoplasmose nas gestantes

No ciclo do T. gondii os únicos hospedeiros definitivos são os animais classificados


na família Felidae, nos quais os oocistos não esporulados serão depositados nas fezes
dos gatos principalmente. A esporulação desses oocistos acontecerá em média de um
a cinco dias no ambiente, após esse processo tornam-se infectantes (SIMÕES, 2015)

Os hospedeiros intermediários são acometidos principalmente pela ingestão dos


oocistos, no entanto a contaminação por fezes de gatos também pode acontecer desde
que a gestante faça a limpeza das fezes do gato dentro desse período de transformação
não usando materiais de higiene realizando a ingestão de conteúdo fecal contaminado,
permitindo contrair a doença (SIMÕES, 2015)

Figura 3: Meios de Transmissão

Fonte: http://eduardodale.com.br/toxoplasmose-e-gravidez

Os oocistos serão transformados em traquizoítos logo após a ingestão, que farão


a migração até os tecidos neurais e musculares obtendo sua evolução para
bradizoítos dentro dos cistos teciduais. É considerada uma fase de multiplicação
rápida e estão presentes na forma aguda da doença após a sua transformação
originada da ingestão dos oocistos, ocasionando uma alta parasitemia.
(SIMÕES,2015)

Nessa fase, o parasita apresentará mecanismos de ação com alta adesão e


penetração nas células hospedeiras através do processo ativo. Nessa fase acontecerá
a grande disseminação desse parasita para os diferentes tecidos como a via
transplacentária, hematoencefálica e hematoretiniana (SIMÕES, 2015).

Já na formação de bradizoítos acontecerá na fase crônica, encontrados


normalmente em cistos teciduais, considerando que nesse estágio a multiplicação do
parasita será de forma lenta. Dessa forma as formações dos cistos estarão presentes
no cérebro, retina, músculo esquelético e cardíaco (SIMÕES,2015).

Figura 4: Ciclo da Toxoplasmose em Gestantes

Fonte:https://repocursos.unasus.ufma.br/provab_20141/modulo_1/und2/13.html
5 EPIDEMIOLOGIA

5. 1 Dados epidemiológicos – Foco gestantes

De acordo com o levantamento realizado em 2015 pela revista de Epidemiologia


e Controle de Infecção do Hospital Santa Cruz, nos Estados Unidos de 15% a 50% das
mulheres na fase reprodutivas são imunes, no entanto a incidência da toxoplasmose
congênita varia 10 por 10.000 nascidos vivos e com 400 a 4000 casos novos por ano.
(TABILE; REVISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO; VOL. 5;
2015)

Já no Brasil cerca de 75% das mulheres gestantes estão infectadas em idades


férteis, durante a gestação realizaram uma estimativa de em torno 14 por 1.000
gestantes, indicando mais 60mil novos casos por ano (TABILE; REVISTA DE
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO; VOL. 5; 2015)

A estimativa é que a infecção congênita ocorra em 0,2 a 2 recém-nascidos vivos


por 100 nascimentos no Brasil por ano. Na região Sul do Brasil foi constatado uma
prevalência de soropositividade para IgG foi de em média 54,3% nas gestantes do
estudo analisado (TABILE; REVISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE
INFECÇÃO; VOL. 5; 2015).

Vide gráfico abaixo para análise e constatação de um balanceamento dos


índices de morte acometidos por toxoplasmose nos anos de 2009 e 2018

Figura 5: Gráfico de taxa de mortalidade por toxoplasmose no Brasil de 2009 e 2018


6 TRANSMISSÃO

A transmissão da toxoplasmose pode ocorrer de forma horizontal ou vertical.


Transmissão horizontal engloba a via fecal-oral e fômites. Transmissão vertical
engloba a via transplacentária, mãe passa para o feto durante a gestação. Transfusão
também é considerada uma forma importante de transmissão (SOUZA and BELFORT
JR., 2014)

6.1 Meios de contaminação


Segundo informações da Secretária de Zoonoses, os felinos por fazerem
necessidades em locais de terra ou areia, podem acabar infectando as pessoas que
realizam jardinagem, plantam ou até mesmo colhem alimentos desse local. Através
do solo, pode contaminar as fontes de água e alimentos, outros animais e pessoas
que tenham contato (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, 2021).
A SECRETÁRIA DE SAÚDE DO DF, 2020, orienta a não consumir carne de
procedência duvidosa, principalmente bovinos, porcos, equinos e até mesmo aves, o
parasita fica na musculatura, dessa forma a contaminação pode acontecer na
manipulação ou ingestão da carne crua ou mal cozida. A melhor maneira de eliminar
o protozoário da carne é cozinhando bem, se faz necessário também lavar bem os
alimentos, como verduras e depois do manuseio lavar bem as mãos, os utensílios e
superfícies onde os alimentos foram manipulados.
7 SINAIS CLÍNICOS

7.1 Sinais clínicos em humanos.

A toxoplasmose é uma doença que possui quadros clínicos bem variados,


quadros agudos ou até mesmo crônicos. A maioria dos casos são de forma
assintomática ou com apresentações de sintomas bem inespecíficos. Mesmo em
quadros assintomáticos, o diagnóstico dessa infecção durante a gravidez é muito
importante, sendo relevante para prevenir toxoplasmose congênita e supostas
sequelas (BRASIL, 2013; BRASIL, 2010; E. BAHIA-OLIVEIRA, 2017).

Em situações de pessoas imunossuprimidas, pode se apresentar de forma mais


complicada, sintomatologia mais grave, incluindo febre, dor de cabeça, confusão
mental, falta de coordenação e até mesmo convulsões. Devido os cistos do
toxoplasma persistirem por tempo indefinido, pode ocorrer reativação da doença
(EDUEL,2010).
Em casos de toxoplasmose em gestantes, a maioria usualmente são
assintomáticas, geralmente não tem diagnóstico detectado. Desse modo mulheres
que durante a gestação forem infectadas, podem resultar em algumas alterações,
dependendo da idade fetal e de outros fatores que ainda são desconhecidos. A
maioria dos casos, em torno de 85% dos recém-nascidos infectados através de forma
congênita, não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascimento, quando não
ocorre o aborto. (REMINGTON J. S. et al., 2014).
Entretanto, algumas crianças podem apresentar, devido a infecção ter ocorrido
no último trimestre da gravidez, manifestações clínicas diversas e inespecíficas, sendo
os achados, prematuridade, febre, hepatoesplenomegalia, anemia com icterícia,
macrocefalia, microcefalia, plaquetopenia, trombocitopenia, atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor, até mesmo crises convulsivas e a tríade clássica:
retinocoroidite, hidrocefalia e calcificações intracranianas (REMINGTON J. S. et al.,
2014).
Quando os recém-nascidos apresentam sintomas, eles podem demostrar no
período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Podendo também surgirem
sequelas na adolescência ou na fase adulta, muito comum surgirem em casos de
toxoplasmose congênita não tratada, nesses casos, as sequelas ocorrem de forma
mais frequente e grave, como acometimento visual em graus variados, retardo mental,
crises convulsivas, anormalidades motoras e surdez (BRASIL, 2014;). Desses RN em
torno de 70% dos casos desenvolverão novas lesões oftalmológicas ao longo da vida
(GILBERT, 2008).

Em pessoas imunocompetentes que apresentam sintomatologia, fase febril


aguda da doença, em sua maioria apresentam sintomas leves, parecidos com gripais,
e às vezes de forma mais rara pode ocorrer comprometimento de alguns sistemas,
acometimento pulmonar, miocárdico, hepático ou cerebral pode ser evidente.
(BRASIL,2010)

As lesões são resultado da proliferação rápida dos organismos nas células


hospedeiras, se multiplicam no sangue, e dessa forma podem chegar em todos os
órgãos do corpo. Alguns casos apresentam quadros de linfoglandular e linfadenopatia
(mais comuns), coriorretinite (lesão mais frequentemente associada a toxoplasmose,
pode causar retinite aguda ou crônica) - (BRASIL,2018), febre, dores musculares,
pneumonia difusa, mal-estar, mialgia, hepatoesplenomegalia, hepatite, miosite,
miocardite, erupção cutânea, meningocefalite, encefalite e exantema maculopapular
(BRASIL,2010).

Relativamente a doença tem cura, porque os sintomas passam, mas o protozoário


permanece latente no organismo por toda a vida da pessoa e devido a estímulos,
condições imunológicas pode se manifestar novamente, de forma aguda ou crônica
(GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, 2021).

7.2 Sinais clínicos em gatos

A infecção em hospedeiros definitivos ou intermediários ocorre


frequentemente, mas o aparecimento da doença clínica é raro. O gato não apresenta
sinais claros que está infectado. Quando ocorre sintomatologia, iguais nos humanos,
os sinais dependem do quadro imune, quantidade de microrganismos ingeridos, o
ciclo de vida em que o protozoário se encontra e se há uma afecção concomitante
(BRASIL, 2018).
A toxoplasmose clinica se apresenta através de sinais inespecíficos, como de
anorexia, vômito, diarreia, depressão, febre intermitente, e outros sinais podem variar
conforme o local da lesão a partir da disseminação extra-intestinal, comumente os
órgãos mais afetados são os pulmões, causando dispneia e tosse, os olhos, o cérebro
promovendo encefalite, o fígado causando icterícia e a musculatura esquelética
(BIRCHARD & SHERDING, 2003); (BRASIL, 2018).
8 DIAGNÓSTICO

8.1 Diagnóstico em crianças

Para detecção da toxoplasmose, a triagem sorológica é uma ferramenta bem


importante, que permite adotar medidas profiláticas e terapêuticas precocemente,
assim ocorre a diminuição do índice da transmissão vertical e/ou danos ao
desenvolvimento fetal (PELLOSO et al,2005).

Desse modo, se torna fundamental o início do pré-natal no primeiro trimestre da


gestação, com a realização da sorologia, permitindo a identificação precoce dos casos
agudos de toxoplasmose gestacional (MARGONATO et al,2007).

Segundo Gilbert et al (2001) o teste do pezinho pode ser utilizado para detectar
IgM especifico do T.gondii, sendo bastante eficaz como método de triagem neonatal.
No entanto, o teste não deve ser a única medida, uma vez que identifica somente a
infecção do neonato, sendo importante realizar a triagem materna em conjunto (Mori
et al,2011).

O exame laboratorial que indica melhores resultados sem ser invasivo ou causar
algum comprometimento ao feto coletando amostra de sangue do mesmo, é o PCR
de líquido amniótico, que pode detectar encefalite acometido por toxoplasma,
toxoplasmose pulmonar e até toxoplasmose congênita, usando diferentes protocolos
(REMINGTON,2004).

A toxoplasmose congênita quando não detectada logo após o nascimento, pode


ser avaliada em crianças maiores, sendo que o diagnóstico pode ser alcançado com
a realização de exame oftalmológico com lesões fundoscópicas compatíveis com
retinocoroidite toxoplásmica congênita bilateralmente, e IgG reagente em crianças
menores de dez anos (MELAMED et al,2001).

8.2 Diagnóstico em gestantes

O diagnóstico de toxoplasmose em gestantes deve ser feito de maneira


laboratorial, uma vez que grande parte das pacientes são assintomáticas, geralmente
não sendo possível realizar um diagnostico a partir do quadro clinico. (SPALDING et
al,2003)

Segundo Camargo (1991) se for detectada a presença de IgM de T. gondii


específica, deve ser realizado o teste de avidez da IgG. Esse teste tem sido utilizado
para auxiliar na determinação das fases da infecção toxoplásmica recente ou não,
sendo os testes com alta avidez de IgG considerados indicadores de fase crônica e
os testes com baixa avidez indicadores de fase aguda. (MONTOYA,2002)

O teste de avidez realizado após primeiro teste positivo para T. gondii deve ser
analisado por quem tenha conhecimento dos valores de referência usados na técnica,
pois não há padronização desses valores. (CAMARGO,1991)

8.2.1 Diagnostico diferencial de toxoplasmose em gestantes

A Toxoplasmose pode ser facilmente confundida com outras doenças devido a


semelhança de seus sintomas, sendo imprescindível o uso de exames laboratoriais
como forma de confirmar possíveis suspeitas (BRASIL, 2010).

Segundo Brasil (2010) Testes sorológicos são os mais recomendados para


diferenciar a infecção ou não infecção pelo T.gondii,seguindo o que já foi citado em
diagnostico de gestantes anteriormente

8.3 Diagnóstico em gatos

O diagnóstico de toxoplasmose em felinos deve ser feito com a correlação do


exame clinico e exames laboratoriais, sendo usados principalmente exames
hematológico e bioquímico, ALT, AST e sorológico. (DE CARLI, 2011; ÁVILA, 2009)

Os anticorpos específicos contra T. gondii podem ser detectados no exame


sorológico tanto em gatos assintomáticos como em gatos com sinais clínicos de
toxoplasmose, sendo difícil diagnosticar apenas com esses testes isoladamente. Dos
testes séricos, a detecção de anticorpos IgM correlaciona-se melhor com a
toxoplasmose clínica. O diagnóstico dessa doença pode ser alcançado pela
combinação de demonstração de anticorpos no soro, com a demonstração de um
título de IgM maior do que 1:64 ou um aumento de quatro vezes ou mais no título de
IgG, que sugere infecção ativa ou recente. (LAPPIN, 2004)

Outros exames complementares como radiografias e parasitológico de fezes


(EPF) não são sempre eficazes, pois podem ser confundidos com sinais clínicos de
outras doenças, uma vez que a radiografia demonstra padrões alveolares ou
intersticiais difusos e efusão pleural e o parasitológico de fezes nem sempre identifica
os oocistos e esses podem ser confundidos morfologicamente com de outras
doenças. (DUBEY; LAPPIN,1998; LAPPIN, 2004).
8.3.1 Diagnostico diferencial de toxoplasmose em gatos

O diagnóstico diferencial de toxoplasmose em gatos pode ser feito através do


copro-PCR, que é de suma importância para a diferenciação dos tipos de oocistos,
que de T.gondii e Hammondia hammondi são morfologicamente iguais ,sendo
impossível diferenciar sem esse método. (SALANT et al., 2007; JUNG et al., 2015).

A PCR também é utilizada no diagnóstico diferencial, como exemplo, o Complexo


Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar, duas espécies morfologicamente idênticas
e biologicamente distintas. Logo, foi necessário o uso de outras ferramentas que
pudessem confirmar a infecção por E. histolytica, visto que o diagnóstico do parasito
através da microscopia de luz permite só a observância da morfologia do amebídeo
(SOBKY et al., 2011).
9 TRATAMENTO

A toxoplasmose normalmente não causa sequelas em pessoas com boa


imunidade, o tratamento é feito apenas em pacientes/ pessoas com a imunidade
comprometida que apresentam sintomas, que teve a suspeita de toxoplasmose
confirmada por exame laboratoriais (antibióticos e ácido fólico) e/ou desenvolveu
complicações como cegueira e diminuição auditiva. (NOTA TÉCNICA Nº 14/2020-
COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS)

O sistema único de saúde (SUS) disponibiliza de forma gratuita a medicação e


o acompanhamento para o tratamento. Em pacientes gestantes positivas para
toxoplasmose é importante fazer o acompanhamento do pré-natal e seguir as
orientações dos médicos (NOTA TÉCNICA Nº 14/2020-
COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS)

9.1 Tratamento em gatos

O tratamento é feito com a administração de clindamicina na dose de 25mg/Kg


por via oral de 12 horas em 12horas, durante 2 - 3 semanas. O tratamento é mais
eficaz quando o diagnóstico é feito no início da doença e/ou não tenha desenvolvido
complicações da doença, respondem a medicação de 2-4 dias. (NORSWORTHY,
2004).
10 PREVENÇÃO E CONTROLE

Principalmente em mulheres em épocas férteis, crianças e pessoas com


imunidade comprometida. Realizar a higienização alimentar também faz grande
diferença no aspecto de evitar se infectar pelo parasita (SECRETARIA DA SAÚDE
DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2022).

Para os felinos, existem alguns cuidados a serem realizados para que seja
prevenida a infecção por toxoplasmose, incluindo (CHEMITEC, Agro. veterinária.
2022)

• Estar atento a alimentação dos felinos relacionado a ração de escolha, sempre


observando os seus níveis de garantia, composição e qualidade;
• Manter o seu animal em casa, evitar que ele tenha acesso a rua para que ele não
tenha contato com o agente causador da doença e que também se torne um
transmissor da doença para demais animais e para humanos, já que essa
patologia se enquadra como uma zoonose;
• Sempre manter a higiene da caixa da areia do seu gato, principalmente evitando
deixar as fezes expostas por muito tempo ou até mesmo o seu acúmulo,
removendo as fezes sempre com o auxílio de uma pá e descartar de forma
adequada;
• Manter o seu animal com vacinação e vermifugação em dia, e sempre que for
necessário levar no veterinário em qualquer tipo de ocorrência, evite realizar
medicações por conta própria.

10.1 Cuidados sanitários em Humanos


Manter uma higiene alimentar e ações de educação em saúde é fundamental,
para se evitar/ prevenir doenças. (MINISTÉRIO DA SAÚDE UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE LONDRINA: Protocolos para investigação de Toxoplasma gondii em
amostras ambientais e alimentares – 2020)

Cuidados com alimentos, água e meio ambiente:

Alguns cuidados são necessários para prevenção da toxoplasmose. Nos casos


das carnes de origem animal o congelamento se faz necessário em temperatura
interna de -12 graus, o uso de micro-ondas não possui eficácia para matar o parasita,
para evitar a contaminação cruzada de demais carnes ou outros alimentos, a
higienização é importante, deve-se evitar o consumo de leite não pasteurizado. Em
casos de frutas e verduras a higienização também deve ser de forma correta e com
água tratada antes de realizar a sua ingestão, sempre realizar a limpeza das
superfícies de utensílios após contato com alimentos que ainda não foram lavados.

Todos esses cuidados sanitários também abrange a água, realizando o seu


consumo em forma de água potável, utilizando filtros ou fervura antes de consumi-la.
Limpeza das caixas d'água e seus reservatórios inclusive para manter a sua qualidade
e evitar a proliferação de parasito.

Cuidados em cobrir as caixas de areia que crianças usam para recreação quando
não estiverem brincando para evitar que os gatos as utilizem também é de grande
importância, quando houver contato com areia, jardins deve-se lavar bem as mãos e
em casos de mulheres grávidas e de indivíduos com baixa imunidade devem usar
luvas. Empregar boas práticas, como manter gatos e roedores fora das áreas de
produção de alimentos e usar fontes de água com qualidade é melhor modo de evitar
a contaminação (MINISTÉRIO DA SAÚDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA: Protocolos para investigação de Toxoplasma gondii em amostras
ambientais e alimentares – 2020).

10.2 Cuidados sanitários em crianças

Crianças são naturalmente mais propensas a infecções devido seu sistema


imune ainda em desenvolvimento e a falta de alguns cuidados de higiene comuns na
infância, sendo necessário que os responsáveis pelas crianças e a escola incentivem
esses hábitos, a fim de impedir a proliferação de diversas doenças, como a
toxoplasmose. (COMUNICAÇÃO PESSOAL,2020)

Alguns pequenos hábitos podem ser implementados na rotina dos pequenos,


como lavar as mãos após brincar e antes de tocar em alimentos ou comer, brincar
com supervisão em lugares de solo limpo e lavar bem as mãos após o contato.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE,2022)

Às crianças que tenham gatos de estimação em casa, o cuidado deve ser


dobrado, ensinando a eles a importância de lavar as mãos após brincar e acariciar o
gato, sempre mantendo os cuidados sanitários, quando se tratam de crianças maiores
que já realizam essa tarefa. (PRADO et al,2011)
10.3 Saúde Única
Programas de prevenção primária devem ser elaborados individualmente, pois
deve-se entender os fatores de risco de cada população e dessa forma desenvolver a
melhor estratégia de promoção à saúde para aquela região. (LOPES-MORI, 2011)

Programas de prevenção secundária, como triagem sorológica materna,


apresentaram bons resultados em países com alta prevalência de toxoplasmose.
(LOPES-MORI, 2011)

Segundo LOPES-MORI (2011): “No Brasil, a triagem pré-natal é sugerida como


política pública não obrigatória, devido à elevada prevalência da toxoplasmose
materna (superior a 40%), sendo oferecida gratuitamente em algumas regiões, com
experiência isolada e protocolos próprios, mas sem uniformidade nas ações, como
nos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Goiás e nas cidades
de Curitiba, no Paraná, Porto Alegre, e no Rio Grande do Sul”
11 CONCLUSÃO

A toxoplasmose por ser uma antropozoonose cosmopolita de distribuição mundial,


possui grande relevância para a saúde pública, principalmente por sua forma de
contaminação ser simples, o que pode se tornar presente no dia a dia da população.
Sua maior relevância é quando mulheres se infecta durante a gestação, devido sua
transmissão ser também de forma vertical, de mãe para filho. Com isso manejos de
corretos de higienização, como cuidados com os alimentos, água, lavagem das mãos,
atenção com o manuseio de dejetos dos gatos são coisas que devem ser
consideradas essenciais para a prevenção dessa doença.

Importante ressaltar que é uma doença que há tratamento, então a sua descoberta
de forma quanto mais precoce é melhor, então principalmente nas gestantes, ter
acompanhamento com o médico, realizar exames desde o início da gestação é
fundamental para que o feto não venha desenvolver sinais clínicos, forma
assintomática ou apresentar sequelas ao decorrer da vida.

Em casos confirmados como positivos, a UBS (unidade básica de saúde) deve


notificar a vigilância epidemiológica da sua região, dessa forma é possível identificar
número de casos, ver quais regiões e classes sociais são mais susceptíveis a se
infectar com a toxoplasmose. Segundo CAETANO,2021 , Revista Liberium Accessum,
estima-se que um terço da população mundial tenha toxoplasmose através da
ingestão de cistos e/ou oocistos do parasita através de carnes, ou demais alimentos
contaminados e mal higienizados. Sendo assim, o principal há se fazer são as
medidas de prevenção de modo a evitar a infecção por esse protozoário.
12 REFERÊNCIAS
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SATHLER Yasmin; RIBEIRO Iury; COSTA Anna; RIBEIRO Letícia. Toxoplasmose e
gestação: Revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, 2022
CAETANO, WEG. RODRIGUES, GMM. DOS ANJOS, L. DOS SANTOS, MM. Estudo
das principais formas de contaminação por toxoplasmose no Brasil. Revista Liberum
accessum 2021 Jun; 10(1): 12-17.
LIMA, R. C. M. et al. Relação entre más-formações e óbitos fetais em decorrência de
toxoplasmose congênita tratadas em uma clínica particular de Goiânia-GO. Ens. e Ci.
C.Biol. Agr. e da Saúde, v. 15, n. 4, p. 53-63, 2011. Disponível em
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C.; Ramos, J.; Ribeiro, V. J. Atualização terapêutica. 21. ed. São Paulo: Artes Médicas,
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Negri D., Cirilo M.B., Salvarane R.S. & Neves M.F. 2008. Toxoplasmose em cães e
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ANDRADE, Gláucia Manzan Queiroz de; GOULART, Eugênio Marcos Andrade;
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