Você está na página 1de 11

Índice

1. Introdução...............................................................................................................1

2. Objectivos...............................................................................................................2

2.1.1 Objectivo geral................................................................................................2

2.1.2. Objectivos específicos.....................................................................................2

2.1.3. Metodologia....................................................................................................2

3. Conceito e definição...............................................................................................3

3.1. Principais doenças sexualmente transmissíveis..................................................3

Candidíase......................................................................................................................4

4.2. A Nível de Gestão Programática........................................................................5

5. Prevenção das DSTs...............................................................................................5

6. Planos de acção.......................................................................................................5

6.1.1. Factores de vulnerabilidade.............................................................................6

7. Dinâmica de transmissão das ITS na população....................................................7

9. Conclusão...............................................................................................................9

10. Referências bibliográficas.................................................................................10


1. Introdução
As infecções de transmição sexual (ITS) encontram-se entre as infecções de mais alta
incidência no mundo causando complicações graves, afectando gravemente, de forma
inaceitável, aspectos de saúde física, mental e social das pessoas e suas famílias. Dentre
elas, as sífilis, clamídia e a gonorreia permanecem entre as maiores causas de
mortalidade, apesar de curáveis de antibióticos. Outras, como as causadas por vírus
como a da imunodeficiência (HIV), herpes simples (HSV), papiloma vírus humano
(HPV) e hepatite (VHB) são incuráveis e de maior prevalência mundial.

Dados da OMS-2018 estimam que de total de novos casos que ocorrem anualmente,
cerca de 357 milhões corresponde a ITS curáveis como sífilis (5,6 milhões), clamídia
(131 milhões), gonorreia (78 milhões) e tricomoniase (143 milhões). Adicionalmente,
estima-se que 536 milhões de pessoas vivem com HIV-2 e aproximadamente 291
milhões de mulheres adquirem a infecção pelo HPV.

1
2. Objectivos

2.1.1 Objectivo geral


 Analise sobre a ocorrência de doenças de transmissão sexual em Moçambique.

2.1.2. Objectivos específicos


 Conceito e definição;
 Principais doenças sexualmente transmissíveis;
 Planos de acção;
 Factores de vulnerabilidade;
 Prevenção Primária;
 Dinâmica de transmissão das DTS na população;

2.1.3. Metodologia
Para a realização e alcance desse trabalho, levou-se a cabo vários artigos recolhido à sua
informação na internet.

2
3. Conceito e definição

DSTs é a sigla de Doenças Sexualmente Transmissíveis. São de origem infecciosa e


provocadas por bactérias, vírus, fungos, protozoários e artrópodes. Sua principal via de
contágio são as relações sexuais entre uma pessoa doente e outra saudável, Algumas
dessas enfermidades podem ser curadas com tratamentos com antibióticos, sob
prescrição e controle médico.As DST são muito frequentes e o número de pessoas
afetadas por elas está aumentando – entre outras razões, por causa da maior liberdade
nas relações sexuais, da promiscuidade e da utilização de modo indiscriminado de
antibióticos, o que tem favorecido a seleção de microrganismos mais resistentes.

Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, contudo, têm
tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora
relatada pelos pacientes. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já
que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas
comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico.
Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves e até a morte.

3.1. Principais doenças sexualmente transmissíveis


Clamídia- É a DST de maior incidência mundial. Provoca corrimento às vezes acompanhado
de pus, tanto no homem como na mulher, e ardor ao urinar; porém, pode também ser
assintomática. Quando não tratada, a clamídia pode levar à esterilidade. O uso do preservativo
apresenta grande eficácia na prevenção da doença.

Sífilis-Infecção causada por um espiroqueta (germe em espiral) conhecido como Treponema


pallidum. Esse germe geralmente penetra no corpo por meio de uma laceração da pele ou de
uma mucosa. Em seguida, pode atacar qualquer espécie de tecido.

Gonorréia-Afeta as mucosas, especialmente a dos órgãos sexuais e a dos olhos. É causada


pela bactéria Neisseria gonorrhoeae (gonococo). A doença é altamente contagiosa e pode
estender-se pela mucosa.

Condiloma (HPV)-conhecido como verruga genital ou crista de galo, é uma das


doenças que mais têm se propagado. Provocada pelo papilomavírus humano (HPV),
causa lesões microscópicas que chegam a atingir 0,5 cm, podendo causar câncer no colo

3
do útero. A transmissão se dá por contato sexual direto ou através de objetos, vasos
sanitários, toalhas ou sabonetes compartilhados.

Herpes Genital-O herpes simples é causado pelo Herpesvirus hominis. Esse vírus é


classificado em dois tipos: tipo 1, que afeta as regiões extragenitais, principalmente a região da
boca e mucosa oral; tipo 2, que se localiza nos genitais e é transmitido sexualmente.Após o
período de incubação, que vai de dois a 12 dias, surgem nos genitais ardor e prurido seguido do
aparecimento de pequenas vesículas (bolhas) agrupadas sobre uma base avermelhada.

Candidíase

A candidíase, também chamada de monilíase e “sapinho”, é provocada pelo


fungo Candida albicans. Em geral, o homem comporta-se como portador. Nas mulheres,
ocorre inflamação pruriginosa da vulva e da vagina. Há ainda um corrimento fétido de
cor esbranquiçada. Nas regiões atingidas, pode-se observar uma área avermelhada com
superfície esbranquiçada. Nos homens, ocorre ardor ao urinar, coceira e assaduras,
porém a maioria não apresenta sintomas.

Tricomoníase-Essa doença é causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis.


Nos homens, cerca de 60% dos casos permanecem assintomáticos. Na mulher, ocorre vaginite,
surgindo corrimento vaginal amarelado, espumoso e pruriginoso.

Aids

É a sigla da designação inglesa Acquired Immunodeficiency Syndrome, traduzida para


o português por Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).A infecção ocorre por
contato sexual, pela transfusão de sangue contaminado ou pelo uso comum de agulhas e
seringas.O vírus da Aids, o HIV, espalha-se pelo sangue e vai se concentrar nas
secreções do corpo, principalmente no esperma e nos líquidos vaginais.

4. Desafios
4.1. A Nível da comunidade
 Os adolescentes e jovens enfrentam constrangimentos na procura e adesão aos
cuidados de saúde por receio de serem descobertos pelos pais e fraco diálogo
sobre sexualidade no seio da família, falta de transporte para se dirigirem a
Unidade Sanitária, acesso limitado a finanças, tempo limitado para se dirigirem
as consultas durante o período escolar ou de trabalho;

4
 Disponibilização de recursos limitados para actividades de educação e
prevenção ao nível das organizações de base comunitária;
 Concepção errada de que informação e educação sobre saúde sexual poderão
aumentar a actividade sexual.

4.2. A Nível de Gestão Programática


 Redução crescente do financiamento para a implementação das actividades de
ITS;
 Advocacia inadequada para a mobilização de recursos;
 Deficiências na coordenação e colaboração entre diferentes programas de
saúde;
 Falta de dados actualizados sobre incidência, prevalência e resistência aos
medicamentos. A Nível da Provisão de Serviços

5. Prevenção das DSTs

As doenças sexualmente transmissíveis são transmitidas por meio da relação sexual,


seja de homem com mulher, homem com homem ou mulher com mulher. Em geral, a
pessoa infectada transmite a DST para seus parceiros, principalmente quando acontece
penetração.Por isso, quando o assunto é prevenir-se de DSTs, usar camisinha é
fundamental. Mas alguns cuidados básicos de higiene também devem ser considerados.

Para os homens‫׃‬Lave cuidadosamente o pênis, puxando o prepúcio (dobra de pele)


para trás para retirar o esmegma – substância esbranquiçada que provoca mau cheiro.

Para as mulheres‫ ׃‬o esmegma pode se acumular na vulva; por isso, lave e seque bem
essa região. Cuidado ao utilizar banheiros coletivos. Certifique-se de que as louças
sanitárias estejam limpas e utilize somente toalhas descartáveis

6. Planos de acção
Promover comportamento sexual saudável e seguro

 Desenvolver e implementar campanhas efectivas de informação, educação e comunicação


sobre SSR, ITS e HIV (Spots Rádio e TV) que sejam culturalmente apropriadas, de modo a
apoiar a divulgação de mensagens sobre práticas sexuais seguras;

5
 Capacitar os praticantes de medicina tradicional, matronas, parteiras tradicionais e activistas
da área de saúde em rastreio de SSR, ITS e HIV garantindo a referência e ligação aos
serviços na US;
 Promover o uso correcto e consistente de preservativo masculino e feminino;
 Desenvolver e reproduzir material IEC apropriado sobre ITS e HIV aos grupos da
população em maior risco de aquisição e transmissão de ITS;

• Integração do pacote de serviços mínimos de ITS em todos os sectores da US de


modo a melhorar o acesso aos serviços de prevenção e tratamento de ITS para
mulheres grávidas, população-chave, adolescentes e PVHIV;

• Envolver a comunidade e a opinião dos líderes comunitários e sociedade civil na


mudança das normas sociais e comunitárias, de modo a difundir mensagens sobre
práticas sexuais seguras através dos comités de cogestão;

6.1.1. Factores de vulnerabilidade


Os factores determinantes do comportamento sexual (Tabela 1) são múltiplos e
específicos em relação a determinados grupos populacionais ou contextos. A
complexidade destes factores demonstra a importância da implementação de abordagem
holística de gestão das ITS. Portanto, a vulnerabilidade para a aquisição e transmissão
das ITS é determinada por diferentes factores cuja influência depende da
implementação de abordagens multissectoriais e baseadas nas necessidades de cada
grupo populacional.

Factores de vulnerabilidade na transmissão e aquisição.

Factores Comportamentais Factores Biomédicos


Práticas sexuais desprotegidas. • Existência de várias fontes de
• Múltiplos parceiros sexuais. infecção (diferentes fluídos corporais).
• Sexo transacional. • Existência de vários modos de
• Início precoce de actividade sexual. transmissão (uso de droga injectável e
• Sexo com parceiros cujo estado de transfusão sanguínea).
infecção é desconhecido. • As infecções de transmissão sexual
podem ser assintomáticas.

Factores Psicológicos Factores Socioculturais

6
• Baixa auto-estima. • Influência de crenças, atitudes e
• Fraca percepção de riscos pessoais. práticas culturais.
• Medo do estigma. • Influência dos meios de comunicação
Factores Demográficos no comportamento sexual.
• Afecta pessoas de todas as idades. • Violência Sexual.
• Fraco poder de negociação sobre
sexo seguro.
• Falta de envolvimento comunitário.
• Baixo nível de educação, pobreza e
desemprego.
• Violência doméstica resultante da
desigualdade de género.

7. Dinâmica de transmissão das ITS na população


A distribuição das ITS na população não ocorre de uma forma estática ou aleatória, mas
sim, está concentrada em redes de sub-população quer seja devido ao comportamento
sexual de risco, por exemplo populações-chave (Mulheres trabalhadoras de sexo,
Homens que fazem sexo com homens e reclusos), ou devido a sua vulnerabilidade para
aquisição das ITS, como é o caso das mulheres grávidas, adolescentes e jovens. Isto é,
há maior probabilidade de transmissão de ITS entre e/ou população-chave e vulnerável
do que a população geral. Portanto, a informação sobre a prevalência das síndromes e
etiologia das ITS no país, as variações ao longo do tempo e grupos populacionais sob
maior risco de aquisição e transmissão destas infecções são o que ditarão as
intervenções a serem adoptadas.

8. Grupos Prioritários

A seguir é feita uma análise nestes Grupos considerados prioritários para as acções de
prevenção e controlo das ITS. Adolescentes e Jovens Os dados sobre a prevalência de
ITS entre os adolescentes e jovens no país são limitados. Todavia, dados do IMASIDA
2015 indicam 7,8% e 8,1% de declaração voluntária de ITS e/ou sintomas de ITS entre
mulheres e homens na faixa etária dos 15-24 anos de idade que já tiveram relações
sexuais. Estimativas do Spectrum mostram que os adolescentes de 10 a 19 anos são
infectados maioritariamente por via vertical, ou seja de mãe para filho. Contudo, a

7
maior parte das raparigas de mesma idade são infectadas por via sexual. O relatório
anual do programa de ITS-HIV/SIDA, para o ano de 2016, indicou uma contribuição
preocupante de 38% dos casos de ITS diagnosticados na faixa etária dos 15 a 24 anos.
Este grupo enfrenta maior risco para aquisição e transmissão das ITS devido a vários
factores como, a falta de habilidades para negociação, pressão de pares para o início
precoce da vida sexual, consumo de álcool e drogas que interferem na sua capacidade
de decisão em relação ao uso do preservativo e baixo uso do mesmo.

8
9. Conclusão
O controlo das Infecções de Transmissão Sexual é uma prioridade de saúde pública em todo o
mundo incluindo Moçambique. Dados da OMS indicam que diariamente mais de um milhão de
pessoas adquirem ITSs e que anualmente ocorrem cerca de 357 milhões de casos novos de ITS
curáveis. As Infecções de Transmissão Sexual podem causar complicações que resultam num
impacto negativo na saúde da população geral, para além de acarretar custos sócio económicos
significativos. Adicionalmente, existem evidências substanciais que associam a presença destas
infecções ao risco crescente de aquisição e transmissão do vírus da imunodeficiência humana
(HIV). Portanto, a prevenção das ITS também constitui uma medida importante para a
prevenção do HIV. Moçambique continua a enfrentar constrangimentos significativos
envolvendo as infecções de transmissão sexual, particularmente no que se refere à
disponibilidade de medicamentos, insumos laboratoriais, garantia de infra-estrutura adequada,
pesquisa, monitoria e avaliação. Para que a implementação das actividades de controlo e
prevenção de ITS seja efectiva e tenha maior impacto sobre a população alvo é necessário
envidar esforços no sentido de colmatar os constrangimentos encontrados e melhorar a
qualidade de atendimento dos pacientes com ITS. Acreditamos que com a coordenação,
compromisso e esforço colectivo, os constrangimentos enfrentados nesta componente poderão
ser superados.

9
10. Referências bibliográficas
https://www.google.com/search?
q=dts+nos+jovens&oq=dts+nos+jovens&aqs=chrome..69i57j0i512j0i10i512l8.9105j0j15&sour
ceid=chrome&ie=UTF-8

tudo sobre DTS pdf - Search (bing.com)

As 10 principais DSTs: causas, sintomas e tratamentos - Cola da Web

Doenças sexualmente transmissíveis (DST) | Biblioteca Virtual em Saúde MS (saude.gov.br)

https://www.lusiadas.pt/blog/sintomas-tratamentos/doencas/dst-conheca-doencas-sexualmente-
transmissiveis

10

Você também pode gostar