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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA SAÚDE


CURSO DE LICENCIATURA EM EMFERMAGEM GERAL

TRABALHO EM GRUPO DE MICROBIOLOGIA E


PARASITOLOGIA

TEMA:

DOENÇAS MAIS FREQUENTES NESTE MEIO GEOGRÁFICO


CAUSADO POR BACTÉRIAS, VÍRUS, FUNGOS E PARASITAS

TURMA: MANHÃ 1
SALA: G002
1ºANO O DOCENTE
_______________________________
ADOLFO FÉLIX

BENGUELA/NOVEMBRO 2023

1
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM EMFERMAGEM GERAL

TRABALHO EM GRUPO DE MICROBIOLOGIA E


PARASITOLOGIA

TEMA:

DOENÇAS MAIS FREQUENTES NESTE MEIO GEOGRÁFICO


CAUSADO POR BACTÉRIAS, VÍRUS, FUNGOS E PARASITAS

ELABORADO POR:
1. ELIAS CÉSAR
2. JOSÉ MARIA
3. VLADMILA KUTALICA
4. ISAUDINA MUTECA
5. REBECA NUNDA
6. PEDRO TCHANDJA
7. MANUEL DAVID
8. GELSIA PINTO
9. JOAQUINA CORDEIRO

BENGUELA/NOVEMBRO 2023
2
Pensamento
A humanidade definha, agoniza, grita e se corrói, e mesmo assim
estamos aqui. O ser humano é sem dúvida o mais resistente o microrganismo

Vive pela teimosia e pela esperança.

Mateus Horácio

3
Dedicatória
Dedicamos este trabalho aos nossos familiares e Professor, pois sem
eles este trabalho não seria realizado.

Aos colegas do Curso, е às pessoas que ajudaram directa e


indiretamente durante o processo do mesmo.

4
Resumo
O presente trabalho, intitulado “Doenças mais frequentes, neste meio
geográfico causadas por bactérias, vírus, fungos e parasitas” tem objetivo
compreender e identificar as doenças causadas por esses microrganismos que
desempenham papéis essenciais nos ecossistemas, na saúde e na indústria,
mas também podem ser responsáveis por diversas doenças. A compreensão
de suas características e comportamentos é crucial para prevenir, tratar e
controlar infecções

Palavras chaves: bactérias, fungos, vírus, parasitas e doenças

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Abstract
The present work, entitled “Most frequent diseases, in this geographic
environment caused by bacteria, viruses, fungi and parasites” aims to
understand and identify the diseases caused by these microorganisms that play
essential roles in ecosystems, health and industry, but can also be responsible
for several diseases. Understanding their characteristics and behaviors is
crucial to prevent, treat and control infections

Key words: bacteria, fungi, viruses, parasites and diseases

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Índice
Bactérias, Conceito..........................................................................................8

Historial............................................................................................................8

A tuberculose................................................................................................... 9

A cólera.......................................................................................................... 10

Virus, Conceito...............................................................................................11

Historial.......................................................................................................... 11

A hepatite.......................................................................................................12

A Sida.............................................................................................................13

Fungos, Conceitos.........................................................................................14

Historial.......................................................................................................... 14

A candidíase.................................................................................................. 15

A histoplasmose.............................................................................................16

Parasitas, Conceito........................................................................................17

Historial.......................................................................................................... 17

A malária........................................................................................................ 18

A amebíase....................................................................................................20

Conclusão......................................................................................................22

Referências Bibliográficas..............................................................................23

7
Bactérias, Conceito
Bactérias são organismos unicelulares que não possuem núcleo definido nem
organelas membranosas. Podem ser classificadas de acordo com o seu
formato, sendo as formas mais comuns a esférica, a de bastão e a espiralada.
Muito conhecidas por causarem doenças nos seres humanos, as bactérias
apresentam também sua importância, atuando, por exemplo, na decomposição
da matéria orgânica e sendo utilizadas na fabricação de alimentos, como
iogurtes.

As bactérias inicialmente eram agrupadas no Reino Monera, no qual todos os


procariontes estavam incluídos. Com a classificação dos seres vivos em três
domínios, o Reino Monera deixou de existir. Os organismos procariontes,
então, são divididos em dois grupos: o domínio Archaea e o domínio Bacteria.

Historial

As bactérias são os seres mais antigos da Terra e estão presentes em quase


todos os lugares – ar, água, solo, ar, poeira e até em vulcões; e por isso são
consideradas os seres vivos mais abundantes do planeta. Exemplo dessa
abundância está no fato de haver em nosso próprio organismo maior
quantidade de bactérias do que de células.

Estes microrganismos apresentam papel importante na manutenção da vida e


do equilíbrio dos ecossistemas, atuando como decompositores fixadores de
nitrogênio e desnitrificantes. Em nosso organismo, o papel desempenhado por
estes microrganismos também é essencial, uma vez que graças à quantidade
de bactérias presentes em nosso intestino, por competição, outras bactérias
patogênicas não encontram um meio adequado para se instalar. Graças a elas
também conseguimos absorver determinados nutrientes por elas produzidos
durante a fermentação dos alimentos que ingerimos.

Assim, antes de condenarmos esses microrganismos pelas inúmeras


enfermidades, devemos saber que somente uma pequena parte das bactérias
é patogênica, ou seja, causadora de doenças.

Quanto a sua descoberta, ocorreu por acaso, quando um negociante holandês,


Leewenhoek, ainda no século 16, estava observando resíduos de alimentos

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retirados de seus próprios dentes. Este comparou as minúsculas estruturas
encontradas a outras, presentes em diversos materiais, como água parada e
sujeira. Leewenhoek descreveu essas estruturas, em formato de bastonetes,
como pequenos animais (animáculos).

Entretanto, somente no século 19, o estudo das bactérias se desenvolveu,


graças aos trabalhos realizados pelo médico alemão Koch, que descobriu que
o causador de uma doença que acometia o gado era na verdade uma bactéria.
A fama de vilã não parou por aí. O pesquisador francês Pasteur contribuiu
grandemente para estudo destes microrganismos e de tanto estudar as
bactérias patogênicas passou a temê-las, chegando ao ponto de não mais
pegar na mão das pessoas e a desenvolver uma mania incontrolável de
limpeza, tudo para evitá-las.

Doenças causada pelas bactérias:

A tuberculose

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium


tuberculosis. Ela afeta principalmente os pulmões, mas também pode se
espalhar para outras partes do corpo, como os ossos, articulações e órgãos.

A transmissão da tuberculose ocorre principalmente através do ar, quando uma


pessoa infectada tosse, espirra ou fala, liberando no ar pequenas partículas
que contêm as bactérias. Pessoas saudáveis geralmente têm uma resposta
imunológica que impede o desenvolvimento da doença, mas aquelas com
sistemas imunológicos enfraquecidos têm um risco maior de desenvolver
tuberculose ativa.

Os sintomas da tuberculose incluem tosse persistente, febre, suores noturnos,


perda de peso e fadiga. O diagnóstico é geralmente feito por meio de testes
como o teste cutâneo de tuberculina, exames de imagem (como radiografias de
tórax) e, em alguns casos, culturas de escarro ou outros testes laboratoriais.

O tratamento da tuberculose geralmente envolve o uso de antibióticos


específicos por um período prolongado, muitas vezes vários meses. A adesão
rigorosa ao tratamento é crucial para evitar o desenvolvimento de cepas
resistentes a medicamentos.

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A prevenção da tuberculose inclui vacinação, especialmente em áreas onde a
doença é mais comum, e medidas para controlar a propagação da infecção,
como o isolamento de pessoas infectadas.

A cólera

A cólera é uma doença infecciosa aguda do trato intestinal causada pela


bactéria Vibrio cholerae. Ela é transmitida principalmente pela ingestão de água
ou alimentos contaminados com as fezes de uma pessoa infectada. A cólera é
uma doença que pode se espalhar rapidamente em áreas onde há falta de
saneamento básico e condições inadequadas de higiene.

Os sintomas da cólera geralmente incluem diarreia aquosa grave e vômitos, o


que pode levar rapidamente à desidratação se não for tratado adequadamente.
Em casos mais graves, a desidratação pode levar a complicações sérias e, em
alguns casos, à morte, se não for tratada a tempo.

O tratamento principal da cólera envolve a reidratação oral ou intravenosa para


substituir os fluidos perdidos devido à diarreia e vômitos. Antibióticos também
podem ser usados para reduzir a gravidade e a duração dos sintomas, além de
diminuir a disseminação da bactéria.

A prevenção da cólera é essencialmente baseada em medidas de saneamento,


como o acesso à água potável, instalações sanitárias adequadas e práticas de
higiene pessoal. A vacinação também pode ser uma estratégia preventiva em
áreas propensas a surtos.

Organizações de saúde global, como a Organização Mundial da Saúde (OMS),


muitas vezes estão envolvidas em esforços para prevenir e controlar surtos de
cólera em todo o mundo, especialmente em regiões onde as condições
sanitárias são precárias.

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Vírus, Conceito
Os vírus são seres diminutos, medindo cerca de 0,1µm de diâmetro, com
dimensões apenas observáveis ao microscópio eletrônico. Basicamente são
constituídos por ácido nucleico, que pode ser o DNA ou o RNA, envolvido por
um invólucro proteico denominado capsídeo, que além de proteger o material
genético, combina-se quimicamente com receptores membranares das células
parasitadas.

Esses seres são acelulares, não possuindo orgânulos que desempenham a


complexa síntese bioquímica. Somente exprimem atividades vitais: reprodução
e propagação, no interior de uma célula hospedeira. Portanto, são
considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Historial

A Virologia é um ramo da microbiologia que estuda os vírus e todas as suas


propriedades. Os primeiros achados significativos envolvendo esta ciência
ocorreram em 1892, com o cientista Dmitri Iwanowski, que observou que o
organismo que causava a doença do mosaico do tabaco era muito pequeno e
capaz de passar em qualquer filtro que era utilizado na época para deter
bactérias, que eram os microrganismos conhecidos até então. Entretanto, ele
não sabia que o microrganismo em questão se tratava de um vírus. Por volta
da década de 1930, os cientistas começaram a usar o termo vírus, oriundo do
latim “veneno”, para descrever esses agentes infecciosos. Somente em 1935,
Wendell Stanley demostrou o organismo, chamado de vírus do mosaico do
tabaco em inglês Tobacco mosaic vírus (TMV) que causava a doença e era
diferente dos demais micróbios. Stanley demostrou a natureza química do
TMV, cristalizando o vírus como um composto químico e observou que ele
continuava infeccioso. A partir de 1940, com o desenvolvimento do
microscópio, os microbiologistas puderam observar a estrutura viral em
detalhe.

Os avanços e inclusões de novas técnicas moleculares permitiram a


identificações de diversos vírus que infectam humanos, entre eles o vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) e o vírus da Hepatite C. Atualmente, muito se

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sabe sobre a estrutura, atividade e multiplicação de diversos vírus que infectam
humanos, animais e plantas.

Doenças causadas por vírus :

A hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por diferentes
agentes, incluindo vírus, substâncias tóxicas (como álcool) e algumas
condições autoimunes. Os vírus da hepatite mais comuns são os tipos A, B, C,
D e E. Cada tipo é transmitido de maneira diferente e tem características
específicas.

Hepatite A (HAV): Geralmente é contraída através da ingestão de água ou


alimentos contaminados. Pode causar uma infecção aguda, mas raramente
resulta em uma forma crônica.

Hepatite B (HBV): Pode ser transmitida através do contato com sangue


contaminado, relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e
de mãe para filho durante o parto. A infecção por hepatite B pode se tornar
crônica e aumentar o risco de cirrose hepática e câncer de fígado.

Hepatite C (HCV): Geralmente é transmitida pelo contato direto com o sangue


de uma pessoa infectada, muitas vezes através do compartilhamento de
agulhas. A hepatite C pode se tornar crônica e levar a complicações graves,
como cirrose e câncer hepático.

Hepatite D (HDV): Este vírus só pode infectar pessoas que já têm hepatite B. A
infecção simultânea com hepatite B e D pode resultar em uma forma mais
grave da doença.

Hepatite E (HEV): Geralmente é transmitida através da ingestão de água ou


alimentos contaminados. Embora a hepatite E seja geralmente autolimitada,
pode ser grave em mulheres grávidas.

Os sintomas comuns da hepatite incluem fadiga, febre, mal-estar, dores


musculares, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), urina escura e
fezes claras. O diagnóstico é feito através de exames de sangue que detectam
marcadores específicos para cada tipo de vírus.

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O tratamento da hepatite depende do tipo e da gravidade da infecção. Algumas
hepatites agudas se resolvem espontaneamente, enquanto outras podem
requerer tratamento específico. Vacinas estão disponíveis para prevenir as
hepatites A e B, mas não para os tipos C, D e E. A prevenção também envolve
práticas de higiene, uso de preservativos, precauções com o sangue e
vacinação, quando disponível.

A Sida

Sida é um termo frequentemente usado para se referir à Síndrome da


Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ou, em inglês, Acquired Immunodeficiency
Syndrome (AIDS). A AIDS é uma condição causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV).

O HIV ataca o sistema imunológico, especificamente os linfócitos T CD4, que


são células responsáveis por combater infecções no corpo. Com o tempo, o
HIV pode destruir essas células em quantidade suficiente para deixar o
organismo vulnerável a várias infecções e doenças oportunistas. A AIDS é o
estágio mais avançado da infecção por HIV, caracterizado por uma contagem
de células CD4 muito baixa ou a presença de infecções oportunistas.

O HIV é transmitido através de fluidos corporais como sangue, sêmen,


secreções vaginais e leite materno. As principais vias de transmissão incluem
relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas contaminadas,
transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez, parto ou
amamentação) e exposição a sangue infectado.

Os sintomas da infecção por HIV podem variar, e muitas pessoas não


apresentam sintomas imediatamente após a infecção. Quando os sintomas
ocorrem, podem incluir febre, fadiga, dor de garganta, ínguas, erupções
cutâneas e outros sintomas semelhantes aos da gripe. No entanto, o HIV pode
permanecer assintomático por muitos anos.

Atualmente, não há cura para o HIV, mas o tratamento antirretroviral (TAR)


pode ajudar a controlar a replicação do vírus, retardar a progressão para a
AIDS e melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV. A
prevenção do HIV envolve o uso consistente de preservativos durante as

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relações sexuais, o compartilhamento seguro de agulhas, testagem regular
para HIV e, quando apropriado, o uso de medicamentos antirretrovirais para
prevenção (PrEP)

É importante notar que o termo "Sida" é mais comumente usado em alguns


países de língua portuguesa para se referir à AIDS. O uso da palavra pode
variar em diferentes regiões e contextos.

Fungos, Conceitos
O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas (ou eucariontes), que inclui
micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais
familiares cogumelos.

Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e


bactérias. Uma grande diferença é o fato de as células dos fungos terem
paredes celulares que contêm quitina e glucanos, ao contrário das células
vegetais, que contêm celulose. Estas e outras diferenças mostram que os
fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, denominado
Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham um ancestral
comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto dos
estruturalmente similares Myxomycetes (agora classificados em Myxogastria) e
Oomycetes. A disciplina da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a
micologia, muitas vezes vista como um ramo da botânica, mesmo apesar de os
estudos genéticos terem mostrado que os fungos estão mais próximos dos
animais do que das plantas.

Historial

A história dos fungos é vasta e abrange bilhões de anos de evolução. Os


fungos são um grupo diversificado de organismos e desempenham papéis
cruciais em ecossistemas, na medicina, na alimentação e em várias indústrias.

Fungos são organismos eucarióticos, o que significa que suas células contêm
um núcleo definido por membrana. Eles compartilham um ancestral comum
com animais e estão mais intimamente relacionados aos animais do que às
plantas. Os fungos evoluíram há mais de um bilhão de anos, tornando-os
alguns dos organismos mais antigos na Terra.

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Em 1928, Alexander Fleming descobriu a penicilina, o primeiro antibiótico, que
é produzido pelo fungo do gênero Penicillium. Essa descoberta revolucionou a
medicina ao proporcionar uma maneira eficaz de tratar infecções bacterianas.

Doenças causadas pelos fungos:

A candidíase

A candidíase é uma infecção causada por fungos do gênero Candida. Candida


albicans é a espécie mais comum associada a infecções em seres humanos,
mas outras espécies de Candida também podem estar envolvidas. Esses
fungos são comumente encontrados na pele, na boca, no trato gastrointestinal
e nas áreas genitais.

A candidíase pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da região


afetada:

Candidíase Oral:

Também conhecida como sapinho, é caracterizada por manchas brancas ou


placas na boca, língua e garganta. Pode ocorrer em bebês, pessoas com
sistema imunológico enfraquecido ou em indivíduos que usam dentaduras.

Candidíase Cutânea:

Afeta a pele, resultando em erupções cutâneas vermelhas e com coceira,


muitas vezes nas áreas de dobras da pele.

Candidíase Genital:

É uma das formas mais comuns da infecção e pode afetar homens e mulheres.
Em mulheres, pode causar uma infecção vaginal, resultando em corrimento
anormal, coceira, vermelhidão e desconforto. Nos homens, pode levar a
irritação e erupções na área genital.

Candidíase Invasiva:

Em casos mais graves, a Candida pode se espalhar para órgãos internos,


resultando em uma condição chamada candidíase invasiva. Isso é mais comum

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em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como pacientes com
câncer, transplantados ou com infecção pelo HIV.

Fatores de risco para o desenvolvimento da candidíase incluem sistema


imunológico enfraquecido, uso prolongado de antibióticos, gravidez, diabetes
não controlada, uso de contraceptivos orais, entre outros.

O tratamento da candidíase geralmente envolve antifúngicos, que podem ser


administrados por via oral, tópica ou, em casos mais graves, intravenosa.
Medidas preventivas incluem manter uma boa higiene, evitar roupas apertadas
e úmidas, controlar condições médicas subjacentes e evitar o uso excessivo de
antibióticos, quando possível.

A histoplasmose

A histoplasmose é uma doença causada pelo fungo Histoplasma capsulatum,


que é encontrado em certas áreas geográficas, principalmente em solos ricos
em fezes de aves e morcegos. A infecção ocorre quando as pessoas inalam os
esporos do fungo presentes no solo.

A histoplasmose é endêmica em algumas regiões do mundo, incluindo partes


dos Estados Unidos, América Central, América do Sul, África e Ásia. Em áreas
endêmicas, a exposição ao solo contaminado pode ocorrer durante atividades
como limpeza de galinheiros, demolição de estruturas antigas ou exploração de
cavernas.

Os sintomas da histoplasmose podem variar de leves a graves e, em alguns


casos, a infecção pode ser assintomática. Os sintomas geralmente se
assemelham aos de uma infecção respiratória, e incluem febre, tosse, dor no
peito, fadiga e suores noturnos. Em casos mais graves, a histoplasmose pode
disseminar-se para outros órgãos além dos pulmões.

O diagnóstico geralmente envolve a análise de amostras clínicas, como


escarro, sangue ou tecido, para detectar a presença do fungo ou de anticorpos
específicos.

O tratamento da histoplasmose pode envolver antifúngicos, especialmente em


casos mais graves ou em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.

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Em casos leves e autolimitados, o corpo pode resolver a infecção por conta
própria.

A prevenção da histoplasmose inclui evitar a exposição ao solo contaminado


sempre que possível, especialmente em áreas endêmicas. O uso de
equipamentos de proteção individual, como máscaras, pode ser recomendado
em certos ambientes de trabalho, como cavernas ou estruturas antigas.

Pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como aquelas com


HIV/AIDS ou que estão em tratamento com medicamentos imunossupressores,
podem ter um risco aumentado de desenvolver formas graves de
histoplasmose, e devem estar cientes dos riscos e adotar medidas preventivas
adequadas. Se houver suspeita de histoplasmose, é importante buscar a
orientação de um profissional de saúde para avaliação e tratamento
adequados.

Parasitas, Conceito
Parasita é um organismo que vive na superfície ou no interior de outro
organismo (o hospedeiro) e se aproveita (por exemplo, obtendo nutrientes) do
hospedeiro à custa do hospedeiro. Embora esta definição, na verdade, se
aplique a muitos micróbios, incluindo bactérias, fungos e vírus, os médicos
usam o termo “parasitas” para se referir a

Protozoários (como amebas) que consistem em uma só célula

Vermes (helmintos), os quais são maiores e consistem em muitas células e têm


órgãos internos

Os protozoários se reproduzem por divisão celular e podem se multiplicar


dentro das pessoas. Os protozoários incluem uma grande variedade de
organismos unicelulares, como a Giardia, que infecta o intestino, e o
protozoário da malária, que se desloca na corrente sanguínea.

A maioria dos vermes, ao contrário, produz ovos ou larvas que se desenvolvem


no meio ambiente antes de serem capazes de infectar pessoas. O
desenvolvimento no ambiente pode envolver outro animal (um hospedeiro
intermediário). Os vermes incluem nematelmintos, tais como ancilóstomos, e
platelmintos, tais como tênias e trematódeos.
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Historial

A história nos mostra que ao invés de existir um processo linear e relativamente


simples de transição epidemiológica, no qual as chamadas doenças de
pobreza são substituídas pelos males da modernidade, o que se observa é um
quadro complexo de alterações, mudanças, adaptações e emergências típicas
dos fenômenos vivos. A relação entre as populações de homens, vetores e
agentes etiológicos é bastante complexa e não parece estar no horizonte, para
os próximos anos, a miragem de uma vida livre de infecções (Barata, 2000).

Entre as doenças decorrentes da "pobreza", destacamos as parasitárias, ou as


parasitoses. Entende-se que parasitismo é apenas um dentre muitos tipos de
associação de dois organismos e não há um caráter único possível para rotular
um animal como parasita (Wilson, 1980).

O parasita obtém alimento às expensas de seu hospedeiro, consumindo-lhe os


tecidos e humores ou o conteúdo intestinal, sendo que o relacionamento do
parasita com seu hospedeiro tem base nutricional não podendo lesar
drasticamente o hospedeiro, evitando alterações comprometedoras, o que o
faria perder o seu hospedeiro. O parasitismo ideal é aquele que não causa
dano ao hospedeiro e, por conseguinte, não provoca doença. Isso é o que
acontece com alguns parasitas que, ao longo de milhares de anos, se
adaptaram de tal forma aos seus hospedeiros que passaram a viver outro tipo
de relação entre dois organismos denominada simbiose.

Por volta de 1860, os fundamentos da ciência chamada de parasitologia foram


estabelecidos e os parasitas se tornaram então os responsáveis por
importantes doenças do homem e dos seus animais domésticos. Apesar de
muitos parasitologistas terem qualificações médicas, a parasitologia se
estabeleceu como um ramo da história natural na metade do século 19; muitos
dos personagens que se distinguiram na parasitologia eram médicos, zoólogos,
ou de outros ramos da história natural. Embora houvesse muita especulação se
os parasitas seriam os responsáveis pelas sérias condições patológicas
apresentadas pelas doenças, foi nesse período que se constatou que a
hidatidose e a trichinelose tinham como agentes patogênicos os parasitas
(Foster, 1965).

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Doenças causadas por parasitas:

A malária

A malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos do gênero


Anopheles. Ela é causada por parasitas do gênero Plasmodium, sendo o
Plasmodium falciparum o mais mortal. A doença é prevalente em regiões
tropicais e subtropicais, especialmente na África Subsaariana, América do Sul,
Ásia e partes do Oriente Médio.

Ciclo de Vida do Parasita:

O ciclo de vida começa quando uma fêmea do mosquito Anopheles infectado


pica um humano, injetando esporozoítos, a forma inicial do parasita, na
corrente sanguínea.

Os esporozoítos viajam para o fígado, onde se reproduzem e se transformam


em merozoítos.

Os merozoítos são liberados na corrente sanguínea, infectam os glóbulos


vermelhos e iniciam um novo ciclo de reprodução.

Isso leva à liberação de novos merozoítos, resultando em sintomas da malária.

Sintomas:

Os sintomas podem variar, mas frequentemente incluem febre, calafrios,


sudorese, dores de cabeça, náuseas e vômitos.

Em casos graves, a malária pode levar a complicações como anemia,


insuficiência renal, danos cerebrais e até mesmo morte.

Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico é geralmente feito através de testes de sangue que detectam a


presença do parasita.

A malária pode ser tratada com medicamentos antimaláricos, mas é importante


identificar o tipo específico de Plasmodium para orientar o tratamento
adequado.

Prevenção:

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A prevenção envolve o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas,
repelentes, profilaxia medicamentosa em áreas endêmicas e controle de
mosquitos.

Vacinas estão em desenvolvimento, mas atualmente sua eficácia é limitada.

Desafios e Impacto:

A malária é um importante problema de saúde global, causando um alto


número de mortes, principalmente entre crianças na África.

O controle eficaz requer esforços integrados, incluindo o tratamento rápido de


casos, prevenção de picadas de mosquito e pesquisa contínua.

A amebíase

A amebíase, também conhecida como disenteria amebiana, é uma infecção


causada pelo parasita Entamoeba histolytica. Este protozoário unicelular pode
infectar o intestino humano e causar uma variedade de sintomas, desde formas
assintomáticas até casos mais graves.

Ciclo de Vida do Parasita:

A infecção ocorre quando cistos (forma inativa) de Entamoeba histolytica são


ingeridos através de alimentos ou água contaminados.

No intestino, os cistos liberam trofozoítos, a forma ativa do parasita, que se


multiplicam e podem causar danos à mucosa intestinal.

Alguns trofozoítos podem formar cistos novamente, completando o ciclo de


vida.

Sintomas:

Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas (portadores


assintomáticos).

Quando presentes, os sintomas podem incluir diarreia, cólicas abdominais,


febre, náuseas, perda de peso e, em casos graves, disenteria (diarreia com
sangue e muco).

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Em casos raros, a amebíase pode levar a complicações como abscessos no
fígado.

Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico geralmente é feito através de exames de fezes que identificam a


presença de cistos ou trofozoítos do parasita.

O tratamento envolve medicamentos antiparasitários específicos, como o


metronidazol ou tinidazol.

Prevenção:

Medidas de higiene, como lavagem cuidadosa das mãos e ingestão de água


potável, são essenciais para prevenir a infecção.

Evitar alimentos crus ou mal cozidos, especialmente em áreas endêmicas,


também é uma prática preventiva.

Epidemiologia:

A amebíase é mais comum em regiões com condições sanitárias precárias e


acesso limitado a água potável.

Embora a infecção seja mais prevalente em países em desenvolvimento, casos


também podem ocorrer em áreas desenvolvidas.

A amebíase é uma doença tratável, e a maioria dos casos é resolvida com o


tratamento adequado. No entanto, a prevenção é fundamental, especialmente
em áreas onde as condições sanitárias são desfavoráveis. Indivíduos com
sintomas sugestivos de amebíase devem procurar atendimento médico para
diagnóstico e tratamento adequados.

21
Conclusão
Para culminar, apraz-me dizer que bactérias são organismos
unicelulares procariontes, com estrutura celular simples e sem núcleo definido,
podem ser benéficas (algumas auxiliam na digestão) ou patogênicas (causam
doenças). Reproduzem-se por divisão celular simples, alguns exemplos
incluem Escherichia coli, Streptococcus e Clostridium.

Vírus são estruturas muito pequenas e simples, compostas por material


genético (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula proteica, não são
considerados organismos vivos, pois dependem de células hospedeiras para
se replicar, podem causar uma variedade de doenças em humanos, animais e
plantas. Exemplos incluem o vírus da gripe, HIV e o vírus do herpes.

Fungos são organismos eucariontes com células mais complexas que


bactérias, incluindo um núcleo definido, podem ser unicelulares (leveduras) ou
multicelulares (como cogumelos), desempenham papéis importantes na
decomposição, produção de alimentos (fermentação) e em simbioses com
plantas. Alguns fungos podem causar infecções, como a candidíase.

Parasitas são organismos que vivem à custa de outro organismo (hospedeiro),


causando-lhe danos, podem ser protozoários (unicelulares) ou helmintos
(vermes multicelulares), muitos parasitas causam doenças em humanos, como
malária (causada por Plasmodium), giardíase e vermes intestinais, a
transmissão geralmente ocorre por meio de água contaminada, alimentos ou
picadas de insetos.

Esses microrganismos desempenham papéis essenciais nos


ecossistemas, na saúde e na indústria, mas também podem ser responsáveis

22
por diversas doenças. A compreensão de suas características e
comportamentos é crucial para prevenir, tratar e controlar infecções.

Referências Bibliográficas
1. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é parasita?"; Brasil Escola.
Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-
parasita.htm. Acesso em 16 de novembro de 2023.
2. Martín-Park A, Che-Mendoza A, Contreras-Perera Y, et al: Pilot trial
using mass field-releases of sterile males produced with the incompatible
and sterile insect techniques as part of integrated Aedes aegypti control
in Mexico. PLoS Negl Trop Dis 16(4):e0010324, 2022. Publicado em 26
de abril de 2022. doi:10.1371/journal.pntd.0010324
3. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Reino Fungi"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fungi.htm. Acesso
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