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1.

INTRODUÇÃO

Gonorreia é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) que atinge homens


e mulheres. Também conhecida como Blenorragia, uretrite gonocócica e
esquentamento, ela é causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, que se reproduz em
áreas quentes e úmidas do corpo humano. O mais comum é na uretra (canal por onde a
urina é eliminada).

A gonorreia tem cura, mas se não for tratada de forma adequada, pode resultar
na infertilidade.

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2. GONORREIA

Gonorreia é uma infeção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria


Neisseria gonorrhoeae. Em muitos casos não se manifestam sintomas. Entre homens, os
sintomas mais comuns são ardor ao urinar, corrimento do pénis ou dor
nos testículos. Entre mulheres, os sintomas mais comuns são ardor ao urinar, corrimento
vaginal, hemorragias vaginais entre períodos ou dor pélvica. Em mulheres, a
complicação mais frequente é a Doença inflamatória pélvica enquanto em homens é
a inflamação do epidídimo. Se não for tratada, a gonorreia pode-se espalhar para as
articulações, causando artrite séptica, ou para as válvulas cardíacas,
causando endocardite.

A gonorreia é transmitida pelo contacto sexual com uma pessoa infetada. O


contacto inclui sexo vaginal, oral e anal. A doença pode também ser transmitida da mãe
para o bebé durante o parto. O diagnóstico é realizado com análises à urina e exames
à uretra, nos homens, ou ao colo do útero, em mulheres. Recomenda-se o rastreio anual
de todas as mulheres sexualmente ativas e com menos de 25 anos de idade, assim como
qualquer pessoa com novos parceiros sexuais ou homens que praticam sexo com outros
homens.

A gonorreia pode ser prevenida com o uso de preservativo, em praticar sexo com
uma única pessoa não infetada ou mediante abstinência sexual. O tratamento geralmente
consiste na administração de ceftriaxona injetável ou azitromicina por via oral. No
entanto, tem vindo a desenvolver-se resistência antibiótica a muitos
dos antibióticos anteriormente usados, pelo que em alguns casos podem ser necessárias
doses elevadas de ceftriaxona. Recomenda-se ainda que seja feito novo rastreio três
meses após o tratamento. O tratamento deve também ser alargado a todos os parceiros
sexuais da pessoa infetada nos dois meses anteriores à infeção.

A gonorreia afeta cerca de 0,8% das mulheres e 0,6% dos homens. Estima-se


que ocorram entre 33 e 106 milhões de novos casos de gonorreia em cada ano, entre um
total de 498 milhões denovos casos de ISTs curáveis, o que
inclui sífilis, clamídia e tricomoníase. Em 2015, a doença foi responsável por 700
mortes. Em mulheres, as infeções são mais comuns no início da idade adulta. As

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primeiras descrições da doença remontam à época do Novo Testamento. O termo tem
origem no grego gonórrhoia ("corrimento nos órgãos da geração").

2.1 Transmissão

A transmissão dessa, que é uma das DST mais comuns, acontece nas relações
por contato vaginal, anal ou oral. Há também casos em que a doença é transmitida da
mãe para o filho, o que pode acontecer durante a gestação ou no momento do parto.

2.2 Sintomas

A gonorreia manifesta-se de diferentes formas, conforme os casos sejam em


mulheres ou em homens. Nas mulheres, os sintomas não são tão perceptíveis, o que faz
com que elas procurem aconselhamento médico mais tarde.

Gonorreia Feminina:

Aproximadamente, apenas 50% das mulheres afetadas pela doença costumam


apresentar sintomas. Quando a gonorreia atinge o público feminino, é comum que ela
ataque o colo do útero, que costuma acontecer de maneira silenciosa.

Apesar disso, é possível que a doença provoque escapes de sangue, que


acontecem poucos dias após o contato com a bactéria.

O aparecimento do corrimento vaginal pode ajudar no diagnóstico clínico, já que


muitas vezes o problema costuma ser confundido com casos de cistite, quando bactérias
infectam o trato urinário. Este sintoma é um diferencial na hora de identificar essa DST.

Com isso, podemos dizer que os principais sintomas da gonorreia na mulher são:

 Coceira nas partes íntimas;


 Disúria (ardência ou dor ao urinar);
 Dor durante o ato sexual;
 Corrimento vaginal amarelo ou esbranquiçado, bastante semelhante ao pus;
 Escape de sangue vaginal.

Gonorreia Masculina:

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Os sintomas da gonorreia costumam surgir no homem após 5 ou 30 dias da
infecção. No caso dos homens, é mais comum que aproximadamente 90% dos pacientes
apresentem sintomas. São eles:

 Disúria (ardência ou dor ao urinar);


 Corrimento uretral esbranquiçado ou amarelado;
 Movimentos intestinais dolorosos;
 Coceira;
 Erupções na pele;
 Hemorragias.

Não raro, pode acontecer a infecção do epidídimo (um pequeno ducto acima dos
testículos que armazena os espermatozóides), o que causa uma forte sensação de dor e
inchaço na bolsa escrotal.

Por outro lado, raramente os pacientes se queixam de inchaço ou desconforto


nos testículos, corrimento anal ou inchaço na uretra.

2.3 Tratamento

O tratamento da gonorreia não é complexo, pois ele é feito através de


antibióticos. Muitas vezes o mais difícil é o diagnóstico da doença. A gonorreia criou
resistência à penicilina, que anteriormente foi o antibiótico usado para curá-la. Desse
modo, a penicilina foi substituída por um conjunto de antibióticos, ministrados
conforme a orientação médica para cada caso.

Tanto o doente como o seu parceiro devem procurar o tratamento adequado e


evitar as relações sexuais durante esse período.

2.4 Prevenção

A prevenção passa pelo uso do preservativo, lembrando que as trocas frequentes


de parceiros aumentam a exposição à doença.

3. A GONORRÉIA COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

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Tendo em vista numerosos fatores que correlacionam as doenças sexualmente
transmissíveis (DST) entre si e essas com o HIV, na óptica da saúde pública é
necessário que a gonorréia seja vista no contexto da abordagem sindrômica. Dentre
outros objetivos, essa abordagem busca melhorar a sensibilidade do diagnóstico e do
tratamento dos pacientes, e ao abordá-lo lembrando de todas as DSTs e não de uma só
patologia. A abordagem sindrômica agrupa a maioria das DSTs nas categorias: úlcera
genital, corrimento uretral no homem, corrimento cervical e dor pélvica.

O texto a seguir enfoca a abordagem sindrômica, enfatizando o paciente com


corrimento, situação na qual o diagnóstico de gonorréia se impõe. Embora os poucos
dados epidemiológicos existentes não se prestem a fazer inferências para o país como
um todo, ao menos permitem, quando conjugados às informações geradas em outros
países, a realização de estimativas que concluem pela elevada freqüência das DST em
nosso país. Isto, associado ao alto índice de automedicação, torna o problema ainda
maior, já que muitos dos casos não recebem a orientação e tratamento adequados,
permanecem subclínicos, transmissores e mantendo-se como os elos fundamentais na
cadeia de transmissão das doenças. As DST são o principal fator facilitador da
transmissão sexual do HIV, sendo que algumas delas, quando não diagnosticadas e
tratadas em tempo, podem evoluir para complicações graves e até o óbito; algumas
DST, durante a gestação, podem ser transmitidas ao feto, causando-lhe importantes
lesões ou mesmo provocando a interrupção espontânea da gravidez; as DST podem
causar grande impacto psicológico em seus portadores; as DST causam também grande
impacto social, que se traduz em custos indiretos para a economia do País e que,
somados aos enormes custos diretos decorrentes das internações e procedimentos
necessários para o tratamento de suas complicações, elevam dramaticamente esses
custos totais. As DST, por suas características epidemiológicas, são agravos vulneráveis
a ações de prevenção primária, como por exemplo a utilização de preservativos, de
forma adequada, em todas as relações sexuais.

Além disso, com exceção das DSTs causadas por vírus, existem tratamentos
eficazes para todas elas; portanto, à medida que se consiga conscientizar os pacientes da
necessidade de procurar rapidamente um serviço de saúde para tratar-se adequadamente
e a seus parceiros sexuais, se logrará, a curto prazo, romper a cadeia de transmissão
dessas doenças e consequentemente da infecção pelo HIV. O controle das DST é
possível, desde que existam bons programas preventivos e uma rede de serviços básicos

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resolutivos, ou seja, unidades de saúde acessíveis para pronto atendimento, com
profissionais preparados, não só para o diagnóstico e tratamento, mas também para o
adequado acolhimento e aconselhamento dos portadores de DST e de seus parceiros
sexuais, e que tenham a garantia de um fluxo contínuo de medicamentos e
preservativos.

4. SISTEMA URINÁRIO

O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e


eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no
organismo. O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada
por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

O sistema urinário é o responsável por filtrar e eliminar a ureia e outras


substâncias consideradas tóxicas para o nosso organismo. Em nosso sistema urinário há
um par de rins que recebe o sangue através das artérias renais. Essas artérias se
ramificam em várias artérias menores, chamadas de arteríolas aferentes. Cada uma
dessas arteríolas se conecta a um néfron e se ramifica, formando um novelo chamado de
glomérulo renal.

O sangue chega até os rins pelas artérias renais e entra nas arteríolas do
glomérulo renal em alta pressão, forçando o líquido constituído de água e pequenas
moléculas como ureia, glicose, aminoácidos e sais a saírem para a cápsula renal. A
cápsula renal é a estrutura em forma de taça situada na extremidade do néfron. Em seu
interior encontramos o glomérulo renal. 

Esse líquido que sai do sangue é conhecido como filtrado glomerular ou urina
inicial. Esse filtrado sai da cápsula renal e vai para o túbulo renal ou néfrico. O túbulo
renal é uma das estruturas que compõem o néfron, e é composto por três regiões: o
túbulo contorcido proximal, a alça néfrica ou túbulo reto, e o túbulo contorcido distal. É
no túbulo proximal que ocorre, por meio de transporte ativo, a reabsorção de moléculas
úteis ao organismo, como glicose, aminoácidos e sais.

Após o túbulo contorcido proximal, encontra-se a alça néfrica. Na alça néfrica


há dois ramos, um ascendente e outro descendente. No ramo descendente, a reabsorção
de água por osmose continua; e no ramo ascendente, os sais são reabsorvidos.

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Depois do ramo ascendente, encontra-se a parte final do túbulo contorcido distal.
As paredes desse túbulo têm permeabilidade variável com relação à água, pois se o
corpo precisar de água, as paredes do túbulo se tornam mais permeáveis, saindo mais
água para o sangue por osmose. Mas se o corpo não precisar reter água, as paredes
ficam menos permeáveis. Nas paredes desse túbulo há células que absorvem dos
capilares, substâncias indesejáveis, como ácido úrico e amônia, e as lançam na urina em
formação.

Ao sair do túbulo do néfron, o filtrado glomerular se transformou em urina, um


líquido de cor amarelada composto por ureia e amônia, ácido úrico e sais em menores
quantidades. 

Nos rins de uma pessoa são produzidos diariamente 160 L de filtrado


glomerular, mas graças à reabsorção da água pelo túbulo do néfron, forma-se apenas 1,5
L de urina.

Depois de formada, a urina sai dos rins pelos ureteres. Os ureteres são tubos que
conduzem a urina até a bexiga urinária. A bexiga urinária é uma bolsa com parede
muscular que se localiza na pelve. É na bexiga que a urina se acumula e é lançada para
fora através de um tubo chamado de uretra. Em um adulto, a bexiga tem capacidade
para acumular até 300 mL de urina.

4.1 Doenças do Sistema Urinário

Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias
urinárias (ureteres, bexiga e uretra).

4.2 Doenças Renais

4.2.1 Nefrite

A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo,
a superdosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias
tóxicas, como o mercúrio, o que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores,
redução da produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da pressão.

4.2.2 Hipertensão Arterial e Problemas Renais

Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se


acumulam no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem

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renal nas pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de
doenças renais.

4.2.3 Infecções Bacterianas

Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário


por meio da uretra causando infecção bacteriana.

5. CONCLUSÃO

Como já vimos A gonorreia é uma das Doenças ou Infecções Sexualmente


Transmissíveis (DST/IST) mais comuns entre os homens e as mulheres. É causada pela
bactéria Neisseria gonorrhoeae, que também é conhecida como Gonococo. A gonorreia,
é uma Doença infecciosa do trato urogenital, de transmissão por via sexual, que pode
determinar desde infecção assintomática até doença manifesta, com alta morbidade.
Após contato sexual suspeito e vencidas as barreiras naturais da mucosa, ocorrerá a
evolução para a doença.

Instaura-se um processo localizado que poderá desenvolver complicações no


próprio aparelho urogenital (Sistema urinário) ou à distância, provocando alterações
sistêmicas. Clinicamente, a gonorréia apresenta-se de forma completamente diferente no
homem e na mulher. Há uma proporção maior de casos em homens, sendo que, em 70%
dos casos femininos, a gonorréia é assintomática.

Uma das formas mais fáceis de se contrair a infecção é a partir das relações
sexuais sem o uso de preservativos, seja pela penetração ou através do sexo oral. A
bactéria costuma se desenvolver em diversos locais do corpo, dentre eles, o reto, o
aparelho urogenital, a traqueia e os olhos.

Logo pode ver uma relação entre a gonorreia e o sistema urinário, visto que a
gonorreia é uma doença que afeta também o sistema urinário ou urogenital.

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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-excretor.htm

https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-urinario/

https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/doen%C3%A7as-
sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/gonorreia

https://www.todamateria.com.br/sistema-urinario/

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ANEXOS

Figura 1 Gonorreia em Homem e Mulher

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Figura 2 Sintomas de Gonorreia em Homem e em Mulher

Figura 3 Gonorreia Avançada

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