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- Eduarda

Clamidía

Clamídia é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que na maioria das vezes causa
infecção nosórgãos genitais, mas pode afetar também a garganta e os olhos. Pode afetar
homens e mulheres com vida sexual ativa.

Não existem dados epidemiológicos no Brasil sobre a clamídia, porque não é uma doença de
notificação obrigatória. Mas dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA
(CDC/2017) mostram que a maioria dos casos acontece em pessoas na faixa etária entre 15 e
24 anos.

Transmissão

A clamídia é transmitida por meio do contato sexualpela forma congênita (infecção passada da
mãe para o bebê durante a gestação). A clamídia não é transmitida por meio de transfusão
sanguínea. Porém, se a pessoa infectada deseja doar sangue, deve informar ao profissional de
saúde a presença da infecção.

Sintomas

A maioria dos casos da clamídia não apresenta sintomas (em torno de 70% a 80% das
situações).

Quando presentes, os sintomas mais comuns nas mulheres são:

corrimento amarelado ou claro;

sangramento espontâneo ou durante as relações sexuais;

dor ao urinar e/ou durante as relações sexuais e/ou no baixo ventre (pé da barriga).

Nos homens, os sintomas mais comuns da clamídia são:

ardência ao urinar;

corrimento uretral com a presença de pus;

dor nos testículos.

COMPLICAÇÕES

Quando não tratada, a clamídia pode provocar algumas complicações, como:

infertilidade (dificuldade para ter filhos);

dor crônica na região pélvica (“pé da barriga”);

dor durante as relações sexuais;

gravidez tubária (quando ocorre nas trompas);

complicações na gestação.

-isabela
A clamídia na gravidez pode provocar diversas complicações durante e depois da gestação, tais
como:

gravidez tubária (que ocorre nas trompas);

aborto espontâneo;

inflamação da camada interna do útero (endometrite);

parto precoce (com risco de parto antes das 37 semanas de gravidez);

infecção pós-parto (se a clamídia for contraída durante a gestação).

Além da possibilidade de transmissão da infecção durante o parto vaginal, a criança infectada


pode nascer com conjuntivite neonatal. Esta, quando não tratada adequadamente, pode levar
à cegueira.

TRATAMENTO

O tratamento da clamídia é feito com o uso de antibióticos, como por exemplo azitromicina ou
doxiciclina, receitados pelo médico conforme cada caso. Com o tratamento adequado é
possível erradicar completamente a bactéria.

No caso das gestantes com clamídia, o tratamento com antibiótico adequado será indicado
pela equipe de saúde conforme cada caso. Desta forma, a gestante deve fazer o
acompanhamento pré-natal regular, com a realização dos exames prescritos. A clamídia, se não
tratada adequadamente, aumenta os riscos de contaminação e transmissão do HIV.

Prevenção

Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, o uso de preservativos e higiene pós-
coito são medidas necessárias quanto à prevenção.

Rickettsias

O termo “rickettsiae” se refere ao grupo de micro-organimos da classe Proteobacteria, que


compreende espécies do gênero Rickettsia, Orientia, Ehrlichia, Anaplasma, Neorickettsia,
Coxiella, e Bartonella.

As rickettsias são parasitas de artrópodes como piolhos, pulgas e carrapatos. No homem,


causam doenças como tifo, erlichiose, febre maculosa e febre Q.

Elas são parasitas intracelulares obrigatórios, o que significa que elas só sobrevivem no interior
de outras células. Até um passado não muito distante, elas eram consideradas “grandes vírus”
porque, assim como estes agentes infecciosos, somente conseguem se desenvolver em tecidos
vivos.

A classificação das rickettsias é feita com base na similaridade das respostas imunológicas
(produzidas pelo sistema de defesa do organismo) que estes micro-organismos induzem no
corpo humano, e não por eles provocarem doenças semelhantes: as manifestações clínicas e o
tempo de duração das rickettsioses variam consideravelmente.

- Jasmynne

Estes parasitas não costumam ser transmitidas de pessoa para pessoa, exceto por transfusão
sanguínea e transplante de órgão, embora espécies do gênero Coxiella também possam ser
adquiridas pela placenta, durante a gestação, e por vias sexuais. Com exceção do tifo
exantemático, o homem é apenas hospedeiro acidental das rickettsias.

A forma de contágio mais comum é pela saliva e fezes de artrópodes infectados e contato
direto com sangue, fezes e leite de animais contaminados (veja, em cada doença, quem são os
animais reservatórios). As rickettsioses são, em geral, tratadas satisfatoriamente com
antibióticos.

Para evitar a disseminação das rickettsioses é muito importante que as pessoas evitem, ao
máximo, viajar com animais de estimação para locais onde há registros de rickettsioses, ou que
são conhecidamente infestados por pulgas e carrapatos, a fim de evitar que estes animais se
tornem vetores de doenças nas suas cidades de origem. A primeira rickettsia, a R. prowazekii,
que provoca o tifo exantemático, foi descoberta pelo cientista brasileiro Henrique da Rocha
Lima.

Gonorreia

A gonorreia é uma doença infecciosa bacteriana transmitida, principalmente, por via sexual,
sendo considerada, portanto, uma IST (infecção sexualmente transmissível). Ela é considerada
a segunda IST bacteriana mais prevalente em todo o planeta. O agente causador da gonorreia é
uma bactéria gram-negativa chamada Neisseria gonorrhoeae. A bactéria infecta tanto homens
quanto mulheres, apresentando uma afinidade com as células da uretra e colunares da
endocérvix, sendo os sintomas decorrentes, principalmente, da inflamação desses epitélios.
Vale salientar, no entanto, que a enfermidade pode abranger também regiões não genitais.

Transmissão

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível, o que significa que a bactéria causadora
da doença pode ser transmitida de um indivíduo para outro durante a relação sexual sem o uso
de preservativos. A transmissão, no entanto, não se resume ao modo sexual, podendo ocorrer
também durante gravidez e parto.

Sintomas

A gonorreia é uma doença que pode ser assintomática ou desencadear sintomas. Nas
mulheres, a infecção é, geralmente, assintomática, uma questão que pode dificultar a
realização de um diagnóstico precoce. Nas mulheres pode surgir uma secreção purulenta
endocervical, o que pode ser confundido com um corrimento vaginal sem muita importância.

- Lanna

Elas podem apresentar também sangramento intermenstrual, uretrite, e disúria — sensação de


dor ou desconforto ao urinar. O não reconhecimento da doença e o tratamento tardio podem
levar a complicações, como doença inflamatória pélvica, aborto, gravidez ectópica, infertilidade
e oftalmia neonatal. Nos homens, a gonorreia provoca, principalmente, uretrite aguda,
desencadeando corrimento uretral e disúria. O corrimento uretral inicia-se mucoide, mas, após
cerca de dois dias, torna-se purulento. Uma complicação da uretrite causada pela gonorreia é a
epididimite (inflamação do epidídimo) aguda. Outras complicações são: o edema peniano,
prostatite (inflamação da próstata), orquite (inflamação dos testículos), e balanopostite
(inflamação da glande).

Vale salientar que a gonorreia pode atingir regiões não genitais, provocando, por exemplo,
faringite gonocócica, peri-hepatite, infecção ocular e infecção gonocócica disseminada, a qual
leva ao envolvimento articular e cutâneo. Há também a gonorreia anorretal, que pode
provocar proctite (inflamação da mucosa do reto), dor, coceira, sangramento retal, e descarga
purulenta.

Tratamento

A gonorreia é uma doença tratada com o uso de antibióticos, os quais devem ser prescritos
exclusivamente por um médico. Um grande problema relacionado ao tratamento da gonorreia
é o aumento crescente e veloz da resistência bacteriana aos antibióticos. Algumas das causas
desse problema são a escolha inadequada de antibióticos e a falta de controle de acesso a eles.

Além disso, a Neisseria gonorrhoeae apresenta habilidade de alterar o seu genoma, que
também pode ser alterado por mutações e adquirir plasmídeos por meio da conjugação,
fatores que podem resultar na resistência a antimicrobianos.

Prevenção

A gonorreia, por ser uma infecção sexualmente transmissível, pode ser prevenida com medidas
simples, como a utilização de preservativo em todas as relações sexuais. Além disso, é
importante que as gestantes façam um acompanhamento pré-natal adequado para que as IST
possam ser identificadas e os riscos de transmitir infecções, como a gonorreia, para o bebê
diminuam.

-Israel

Sífilis

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano,
causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e
diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e
secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida
por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a
gestação ou parto.

A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode
ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e parcerias
sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental. Em formas mais graves
da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado pode causar
complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo
levar à morte.

Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:
SÍFILIS PRIMÁRIA

Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino,
ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa
lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”;

Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de
ínguas (caroços) na virilha;

Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento

SÍFILIS SECUNDÁRIA

Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização
da ferida inicial;

Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e
plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias;

Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo;

As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo


a falsa impressão de cura;

- Rodrigo

SÍFILIS LATENTE – FASE ASSINTOMÁTICA

Não aparecem sinais ou sintomas;

É dividida em:

latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).

A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e
sintomas da forma secundária ou terciária.

SÍFILIS TERCIÁRIA

Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção;

Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas,


cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer,
mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a
infecção for detectada, tratar da maneira correta.

TRATAMENTO
O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na
unidade básica de saúde mais próxima de sua residência. Esta é, até o momento, a principal e
mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da doença. Quando a sífilis é detectada na
gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina benzatina.
Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a
doença para o bebê.

A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante.
São critérios de tratamento adequado à gestante:

Administração de penicilina benzatina;

Início do tratamento até 30 dias antes do parto;

Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis;

Respeito ao intervalo recomendado das doses

PREVENÇÃO

O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de
prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível. A testagem e
acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para o
controle da sífilis congênita.

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