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INFECÇÕES

SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
A terminologia Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em
substituição à expressão Doenças Sexualmente
Transmissível (DST), porque destaca a
possibilidade de uma pessoa ter e transmitir
uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
 As Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST) são causadas por vírus, bactérias ou
outros microrganismos.
 São transmitidas, principalmente, por meio
do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o
uso de camisinha masculina ou feminina, com
uma pessoa que esteja infectada.

 A transmissão de uma IST pode acontecer,


ainda, da mãe para a criança durante a
gestação, o parto ou a amamentação.
 O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas
as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método
mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do
HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também
para evitar a gravidez.
 A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada
gratuitamente nas unidades de saúde.
 Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair
uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social,
identidade de gênero, orientação sexual, credo ou
religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável,
mas pode estar infectada por uma IST
 O controle das Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST) não ocorre somente com
o tratamento de quem busca ajuda nos
serviços de saúde. Para interromper a
transmissão dessas infecções e evitar a
reinfecção, é fundamental que as parcerias
também sejam testadas e tratadas, com
orientação de um profissional de saúde.
 Infecção causada por um grupo de virus
(HPV- Human Papilloma Viruses) que causam
verrugas;
 Atualmente, existem mais de 200 tipos de
HPV; alguns deles podem causar câncer,
principalmente no colo do útero e no ânus.

 SINÔNIMOS: verruga anogenital, crista de galo,


figueira ou cavalo de crista.
 Formas de contágio
- Via sexual, que inclui contato oral-genital e
genital-genital. Embora de forma mais rara, o
HPV pode ser transmitido durante o parto ou,
ainda, por determinados objetos.
Sinais e sintomas
 Verrugas não dolorosas, isoladas ou agrupadas, que
aparecem nos órgãos genitais.
 Irritação ou coceira no local.
 O risco de transmissão é muito maior quando as
verrugas são visíveis.
 As lesões podem aparecer no pênis, ânus, vagina,
vulva (genitália feminina), colo do útero, boca e
garganta.
 O vírus pode ficar latente no corpo: a lesão muitas
vezes aparece alguns dias ou anos após o contato.
 As manifestações costumam ser mais comuns em
gestantes e pessoas com imunidade baixa.
HOMEM
MULHER
 Diagnóstico e tratamento:
- Na presença de qualquer sinal ou sintoma da
infecção pelo HPV, recomenda-se procurar
um profissional de saúde para o diagnóstico
correto e indicação do tratamento adequado.

- A realização periódica do exame preventivo


de câncer de colo uterino é uma medida de
prevenção.
 VACINAÇÃO
Vacina quadrivalente, que protege contra o
HPV de baixo risco (tipos 6 e 11, que causam
verrugas anogenitais) e de alto risco (tipos 16 e
18, que causam câncer de colo uterino).
 É uma infecção sexualmente transmissível
(IST) causada pela bactéria Treponema
pallidum.
 É transmitida por meio de relação sexual
(vaginal, anal e oral) desprotegida com uma
pessoa infectada, ou ainda pode ser
transmitida para a criança durante a
gestação ou o parto.
 Ela pode se apresentar das mais variadas
formas clínicas e é classificada em diferentes
estágios :

ͽ Sífilis Primária;
ͽ Sífilis Secundária;
ͽ Sífilis Latente e Terciária).
**Os principais sinais e sintomas de cada
estágio são:
CANCRO DURO

→ Úlcera geralmente única, no local de entrada


da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino,
ânus, boca ou outros locais).
→ Geralmente não dói, não coça, não arde e
não tem pus.
→ Podem surgir ínguas na virilha.
CANCRO DURO

→ Aparece entre 10 e 90 dias (média 21 dias)


após o contágio.
→ Pode durar entre 2 e 6 semanas e
desaparecer de forma espontânea,
independentemente de tratamento.
CANCRO DURO
CANCRO DURO
(MULHER)
 Manchas no corpo, principalmente na palma
das mãos e planta dos pés, são as mais
comuns, sendo, muitas vezes, confundidas
com alergia ou outras doenças semelhantes.

 Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça,


ínguas pelo corpo.

 Surgem entre 6 semanas e 6 meses após


aparecimento da úlcera inicial.
 Desaparecem de forma espontânea em
poucas semanas, independentemente de
tratamento, mesmo a pessoa ainda tendo a
infecção.
 Não aparecem sinais ou sintomas, sendo o
diagnóstico realizado por testes
imunológicos.

 É dividida em sífilis latente recente (menos


de 2 anos de infecção) e sífilis latente tardia
(mais de 2 anos de infecção).
 Apesar de assintomática, pode ser
interrompida pelo surgimento de sinais e
sintomas da forma secundária ou terciária.
 Geralmente apresenta lesões cutâneas,
ósseas, cardiovasculares e neurológicas,
podendo levar à morte. Pode surgir décadas
após o início da infecção.
O USO CORRETO E REGULAR DA CAMISINHA
FEMININA OU MASCULINA É UMA MEDIDA
IMPORTANTE DE PREVENÇÃO DA SÍFILIS.

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TESTAGEM:
O teste da sífilis é rápido e
gratuito e pode ser feito na
unidade de saúde mais
próxima a você. Proteja-se e
faça o teste. Se o resultado
for positivo, o início do
tratamento é imediato.

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 TRATAMENTO:

→ Penicilina Benzatina
 É uma doença que pode ser transmitida para
a criança durante o período de gestação e
parto (transmissão vertical).

 Existe um amplo espectro de gravidade, que


varia desde a infecção não aparente no
nascimento aos casos mais graves, com
sequelas permanentes ou abortamento e
óbito fetal, com mortalidade em torno de
40% nas crianças infectadas.
 Se a gestante receber tratamento adequado
e precoce durante a gestação, o risco de
desfechos desfavoráveis à criança é mínimo.
 Vídeo (campanha)
Sífilis em T 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Gestantes o
ta
l
Casos 3 0 1 2 1 1 2 1 2 4 3 15 4
6
Taxa de - 0,0 0,9 2,1 1,1 1,0 2,1 1,0 2,0 3,8 2,9 14,7 -
detecção

Tabela 1 - Casos e taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos) de gestantes com sífilis por ano de diagnóstico.
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST,AIDS e Hepatites Virais.
Notas: (1) Dados até 30/06/2016; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
 É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi,
sendo mais frequente nas regiões tropicais.
Sinais e sintomas
 Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho
pequeno com presença de pus, que aparecem
com frequência nos órgãos genitais (ex.:
pênis, ânus e vulva).
 Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas)
na virilha.
 Infecções repetitivas causadas por um grupo de
vírus, que causam lesões genitais em forma de
bolhas agrupadas que, em 4-5 dias, abrem e
cicatrizam espontaneamente.
 As lesões com frequência são muito dolorosas e
seguidas de vermelhidão local.
DIAGNÓSTICO: Clínico e laboratorial

TRATAMENTO: Aciclovir 200mg 8/8 hs por 7 dias.

(se for recidiva muda a dose)


 Doença infecto-contagiosa, causada por uma
bacteria, que se caracteriza pela presença de
pus através da uretra no homem e vagina e/ou
uretra na mulher.
 Este quadro freqüentemente é acompanhado
por coceira. Em alguns casos podem ocorrer
sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres
os sintomas são mais leves ou podem estar
ausentes (maioria dos casos).
 SINTOMAS: secreção purulenta (pus) amarelo-
esverdeada, de forte cheiro que se sai pela uretra,
principalmente pela manhã, provocando ardor ao
urinar, micção frequente e febre baixa, além de
edema e inflamação do prepúcio.

 Tratamento:
Ciprofloxacino/azitromicina/ceftriaxona
 Pode causar oftalmias em adultos geralmente
por auto inoculação e em recém-nascidos por
contaminação durante parto: aplicação do
colírio de nitrato de prata (técnica de Crede) é
obrigatória em todas as maternidades.
 Causadapela bactéria chlamydia trachomati, a
qual pode danificar os órgãos reprodutores da
mulher.
 Os sintomas da clamídia: moderados ou
ausentes, ela pode gerar complicações sérias
que causam danos irreversíveis, incluindo
infertilidade, antes que a mulher reconheça o
problema.
 Clamídia
também causa secreção no pênis de
homens contaminados.
 TRATAMENTO: Azitromicina/Doxiciclina

 DIAGNÓSTICO: Laboratorial (Clamídia IgG e IgM)


NOS HOMENS, OS SINTOMAS JÁ NAS MULHERES, OS
SÃO: SINTOMAS SÃO:

 Corrimento de pus pela  Corrimento vaginal;


uretra;  Dor abdominal;
 Testículos doloridos;  Sangramento vaginal fora
 Inchaço no saco escrotal; do período menstrual;
 Ardência ou dor ao urinar.  Dor durante o sexo;
 Ardência ou dor ao urinar.
 É uma IST crônica progressiva, causada pela
bactéria Klebsiella granulomatis. Acomete
preferencialmente a pele e mucosas das regiões da
genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a
pele infectada. É pouco frequente.

Sinais e sintomas
 Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma
em ferida ou caroço vermelho.
 Não dói e não tem íngua.
 A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes
áreas e comprometer a pele ao redor, facilitando a
infecção por outras bactérias.
 É uma infecção crônica causada pela
bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os
órgãos genitais e os gânglios da virilha. É
popularmente conhecida como “mula”.
SINAIS E SINTOMAS:

 Feridas nós órgãos genitais e outros (pênis,


vagina, colo do útero, ânus e boca ), as quais,
muitas vezes, não são percebidas e
desaparecem sem tratamento.
 Quando não tratada adequadamente, a infecção pode
agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pênis,
escroto e vulva).
 Vulvovaginites: Vaginose Bacteriana
Candidíase
Tricomoníase (IST)

É causada pelo Trichomonas vaginalis


(protozoário flagelado), tendo como
reservatório o colo uterino, a vagina e a uretra.
SINAIS E SINTOMAS:
 corrimento abundante, amarelado ou
amarelo esverdeado, bolhoso;
 prurido e/ou irritação vulvar;
 dor pélvica (ocasionalmente);
 sintomas urinários (disúria, polaciúria);
 hiperemia da mucosa, com placas
avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com
aspecto de framboesa);
 HIV é a sigla em inglês do vírus da
imunodeficiência humana. Causador da aids,
ataca o sistema imunológico, responsável por
defender o organismo de doenças.
 As células mais atingidas são os linfócitos T
CD4+.
 Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids.
Há muitos soropositivos que vivem anos sem
apresentar sintomas e sem desenvolver a
doença.
Assim pega:

ͼ Sexo vaginal sem camisinha;


ͼ Sexo anal sem camisinha;
ͼ Sexo oral sem camisinha;
ͼ Uso de seringa por mais de uma pessoa;
ͼ Transfusão de sangue contaminado;
ͼ Da mãe infectada para seu filho durante a
gravidez, no parto e na amamentação;
ͼ Instrumentos que furam ou cortam não
esterilizados.
Assim não pega:

ͼ Sexo desde que se use corretamente a camisinha;


ͼ Masturbação a dois;
ͼ Beijo no rosto ou na boca;
ͼ Suor e lágrima;
ͼ Picada de inseto;
ͼ Aperto de mão ou abraço;
ͼ Sabonete/toalha/lençóis;
ͼ Talheres/copos;
ͼ Assento de ônibus;
ͼ Piscina;
ͼ Banheiro;
ͼ Doação de sangue;
ͼ Pelo ar.
CONFIANÇA DIÁLAGO

LINGUAGEM ACESSÍVEL
RESPEITO

ACOLHIMENTO
 DIAGNÓSTICO: teste rápido e exame
laboratorial.
 Janela imunológica:

 Infecção Aguda (tempo da exposição ao vírus até o


surgimento dos primeiros sinais da doença) 30 a 60
dias, febre, mal estar, parecido com uma gripe.

 Fase Assintomática (pode durar anos)


 Fase sintomática: alta redução dos linfócitos T CD4+
(glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam
a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue.

# Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200


unidades. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre,
diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

# A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças


oportunistas (Hepatites, TB, pneumonia, toxoplasmose,
meningites, alguns tipos de câncer...) AIDS
* TRUVADA

 O medicamento passou a ser


oferecido na rede pública no
último dia 3, integrando uma
estratégia de profilaxia pré-
exposição (PrEP) do
Ministério da Saúde. Esta é a
primeira vez que o Ministério
disponibiliza o tratamento no
Sistema Único de Saúde
(SUS), e Porto Alegre foi a
PrEP- Profilaxia Pré única cidade gaúcha
exposição ao HIV escolhida para integrar essa
fase do programa.
 Inicialmente, o Truvada está disponível para
pessoas que não têm o vírus, mas que são de
grupos considerados de risco para exposição ao
HIV: homens que fazem sexo com homens, gays,
travestis, transexuais, transgêneros,
profissionais do sexo e casais sorodiferentes ;
 O medicamento deve ser tomado diariamente e,
segundo o Ministério da Saúde, o uso correto
reduz o risco de infecção por HIV em mais de
90%.
 O uso da PrEP, no entanto, não substitui o uso
do preservativo nas relações sexuais.
 A PEP é uma medida de prevenção à infecção
pelo HIV que consiste no uso de medicação em
até 72 horas após qualquer situação em que
exista risco de contato com o HIV, tais como:
 Violência sexual;
 Relação sexual desprotegida (sem o uso de
camisinha ou com rompimento da camisinha);
 Acidente ocupacional (com instrumentos
perfurocortantes ou contato direto com material
biológico)
 A PEP utiliza medicamentos antirretrovirais que
agem evitando a sobrevivência e a multiplicação
do HIV no organismo e, por isso, deve ser
iniciada o mais rápido possível,
preferencialmente nas 2 (duas) primeiras horas
após a exposição ao vírus e no máximo em até
72 horas. O tratamento dura 28 dias e a pessoa
deve ser acompanhada pela equipe de saúde por
90 dias.
 IMPORTANTE: a PEP é uma medida preventiva
de emergência e, por isso, não serve como
substituta à camisinha.
 Como todo medicamento, os antirretrovirais
utilizados na PEP também podem causar
efeitos indesejados. Os mais comuns são dor
de cabeça, enjoos e diarreia. Mesmo que você
desenvolva algum desses sintomas, não
interrompa o uso dos medicamentos. Procure
imediatamente o serviço de saúde que o
atendeu para buscar orientações quanto a
esses efeitos.
ͼ A PEP é oferecida gratuitamente pelo SUS.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.

 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e controle


das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Disponível em: <
http://www.aids.gov.br/>. Acesso em 16/02/2018.

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