Você está na página 1de 10

DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis

Fisioterapia na Saúde da Mulher e do Homem

São Paulo, SP
2022
DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis

Trabalho solicitado pela Prof. Maria Elisabete Salina


Saldanha em cumprimento das exigências da disciplina
de Fisioterapia na saúde da Mulher e do Homem, do
curso de Fisioterapia da Universidade Cidade de São
Paulo.

São Paulo, SP
2021

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4

2. CARACTERÍSTICAS DAS DSTs 5

3. SINAIS VISÍVEIS MAIS COMUNS 5

4. PRINCIPAIS DST 6

5. DIAGNÓSTICO 8

6. PREVENÇÃO 9

7. CONCLUSÃO 10

8. BIBLIOGRAFIA 11
1. INTRODUÇÃO

DST é a sigla usada pelos médicos para identificar um conjunto de diferentes


doenças que têm como característica comum o fato de serem transmitidas de um
indivíduo a outro principalmente por meio da prática de relações sexuais, sendo
transmitidas por bactérias, vírus e parasitas.

Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontou que


aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de DSTs ao
longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais,
e se não tratadas adequadamente, podem causar severas complicações à saúde e até
mesmo morte.

Este trabalho tem como propósito explicar como ocorrem, as principais


doenças e seus sintomas, assim como também os métodos de prevenção e
tratamento das mesmas.
2. CARACTERÍSTICAS DAS DSTs

As DSTs são um amplo conjunto de doenças e infecções, possuindo sintomas


e tratamentos diferentes, tendo em comum seu método de transmissão mais
infeccioso (não o único) a relação sexual sem proteção.

Algumas são de fácil tratamento e de rápida resolução, já outras, têm


tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora
relatada pelos pacientes. Consideradas um problema de saúde pública, essas
doenças podem gerar graves complicações como esterilidade, aborto, deficiência
física e mental, câncer e podem até levar o portador a óbito.

Apesar de estarem associadas exclusivamente a pessoas que realizam a troca


frequente de parceiros sexuais, algumas destas doenças podem ser transmitidas da
mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou durante o parto, provocando assim
complicações para a saúde do feto. Ainda, outras podem também ser transmitidas por
transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas,
principalmente no uso de drogas injetáveis.

3. SINAIS VISÍVEIS MAIS COMUNS

As DSTs geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas


ou verrugas nas regiões onde houve contato e troca de fluidos (genitais, boca e ânus)
durante a relação sexual e pelos membros do corpo.

Os corrimentos aparecem no pênis, vagina ou ânus, podendo ser


esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da DST, tendo cheiro forte
também podem causar coceira, além de provocar dor ao urinar ou durante a relação
sexual. Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames
ginecológicos. Os corrimentos podem se manifestar na gonorreia, clamídia e
tricomoníase.
As feridas aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo,
podendo apresentar ou não apresentar dor. Os tipos de feridas são muito variados e
podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros. Podem ser
manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e
linfogranuloma venéreo.

As verrugas angiogenitais são comumente causadas pelo Papilomavírus Humano


(HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado.
Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira. HIV/aids e hepatites virais B e C
também causam o surgimento de verrugas.

4. PRINCIPAIS DST

● Aids
Causada pela infecção do organismo humano pelo HIV (vírus da
imunodeficiência adquirida), o HIV compromete o funcionamento do sistema
imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de
proteger o organismo contra as agressões externas, tais como: bactérias, outros
vírus, parasitas e células cancerígenas, sendo extremamente perigosa para o
portador.

● Cancro Mole
Também chamada de cancro venéreo, popularmente é conhecida como cavalo.
Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.

● Condiloma Acuminado ou HPV


Trata-se de uma lesão na região genital, causada pelo Papilomavirus Humano
(HPV). A doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo
de crista devido ao formato da verruga.

● Gonorréia
A mais comum das DSTs. Também é conhecida pelo nome de blenorragia,
pingadeira, esquentamento. Nas mulheres, essa doença atinge principalmente
o colo do útero.

● Clamídia
Também é uma DST muito comum e apresenta sintomas parecidos com os da
gonorréia, como, por exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal
da urina e dor ao urinar. As mulheres contaminadas pela clamídia podem não
apresentar nenhum sintoma da doença, mas a infecção pode atingir o útero e
as trompas, provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver
complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora
do útero), parto prematuro e até esterilidade.

● Herpes
manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte
externa da vagina e na ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam
coceira intensa. Caso o portador resolva coçar existe um risco de romper a
bolha, causando uma ferida na região.

● Linfogranuloma venéreo
Caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de
três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da
pele. Após a cura da lesão primária surge um inchaço doloroso dos gânglios de
uma das virilhas. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para
o rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus.

● Sífilis
manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais
(cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas. A ferida e as ínguas não
doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a
ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de
estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo,
surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e
solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias.

● Tricomoníase
Os principais sintomas são corrimento amarelo-esverdeado com mau cheiro,
dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos
sexuais. Na mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do
corpo, como o colo do útero. A maioria dos homens não apresenta sintomas, e
quando isso ocorre, consiste em uma irritação na ponta do pênis.
5. DIAGNÓSTICO

As DSTs ocorrem com alta frequência na população e como já foi mostrado,


têm múltiplas apresentações clínicas. No que diz respeito ao diagnóstico, a anamnese,
a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico constituem-se como
elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando indicado, à
coleta de material biológico para a realização de testes laboratoriais ou rápidos.

A abordagem sindrômica, que se baseia nos aspectos clínicos para classificar


os principais agentes etiológicos e definir o tratamento sem o apoio de testes
laboratoriais ou rápidos, não possui cobertura completa em todos aspectos destas
doenças, por isso são muito utilizados os testes rápidos e laboratoriais para
identificação das doenças. Além disso, sempre que disponíveis no serviço, devem ser
realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C.

É importante ressaltar que, mesmo que não haja sinais e sintomas, as DSTs
podem estar presentes e ser, podendo causar uma nova transmissão por conta da
falta de procura pelos exames. Ultimamente, o manejo das infecções assintomáticas
está se beneficiando de novas tecnologias diagnósticas — algumas já em uso, como
os testes rápidos para sífilis e para o HIV, além de outras menos acessíveis até o
momento, mas que contam com a possibilidade de implantação, como os testes para
gonorreia e clamídia.

Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste


rápido como importante estratégia de saúde pública na ampliação do diagnóstico.
De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução,
leitura e interpretação do resultado ocorrem em, no máximo, 30 minutos, sem a
necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser realizados com amostras de sangue
total obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com amostras de soro,
plasma e fluido oral.
Hoje, o Ministério da Saúde distribui aos serviços de saúde do SUS os testes
rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Esses testes podem ser realizados por
qualquer profissional, desde que devidamente capacitado, presencialmente ou a
distância. O TELELAB consiste em uma plataforma de capacitação a distância do
Ministério da Saúde, on-line, de livre acesso e gratuita, composta por cursos de
diagnóstico das IST, incluindo aulas sobre os testes rápidos.

Por fim, o atendimento imediato das pessoas com DSTs e de seus parceiros sexuais,
além de ter uma finalidade curativa, também visa a interrupção da cadeia de transmissão e a
prevenção de complicações decorrentes dessas infecções. A sinergia entre o diagnóstico precoce
e o tratamento adequado e oportuno do HIV, da sífilis e das hepatites virais durante a gravidez
leva à prevenção da transmissão vertical, devendo ser valorizada em todos os níveis de atenção.

6. PREVENÇÃO

A prevenção é a melhor forma de combater as infecções sexualmente


transmissíveis. É uma forma mais saudável, rentável e fácil de proteger e interromper
a cadeia de transmissão. Para isso, é preciso apostar em métodos de prevenção e
estar atento a eles. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o
preservativo ainda é um dos métodos mais efetivos para prevenir as infecções. Mas é
importante lembrar que o uso é válido tanto para homens quanto para mulheres.

O preservativo é o principal dispositivo de proteção contra diversas DSTs,


como Aids, sífilis e alguns tipos de hepatite, e deve ser usada em todas as relações
sexuais (oral, anal e vaginal), sendo masculina ou feminina. O ideal é usá-la com gel
lubrificante para diminuir o atrito e o risco de rompimento. No caso do sexo oral, o uso
é essencial, pois há risco de transmissão de HPV, hepatites B e C, clamídia, gonorreia
e HIV. Vale ressaltar que as unidades de saúde do SUS disponibilizam unidades
gratuitamente.

É importante observar e exigir equipamentos descartáveis ou esterilizados em


consultórios médicos, odontológicos e de acupuntura. Essa regra também vale para
barbearias, salões de manicure, estúdios de tatuagem e estética. Lâminas, agulhas e
escovas de dente podem transmitir caso estejam sujas com fluidos de uma pessoa
contaminada.

Também deve-se evitar o uso de drogas injetáveis, pois o compartilhamento


de seringas pode levar à infecção, além dos danos à saúde que o uso de substâncias
químicas pode causar.

Algumas doenças podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na


mulher. Por isso é muito importante manter exames ginecológicos periodicamente,
pois nos casos assintomáticos é a única forma de descobrir e tratar a doença. Essas
infecções, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves, como infertilidades, câncer e até mesmo a morte. Cuide-se e
cuide dos outros.

Além disso, o SUS disponibiliza gratuitamente as vacinas contra HPV e


Hepatite B, por isso é importante manter sempre a carteira de vacinação em dia.

7. CONCLUSÃO

Com base nesse trabalho, foi possível observar as características das DSTs,
sintomas e métodos de diagnóstico e prevenção, que nos mostram como é necessário
o devido cuidado durante a relação sexual para prevenção da saúde em ambas as
partes, e como a atenção aos sintomas e ao diagnóstico precoce facilitam uma melhor
intervenção para o encerramento da cadeia de transmissão destas infecções.
8. BIBLIOGRAFIA

● Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) — Português (Brasil) (www.gov.br)

● Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) - Instituto Lado a Lado pela Vida

● Doenças Sexualmente Transmissíveis: guia básico para a prevenção - Unimed Cascavel

● O que são DST? - Secretaria da Saúde - Governo do Estado de São Paulo


(saude.sp.gov.br)

● DST: O que é, sintomas, tratamentos e causas. (rededorsaoluiz.com.br)

● Considerações gerais sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) - Infecções -


Manual MSD Versão Saúde para a Família (msdmanuals.com)

● Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente


Transmissíveis (aids.gov.br)

Você também pode gostar