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Pensamentos

na minha alma
- O Que minha ALMA Sentiu

JOSÉ UKUAHAMBA COSSENGUE


Pensamentos na
minha alma
- O Que minha ALMA Sentiu
LITERATURAS DA MINHA ALMA

JOSÉ UKUAHAMBA COSSENGUE


Vida

Animais e plantas têm vida tal qual o homem, mas o só o homem reflete,
deseja, escolhe. Por isso, a vida de homem é um fenómeno milenar, em que
eu tento ser normal. A vida é um instante solitário, onde ninguém pode
acompanhar. A vida é música, onde apenas o cantor conhece a letra.

A vida é uma caverna com imensos espaços escorregadios que por isso, nos
obrigam a saber fazer escolhas e, as vezes a gente nem sabe o que escolher
porque o medo nos corrompe. Ela é uma noite de insônia por tantos e tantos
desejos. Queremos e devíamos aproveitá-la ao máximo, mas invés, nos
preocupamos mais com a ideia de se estamos nos adiantando ou atrasando a
vivê-la.

Eu só quero ser eu, ser minha própria vida. Nem de longe, nem de perto eu
quero enxergá-la pois é o mistério do Incompreendido e dom do Invisível. Eu
só quero e preciso senti-la, me fazendo levantar e seguir louco para o
conhecimento, para o crescimento, para o amor; isso só já é privilégio de
poucos.

Vida é o que você que está lendo tem. Ninguém a vê, mas a gente vai com ela
para todo lado. É de verdade o único fenómeno irrepetível do universo. E se
querem saber da minha opinião, ela ainda não tem definição e nem é
compreendida; é apenas como as águas que fluem pelo rio; se manifestam
sempre igual, mas jamais as ontem serão as mesmas de hoje. Só sei que a
única coisa comum entre elas é todas são água; e com a relação a vida, só sei
que a única coisa comum entre todos que a possuímos, é que singular para
todos. – José Uk. Cossengue
199 Vidas
Ninguém escolheu existir, ninguém escolheu ter uma mente, muito do que se
é, não sustentado por nós mesmos. Só entendemos que um Ser Superior a
tudo quanto conhecemos, nos tornou existência, um ponto conhecido.

Ouvem-se contos, ouvem-se reflexões de existência, já não bastando nós


mesmos nos debatendo com conflito o existêncial, sobre como melhor existir
ou, como responder graciosamente a proesa inexplicável do soberano, que
por muitos ignorado, mas, ainda sim, creio eu, que Ele fez-nos conhecidos
baseando-se no desconhecido, e isso nos basta.

Penso em vidas na vida, tal qual no peixe isolado no aquário, mas no coração
o salgado das águas do mar, carregando em si mesmo as mil crias, ainda que
vive incerto se todas há ele de cuidar; pra além de precionado à seu amo
agradar, pois dele, é a sorte de seu alimento e crias.

Existe-se só uma vez, entretanto, com uma infinidade de vontades. Em um só


suspiro amamos a meninice, que nos esquecemos de que iremos crescer; em
um só suspiro amamos a adolescência, que nos prendemos na única coisa
que parecer ter sentido no momento, provar coisas novas; em um só suspiro
amamos tanto a juventude, que nos cegamos ansiosos com a liberdade que
dela nasce, liberdade essa, dizem, assemelha-se ao ar, sem o qual não se
pode respirar! Em um só suspiro amamos tanto a vida adulta, que vivemos
com a mente em alta, querendo as forças aproveitar, sempre em alta
velocidade marchar, deliciando de nossa melhor versão existencial; em só
suspiro amamos tanto a velhice, que só pensamos em repousar, os frutos do
árduo plantio desfrutar, frutos colhidos na época da grande chuva,
reacheada com o Sol, meio nascente, meio poente.

Me pergunto, como pode um mar caber num rio!? Impossível, dizes tu.

Eu, sei que pouco ou nada sei, mas, enxergo... vida, com os sensos de mau e
bom, nos revestindo. 199 vidas numa só, mesmo que mestiços, negros e
brancos; 199 vidas na humilde existência, e das quais, só uma, uma só,
somos mais precionados a amar.

De que só existimos uma vez, é o que muitos entenderam; certamente não


sou um desses, pois ainda enxergo 199 vidas. Sou criança, adolescente,
jovem, adulto, idoso, político, religioso, cultural; sou também, uma junta do
que vi e ouvi, numa só vida; mas sinceramente, para cada uma delas, uma só
vida, sua própria vida.

Desfrute sem arrependimentos de suas 199 vidas. - José Uk. Cossengue


Mente-sótão

A mente é a melhor arma do Homem, é no fundo o que faz-nos ser homens. A


mente humana é como um sótão pequeno, em que se você guardar nele as
coisas fúteis, não restará espaço para as úteis. Engana-se quem pensa que
as paredes desse sótão são elásticas, que pensam que quanto mais coisas,
não importando o gênero nele meterem, mais elas se vão esticando. Na
realidade, a mente é tão preciosa e útil para quem a usa especificamente pra
seus objectivos, mas ela é desprezível e inútil para quem serve-se dela como
uma tela, onde todo tipo de informação e imagens pode estar, basta que se
clique em um botãozinho.

É preciso entender que, se você vai enchendo sua mente-sótão, com coisas
que não ajudam em seus objectivos, saiba que em algum momento não
sobrará espaço para acrescer mais, a não ser que uma outra coisa seja
retirada, lançada para o esquecimento, apagada.

O homem diligente e tenaz, tem noção de limites, até pra sua mente e corpo,
por isso, ele alimenta sua mente e corpo, apenas com aquilo que contribui
para alcançar seus objectivos. Entretanto, quem não tem objectivos
clarificados, jamais saberá o que deve ou não, servir de alimento para si.

O maior potencial nosso, apenas é alcançado se, compreendemos nossos


claros interesses. - José Uk. Cossengue, - baseado num argumento de
Sherlock Homes do livro de Arthur Conan Doyle – Um estudo em vermelho
Confusões e pressões da mente

A gente cresce e em algum momento percebemos que temos de estabelecer


nossos objectivos, e com claridade. Então, pensamos em correr atrás deles,
mas, durante a corrida, também percebemos que momentos há em que
parece já não fazer sentido continuar correndo. Em meio a isso, alguns
escolhem parar definitivamente, outros descansar e outros criam alternativas,
como caminhar, não importa se bem ou mal.

Na verdade, a vida é bela, mas é difícil vivê-la, todos os dias, nos debatemos
com o que fazer pra vivê-la melhor, alguns parecem já ter descoberto essa
fórmula, outros, ainda nada parecem ter feito.

Eu apenas vou, motivando-me como dêr, não reclamando de outros mas de


mim. Na verdade, sou um simples agricultor com sua vasta terra, tentando
descobrir o melhor modo de aproveitá-la. Há dias em que a chuva torna o
terreno fértil, porém, também conheço dias em que sol escaldante torna-o
rígido e infrutífero e parecendo que nunca fruto algum, há de brotar. Me encho
de ansiedade, de medo, mas na mesma vou, mesmo que por vezes inseguro,
mas não desisto, pois ainda sei que um dia a chuva há de voltar.

Costumam dizer que sonhar é bom, eu porém já não quero mais sonhar,
quero acordar para os sonhos realizar. - José Uk. Cossengue
Desejos Mortais

Sua mente é tão brilhante! Desperta em ti desejos, que geram necessidades


de decidir. Entre as decisões a tomar, muitas são as que fazem alcançar uma
imagem superior entre outros homens, muitas são as que fazem saltar, entre
níveis que você mesmo estabeleceu, e certamente, muitas são as que fazem
ter a sensação de poderio; por supostamente ter decidido melhor que outros.

Então, méritos as mais bem vestidas mentes deste deste século, pois
certamente cavalgaram a grandes desejos, desejos imortais que,
consequentemente, foram submetidos a decidir grandiosamente, mesmo que
não só para si mesmos.

Quase nada sei, só sei que não tenho mente igual. Sou milhares anos luz sua
semelhança, sou dono de uma mente nua, preenchida por desejos mortais,
construídos na contramão da vida no dia-a-dia, alimentados em sentido
inverso a aclamada escala de poder criada por desejos imortais.

Vive na minha mente o mortal, corre em minhas veias o contrário, desejos


penosos, que talvez me façam pouco compreendido e por isso, talvez eu vá
logo desfalecer.

Pouco sei sobre a razão, mas ela me fez entender que caminhamos em
sentido inverso à nossa natureza. Vamos para onde expressar o sentido, é a
mais inteira manifestação de irracionalidade do que, lutar contra a
desigualdade. Com isso entendi que, seres mortais pensam na imortalidade,
desejam o imortal e vice-versa. Serei eu um imortal pra ter que desejar o
mortal?!

Busco também, a semelhança de outros, resolver o enigma escondido na vida.


Porém, cheguei a compreensão, pouco sei sobre a vida, pois desejo o mortal,
que supostamente é contrário a vida, ou pelo menos, ao que dizem ser a vida.
Vários questionamentos me vêem a alma. Serei eu ainda um homem?!
Mesmo que sem uma mente?! Ou então, terei eu mesmo uma mente?!

Se ainda tenho mente e por isso, me faço homem, porquê pareço ser contrário,
se me permitem, a dita essência humana, desejando o mortal ao invés do
imortal?!

Apenas uma coisa entendo, essa é minha natureza, não desistirei dela, a não
ser que, meus desejos mortais me levem a suposta a contrariedade. - José
Uk. Cossengue.
Universo de Imperfeições

Imperfeição na alta montanha, imperfeição na adorada rosa, imperfeição na


beleza muito aclamada, imperfeição no gigante que observando a si mesmo
se glória, esquecido das suas fraquezas.

Artistas comovem Nações, mas custo de muitas escolhas. A platéia estima os


líricos sons e espetáculos, mas desconhecem a ânsia do intérprete pela água
refrescante ou, pelo seu cochilo sossegante. Por isso ainda insisto, perfeição
é o que a mente jamais devia afirmar.

Sou fascinado pela beleza contemporânea, mas me desvaineço das sua


formas de competições. Sou ternamente comovido pelas melodias geradas
pelas mentes hamanas e expressadas nas suas mãos e vozes, mas me
abstenho, dos dizeres de qual e de quem é a melhor?! Porquê insistimos na
busca do ser superior?! Se, Este mesmo já existe e foi Ele que nos formou,
diferentes mas simultaneamente comuns?!

Percebi que o homem finge ser o que não é, porque pouco crê naquilo é.
Insiste na ignorância voluntária de sua imperfeição, porque desde suas
escolhas torpes, sempre foi sua ânsia cobrir, aquilo que na verdade era a
única coisa perfeita que dele restara (sua humilde e natural nudês). Oxalá!
algum dia, o Eterno nos faça enxergar o aprisco sem ovelhas, que nossas
almas ainda carregam, e então, desistamos de cobrir nossa natureza com
ilusões perfeccionistas, falsamente sustentadas por nossas mente
maquiavélicas.

Quanto a mim, que eu enxergue apressadamente a imperfeição minha, para


ser não molestado pelos montões de vazio que ainda em mim jázem. Eu só
quero viver, ainda que signifique a mais inimaginada imperfeição. - José Uk.
Cossengue
Selvagem Leão
Sempre quis saber escolher, sobre quem ser, sobre qual modelo seguir.
Nunca fui de ilusionismo, ou exibicionismo, mas sempre quis me soltar. Nunca
me senti daqui; sempre com os pés na estrada mas a mente no horizonte, o
qual sempre quis chegar. Rindo por fora, porém magoado por dentro, e o pior,
nunca poder expressar tal desânimo, para não aborrecer à quem já apreciou
meus feitos.

Odeio decepcionar, sempre me pareceu não ser essa, a minha íntima


natureza. Não consigo viver com a sensação de inutilidade.

Interessante é, que sempre preservei sonhos, e luto duro com o tempo pra
alcançá-los. Nunca quis liderar, mas liderei muito mais do que eu possa
lembrar.

Então, parei e me perguntei, o que sou? de onde sou? para quê que aqui
estou? E para que lado irei a seguir?!

Só sei que minha miudeza mental, iluminou-me com única resposta: sou o
selvagem Leão. Sou o selvagem Leão, no meio de uma civilização na qual vivi
mais do que vivi em mim mesmo. Sou o Leão, domado desde os passinhos
vacilantes, esmurecido nas garras e esquecido de seu assombrante rugido.
Sou o selvagem Leão, habituado no mediano e contentado com a carne do
pouco esforço.

Sorte a minha, que a miudeza mental mostrou-me também o verdadeiro eu;


mas não nego, esse já não sou de certeza. Me pergunto se ainda é possível
ajustar os carrilhos, porque certamente desalinhado estou.

Eu, não culpo a civilização, mas a mim mesmo, por não nutrir-me o suficiente
(ainda nas entranhas da leoa mãe), da verdadeira selvageria de um leão e
ter-me esquecido dos amassos ranhosos e palavras de amor expressas no
assombrante rugido do meu Leão pai.
Será que ainda posso renascer!? Restam para mim esperanças?!

Ai! quão útil é a minha miudeza mental; no meu mais profundo desaforo,
lembrou da leoa mãe e do Leão pai e portanto, da minha verdade original: eu
sou "O Selvagem Leão".

- Mas ainda na civilização?! - perguntas talvez.


- Sim! E sorte a minha que a miudeza mental é comigo, e por isso, lembrado
estou da minha selvageria, e jamais a deixo.

Doravante, leverei a selvageria comigo, ainda que no meio da civilização. Vou


soltar minhas garras e rugir até surdos me ouvirem. - José Uk. Consegue.
A força que me fez forte

E não havia rádio, nem televisão, mas ouvíamos em todas as manhãs um xiar,
xiar de quê então? Da chuva? Não, da tão abreviada vassoura da minha mãe
que dançava e balançava no chão.

Apesar do braço de ferro com que ela condizia as coisas, não existia para mim
maior exemplo de: honestidade, bondade e audácia. Mostrava-nos sempre
que os ricos e flexíveis braços de plástico não eram superiores a nós, ou pelo
menos os que assim condiziam as coisas.

A mãe não é muda, mas eu ouvia no silêncio de suas acções, tudo que o seu
lindo soprano não disse ou se esqueceu de dizer; por isso e mais, nunca me
dei pelo gosto do hóssio.

Os buracos na chapa da casa da minha mãe, congratulavam-me com um lindo


panorama de lua e estrelas, e quando piscava os olhos, lá estavam os intrusos
raios do sol. Então, lá vou eu, pronto para se carregar das descargas do dia,
sereno mas resoluto, sei que tenho tudo para vencer. - Isaías Nunda
Coração

Não dá pra negar, todo ser humano foi criado para estabelecer relações com
outros seres, relações de idoneidade, com tons belos e harmonizantes, mas
também bem marcantes. Vividas com sensações que não sei se se podem
esquecer, sensações que são guardadas em toda estrutura humana, e
sentidas a flor da pele.

Não dá pra negar, até a mais virgem mente, em certa temporada as começa a
considerar. Elas não são como as corriqueiras, estabelecidas no dia-a-dia.
Elas envolvem paixão, sendo ofegantes, como que nos querendo cortar a
respiração; são arrepiantes, mais viciantes, e nalgumas vezes, levam-nos a
sacrifícios, tal qual fez o Jack pra com Rose (no sucesso cinematográfico - O
Titanic).

Não sabemos ao certo que sabor têm, só que, quanto mais da dose, melhor.
São relações, que só das lembranças, já nos fazem sorrir ainda que sozinhos.
Elas são a prova de que todos temos mentes brilhantes, pois que nunca as
esquecemos. São elas, figurantes na escala dos maiores motivos para ainda
querer continuar em vida. São elas, figurantes também entre os maiores
arrependimentos dos que mergulhando nela, envolveram-se num mar seco e
ofegante, ao invés de refrescante. Entretanto, são elas também, causadoras
da ousadia humana pra vencer, da ousadia pra ser feliz pelo que se quer,
mesmo não tendo forma material; ousadia pelo que se luta, mesmo não
compreendendo ao certo.

Só entendo, são elas que fazem o coração querer bater, nem que seja só por
mais um segundo. Alguns dizem isso ser amor, já eu, não sei como o chamar,
apenas sei que a todos persegue, prendendo-se na galeria da alma. - José
Uk. Cossengue
O Fim também é Começo

Não diminuamos o volume do alarme que alerta sobre o tempo do fim.


Chegou o tempo em que o que importa não é o acto cerimonial, mas a
questão cerimonial.

Seguir ideiais humanos, é andar nú esperando, ser elogiado por vestir-se bem.
Barulho para o céu não são bocas abertas mas, mentes desviadas.

Chegou o tempo em que o nossos interesses de proximidade com Deus, são


mais importantes no individual do que no colectivo.

“Caniços quebrados não configuram o material do qual plantadores de cana


poderiam esperar alguma vantagem financeira, mas Deus não os descarta.
Seu poder restaurador supera o da destruição.”

Acaso, no seu íntimo, você se sente um caniço quebrado ou um pavio


fumegante? O milagre e o combustível da graça podem mudar sua história.

Deus Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante.


Isaías 42:3. - Ele dará uma nova chance .

O único remédio que nos cura das doenças que invadem o íntimo, é o
companheirismo do Cristo gracioso e santificado e santificador. Por meio dele
é manifesta nossa nova chance. – José Uk. Cossengue

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