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na minha alma
- O Que minha ALMA Sentiu
Animais e plantas têm vida tal qual o homem, mas o só o homem reflete,
deseja, escolhe. Por isso, a vida de homem é um fenómeno milenar, em que
eu tento ser normal. A vida é um instante solitário, onde ninguém pode
acompanhar. A vida é música, onde apenas o cantor conhece a letra.
A vida é uma caverna com imensos espaços escorregadios que por isso, nos
obrigam a saber fazer escolhas e, as vezes a gente nem sabe o que escolher
porque o medo nos corrompe. Ela é uma noite de insônia por tantos e tantos
desejos. Queremos e devíamos aproveitá-la ao máximo, mas invés, nos
preocupamos mais com a ideia de se estamos nos adiantando ou atrasando a
vivê-la.
Eu só quero ser eu, ser minha própria vida. Nem de longe, nem de perto eu
quero enxergá-la pois é o mistério do Incompreendido e dom do Invisível. Eu
só quero e preciso senti-la, me fazendo levantar e seguir louco para o
conhecimento, para o crescimento, para o amor; isso só já é privilégio de
poucos.
Vida é o que você que está lendo tem. Ninguém a vê, mas a gente vai com ela
para todo lado. É de verdade o único fenómeno irrepetível do universo. E se
querem saber da minha opinião, ela ainda não tem definição e nem é
compreendida; é apenas como as águas que fluem pelo rio; se manifestam
sempre igual, mas jamais as ontem serão as mesmas de hoje. Só sei que a
única coisa comum entre elas é todas são água; e com a relação a vida, só sei
que a única coisa comum entre todos que a possuímos, é que singular para
todos. – José Uk. Cossengue
199 Vidas
Ninguém escolheu existir, ninguém escolheu ter uma mente, muito do que se
é, não sustentado por nós mesmos. Só entendemos que um Ser Superior a
tudo quanto conhecemos, nos tornou existência, um ponto conhecido.
Penso em vidas na vida, tal qual no peixe isolado no aquário, mas no coração
o salgado das águas do mar, carregando em si mesmo as mil crias, ainda que
vive incerto se todas há ele de cuidar; pra além de precionado à seu amo
agradar, pois dele, é a sorte de seu alimento e crias.
Me pergunto, como pode um mar caber num rio!? Impossível, dizes tu.
Eu, sei que pouco ou nada sei, mas, enxergo... vida, com os sensos de mau e
bom, nos revestindo. 199 vidas numa só, mesmo que mestiços, negros e
brancos; 199 vidas na humilde existência, e das quais, só uma, uma só,
somos mais precionados a amar.
É preciso entender que, se você vai enchendo sua mente-sótão, com coisas
que não ajudam em seus objectivos, saiba que em algum momento não
sobrará espaço para acrescer mais, a não ser que uma outra coisa seja
retirada, lançada para o esquecimento, apagada.
O homem diligente e tenaz, tem noção de limites, até pra sua mente e corpo,
por isso, ele alimenta sua mente e corpo, apenas com aquilo que contribui
para alcançar seus objectivos. Entretanto, quem não tem objectivos
clarificados, jamais saberá o que deve ou não, servir de alimento para si.
Na verdade, a vida é bela, mas é difícil vivê-la, todos os dias, nos debatemos
com o que fazer pra vivê-la melhor, alguns parecem já ter descoberto essa
fórmula, outros, ainda nada parecem ter feito.
Costumam dizer que sonhar é bom, eu porém já não quero mais sonhar,
quero acordar para os sonhos realizar. - José Uk. Cossengue
Desejos Mortais
Então, méritos as mais bem vestidas mentes deste deste século, pois
certamente cavalgaram a grandes desejos, desejos imortais que,
consequentemente, foram submetidos a decidir grandiosamente, mesmo que
não só para si mesmos.
Quase nada sei, só sei que não tenho mente igual. Sou milhares anos luz sua
semelhança, sou dono de uma mente nua, preenchida por desejos mortais,
construídos na contramão da vida no dia-a-dia, alimentados em sentido
inverso a aclamada escala de poder criada por desejos imortais.
Pouco sei sobre a razão, mas ela me fez entender que caminhamos em
sentido inverso à nossa natureza. Vamos para onde expressar o sentido, é a
mais inteira manifestação de irracionalidade do que, lutar contra a
desigualdade. Com isso entendi que, seres mortais pensam na imortalidade,
desejam o imortal e vice-versa. Serei eu um imortal pra ter que desejar o
mortal?!
Se ainda tenho mente e por isso, me faço homem, porquê pareço ser contrário,
se me permitem, a dita essência humana, desejando o mortal ao invés do
imortal?!
Apenas uma coisa entendo, essa é minha natureza, não desistirei dela, a não
ser que, meus desejos mortais me levem a suposta a contrariedade. - José
Uk. Cossengue.
Universo de Imperfeições
Percebi que o homem finge ser o que não é, porque pouco crê naquilo é.
Insiste na ignorância voluntária de sua imperfeição, porque desde suas
escolhas torpes, sempre foi sua ânsia cobrir, aquilo que na verdade era a
única coisa perfeita que dele restara (sua humilde e natural nudês). Oxalá!
algum dia, o Eterno nos faça enxergar o aprisco sem ovelhas, que nossas
almas ainda carregam, e então, desistamos de cobrir nossa natureza com
ilusões perfeccionistas, falsamente sustentadas por nossas mente
maquiavélicas.
Interessante é, que sempre preservei sonhos, e luto duro com o tempo pra
alcançá-los. Nunca quis liderar, mas liderei muito mais do que eu possa
lembrar.
Então, parei e me perguntei, o que sou? de onde sou? para quê que aqui
estou? E para que lado irei a seguir?!
Só sei que minha miudeza mental, iluminou-me com única resposta: sou o
selvagem Leão. Sou o selvagem Leão, no meio de uma civilização na qual vivi
mais do que vivi em mim mesmo. Sou o Leão, domado desde os passinhos
vacilantes, esmurecido nas garras e esquecido de seu assombrante rugido.
Sou o selvagem Leão, habituado no mediano e contentado com a carne do
pouco esforço.
Eu, não culpo a civilização, mas a mim mesmo, por não nutrir-me o suficiente
(ainda nas entranhas da leoa mãe), da verdadeira selvageria de um leão e
ter-me esquecido dos amassos ranhosos e palavras de amor expressas no
assombrante rugido do meu Leão pai.
Será que ainda posso renascer!? Restam para mim esperanças?!
Ai! quão útil é a minha miudeza mental; no meu mais profundo desaforo,
lembrou da leoa mãe e do Leão pai e portanto, da minha verdade original: eu
sou "O Selvagem Leão".
E não havia rádio, nem televisão, mas ouvíamos em todas as manhãs um xiar,
xiar de quê então? Da chuva? Não, da tão abreviada vassoura da minha mãe
que dançava e balançava no chão.
Apesar do braço de ferro com que ela condizia as coisas, não existia para mim
maior exemplo de: honestidade, bondade e audácia. Mostrava-nos sempre
que os ricos e flexíveis braços de plástico não eram superiores a nós, ou pelo
menos os que assim condiziam as coisas.
A mãe não é muda, mas eu ouvia no silêncio de suas acções, tudo que o seu
lindo soprano não disse ou se esqueceu de dizer; por isso e mais, nunca me
dei pelo gosto do hóssio.
Não dá pra negar, todo ser humano foi criado para estabelecer relações com
outros seres, relações de idoneidade, com tons belos e harmonizantes, mas
também bem marcantes. Vividas com sensações que não sei se se podem
esquecer, sensações que são guardadas em toda estrutura humana, e
sentidas a flor da pele.
Não dá pra negar, até a mais virgem mente, em certa temporada as começa a
considerar. Elas não são como as corriqueiras, estabelecidas no dia-a-dia.
Elas envolvem paixão, sendo ofegantes, como que nos querendo cortar a
respiração; são arrepiantes, mais viciantes, e nalgumas vezes, levam-nos a
sacrifícios, tal qual fez o Jack pra com Rose (no sucesso cinematográfico - O
Titanic).
Não sabemos ao certo que sabor têm, só que, quanto mais da dose, melhor.
São relações, que só das lembranças, já nos fazem sorrir ainda que sozinhos.
Elas são a prova de que todos temos mentes brilhantes, pois que nunca as
esquecemos. São elas, figurantes na escala dos maiores motivos para ainda
querer continuar em vida. São elas, figurantes também entre os maiores
arrependimentos dos que mergulhando nela, envolveram-se num mar seco e
ofegante, ao invés de refrescante. Entretanto, são elas também, causadoras
da ousadia humana pra vencer, da ousadia pra ser feliz pelo que se quer,
mesmo não tendo forma material; ousadia pelo que se luta, mesmo não
compreendendo ao certo.
Só entendo, são elas que fazem o coração querer bater, nem que seja só por
mais um segundo. Alguns dizem isso ser amor, já eu, não sei como o chamar,
apenas sei que a todos persegue, prendendo-se na galeria da alma. - José
Uk. Cossengue
O Fim também é Começo
Seguir ideiais humanos, é andar nú esperando, ser elogiado por vestir-se bem.
Barulho para o céu não são bocas abertas mas, mentes desviadas.
O único remédio que nos cura das doenças que invadem o íntimo, é o
companheirismo do Cristo gracioso e santificado e santificador. Por meio dele
é manifesta nossa nova chance. – José Uk. Cossengue