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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA

DENGUE

Docentes:
Joana Sami, PhD

Luanda
Março, 2024
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA

Dengue

Trabalho de pesquisa bibliográfica na disciplina


de Doenças Emergentes e Reemergente, do curso
de licenciatura em Análises Clínicas e Saúde
Pública, leccionada no Instituto de Ciências da
Saúde (ICISA) unidade órgânica da Universidade
Agostinho Neto.

Discentes:
1. Higino N. Baptista Musua
2. Hionild de Jesus Trindade
3. Helena da Onda
4. Helena Miguel
5. Inês Kayila Makinga
6. Juscineid Lutuma
7. Lawrence Abrantes

4º Ano/ II Semestre
Período: Diurno
Curso: Análises Clínicas e Saúde Pública

Docente:
Joana Sami, PhD

Luanda
Março, 2024

I
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................1
2. OBJECTIVOS..............................................................................................................................2
2.1. GERAIS...............................................................................................................................2

2.2. ESPECÍFICOS....................................................................................................................2

3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO..............................................................................................3
3.1. Conceito...............................................................................................................................3

3.2. Vector...................................................................................................................................3

3.3. Agente Etiologico...............................................................................................................5

3.5. Factores de Risco................................................................................................................7

3.6. Defesa do hospedeiro........................................................................................................8

4. CONCLUSÃO............................................................................................................................16
5. REFERENCIAS.........................................................................................................................18

II
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a dengue tornou-se a mais importante arbovirose em termos de
morbidade e mortalidade, afetando milhões de pessoas, especialmente em países tropicais,
onde as condições ambientais favorecem a proliferação do mosquito vetor. Como ainda não
existem vacinas e os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, o diagnóstico rápido e
confiável constitui-se como fator primordial ao tratamento e controle de epidemias
(BIASSOTI & ORTIZ, 2016).
Após a independência do país, que ocorreu em 1975, foram registados em vários
países casos esporádicos de dengue importados de Angola. Deste modo, até 2012, o
desconhecimento sobre a prevalência de arboviroses, como dengue e chikungunya era uma
realidade. (MARQUES, 2017)
A dengue é uma infecção viral transmitida por mosquitos que provoca febre, dores
generalizadas pelo corpo e, se for grave, sangramento externo e interno (chamado dengue
hemorrágica) (YUILL, 2021).
A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que nos últimos anos se
espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus
da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em
menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses mosquitos também transmitem
chikungunya e zika (OPAS, 2020)
Este trabalho acadêmico visa explorar e analisar diversos aspectos relacionados à
dengue, desde sua origem e características do vírus até as estratégias de prevenção e controle
adotadas globalmente.

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2. OBJECTIVOS
2.1. GERAIS
 Conhecer a malária
2.2. ESPECÍFICOS
 Descrever aspectos históricos, vector, agente etiológico, reservatório, habitat;
 Explicar os factores de riscos;
 Citar os tipos de plasmodium e sua morfologia;
 Ilustrar o modo de transmissão e o período de incubação;
 Mostrar seus mecanismos de patogenicidade, ciclo biológico e as manifestações
clínicas;
 Mencionar suas manifestações clínicas, o diagnostico, complicações clínicas,
tratamento, medidas de prevenção e controle;
 Apresentar a epidemiologia da malaria em Angola;

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3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
3.1. Conceito
A dengue constitui-se a mais arbovirose que afeta a espécie humana. Caracteriza-se
como uma doença infecciosa febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna, na
maioria dos casos, podendo apresentar duas formas clínicas: Dengue Clássica e Febre
Hemorrágica da Dengue/Síndrome do Choque da Dengue (BIASSOTI & ORTIZ, 2016).
A Dengue é uma arbovirose que dá origem a doença infecciosa emergente causada pelo vírus
pertencente ao gênero Flavivirus e transmitida por meio da picada do mosquito pertencente ao
gênero Aedes (FURTADO, 2019).

3.2. Vector

O vírus da dengue é transportado e transmitido por mosquitos do gênero Aedes, que


inclui diversas espécies de mosquitos. Destas espécies, o principal vetor do vírus da dengue é
a espécie Aedes aegypti . É o principal vetor da dengue responsável pela transmissão da
dengue e pelas epidemias de dengue. Outras espécies de mosquitos do gênero Aedes –
incluindo Aedes albopictus , Aedes polynesiensis e Aedes scutellaris – têm capacidade
limitada de servir como vetores da dengue (SCITABLE, 2014).
O Aedes aegypti é um mosquito pequeno e escuro que pode ser identificado pelas
faixas brancas nas patas e um padrão de escamas branco-prateado no corpo que se parece com
um antigo instrumento musical grego chamado lira. O Aedes aegypti habita regiões tropicais
e subtropicais em todo o mundo, principalmente entre as latitudes de 35° N e 35°S, onde a
temperatura no inverno não é inferior a 10°C. Embora alguns mosquitos possam viajar mais
ao norte ou ao sul dessas latitudes, eles são incapazes de sobreviver aos invernos
frios. Como os Aedes aegypti necessitam de um clima quente, eles normalmente não vivem
em altitudes acima de 1.000 m, onde a temperatura é mais fria. Esses mosquitos estão
associados aos espaços de vida dos humanos. Eles geralmente passam a vida inteira dentro e
ao redor das casas onde seus ovos eclodem (SCITABLE, 2014).
O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e febre amarela urbana, é menor
que os mosquitos comuns, de cor preta com listras brancas. As fêmeas, necessitando de
sangue para amadurecer os ovos, depositam-nos em objetos próximos à água limpa. Cada
mosquito vive cerca de 30 dias, com a fêmea colocando entre 150 e 200 ovos. A transmissão
da dengue ocorre quando ovos contaminados completam seu ciclo evolutivo. Os ovos são

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depositados acima da água e eclodem em contato com a chuva, passando por quatro fases em
cerca de sete a nove dias. O Aedes aegypti utiliza recipientes artificiais, como latas e garrafas,
como locais de reprodução, mas também pode buscar criadouros naturais, como bromélias e
buracos em árvores (SESA,[2015-2023]).
Estudos demonstram que, uma vez infectada e isso pode ocorrer numa única
inseminação, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de, pelo
menos, parte de suas descendentes já nascerem portadoras do vírus. As fêmeas preferem o
sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado. Atacam de
manhãzinha ou ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase
indolor a picada. Tanto a fêmea quanto os machos abrigam-se dentro das casas ou nos
terrenos ao redor(SESA,[2015-2023]).

3.3. Agente Etiologico

O Arbovirus (vírus transmitido por artrópodes) constitui o maior grupo conhecido de


vírus, apresenta o genoma constituído de ácido ribonucleico (RNA) e é mantido na natureza
por meio de transmissão biológica entre hospedeiros vertebrados susceptíveis e artrópodes
hematófagos, ou por transmissão de artrópode para artrópode através da via transovariana
(FURTADO, 2019).
O homem se infecta por meio, da picada do mosquito hematófaga fêmea Aedes
aegypti (SILVA, 2019).
O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivirus e pertencente à família
Flaviviridae. Apresenta quatro sorotipos denominados DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4. Ao
que tudo indica, o DEN-3 é o tipo mais virulento, seguido pelo DEN-2, DEN-4 e DEN-1. O
tipo 1 é o mais explosivo dos quatro, ou seja, causa grandes epidemias em curto prazo e
alcança milhares de pessoas rapidamente. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante
ou imediatamente após períodos chuvosos (MS-BRASIL, 2018).
A estrutura do vírus dengue é relativamente simples, constituída por partículas
esféricas que englobam as proteínas estruturais do invólucro, da membrana e da cápside, bem
como o genoma, que consiste de uma fita simples de ácido ribonucleico de polaridade
positiva. Adicionalmente, existem glicoproteínas não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3,
NS4A, NS4B e NS5), essenciais para a replicação do ácido ribonucleico viral (MARQUES,
2017).

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3.4. Ciclo de transmição e patogenia

O vírus da dengue se espalha através de um ciclo de transmissão de humano para


mosquito para humano. Normalmente, quatro dias após ser picado por um mosquito Aedes
aegypti infectado , uma pessoa desenvolve viremia, uma condição na qual há um alto nível do
vírus da dengue no sangue. A viremia dura aproximadamente cinco dias, mas pode durar até
doze dias. No primeiro dia de viremia, a pessoa geralmente não apresenta sintomas de dengue
(SCITABLE, 2014).
A fonte de infecção e o hospedeiro vertebrado é a espécie humana. O ciclo de
transmissão do vírus da dengue começa quando o mosquito pica uma pessoa infectada. Dentro
do Aedes, o vírus multiplica-se no intestino médio do inseto e, com o tempo, passa para
outros órgãos, chegando finalmente às glândulas salivares, de onde sairá para a corrente
sanguínea da pessoa picada. Assim que penetra na corrente sanguínea, o vírus passa a se
multiplicar em órgãos específicos, como o baço, o fígado e os tecidos linfáticos. Esse período
é conhecido como incubação e dura de quatro a sete dias. Após, o vírus volta a circular na
corrente sanguínea. Pouco depois ocorrem os primeiros sintomas (FURTADO, 2019).
O vírus replica-se também nas células sanguíneas, como o macrófago, e atinge a
medula óssea, comprometendo a produção de plaquetas. Durante a multiplicação viral,
formam-se substâncias que agridem as paredes dos vasos sanguíneos, provocando uma perda
de líquido (plasma). Quando isso ocorre muito rapidamente, aliado à diminuição de plaquetas,
podem ocorrer sérios distúrbios no sistema circulatório, como hemorragias e queda da pressão
arterial (choque). Com pouco plasma, o sangue fica mais denso, dificultando as trocas gasosas
com o pulmão, o que pode gerar uma deficiência respiratória aguda (FURTADO, at all,
20219).
A patogenia da dengue é multifatorial, ditada por interações complexas entre o vírus, o
vetor (mosquito) e o hospedeiro. A base molecular da patogênese do DENV e os fatores que
levam ao desenvolvimento da forma grave da doença com hemorragias e choque ainda não
são totalmente compreendidos e isso ocorre em parte, devido à falta de um modelo celular e
animal onde as hipóteses de patogenia (tropismo células, ativação de resposta imunológica
etc.), evolução clínica e epidemiológica possam ser testadas (SALGADO, 2018).
Depois de inoculado no hospedeiro humano, o vírus entra nas células, se replica,
produz progenitores virais e se inicia, então, a fase de viremia, com posterior distribuição do

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vírus para todo o organismo. Não estão totalmente esclarecidos os sítios de replicação viral no
homem, mas as evidências apontam para as células da linhagem monocítica-macrofágica de
órgãos linfóides, pulmões e fígado como os principais locais. A replicação viral estimula os
monócitos e, indiretamente, linfócitos a produzirem citocinas. Algumas delas vão ter efeito
pró-inflamatório e vão ser responsáveis pelo aparecimento de sintomas como a febre. Outras
estimulam a produção de anticorpos, que se ligam aos antígenos virais formando
imunocomplexos (DIAS, at all, 2010).
Os anticorpos IgM anti-dengue começam a ser produzidos a partir do quinto e sexto
dia. Eles são capazes de neutralizar o vírus de forma que seu aparecimento marca o declínio
da viremia. Permanecem detectáveis no soro por aproximadamente dois meses. Os anticorpos
IgG antidengue surgem após um período de sete a 10 dias de evolução10, sobem muito na
convalescença e voltam a cair, persistindo em títulos baixos por toda a vida, conferindo
imunidade sorotipo específica. Na infecção secundária, devido os linfócitos de memória, a
produção de IgG começa mais precocemente e atinge níveis mais elevados (DIAS, at all,
2010).
A teoria apresentada por Halstead em 1970 é a mais antiga e que até 2008 foi a mais
predominante aceita. Essa teoria diz que a probabilidade de ocorrência da forma grave é maior
no indivíduo que sofre uma infecção secundária (sequencial) com um sorotipo diferente de
uma infecção prévia (SALGADO, 2018).
Três teorias mais conhecidas tentam explicar a gravidade da doença (MS-BRASIL, 2002):
1. Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa infectante, de modo que as
formas mais graves sejam resultantes de cepas extremamente virulentas.
2. Na Teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infecções seqüenciais por diferentes
sorotipos do vírus da dengue, num período de 3 meses a 5 anos. Nessa teoria, a
resposta imunológica na segunda infecção é exacerbada, o que resulta numa forma
mais grave da doença.
3. Uma hipótese integral de multicausalidade tem sido proposta por autores cubanos,
segundo a qual se aliam vários fatores de risco às teorias de Halstead e da virulência
da cepa. A interação desses fatores de risco promoveria condições para a ocorrência da
FHD.
3.5. Período de incubação

O período de incubação varia de 3-15 dias (média 6 dias) e o de transmissibilidade


desde 1 dia antes do início da febre até ao 6º dia da doença (TEIXEIRA, TCHONGO, 2022).
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3.6. Factores de Risco

Alguns aspectos são apontados como fatores de risco de evolução para a forma grave
do dengue tais quais: uma resposta imunológica pré-existente devido à infecção prévia com
DENV, tempo decorrido entre as duas infecções, idade, etnia, características genéticas,
sorotipo, genótipo viral e carga viral. Diante da dificuldade em definir e explicar quais destes
fatores seriam responsáveis por uma evolução clínica menos favorável da doença algumas
teorias que buscam apontar e explicar fatores que possam favorecer ao prognóstico grave da
doença e dessa forma auxiliar no tratamento adequado dos pacientes têm sido testadas
( SALGADO, 2018).
1.Localização Geográfica:Áreas tropicais e subtropicais são propícias para a proliferação do
mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, aumentando o risco de transmissão da doença.
2. Condições Climáticas: Climas quentes e úmidos favorecem a reprodução do mosquito
Aedes aegypti, tornando esses ambientes mais propícios para a propagação da dengue .
3. Presença de Água Parada:Locais com acúmulo de água parada, como recipientes, pneus e
vasos de plantas, criam ambientes favoráveis para a reprodução do mosquito transmissor da
dengue.
4.Viagens para Áreas Endêmicas:Indivíduos que viajam para regiões com alta incidência de
dengue estão em maior risco de contrair a doença e disseminá-la para outras áreas.
5. Falta de Medidas de Controle: A ausência de medidas eficazes de controle de vetores, como
a eliminação de criadouros e o uso de repelentes, aumenta o risco de infestação por mosquitos
transmissores da dengue.
3.7. Defesa do hospedeiro

Com a replicação viral, se inicia a produção de citocinas que são estimuladas por
monócitos e de forma indireta, linfócitos. Algumas destas podem ter efeito pró-inflamatório
que irão causar o aparecimento de sintomas, como a febre. Já outras podem estimular a
produção de anticorpos que irão se ligar aos antígenos virais e assim formando
imunocomplexo (MATTOS, at all, 2018).
Os primeiros anticorpos a serem produzidos contra a dengue são IgM, que começam a
surgir a partir do quinto e sexto dia. Estes anticorpos neutralizam o vírus minimizando a
viremia. O vírus é detectado no soro por até dois meses. Entre sete a dez dias após o início da
doença, iniciase a produção de anticorpos IgG, tendo uma concentração alta durante a doença
porém seus níveis diminuem até o fim da presença do vírus, sendo detectáveis no soro por

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toda vida porem em títulos baixos. Esta memória imunológica não confere imunidade para os
quatro sorotipos, somente para o sorotipo contraído. Em casos que há uma infecção
secundária, a produção de IgG inicia precocemente e com níveis aumentados, isto devido aos
linfócitos de memória (MATTOS, at all, 2018).
A proteína E, que se encontra nas espículas do envelope dos vírus da dengue, é
essencial para a ligação viral ao receptor de membrana e possuindo os mais importantes
domínios antigênicos desses microorganismos. A região onde se liga os anticorpos da proteína
E determinam a produção de anticorpos específicos para o tipo viral e podem ser detectados
por múltiplos testes sorológicos.
3.8. Suscetibilidade genetica do hospedeiro
A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. A imunidade é permanente para um mesmo
sorotipo (homóloga). Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente
por 2 a 3 meses. A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por dengue pode
ser:
• Primária – ocorre em pessoas não expostas anteriormente ao flavivírus, no qual o título dos
anticorpos se eleva lentamente.
• Secundária – ocorre em pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiveram infecção
prévia por flavivírus no qual o título de anticorpos IgG se eleva rapidamente, com aumento
menos marcado de anticorpos IgM.

3.9. Epidemiologia da Dengue


A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal.
A descoberta da circulação do vírus em Angola data de 1973, porém continuou sem
registo até 2013 (SILVA & NETO & PARREIRA, 2023). No inicio de 2013 dezenas de casos
ezenas de casos de infeção pela Dengue. Entre as vítimas, houve mulheres e crianças(ONU,
2013).

Quase metade da população mundial, cerca de 4 mil milhões de pessoas, vive


em áreas com risco de dengue . A dengue costuma ser uma das principais causas de doença
em áreas de risco.A cada ano, até 400 milhões de pessoas são infectadas pela
dengue. Aproximadamente 100 milhões de pessoas adoecem devido à infecção e 40.000
morrem de dengue grave (CDC, 2023).

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O mosquito transmissor da dengue é originário do Egito, na África, e vem se
espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das
Grandes Navegações. Admite-se que o vetor foi introduzido no Novo Mundo, no período
colonial, por meio de navios que traficavam escravos. Ele foi descrito cientificamente pela
primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes
aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue
no continente americano ocorreu no Peru, no início do século 19, com surtos no Caribe,
Estados Unidos, Colômbia e Venezuela.

Relativamente à presença do vírus dengue em África, os primeiros isolamentos do


serotipo-1 e do serotipo-2 ocorreram a partir de amostras colhidas durante uma epidemia na
Nigéria, no período de 1964 a 1968. O serotipo-3 foi inicialmente documentado durante uma
epidemia em Pemba, Moçambique, em 1984-1985 e o serotipo-4 foi detectado no Senegal na
década de 1980. Nos últimos anos, a expansão do serotipo-3 na África Ocidental tem sido
preocupante e foi responsável por uma epidemia sem precedentes em Cabo Verde, afectando
cerca de 17 224 indivíduos em 2009 (MARQUES, 2017).

O país mais afectado na região em 2023 é o Burkina Faso, registando um aumento


significativo nos casos de dengue em comparação com os mesmos períodos de 2021 e 2022.
Em 18 de Dezembro, o número cumulativo de casos notificados no país em 2023 era de 146
878 suspeitos. casos, incluindo 68.346 casos prováveis (teste de diagnóstico rápido positivo) e
688 mortes entre casos suspeitos, representando uma taxa de letalidade de 0,5% ( OMS,
2023).

O fardo da dengue em África não é bem compreendido devido à semelhança dos sintomas
clínicos comuns e inespecíficos da doença com a malária e outras doenças febris tropicais;
capacidade laboratorial limitada para detecção e confirmação oportuna da dengue, que é
crucial para detectar e notificar casos e prevenir sua propagação; e vigilância inadequada e
notificação limitada de casos, especialmente de dengue( OMS, 2023).

3.10. Sinais e sintomas


A infecção por vírus dengue é frequentemente assintomática ou apresenta-se como
uma doença febril aguda autolimitada. Contudo, sobretudo em adultos ou em adolescentes,
tanto pode ser uma doença benigna, como uma doença incapacitante denominada de febre de
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dengue clássica, que se manifesta após um período de incubação, que em média dura 5 a 8
dias. A febre costuma iniciar-se de forma abrupta e faz-se acompanhar de cefaleias, arrepios,
dor retro-orbitária, particularmente associada aos movimentos ou à pressão ocular, fotofobia,
mialgias e artralgias generalizadas(MARQUES, 2017).
Alguns pacientes infectados pelo vírus da dengue podem persistir assintomáticos ou
terem doença febril indiferenciada. Isso ocorre principalmente em crianças menores de 15
anos. Em estudo feito com crianças na zona rural da Tailândia, 53% das infecções pelo vírus
da dengue não foram associadas com sintomas, apesar da intensa vigilância.
As principais formas clínicas da dengue são a Dengue Clássica (DC), a Dengue com
Complicações (DCC) e a Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), podendo evoluir para a
forma mais grave que é a Síndrome do Choque da Dengue (SCD)(DIAS, at all. 2010).
3.10.1. Dengue clássica:
O quadro clínico é muito variável. A primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°),
de início abrupto, seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor
retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Hepatomegalia dolorosa pode
ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre. Alguns aspectos clínicos dependem,
com freqüência, da idade do paciente. A dor abdominal generalizada pode ocorrer,
principalmente nas crianças. Os adultos podem apresentar pequenas manifestações
hemorrágicas, como petéquias, epistaxe, gengivorragia, sangramento gastrointestinal,
hematúria e metrorragia. A doença tem uma duração de 5 a 7 dias. Com o desaparecimento da
febre, há regressão dos sinais e sintomas, podendo ainda persistir a fadiga.
3.10.2. Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
Os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, porém evoluem
rapidamente para manifestações hemorrágicas e/ou derrames cavitários e/ou instabilidade
hemodinâmica e/ou choque. Os casos típicos da FHD são caracterizados por febre alta,
fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência circulatória. Um achado laboratorial
importante é a trombocitopenia com hemoconcentração concomitante. A principal
característica fisiopatológica associada ao grau de severidade da FHD é a efusão do plasma,
que se manifesta através de valores crescentes do hematócrito e da hemoconcentração. Entre
as manifestações hemorrágicas, a mais comumente encontrada é a prova do laço positiva. A
prova do laço consiste em se obter, através do esfignomanômetro, o ponto médio entre a
pressão arterial máxima e mínima do paciente, mantendo-se esta pressão por 5 minutos;
quando positiva aparecem petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de

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petéquias for de 20 ou mais em um quadrado desenhado na pele com 2,3 cm de lado, essa
prova é considerada fortemente positiva.
Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de doença,
precedido por um ou mais sinais de alerta. O choque é decorrente do aumento da
permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência circulatória. É de curta
duração e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida após terapia anti-
choque apropriada.
3.10.3. História Natural
O vírus é transmitido pela inoculação por vetor anofelino, seguindo-se por período de
incubação, seguido por instalação abrupta de sintomatologia febril inespecífica. Em seu curso
natural, distinguem-se três fases (ROCHA, 2011):
 Fase febril: com duração de dois a sete dias, caracteriza-se por febre elevada,
geralmente acompanhada por rubor facial, eritema cutâneo, cefaleia, mialgia, artralgia,
anorexia, náuseas e vômitos. Sua distinção com outras síndromes febris pode ser
bastante difícil. O teste de laço positivo aumenta a probabilidade diagnóstica de
dengue. O sinal hematológico mais precoce é leucopenia progressiva (alta
probabilidade de dengue). O reconhecimento dos sinais de alerta nessa fase é
importante, pois pode indicar progressão para a fase crítica.
 Fase crítica: inicia-se após o período febril, em torno do terceiro ao sétimo dia de
evolução, em que se observa redução da temperatura corpórea. É caracterizada pelo
aumento da permeabilidade capilar resultante de disfunção endotelial, o que acarreta
extravasamento plasmático (transudado) e aumento do hematócrito. As manifestações
clínicas dessa fase resultam da retenção hídrica no terceiro espaço (derrames serosos),
alterações circulatórias importantes (hipotensão e choque hipovolêmico) e disfunções
orgânicas (insuficiência hepática, encefalopatia, miocardite e distúrbios da
coagulação). A leucopenia progressiva (iniciada na fase febril) e a plaquetopenia
precedem o extravasamento plasmático, o qual pode perdurar por aproximadamente 24
a 48 horas. As disfunções orgânicas podem ocorrer mesmo na ausência de alterações
circulatórias. Essa fase marca a evolução para dengue grave.
 Fase de recuperação: ocorre após a fase crítica e caracteriza-se por melhora
progressiva da função endotelial, com redução da permeabilidade capilar e reabsorção
gradual do fluido extravascular, e perdura 48 a 72 horas. Ocorre melhora do bem- -
estar geral, retorno do apetite e estabilização hemodinâmica. O hematócrito normaliza-

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se ou pode ocorrer hemodiluição devido à reabsorção do fluido; a contagem total de
leucócitos começa rapidamente a se elevar após o período febril; e a de plaquetas
tende à normalização em uma fase mais tardia em relação aos leucócitos.
3.11. Diagnostico
O diagnóstico é importante para o gerenciamento clínico e vigilância. O diagnóstico
da dengue em humanos é feito com base em dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais,
empregando-se para este último, exames inespecíficos, como o hemograma e prova do laço, e
exames específicos direcionados ao isolamento viral e sorológicos para pesquisa de anticorpos
( BARROS at all, 2008).
Exames Específicos
A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus da dengue faz-se pelo isolamento
do agente ou pelo emprego de métodos sorológicos - demonstração da presença de anticorpos
da classe IgM em única amostra de soro ou aumento do título de anticorpos IgG em amostras
pareadas (conversão sorológica).
Sorológicos
Dentre os exames específicos, os testes sorológicos para pesquisa de anticorpos
configuram-se como os mais rápidos e mais utilizados. Existem várias técnicas, sendo a
Imunoglobulina M Capture –Enzyme Linked Immunoabsorbent Assay (MAC-ELISA) o
método mais recomendado em virtude de detectar infecções atuais ou recentes, baseando-se
na detecção de imunoglobulina M (IgM) para o vírus. A detecção dos anticorpos IgM do vírus
da dengue constitui-se de extrema importância, para o diagnóstico de casos suspeitos.
Conforme descrito, os anticorpos da classe IgM podem ser detectados à partir do sexto dia do
início dos sintomas, embora em infecções secundárias (situação em que já houve uma
infecção por outro sorotipo anteriormente) sua detecção possa ocorrer a partir do segundo ou
terceiro dia, permanecendo em média por 90 dias. As imunoglobulinas IgG aparecem um ou
dois dias após as IgM, e geralmente permanecem em níveis detectáveis pelo resto da vida,
conferindo imunidade permanente para o sorotipo específico (BIASSOTI & ORTIZ, 2017).
NS1
A captura de NS1 no sangue é feita por meio de teste rápido por imunocromatografia e
por ELISA utilizando anticorpo monoclonal e tem sido utilizada em muitos países do mundo
como uma opção de teste de “baixo custo”, sensível e específico durante o período de febre.
Estudo com pacientes infectados com DENV1 mostrou que a cinética do aparecimento de
NS1 no sangue tem pico nos dias 6 a 10 depois do início da febre (HALSTEAD, 2007; PAL

12
et al., 2014; BRASIL, 2016). A sensibilidade de detecção de NS1na fase febril é menor na
infecção secundária (60 a 80%) refletindo uma resposta sorológica devido à infecção prévia
com o DENV (GUZMAN et al., 2010)

Prova do Laço
Como método para identificação da dengue a prova de laço é realizada da seguinte
maneira: desenha-se no antebraço do paciente um quadrado com 2,5 cm de lado; em seguida
verifica-se a pressão arterial do paciente e calcula-se o valor médio (pressão arterial sistólica
+ pressão arterial diastólica dividido por dois). Logo em seguida o manguito deve ser
insuflado até o valor médio e mantido por cinco minutos. Posteriormente a este período,
realiza-se a contagem de petéquias que apareceram no quadrado desenhado. Se ocorrer o
surgimento de vinte petéquias ou mais, considera-se como positiva a prova de laço
(BIASSOTI & ORTIZ, 2017).
O material genético do vírus dengue, o ácido ribonucleico ou RNA pode ser detectado
no período de viremia através de técnica molecular de reação em cadeia de polimerase (PCR)
usando a enzima transcriptase reversa (RT-PCR) (MEHTA; SHAH, 2018).
Dentre os testes sorológicos, o ELISA é o mais utilizado pela vigilância
epidemiológica e apresenta alta sensibilidade na detecção de IgG e IgM. Apesar da
possibilidade também de reação cruzada com outros Flavivírus, o teste é muito utilizado em
rotina de diagnóstico devido à facilidade de aplicação da técnica . A resposta de anticorpos à
infecção varia de acordo com o status do sistema imune do hospedeiro. A resposta em
pacientes que não foram expostos anteriormente a Flavivírus ou imunizados com vacina de
flavivírus (febre amarela, encefalite japonesa, por exemplo) é caracterizada por um
crescimento lento de anticorpos IgM sorotipo específico (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2009).
Exames Inespecíficos
São os exames realizados na rotina laboratorial e permitem uma triagem inicial do
paciente. Neste elenco destacam-se o hemograma no qual podem ser destacados parâmetros
como a contagem dos leucócitos e das plaquetas para verificar se o paciente evoluiu com
leucopenia, atipia linfocitária e trombocitopenia. É possível detectar também a presença de

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hemoconcentração pelo valor do hematócrito. O Coagulograma é importante por permitir a
verificação dos distúrbios hemostáticos bastante comuns na FHD. Na análise bioquímica as
aminotransferases revelarão o comprometimento hepático, mesmo não sendo este um achado
frequente e podemos destacar algumas características importantes de cada um destes exames
(SALGADO, 2018):
 Hemograma: a leucopenia é achado usual, embora possa ocorrer leucocitose. Pode
estar presente linfocitose com atipia linfocitária. A trombocitopenia é observada
ocasionalmente. Febre Hemorrágica da Dengue – FHD. A contagem de leucócitos é
variável, podendo ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose com
atipia linfocitária é um achado comum. Destacam-se a concentração de hematócrito e
a trombocitopenia (contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3 ).
 Hemoconcentração: aumento de hematócrito em 20% do valor basal (valor do
hematócrito anterior à doença) ou valores superiores a 38% em crianças, a 40% em
mulheres e a 45% em homens). Trombocitopenia: contagem de plaquetas abaixo de
100.000/mm3 .
 Coagulograma: aumento nos tempos de protrombina, tromboplastina parcial e
trombina. Diminuição de fibrinogênio, protrombina, fator VIII, fator XII, antitrombina
e α antiplasmina.
 Bioquímica: diminuição da albumina no sangue, albuminúria e discreto aumento dos
testes de função hepática: aminotransferase aspartato sérica (conhecida anteriormente
por transaminase glutâmico-oxalacética - TGO) e aminotransferase alanina sérica
(conhecida anteriormente por transaminase glutâmico pirúvica - TGP).
3.12. Prevenção
Não existem medidas de controle específicas para o ser humano, já que não existe
nenhuma vacina ou droga antiviral. Então, o único jeito de prevenir a doença é o combate ao
mosquito da dengue. Para isso, é fundamental manter o domicílio sempre limpo e atentar ao
acúmulo de água em locais abertos, evitando assim a proliferação de mosquitos (PFIZER,
2019).
A prevenção da dengue é fundamental para controlar a propagação da doença. Aqui
estão algumas medidas recomendadas:
1. Eliminação de Água Parada: Evitar o acúmulo de água parada em recipientes, vasos de
plantas, pneus e outros locais propícios à reprodução do mosquito Aedes aegypti é crucial
para interromper o ciclo de vida do vetor.

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2. Uso de Repelentes: Aplicar repelentes de insetos na pele exposta, especialmente durante o
amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos são mais ativos, pode ajudar a prevenir
picadas e, consequentemente, a transmissão da dengue.
3Medidas de Proteção Individual: Vestir roupas que cubram a maior parte do corpo, como
calças compridas e camisas de manga longa, e usar telas em janelas e portas podem reduzir a
exposição aos mosquitos transmissores.
4. Limpeza e Manutenção: Manter o ambiente limpo e livre de entulhos, garantir a correta
disposição do lixo e realizar a limpeza de calhas e ralos são medidas importantes para evitar o
acúmulo de água parada e, consequentemente, a proliferação do mosquito vetor .
5. Educação e Conscientização: Promover campanhas educativas nas comunidades sobre a
importância da prevenção, incentivando a participação ativa da população na eliminação de
focos de reprodução do mosquito, é fundamental para o controle eficaz da dengue.
3.13. Tratamento
O tratamento da dengue é principalmente sintomático, visando aliviar os sintomas e
fornecer cuidados de suporte:
1. Cuidados de suporte:O tratamento visa reidratação oral ou intravenosa para casos leves ou
moderados, além de fluidos intravenosos e monitoramento rigoroso para casos mais graves.
2. Medicação: Para alívio dos sintomas como febre e dor, pode-se utilizar paracetamol,
enquanto os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo o ácido acetilsalicílico,
devem ser evitados devido ao risco de complicações hemorrágicas
3. Prevenção de complicações:É essencial monitorar os pacientes de perto para detectar sinais
de agravamento, como sangramento anormal, e fornecer cuidados adequados para prevenir
complicações graves, como a síndrome de choque por dengue.

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4. CONCLUSÃO

A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que apresenta quatro
sorotipos virais, podendo causar desde formas assintomáticas até manifestações graves, como
a dengue grave e a síndrome de choque da dengue.

Durante nossa análise, destacamos a importância da prevenção e do controle da dengue,


enfatizando medidas como a eliminação de criadouros do mosquito vetor, o uso de repelentes
e telas em residências, e a conscientização da população sobre práticas de higiene e cuidados
pessoais.

É fundamental que os órgãos de saúde pública e a sociedade como um todo estejam engajados
na luta contra a dengue, por meio de campanhas educativas, investimentos em saneamento
básico e vigilância epidemiológica eficaz.

Em suma, a dengue representa um desafio contínuo para a saúde pública, e a abordagem


integrada e multidisciplinar é essencial para reduzir sua incidência e mitigar seu impacto na
comunidade.

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5. REFERENCIAS

ONU( Organização das Nações Unidas). Entrevista: Impacto da Malária e Dengue em


Angola. ONU News. 18 de Abril de 2013. Dispónivel:<
https://news.un.org/pt/story/2013/04/1435021> Acessado a 20 de Novembro de 2023.

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Sócio-Demográficos 49 Anos Após A Descoberta Da Circulação Do Agente Etiológico. A
resvista Brasileira de doenças infecciosas. Volume 27, Suplemento 1.Outubro de 2023.
Acessado em:< https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023007079>
Acessado em 10 de Novembro de 2023.
TEIXEIRA, Celestino & TCHANGO, Edivaldo. Boletim Epidemiologico informstivo.
Luanda Medical Center. Boletim nº 2. Setebro de 2022.

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Universidade Nova. 2017. Disponivel em:< http://hdl.handle.net/10362/57140>
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YUILL, Thomas M. Dengue. Manual MSD.Junho de 2023. Disponível em: <


https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/arbov
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de Novembro de 2023 3

ss

17
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Novembro de 2023.
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2019.
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