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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO JGM


CURSO DE ANÁLISES CLÍNICAS

TRABALHO DE PARASITOLOGIA

ENTEROBIASE E ANCILOSTOMÍASE

CLASSE: 12ª
GRUPO Nº 3
TURMA: 12.1
PERÍODO: TARDE

DOCENTE
________________________

CAÁLA, JANEIRO DE 2024


INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO JGM
CURSO DE ANÁLISES CLÍNICAS

TRABALHO DE PARASITOLOGIA

ENTEROBIASE E ANCILOSTOMÍASE

CLASSE: 12ª
GRUPO Nº 3
TURMA: 12.1
PERÍODO: TARDE

DOCENTE
________________________

CAÁLA, JANEIRO DE 2024


AUTORES

Nº NOME CLASSIFICAÇÃO
11 ANGELINA COLINO
13 ANTÓNIA WALIMILE
14 ANTÓNIO BESSIMOL
15 ANTÓNIO MARCOS COSSENGUE
16 ARICELMA GOMES
17 BRIGIDA CAQUINDA
18 CONCEIÇÃO DAMIÃO
19 CRISTINA CHITATA
20 DONANA HORÁCIO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS .................................................................................. 6
1.1. Enterobíase............................................................................................................... 6
1.2. Ancilostomíase......................................................................................................... 6
2. AGENTES ETIOLÓGICOS ........................................................................................... 7
2.1. Enterobíase............................................................................................................... 7
2.1.1. Características do Agente: ................................................................................ 7
2.1.2. Forma de Acção: ............................................................................................... 7
2.2. Ancilostomíase......................................................................................................... 7
2.2.1. Características do Agente: ................................................................................ 7
2.2.2. Forma de Acção: ............................................................................................... 7
2.3. Formas de Acção Comuns: ...................................................................................... 8
3. FORMAS DE TRANSMISSÃO .................................................................................... 8
3.1. Enterobíase (Oxiurose) ............................................................................................ 8
3.2. Ancilostomíase......................................................................................................... 8
4. QUADRO EPIDEMIOLÓGICO .................................................................................... 9
4.1. Quadro Epidemiológico Enterobíase (Oxiurose) ..................................................... 9
4.2. Quadro Epidemiológico Ancilostomíase ............................................................... 10
5. PERÍODO DE INCUBAÇÃO ...................................................................................... 11
5.1. Período de Incubação da Enterobíase (Oxiurose) .................................................. 11
5.2. Período de Incubação da Ancilostomíase .............................................................. 11
6. RISCOS À SAÚDE ...................................................................................................... 12
6.1. Riscos à Saúde Causados pela Enterobíase (Oxiurose): ........................................ 12
7. RECOMENDAÇÕES E ATITUDES PREVENTIVAS .............................................. 13
7.1. Prevenção da Enterobíase (Oxiurose) .................................................................... 13
6.1. Prevenção da Ancilostomíase .................................................................................... 13
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS .................................................................................. 16

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INTRODUÇÃO
As doenças parasitárias continuam a representar um desafio significativo para a saúde global,
afetando milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em regiões com condições
socioeconómicas precárias. Entre essas enfermidades, a enterobíase e a ancilostomíase
emergem como importantes problemas de saúde pública, demandando atenção contínua de
profissionais da saúde, pesquisadores e formuladores de políticas. Estas parasitoses, causadas
por organismos distintos, apresentam características específicas que influenciam sua
epidemiologia, diagnóstico, tratamento e impacto na qualidade de vida dos indivíduos
afetados.

Este trabalho propõe uma análise aprofundada das características biológicas,


epidemiológicas e clínicas da enterobíase e ancilostomíase, buscando compreender a
complexidade dessas parasitoses e aprofundar o conhecimento necessário para o
desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção, controle e tratamento. Ao destacar os
fatores ambientais, sociais e comportamentais que favorecem a propagação dessas infecções,
almeja-se fornecer subsídios para a implementação de medidas preventivas direcionadas,
visando a redução da carga dessas doenças nos contextos afetados.

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1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A enterobíase, ocasionada principalmente pelo parasita Enterobius vermicularis, e a
ancilostomíase, causada por diferentes espécies de ancilostomídeos, compartilham um
denominador comum ao se manifestarem predominantemente em ambientes com condições
higiênicas inadequadas e acesso limitado a serviços de saúde. Ambas as infecções, apesar de
sua prevalência global, são frequentemente subestimadas e negligenciadas, contribuindo para
um ciclo persistente de transmissão e morbidade.

1.1.Enterobíase
A enterobíase, também conhecida como oxiurose, é uma parasitose intestinal causada pelo
verme nematoide Enterobius vermicularis. Este parasita pertence à família Oxyuridae e é
exclusivo do ser humano. A infecção ocorre principalmente através da ingestão de ovos
viáveis do parasita, que são encontrados em locais contaminados, como roupas de cama,
roupas íntimas, alimentos ou superfícies contaminadas. O ciclo de vida do Enterobius
vermicularis é caracterizado pela migração dos vermes adultos para o intestino grosso, onde
as fêmeas depositam seus ovos ao redor do ânus, causando coceira intensa. A transmissão
ocorre quando os ovos são ingeridos acidentalmente. Apesar de ser uma infecção comum, a
enterobíase é frequentemente subdiagnosticada devido à sua sintomatologia discreta, mas
pode resultar em desconforto significativo e complicações se não for tratada adequadamente.

1.2.Ancilostomíase
A ancilostomíase, por sua vez, é uma infecção causada pelos ancilostomídeos, que são
vermes nematoides conhecidos como ancilóstomos. As espécies mais relevantes para a
infecção humana são o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus. A transmissão
ocorre principalmente através da penetração ativa das larvas infectantes na pele humana,
geralmente em áreas de solo contaminado por fezes humanas. Após a infecção, os
ancilóstomos se desenvolvem no intestino delgado, onde se fixam à mucosa e se alimentam
do sangue do hospedeiro. A ancilostomíase é comum em regiões tropicais e subtropicais,
onde as condições sanitárias são precárias. Os sintomas podem variar de leves, como anemia
e fadiga, a graves, com complicações como desnutrição e retardo no desenvolvimento
infantil. O controle eficaz dessa parasitose envolve medidas de saneamento básico,
tratamento antiparasitário e programas educacionais para a prevenção da infecção.

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2. AGENTES ETIOLÓGICOS
2.1.Enterobíase
Agente: Enterobius vermicularis

2.1.1. Características do Agente:


• Enterobius vermicularis é um verme nematoide, também conhecido como oxiúro.
• Possui dimensões diminutas, com fêmeas geralmente medindo de 8 a 13 milímetros e
machos cerca de metade desse tamanho.
• O parasita é de cor branca e tem uma forma alongada, com uma extremidade pontiaguda.

2.1.2. Forma de Acção:


• As fêmeas adultas migram para o intestino grosso, onde depositam seus ovos ao redor do
ânus durante a noite, causando coceira intensa.
• Os ovos, após serem depositados, tornam-se infectantes após algumas horas, e a
transmissão ocorre quando esses ovos são ingeridos, muitas vezes através da
contaminação de mãos, alimentos ou objetos.

2.2.Ancilostomíase
Agente: Ancylostoma duodenale e Necator americanus

2.2.1. Características do Agente:


• Ancylostoma duodenale e Necator americanus são vermes nematoides, membros da
família Ancylostomatidae.
• Ambos os ancilóstomos possuem ganchos bucais que utilizam para se fixar à mucosa
intestinal, onde se alimentam do sangue do hospedeiro.

2.2.2. Forma de Acção:


• A transmissão ocorre principalmente através da penetração ativa das larvas infectantes na
pele humana, ao entrar em contato com solo contaminado por fezes humanas.
• No intestino delgado, os ancilóstomos se fixam e se alimentam do sangue do hospedeiro,
o que pode levar a complicações como anemia e desnutrição.
• As larvas se desenvolvem em ovos no solo, completando o ciclo ao serem ingeridas por
um novo hospedeiro.

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2.3.Formas de Acção Comuns:
• Ambas as infecções, enterobíase e ancilostomíase, envolvem a liberação de ovos ou larvas
no ambiente externo, contribuindo para a disseminação e perpetuação do ciclo parasitário.
• A contaminação ocorre frequentemente em locais com más condições sanitárias,
enfatizando a importância de medidas de higiene pessoal, saneamento básico e educação
em saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão desses parasitas.

3. FORMAS DE TRANSMISSÃO
3.1.Enterobíase (Oxiurose)
A enterobíase é transmitida principalmente através da ingestão acidental de ovos infectantes
do parasita Enterobius vermicularis. As principais formas de transmissão incluem:

1. Contacto Directo: A transmissão ocorre frequentemente de pessoa para pessoa,


especialmente em ambientes com aglomeração, como creches e escolas. O contato direto
com pessoas infectadas ou com objetos contaminados por ovos viáveis, como roupas de
cama, roupas íntimas, brinquedos e maçanetas, pode resultar na transferência dos ovos.
2. Autoinfecção: A coceira intensa ao redor do ânus, causada pela deposição dos ovos,
pode levar à autoinfecção quando as mãos contaminadas entram em contato com a boca,
ingerindo acidentalmente os ovos.
3. Inalação de Partículas de Ovos: Em ambientes com alta carga parasitária, a inalação
de partículas de ovos em suspensão no ar pode ser uma forma menos comum, mas possível,
de transmissão.
4. Contaminação de Alimentos e Utensílios: Ovos do Enterobius vermicularis
podem ser transferidos para alimentos ou utensílios durante a preparação e manipulação,
resultando na ingestão acidental.
5. Inalação de Poeira Contaminada: Partículas de poeira contaminadas com ovos do
parasita podem ser inaladas, resultando na introdução dos ovos no sistema digestivo.
3.2.Ancilostomíase
A transmissão da ancilostomíase ocorre através da penetração ativa das larvas infectantes no
hospedeiro, principalmente pela pele. As principais formas de transmissão incluem:

1. Contato com Solo Contaminado: As larvas infectantes dos ancilóstomos são


liberadas nas fezes humanas no solo contaminado. A transmissão ocorre quando a pele entra

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em contato direto com o solo contaminado, por exemplo, ao andar descalço ou durante
atividades agrícolas.
2. Ingestão de Larvas: Em algumas circunstâncias, a transmissão também pode
ocorrer pela ingestão de larvas infectantes presentes em vegetais crus ou água contaminada.
3. Transmissão Vertical: Em áreas endêmicas, há relatos de transmissão vertical,
onde a mãe pode transmitir a infecção para o feto durante a gestação.
4. Transmissão Sanguínea: Em situações excepcionais, a transmissão pode ocorrer
por meio de transfusões sanguíneas contaminadas com larvas infectantes.
5. Contato com Água Contaminada: Em áreas onde a água potável é escassa e
contaminada, as larvas infectantes podem ser ingeridas, levando à infecção.
6. Transmissão por Vetores: Embora menos comum, alguns ancilóstomos podem ser
transmitidos por vetores, como pulgas ou mosquitos, que transportam larvas infectantes de
um hospedeiro a outro.

É crucial reconhecer a diversidade de vias de transmissão dessas parasitoses para


implementar estratégias de prevenção abrangentes. Educação em saúde, promoção de boas
práticas de higiene, saneamento adequado e controle de vetores são componentes essenciais
para reduzir a incidência e impacto dessas infecções parasitárias na saúde pública.

4. QUADRO EPIDEMIOLÓGICO
4.1.Quadro Epidemiológico Enterobíase (Oxiurose)
1. Prevalência Global:
 A enterobíase é uma das parasitoses intestinais mais comuns em todo o mundo,
afetando principalmente crianças e jovens.
 A prevalência varia geograficamente, sendo mais comum em áreas densamente
povoadas e com condições socioeconômicas precárias.

2. Grupos Populacionais Afetados:


 Crianças em idade escolar, devido ao contato próximo em ambientes educacionais.
 Adultos em convívio próximo com crianças infectadas.
 Instituições com condições de higiene inadequadas, como creches e escolas.

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3. Factores de Risco:
 Falta de higiene pessoal.
 Contato próximo com indivíduos infectados.
 Condições de vida em ambientes lotados.
 Uso compartilhado de objetos pessoais.

4. Sintomas Comuns:
 Coceira intensa ao redor do ânus, principalmente à noite.
 Irritabilidade.
 Distúrbios do sono.

5. Diagnóstico e Tratamento:
 Diagnóstico realizado através da identificação de ovos nas fezes ou na região perianal.
 O tratamento envolve medicamentos antiparasitários específicos, juntamente com
medidas de higiene e desinfecção do ambiente.

4.2.Quadro Epidemiológico Ancilostomíase


1. Prevalência Global:
 A ancilostomíase é mais comum em áreas tropicais e subtropicais, onde as condições
sanitárias são inadequadas.
 Afeta significativamente populações de baixa renda em regiões em desenvolvimento.

2. Grupos Populacionais Afetados:

 Trabalhadores rurais que têm contato direto com solo contaminado.


 Populações em áreas urbanas com saneamento básico deficiente.
 Crianças que brincam em solos contaminados.

3. Fatores de Risco:
 Contato direto com solo contaminado por fezes humanas.
 Hábito de andar descalço em áreas endêmicas.
 Falta de saneamento básico e acesso à água potável.

4. Sintomas Comuns:
 Anemia devido à perda de sangue causada pelos ancilóstomos.

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 Fadiga persistente.
 Edema nas pernas e pés (casos graves).

5. Diagnóstico e Tratamento:
 Diagnóstico realizado através da identificação de ovos nas fezes.
 O tratamento envolve o uso de medicamentos antiparasitários e, em casos de anemia
grave, suplementação de ferro.
 Medidas de controle incluem melhoria das condições sanitárias e educação em saúde.

O entendimento do quadro epidemiológico dessas doenças é crucial para implementar


estratégias eficazes de prevenção, controle e tratamento, visando reduzir o impacto na saúde
pública global.

5. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
5.1.Período de Incubação da Enterobíase (Oxiurose)
O período de incubação da enterobíase, após a ingestão dos ovos infectantes, é em geral de
aproximadamente 2 a 6 semanas. Nesse intervalo, as larvas se desenvolvem no trato
gastrointestinal e se transformam em vermes adultos, dando início aos sintomas
característicos da infecção, como a coceira ao redor do ânus. Vale ressaltar que em alguns
casos a infecção pode ser assintomática, tornando a identificação mais desafiadora. A coceira
intensa ao redor do ânus, característica da enterobíase, pode ser o primeiro sinal evidente da
infecção.

5.2.Período de Incubação da Ancilostomíase


O período de incubação da ancilostomíase varia, mas em média, os sintomas começam a
aparecer entre 2 a 10 dias após a penetração ativa das larvas infectantes na pele. O
Ancylostoma duodenale, em particular, pode ter um período de incubação mais curto em
comparação ao Necator americanus. Conforme as larvas migram através da corrente
sanguínea para o intestino delgado, onde se fixam e amadurecem, podem surgir sintomas
como anemia e fadiga. O desenvolvimento completo dos vermes adultos e o estabelecimento
da infecção levam algumas semanas após a infecção inicial.

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6. RISCOS À SAÚDE
6.1.Riscos à Saúde Causados pela Enterobíase (Oxiurose):
 Infecções Secundárias: A coceira persistente ao redor do ânus pode levar a feridas e
lesões na pele, aumentando o risco de infecções secundárias.
 Distúrbios do Sono e Irritabilidade: A coceira intensa, principalmente à noite, pode
causar distúrbios do sono, levando à irritabilidade e impactando o bem-estar geral.
 Complicações Raras: Em casos raros, a migração retrograde dos vermes adultos para a
região genital ou urinária pode resultar em inflamações e complicações.
 Impacto Psicossocial: A presença visível dos vermes ou a coceira constante podem
causar constrangimento e impacto psicossocial, especialmente em crianças e adolescentes.
6.2.Riscos à Saúde Causados pela Ancilostomíase:

 Anemia Nutricional: O principal risco associado à ancilostomíase é a anemia, causada


pela perda contínua de sangue pelos ancilóstomos, o que pode levar a deficiências
nutricionais e fadiga persistente.
 Desnutrição: Em casos graves, a perda de sangue crônica e a inflamação intestinal podem
contribuir para a desnutrição, especialmente em crianças e mulheres grávidas.
 Retardo no Desenvolvimento Infantil: Crianças afetadas podem experimentar atrasos
no crescimento e desenvolvimento devido aos efeitos da anemia e desnutrição.
 Complicações Respiratórias: A larva do Necator americanus, durante sua migração nos
pulmões, pode causar sintomas respiratórios, embora essas complicações sejam
geralmente leves.
 Impacto na Capacidade de Trabalho: Em áreas endêmicas, a ancilostomíase pode afetar
a produtividade e a capacidade de trabalho das populações afetadas, contribuindo para o
ciclo de pobreza.
Ambas as doenças, além dos impactos físicos, podem ter implicações significativas na
qualidade de vida e no desenvolvimento socioeconômico das comunidades afetadas.
Portanto, a prevenção, diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para mitigar os riscos
à saúde associados à enterobíase e à ancilostomíase.

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7. RECOMENDAÇÕES E ATITUDES PREVENTIVAS
7.1.Prevenção da Enterobíase (Oxiurose)
1. Higiene Pessoal Adequada:
 Incentivar a lavagem frequente das mãos, especialmente após o uso do banheiro e antes
das refeições.
 Enfatizar a importância de cortar as unhas regularmente para reduzir a possibilidade de
transferência de ovos para a boca.
2. Higiene Ambiental:
 Manter um ambiente doméstico limpo, com especial atenção à limpeza de roupas de
cama, roupas íntimas e objetos pessoais.
 Aspirar regularmente e limpar superfícies para reduzir a presença de ovos no ambiente.
3. Evitar Comportamentos de Risco:
 Desencorajar o hábito de coçar a região anal.
 Evitar o compartilhamento de toalhas, roupas de cama e objetos pessoais.
4. Tratamento Adequado:
 Diagnosticar e tratar casos de enterobíase prontamente para interromper a transmissão.
 Administrar tratamento antiparasitário conforme orientação médica.

6.1. Prevenção da Ancilostomíase


1. Calçados Adequados:
 Incentivar o uso de calçados, especialmente em áreas onde o solo pode estar
contaminado.
 Reduzir o hábito de andar descalço, principalmente em áreas endêmicas.
2. Higiene Ambiental:
 Melhorar as condições de saneamento básico para reduzir a contaminação do solo por
fezes humanas.
 Evitar o descarte inadequado de fezes para prevenir a contaminação do ambiente.
3. Tratamento de Infecções Prontamente:
 Identificar e tratar casos de ancilostomíase de forma eficaz para evitar a propagação da
infecção.
 Implementar programas de desparasitação em comunidades de alto risco.

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4. Educação em Saúde:
 Promover a conscientização sobre práticas seguras de higiene e saneamento.
 Informar sobre os riscos da ancilostomíase e as medidas preventivas em comunidades
afetadas.
5. Controle de Vetores:
 Implementar medidas para controlar populações de vetores que possam estar envolvidos
na transmissão dos ancilóstomos.
A prevenção eficaz dessas parasitoses envolve uma abordagem abrangente, integrando
medidas de higiene pessoal, saneamento, tratamento de casos diagnosticados e educação em
saúde nas comunidades afetadas. Programas de controle devem ser adaptados às condições
locais e contextos epidemiológicos específicos.

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CONCLUSÃO
Em síntese, a enterobíase e a ancilostomíase representam desafios significativos para a saúde
pública global, especialmente em regiões com condições socioeconômicas precárias. Ambas
as parasitoses compartilham características epidemiológicas comuns, relacionadas à falta de
saneamento básico, higiene inadequada e aglomerações populacionais. O impacto dessas
doenças vai além dos sintomas físicos, estendendo-se a complicações psicossociais,
desnutrição, anemia e atrasos no desenvolvimento infantil.

A prevenção eficaz dessas parasitoses requer uma abordagem abrangente, integrando


medidas de higiene pessoal, saneamento, tratamento de casos diagnosticados e educação em
saúde nas comunidades afetadas. A conscientização sobre práticas seguras de higiene, o uso
adequado de calçados, a promoção de ambientes domésticos limpos e a implementação de
programas de desparasitação são elementos cruciais para interromper a transmissão e reduzir
a carga dessas doenças.

Além disso, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são fundamentais para prevenir
complicações a longo prazo e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados. A
pesquisa contínua, a vigilância epidemiológica e o desenvolvimento de estratégias
inovadoras são essenciais para enfrentar o desafio persistente dessas parasitoses e avançar
em direção a comunidades mais saudáveis e resilientes globalmente. Ao unir esforços em
prol da prevenção e do controle, é possível vislumbrar um futuro onde a enterobíase e a
ancilostomíase se tornem doenças cada vez mais controláveis e, eventualmente, superáveis.

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REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS
1. Cook, G. C. (Ed.). (2009). Manson's Tropical Diseases (23ª edição). Saunders.

2. Heymann, D. L. (Ed.). (2015). Control of Communicable Diseases Manual (20ª


edição). American Public Health Association.

3. AMATO NETO, V.; CORRÊA, L. L. Exame Parasitológico das Fezes. São Paulo:
Sarvier, 1980.

4. AMATO NETO, V. et al. Tratamento da ancilostomíase por meio do albendazol. Rev.


Inst. Med. Trop. Sao Paulo, 21(3), 131-135, 1979.

5. PINTO, R. C. T. et al. Ancilostomíase. J. bras. med, 92(4), 42-53, abr. 2007.

6. SciELO. Eficácia do albendazol no tratamento da enterobíase. Disponível em:


Eficácia do albendazol no tratamento da enterobíase. Acesso em: [22/01/2024].

7. Studocu. Ancilostomíase e Enterobíase - AULA 2 Parasitologia do Afeta mais de 700


milhões de pessoas no. Acesso em: [22/01/2024].

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