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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

GEOVANIA PEREIRA SANTOS


ANA CLARA SANTOS
CÉLIA DE OLIVEIRA SILVA
LUDIMILA ELIZABETH SOUZA FERREIRA
SABRINA ESTEVES MIRANDA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

SALINAS/MG

2023
GEOVANIA PEREIRA SANTOS
ANA CLARA SANTOS
CÉLIA DE OLIVEIRA SILVA
LUDIMILA ELIZABETH SOUZA FERREIRA
SABRINA ESTEVES MIRANDA

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

Trabalho apresentado ao Curso de Técnico em


Enfermagem do Centro Educacional Equilíbrio,
.

SALINAS/MG

2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................5
2.1 Conceito.......................................................................................................................5
2.2 Causas..........................................................................................................................5
2.3 Sinais e sintomas..........................................................................................................6
2.4 Diagnóstico..................................................................................................................7
2.5 Tratamento...................................................................................................................8
2.6 Prevenção.....................................................................................................................9
3. CONCLUSÃO..................................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa causada pelo parasita do


gênero Leishmania, transmitido por insetos vetores, como os flebotomíneos. Esta
enfermidade apresenta uma distribuição global, afetando principalmente áreas de climas
tropicais e subtropicais. Caracterizada por lesões cutâneas, a Leishmaniose Tegumentar
tem uma variedade de manifestações clínicas e pode resultar em complicações graves se
não for adequadamente tratada.

Este trabalho tem como objetivo fornecer uma visão abrangente sobre a
Leishmaniose Tegumentar, abordando seu conceito, causas ,sinais e sintomas , métodos
de diagnóstico, tratamento e prevenção.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceito

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa causada por protozoários


do gênero Leishmania. Esses parasitas são transmitidos aos seres humanos por meio da
picada de insetos vetores, conhecidos como flebotomíneos ou "mosquito-palha". A
doença se manifesta principalmente por meio de lesões cutâneas na pele, que variam em
tamanho e aparência. A gravidade da Leishmaniose Tegumentar pode variar de uma
forma simples e autolimitada a manifestações mais complexas e crônicas.
A leishmaniose tegumentar é um problema de saúde pública, de notificação
compulsória. Sem tratamento pode ter consequências bastante graves. A doença é
conhecida também pelos nomes de úlcera de Bauru, nariz de tapir, botão do oriente e
ferida brava.

2.2 Causas

A Leishmaniose Tegumentar é causada pela infecção do parasita do gênero


Leishmania. A transmissão ocorre através da picada de flebotomíneos fêmeas
infectados, também conhecidos como "mosquitos-palha" ou "birigui". Esses insetos
atuam como vetores, ou seja, eles carregam o parasita de um hospedeiro para outro
durante a alimentação de sangue.
Várias espécies de Leishmania podem causar Leishmaniose Tegumentar em
diferentes regiões do mundo. As principais causas da doença incluem:
Picada do Vetor Infectado: Quando um flebotomíneo infectado pica um ser
humano para se alimentar de sangue, ele pode transmitir as formas invectivas do
parasita para a corrente sanguínea do hospedeiro.
Hábitos e Ambientes de Vida: A presença e a atividade dos vetores muitas vezes
estão associadas a ambientes rurais e urbanos específicos, onde as condições propícias
para a reprodução desses insetos são encontradas. A falta de saneamento básico,
habitações precárias e o contato frequente com áreas florestais podem aumentar o risco
de exposição aos vetores.
Movimentação Humana: A migração de pessoas de áreas rurais para urbanas ou
entre diferentes regiões geográficas pode introduzir a doença em novas áreas, onde os
vetores já estão presentes ou podem se estabelecer.
Fatores Imunológicos: Indivíduos com sistemas imunológicos enfraquecidos,
como aqueles com HIV/AIDS, estão mais suscetíveis a infecções por Leishmania e
podem desenvolver formas mais graves da doença.
Contato com Reservatórios de Parasitas: Em alguns casos, animais selvagens ou
domésticos podem servir como reservatórios de Leishmania, permitindo a manutenção
do ciclo de transmissão. O contato humano com esses reservatórios também pode
contribuir para a propagação da doença.
Atividades ao Ar Livre: Pessoas envolvidas em atividades ao ar livre, como
agricultura, caça, acampamento ou trabalho em áreas florestais, têm maior risco de
exposição aos vetores e, consequentemente, à infecção por Leishmania.

2.3 Sinais e sintomas

A Leishmaniose Tegumentar pode apresentar uma variedade de sinais e


sintomas, que podem variar de acordo com a espécie de Leishmania envolvida, a
resposta imunológica do indivíduo e outros fatores. Geralmente, os sintomas da
Leishmaniose Tegumentar incluem:

Lesões Cutâneas: A característica principal da Leishmaniose Tegumentar são as


lesões na pele. Elas podem variar em tamanho, forma e aparência, e geralmente se
desenvolvem no local da picada do vetor. As lesões podem ser úlceras abertas, nódulos
ou feridas que não cicatrizam facilmente. A pele ao redor das lesões pode estar
avermelhada, inflamada ou com descamação.

Dor e Coceira: As lesões frequentemente causam desconforto, incluindo dor e


coceira. A coceira intensa pode levar a arranhões, aumentando o risco de infecção
secundária.

Inchaço Local: Em alguns casos, as lesões podem causar inchaço na área


afetada.

Demora na Cicatrização: As lesões podem demorar semanas ou meses para


cicatrizar, e algumas podem deixar cicatrizes permanentes.
Formas Atípicas: Em algumas situações, a Leishmaniose Tegumentar pode
assumir formas atípicas, como placas, verrugas ou outras manifestações cutâneas
incomuns.

Sintomas Sistêmicos: Embora a Leishmaniose Tegumentar seja principalmente


uma doença de pele, em algumas ocasiões, especialmente em casos mais graves ou
crônicos, sintomas sistêmicos leves como febre, mal-estar e fadiga podem estar
presentes.

2.4 Diagnóstico

O diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar envolve uma combinação de


abordagens clínicas, laboratoriais e epidemiológicas para confirmar a presença do
parasita Leishmania e identificar a doença de forma precisa. Os métodos utilizados para
diagnosticar a Leishmaniose Tegumentar incluem:
Avaliação Clínica: O médico examina as lesões cutâneas e avalia os sintomas do
paciente, levando em consideração a história clínica e os fatores de exposição à doença.
Isso ajuda a diferenciar a Leishmaniose Tegumentar de outras condições
dermatológicas.
Exames Laboratoriais: Várias técnicas laboratoriais podem ser utilizadas para
confirmar a presença do parasita Leishmania nas lesões ou amostras de tecido. Alguns
dos métodos mais comuns incluem:
Exame Microscópico: Amostras de tecido ou aspirados das lesões são
examinados sob um microscópio para identificar a presença de formas amastigotas do
parasita.
Cultura de Tecido: As amostras de tecido podem ser cultivadas para isolar o
parasita em meio de cultura especializado, permitindo sua identificação e
caracterização.
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR): A PCR é uma técnica molecular que
amplifica o DNA do parasita presente nas amostras, permitindo a detecção sensível e
específica do parasita.
Testes Sorológicos: Alguns testes sorológicos podem detectar anticorpos contra
o parasita no sangue do paciente. No entanto, esses testes podem não ser úteis para o
diagnóstico precoce, uma vez que os anticorpos podem levar algum tempo para se
desenvolver.
Histórico de Exposição: A avaliação da história de exposição do paciente a áreas
endêmicas de Leishmaniose Tegumentar e a presença de vetores também é relevante
para o diagnóstico.
Biópsia de Tecido: Em casos mais complexos, uma biópsia da lesão pode ser
realizada para análise histopatológica, que envolve examinar o tecido sob um
microscópio para identificar as características do parasita.
É importante ressaltar que o diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar deve ser
realizado por profissionais de saúde treinados e experientes. A escolha do método de
diagnóstico pode depender da disponibilidade de recursos laboratoriais e das
características clínicas do paciente. O tratamento adequado deve ser iniciado após a
confirmação do diagnóstico para garantir uma recuperação eficaz.

2.5 Tratamento

O tratamento da Leishmaniose Tegumentar depende de vários fatores, incluindo


a espécie de Leishmania envolvida, a gravidade da doença, a localização das lesões e a
resposta imunológica do paciente. Geralmente, o tratamento visa eliminar o parasita e
promover a cicatrização das lesões cutâneas. As opções de tratamento incluem:
Medicamentos Antimoniais Pentavalentes: Os compostos antimoniais
pentavalentes, como o antimonato de meglumina e o antimonato de sódio, são os
tratamentos padrão para a Leishmaniose Tegumentar. Eles são administrados por via
intramuscular ou endovenosa, e a duração do tratamento varia de acordo com a espécie
de Leishmania e a resposta do paciente. No entanto, esses medicamentos podem ter
efeitos colaterais e requerem monitoramento médico.
Outras Terapias: Em alguns casos, outras terapias podem ser consideradas, como
o uso de pentamidina, que é um medicamento usado para tratar outras infecções
parasitárias.
Cryotherapy (Crioterapia): A crioterapia envolve o congelamento das lesões
utilizando nitrogênio líquido. Embora menos comum, pode ser uma opção para lesões
menores e superficiais.
Eletrocoagulação: A eletrocoagulação envolve o uso de corrente elétrica para
destruir as lesões cutâneas. Assim como a crioterapia, é mais adequada para lesões
menores.
Cirurgia: Em alguns casos, especialmente quando as lesões são grandes ou
persistentes, a remoção cirúrgica das lesões pode ser considerada.
Auto-resolução: Em alguns casos leves e autolimitados, as lesões podem regredir
e cicatrizar por conta própria, sem necessidade de tratamento específico.
É fundamental que o tratamento seja supervisionado por um profissional de
saúde qualificado, que avaliará o estado do paciente, escolherá a abordagem mais
adequada e monitorará a eficácia do tratamento. A automedicação e a interrupção
prematura do tratamento podem resultar em complicações e recidivas da doença. Além
disso, medidas de prevenção, como o controle dos vetores e o uso de repelentes, são
importantes para evitar a infecção e a recorrência da Leishmaniose Tegumentar.

2.6 Prevenção

A prevenção da Leishmaniose Tegumentar envolve a adoção de medidas para


reduzir o risco de exposição aos vetores (flebotomíneos) e, assim, evitar a infecção pelo
parasita Leishmania. Aqui estão algumas estratégias de prevenção:
Uso de Repelentes: Utilize repelentes de insetos, especialmente aqueles contendo
DEET (N,N-dietil-meta-toluamida) ou outros ingredientes recomendados, nas áreas
expostas da pele. Isso pode ajudar a afastar os flebotomíneos e reduzir as picadas.
Roupas Protetoras: Use roupas de manga comprida, calças e sapatos fechados ao sair em
áreas onde os vetores são comuns. Isso ajuda a minimizar a exposição da pele e reduzir
o risco de picadas.
Telas e Mosquiteiros: Mantenha portas e janelas protegidas com telas e durma
sob mosquiteiros para evitar a entrada de flebotomíneos em ambientes fechados.
Evitar Atividades ao Anoitecer e Amanhecer: Os flebotomíneos costumam ser
mais ativos durante o amanhecer e o anoitecer. Evitar atividades ao ar livre durante
esses períodos pode ajudar a reduzir a exposição.
Controle Ambiental: Reduza os locais onde os insetos vetores possam se
reproduzir, como eliminação de água parada e limpeza de áreas com detritos orgânicos.
Cães e Animais: Mantenha seus animais de estimação protegidos contra as
picadas de vetores usando coleiras repelentes ou outros métodos veterinários
apropriados.
Conscientização: Eduque a comunidade sobre os riscos da Leishmaniose Tegumentar e
as medidas preventivas, incentivando a adoção de práticas de proteção pessoal.
Tratamento de Lesões em Humanos: Trate prontamente qualquer lesão cutânea
suspeita ou anormal, pois atrasar o tratamento pode aumentar o risco de complicações.
Controle Vetorial: Em áreas endêmicas, medidas de controle vetorial, como o
uso de inseticidas e a eliminação de abrigos de flebotomíneos, podem ser
implementadas para reduzir a população dos insetos vetores.
Vacinas e Pesquisas: Embora ainda não estejam amplamente disponíveis,
pesquisas estão em andamento para desenvolver vacinas contra a Leishmaniose
Tegumentar. Acompanhe os avanços científicos nessa área.
É importante lembrar que a prevenção da Leishmaniose Tegumentar é uma
abordagem multifacetada que requer a colaboração de indivíduos, comunidades,
profissionais de saúde e autoridades governamentais. A conscientização sobre a doença
e a adoção de práticas preventivas podem desempenhar um papel crucial na redução da
incidência da doença.
3. CONCLUSÃO

Em conclusão, a Leishmaniose Tegumentar emerge como uma doença de


significativo impacto médico, social e econômico em várias regiões do mundo,
especialmente em áreas tropicais e subtropicais. Seu complexo ciclo de transmissão,
variedade de manifestações clínicas e potencial para complicações destacam a
importância de um entendimento abrangente e de esforços conjuntos para seu controle.
A conscientização pública e a educação são pilares fundamentais na luta contra a
Leishmaniose Tegumentar. A disseminação do conhecimento sobre a doença, seus
riscos e formas de prevenção são essenciais para capacitar as comunidades a adotarem
práticas de proteção pessoal e ambiental. A colaboração entre governos, profissionais de
saúde, pesquisadores e organizações internacionais é essencial para fortalecer
estratégias de controle e para desenvolver intervenções mais eficazes.
À medida que avançamos em direção a um futuro onde a Leishmaniose
Tegumentar possa ser minimizada, é crucial continuar investindo em pesquisa, inovação
e educação. Ao fortalecer nossos esforços coletivos, podemos esperar um impacto
positivo na redução da incidência da doença, aliviando o sofrimento humano e
melhorando a qualidade de vida das populações afetadas. O compromisso contínuo e a
ação conjunta são essenciais para enfrentar esse desafio de saúde global e garantir um
futuro mais saudável e seguro para todos.
REFERENCIAS

Leishmaniose tegumentar (cutânea). Disponível em:


https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-tegumentarcutanea/.
Acesso em 08/08/2023.

Leishmaniose tegumentar: como diagnosticar e tratar. Disponível em:


https://www.eumedicoresidente.com.br/post/leishmaniose-tegumentar. Acesso em
08/08/2023.

Quais são os principais sintomas da leishmaniose tegumentar?. Disponível em:


https://portal.fiocruz.br/pergunta/quais-sao-os-principais-sintomas-da-leishmaniose-
tegumentar. Acesso em 08/08/2023.

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