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ESTUDO DIRIGIDO

DOCENTE: ANA KELLY DOS SANTOS FREITAS ARAÚJO Nota:


DISCIPLINA: ISTs TURMA: Enf 7 DATA: 03/04

ACADÊMICO(A): Rebeca Silva de Andrade

Questão 01 – CONCEITUE OS TERMOS ABAIXO:


a- ISTs:
ISTS significa Infecções Sexualmente Transmissíveis, que são doenças causadas por
agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas, que são transmitidos
através do contato sexual com uma pessoa infectada. Essas infecções podem afetar tanto
homens quanto mulheres e, se não forem tratadas, podem ter consequências graves para
a saúde, como a infertilidade, câncer e outras doenças crônicas.
b- Sexualidade: A sexualidade é um aspecto fundamental da vida humana que se refere a
todo o espectro de sentimentos, comportamentos, atitudes e identidades sexuais de um
indivíduo. Ela é influenciada por fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e
religiosos. A sexualidade inclui tanto a dimensão física da intimidade sexual quanto a
dimensionality de gênero, orientação sexual, identidade de gênero, preferência sexual,
erotismo, fantasia, intimidade emocional e práticas sexuais.
c- Diversidade: Diversidade é um conceito que se refere à ampla variedade de
características, diferenças e variabilidades que existem entre as pessoas, tanto
individualmente quanto coletivamente. Essas diferenças podem ser percebidas em
diversas áreas, como na etnia, na cultura, nas crenças religiosas, na idade, no gênero, na
orientação sexual, no status socioeconômico, nas habilidades e limitações físicas e
mentais, entre outros.

Questão 02- É possível saber em uma foto ou mesmo em um centro movimentado qual das
pessoas tem ISTs? Qual a conclusão então tiramos sobre as ISTs? Baseado em nossas
discussões em sala.

Não, qualquer pessoa pode ter. Prevenir-se, buscar o serviço de saúde e fazer o tratamento é o
mais indicado. Muitas infecções são silenciosas (não têm sinais e sintomas). O tratamento deve
ser iniciado o quanto antes.

Questão 03- Todos podem ter umas IST, mas há situações que deixam algumas pessoas
mais vulneráveis, Quais são elas?
• Profissionais do sexo, profissionais que usam materiais perfurocortantes, pessoas em situação
de rua, pessoas que usam drogas ou álcool, entre outras.
• Casais que têm dificuldades de falar sobre as IST e o uso do preservativo, ou até mesmo
aqueles com histórico de violência sexual.
• Travestis e transexuais que podem sofrer preconceito, violência e discriminação no acesso aos
serviços de saúde.
Questão 04- existe alguns tipos de testes rápidos. Fale sobre a janela imunológica de cada
um, resultados e importância .
Janela imunológica → É o intervalo necessário para a detecção e anticorpos produzidos pelo
organismo infectado. O tempo dessa “janela” pode variar de pessoa para pessoa.
• HIV: 30-90 dias
• Sífilis: 10-90 dias
• Hepatite C: 30-90 dias
No caso do teste rápido para hepatite B, detecta-se partícula viral. O tempo entre a infecção e a
detecção dessa partícula é de 30 dias.
Resultados → Se o resultado for reagente, necessita-se de um segundo teste para determinar o
diagnóstico. Se o resultado for não reagente, significa que o teste não detectou anticorpo ou
partícula viral. Caso persista a suspeita clínica, repetir o teste após 30 dias.

Realizar os testes disponíveis no serviço de saúde.


Sempre usar camisinha nas relações sexuais.
Não compartilhar seringas, cachimbos, piteiras ou outros instrumentos para o uso de drogas.
Evitar misturar vários tipos de drogas, incluindo o álcool.

Questão 5- Quais as manifestações Clínicas das ISTs? Como é uma IstS?


Verrugas anogenitais, feridas e corrimentos.
As IST são transmitidas por relação sexual desprotegida (oral, vaginal ou anal) com uma pessoa
infectada. Podem aparecer feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, principalmente na vagina,
pênis ou ânus.
Feridas
• Aparecem principalmente nos órgãos genitais, mas também em outras partes do corpo, com
ou sem dor.
• Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancro mole (cancroide), donovanose e
linfogranuloma venéreo.
Corrimentos
• Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
• Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
• Causam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
• Nas mulheres, quando o corrimento é pouco, só é visto em exames ginecológicos.
• Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
→ A vaginose bacteriana e a candidíase vulvovaginal também causam corrimento, mas não
são consideradas IST.
• São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor,
quando a infecção está em estágio avançado.
• Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.

Questão 6- Qual o papel do enfermeiro quanto a prevenção da HPV,SÍFILIS E HIV.

Destacar a importância do pré-natal e a prevenção da transmissão da sífilis da mãe para a


criança (sífilis congênita). Valorizar o cuidado com a saúde do homem no pré-natal. A sífilis pode
ser evitada, tratada e curada.
HPV: Vacinação, importância do uso de preservativo, limitar o número de parceiros sexuais,
exames de rotina e higiene pessoal.
QUESTÃO 7- SOBRE A SIFILIS, RESPONDA:
a- Como ocorre as manifestações clínicas da sífilis ?
Pelas fases primária, secundária, latente e terciária.

b- Explique as fases da sífilis

1. Sífilis primária: Em geral, aparece uma ferida (cancro) que é limpa, indolor e rígida na
região genital, anal ou oral. A ferida costuma durar entre 3 e 6 semanas e pode
desaparecer mesmo sem tratamento.

2. Sífilis secundária: Nesta etapa, cerca de 6 a 8 semanas após a infecção, surgem


manchas espalhadas pelo corpo, lesões nas palmas das mãos e/ou nas solas dos pés,
além de sintomas como febre, mal-estar, dor de cabeça, fadiga e perda de apetite. Esses
sintomas geralmente desaparecem sozinhos, mas a pessoa continua infectada.

3. Sífilis latente: Nesta fase, a pessoa não apresenta sintomas, mas continua infectada. A
sífilis latente pode ser precoce (menos de 1 ano após a infecção) ou tardia (mais de 1 ano
após a infecção).

4. Sífilis terciária: Também conhecida como sífilis tardia, pode ocorrer em pessoas que não
foram tratadas ou tratadas inadequadamente. A sífilis terciária pode afetar vários órgãos do
corpo, como o coração, o cérebro e os ossos, e pode causar sintomas graves, incluindo
cegueira, demência, problemas cardiovasculares e dor nos ossos.

c- O que é a sífilis congênita


• A gestante infectada não tratada com penicilina ou inadequada- mente tratada transmite a
bacté- ria para a criança.
• Complicações: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez,
cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.

d- Fala sobre o tratamento


O tratamento da sífilis é geralmente feito com antibióticos, como a penicilina. A escolha do
medicamento e a duração do tratamento dependem do estágio da infecção e das
condições de saúde do paciente.

Na sífilis primária, um tratamento de uma única injeção de penicilina benzatina é


geralmente suficiente. Na sífilis secundária, pode ser necessário um tratamento mais
longo, com penicilina benzatina em doses semanais durante 3 semanas. Na sífilis terciária,
o tratamento pode ser mais complexo e exigir um período mais longo de antibióticos,
geralmente administrados por via intravenosa em um hospital.

Em alguns casos, quando a pessoa tem alergia à penicilina, outros antibióticos podem ser
utilizados, como a doxiciclina, a ceftriaxona ou a azitromicina, mas é sempre importante
consultar um médico antes para uma avaliação adequada.

Após o tratamento, o paciente geralmente passa por exames complementares para avaliar
a eficácia do tratamento e a presença de sequelas ou complicações da infecção. É
importante lembrar que o tratamento precoce da sífilis é fundamental para evitar potenciais
complicações e reduzir a transmissão da doença.
Questão 08- Sobre o HIV responda:
a- Existe diferença entre HIV E AIDS? EXPLIQUE
HIV e AIDS são termos relacionados, mas não significam a mesma coisa.

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que ataca o sistema imunológico,


prejudicando a capacidade do corpo de combater doenças. Quando uma pessoa é
infectada pelo HIV, o vírus se multiplica e se espalha pelo corpo, danificando as células do
sistema imunológico, principalmente os linfócitos T CD4+. A infecção pelo HIV pode causar
sintomas semelhantes aos da gripe e, em seguida, entrar em uma fase assintomática.
Durante essa fase, o paciente pode transmitir o vírus mesmo sem apresentar sintomas.

A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a fase mais grave da infecção pelo


HIV. A AIDS é definida por critérios clínicos e laboratoriais que incluem uma contagem de
linfócitos T CD4+ abaixo de 200 células/mm³ e a presença de doenças oportunistas, que
são infecções ou tumores que se aproveitam da baixa imunidade para se desenvolverem
ou se tornarem mais graves.

Em outras palavras, o HIV é o vírus que causa a AIDS. Nem todas as pessoas que são
infectadas pelo HIV desenvolvem a AIDS, principalmente se receberem um tratamento
adequado para controlar a replicação do vírus e manter a contagem de linfócitos T CD4+
elevada. A AIDS é uma condição crônica e grave que pode ser prevenida ou controlada
com medidas de prevenção, detecção precoce e tratamento adequado.

b- Quais as fases do HIV?


1) infecção aguda; 2) fase assintomática, também conhecida como latência
clínica; 3) fase sintomática inicial ou precoce; e 4) aids.

c- Qual a profilaxia pós –exposição? E pré- exposição (para aqueles que tem contato
direto com o portador)
A chamada profilaxia pós-exposição é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV na sigla em inglês), hepatites virais e de outras
infecções sexualmente transmissíveis. Ela consiste no uso de medicamentos específicos, com
intuito de reduzir o risco de contração dessas infecções.
A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV.
Consiste na tomada diária de um comprimido que permite ao organismo estar preparado para
enfrentar um possível contato com o HIV, ou seja, o indivíduo se prepara antes de ter uma
relação sexual de risco para o HIV.

d- Quais os cuidados para evitar uma transmissão vertical de HIV/AIDS


- Realizar o pré-natal desde o início da gestação, ou assim que descobrir
a gravidez;
- Realizar testagem, especialmente por meio dos testes rápidos, para o
diagnóstico precoce;
- Nos casos de infecção, realizar o tratamento correto com profissional
de saúde, e ter adesão às consultas do pré-natal para acompanhamento
adequado e realização dos exames solicitados.
Questão 09- fale sobre o HPV E AS VACINAS:
• Causa o condiloma acuminado, também conhecido como verruga anogenital, “cavalo de
crista” ou “crista de galo”.
• É transmitido pela via sexual, mesmo em relações sem penetração (contato oral-genital e
genital-genital).
• O risco de transmissão é muito maior quando as verrugas são visíveis!
• A vacina quadrivalente protege contra o HPV tipos 6 e 11 (que causam verrugas genitais), e
16 e 18 (que causam câncer do colo de útero).
• Está disponível no SUS para meninas na faixa etária de 9 a 13 anos, com esquema vacinal
de duas doses (0 e 6 meses).
• Também está disponível para mulheres vivendo com HIV, na faixa etária de 9 a 26 anos de
idade, com esquema diferenciado das doses (0, 2 e 6 meses).
• A vacinação contra o HPV não substitui o exame preventivo de câncer de colo uterino.
• Não está indicada para gestantes.

Questão 10. Em relação aos dados epidemiológico estudados em sala sobre as ISTs quais
conclusões podemos ter e como profissional qual deve ser a minha postura.

O enfermeiro tem um papel importante na prevenção, diagnóstico e tratamento das ISTs (Infecções Sexualmente
Transmissíveis). Algumas das condutas do enfermeiro frente às ISTs incluem:

1. Educação e orientação: O enfermeiro pode educar e orientar indivíduos, grupos e comunidades sobre a
prevenção, transmissão, diagnóstico e tratamento das ISTs. Isso pode incluir informações sobre o uso de
preservativos, testes de diagnóstico e a importância do tratamento precoce.

2. Triagem e avaliação: O enfermeiro pode realizar triagem e avaliação de sintomas e riscos para ISTs. Isso pode
incluir a realização de entrevistas clínicas, exames físicos, testes de diagnóstico e encaminhamentos para outros
profissionais de saúde, se necessário.

3. Tratamento: O enfermeiro pode prescrever e administrar medicamentos para tratar e gerenciar ISTs. Isso pode
incluir a administração de medicamentos contra infecções bacterianas, antivirais, entre outros.

4. Aconselhamento e suporte: O enfermeiro pode fornecer aconselhamento e suporte para indivíduos que vivem
com ISTs, incluindo aconselhamento emocional, apoio na adesão ao tratamento e prevenção de reinfecções.

5. Prevenção e promoção da saúde: O enfermeiro pode também promover a prevenção das ISTs através de
campanhas educativas, distribuição de materiais informativos, aconselhamento em grupos, entre outras ações. Além
disso, o enfermeiro pode promover a saúde sexual e reprodutiva, incentivando a realização de exames regulares e a
prevenção de infecções.

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