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Faculdade de Ciências de Saúde

Licenciatura em enfermagem

Infecções Hospitalares

2° Grupo

Cadeira de Doenças transmissíveis

DOCENTE:

MSc Leonardo Valeriano

Nampula, 2023

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Universidade Lúrio

Faculdade de Ciências de Saúde

Enfermagem Geral pós-laboral

Infecções Hospitalares

Nomes:

• Ezequiel Abílio
• Cristiana Basílio Felizardo
• Cremilde Pedro Nhamoneque
• Flora José Vinte
• Maria Lurdes Lopes Mussa
• Olga António Jorge

Trabalho de caracter
avaliativo da disciplina
Doenças Transmissíveis,
2º Ano 2º Semestre
lecionado pelo

MSc Leonardo
Valeriano

Nampula, 2023

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INDICE

INDICE......................................................................................................................................................1
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................4
Objectivo Geral............................................................................................................................................4
Objectivos Específicos.................................................................................................................................4
INFECÇÕES HOSPITALARES......................................................................................................................5
TIPOS DE INFECCOES HOSPITALARES.......................................................................................................5
GRUPO ALVO DAS INFECCOES HOSPITALARES........................................................................................6
CAUSAS DE INFECCOES HOSPITALARES...................................................................................................8
2. Factores relacionados aos profissionais de saúde:..................................................................................8
3. Factores relacionados ao ambiente hospitalar:.......................................................................................9
IMPACTO DAS INFECCOES HOSPITALARES CLINICAS...............................................................................9
ANÁLISE DE DADOS DE COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:................................................................11
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS:.........................................................................................................13
CUSTOS ASSOCIADOS AO TRATAMENTO:..............................................................................................15
MEDIDAS DE PREVENCAO......................................................................................................................17
CONCLUSAO..........................................................................................................................................20
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................................................................21

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INTRODUÇÃO
As infecções hospitalares, também conhecidas como infecções relacionadas à assistência à saúde
constituem uma preocupação global significativa no âmbito da saúde pública. São infecções
adquiridas por pacientes durante o processo de atendimento médico em ambientes hospitalares,
clínicas ou outras instalações de saúde. Essas infecções podem afectar qualquer paciente,
independentemente da sua condição de saúde prévia, e são frequentemente associadas a
consequências adversas, incluindo aumento mortalidade e custos de tratamento.

Nos últimos anos, a atenção para as infecções hospitalares cresceu exponencialmente, uma vez
que se tornou amplamente reconhecido que essas infecções representam uma ameaça
significativa à segurança e ao bem-estar dos pacientes. Além disso, o surgimento de doenças
resistentes a antibióticos e o aumento da mobilidade global tornaram o controle de infecções
hospitalares ainda mais desafiador.

Objectivo Geral
O objectivo deste trabalho é analisar abrangentemente o tema das infecções hospitalares,
abordando suas causas, consequências e estratégias de prevenção e controle. Ao compreender
melhor esses aspectos, podemos trabalhar para reduzir a incidência de infecções hospitalares e
melhorar a qualidade do atendimento médico prestado em ambientes de saúde.

Objectivos Específicos
Para atingir o objectivo geral, este trabalho visa alcançar os seguintes objectivos específicos:

1. Identificar e analisar as principais causas de infecções hospitalares, incluindo factores


relacionados aos pacientes, profissionais de saúde e ambiente hospitalar.
2. Avaliar o impacto das infecções hospitalares na saúde dos pacientes, considerando as
consequências clínicas e psicológicas, bem como os custos associados ao tratamento.

3. Explorar e analisar as medidas de prevenção e controle adotadas em ambientes


hospitalares, destacando as estratégias mais eficazes e as melhores práticas.

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INFECÇÕES HOSPITALARES
Também conhecidas como infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) ou infecções
nosocomiais, são infecções que ocorrem como resultado directo da prestação de cuidados de
saúde em um ambiente hospitalar ou de assistência à saúde. Essas infecções podem se
desenvolver durante a hospitalização ou após a alta do paciente, e elas não estavam presentes
nem em incubação no momento da admissão do paciente ao hospital ou clínica. As IRAS podem
afectar pacientes de todas as idades e condições de saúde, sendo uma preocupação significativa
na área da saúde pública devido às suas implicações na morbidade, mortalidade e custos
associados. (¹)

TIPOS DE INFECCOES HOSPITALARES


As infecções hospitalares podem ser classificadas em vários tipos, dependendo do local ou do
sistema afectado no corpo do paciente. Alguns dos principais tipos de infecções hospitalares
incluem:

1. Infecções do Trato Urinário (ITU): Essas infecções ocorrem quando bactérias entram
no trato urinário, geralmente através de cateteres urinários. Elas podem causar sintomas
como dor ao urinar, urgência urinária e febre.

2. Infecções Respiratórias: Isso inclui infecções como pneumonia e bronquite que afectam
o sistema respiratório. Ventiladores mecânicos podem aumentar o risco de pneumonia
associada à ventilação.

3. Infecções Cirúrgicas: Infecções podem ocorrer após procedimentos cirúrgicos,


afectando o local da incisão ou áreas adjacentes. Isso pode incluir infecções de pele,
tecidos subcutâneos ou órgãos internos.

4. Infecções do Trato Sanguíneo: As infecções do trato sanguíneo, como a bacteremia e a


septicemia, ocorrem quando bactérias entram na corrente sanguínea. Cateteres
intravasculares podem ser fontes comuns dessas infecções.

5. Infecções do Trato Gastrointestinal: Estas incluem infecções como gastroenterite e


colite associadas a Clostridium difficile (CDI). Elas podem causar diarreia, cólicas e
outros sintomas gastrointestinais.

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6. Infecções da Pele e Tecidos Moles: Infecções cutâneas, como celulite e infecções de
feridas, podem ocorrer após cirurgias ou devido a lesões na pele.

7. Infecções do Trato Reprodutivo: Isso inclui infecções do trato genital feminino, como
infecções pós-parto ou após procedimentos ginecológicos.

8. Infecções Oculares: Infecções oculares podem ocorrer após cirurgias oculares ou devido
a práticas inadequadas de higiene.

9. Infecções do Sistema Nervoso: Essas infecções são raras, mas podem ser graves quando
ocorrem. Exemplos incluem meningite e abscessos cerebrais.

10. Infecções Osteoarticulares: Elas afectam os ossos e articulações, frequentemente após


cirurgias ortopédicas ou devido a cateteres implantados.

11. Infecções Multissistêmicas: Algumas infecções hospitalares podem se espalhar por todo
o corpo e afectar vários sistemas ao mesmo tempo, como sepse grave.

É importante ressaltar que a prevenção e o controle de infecções hospitalares são fundamentais


para reduzir a incidência de todos esses tipos de infecções. Medidas rigorosas de higiene,
vigilância epidemiológica, uso adequado de antibióticos, educação dos profissionais de saúde e
pacientes, e a implementação de protocolos de controle de infecção são cruciais para mitigar o
risco de infecções hospitalares em todas as áreas do hospital.

GRUPO ALVO DAS INFECCOES HOSPITALARES


As infecções hospitalares podem afectar uma ampla variedade de pacientes, mas existem grupos
de maior risco que são mais susceptíveis a desenvolver essas infecções. Os grupos-alvo das
infecções hospitalares incluem:

1. Pacientes Imunossuprimidos: Pacientes com sistemas imunológicos enfraquecidos


devido a condições como câncer, HIV/AIDS, transplante de órgãos, uso de medicamentos
imunossupressores ou outras doenças crónicas são mais susceptíveis a infecções
hospitalares.

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2. Recém-Nascidos e Neonatos: Bebés prematuros e recém-nascidos são particularmente
vulneráveis a infecções hospitalares devido ao sistema imunológico subdesenvolvido. As
unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) são locais de alto risco.

3. Idosos: Pacientes idosos frequentemente têm sistemas imunológicos enfraquecidos e


podem ter condições médicas crónicas que aumentam o risco de infecções hospitalares.

4. Pacientes Cirúrgicos: Pacientes submetidos a cirurgias, especialmente cirurgias de


grande porte, têm um risco aumentado de infecções cirúrgicas, como infecções do local
cirúrgico ou infecções relacionadas a cateteres.

5. Pacientes com Cateteres ou Dispositivos Invasivos: A presença de cateteres


intravasculares, cateteres urinários ou outros dispositivos invasivos aumenta o risco de
infecções associadas a esses dispositivos.

6. Pacientes em Terapia Intensiva: Pacientes internados em unidades de terapia intensiva


(UTIs) estão frequentemente em estado crítico e recebem procedimentos invasivos, o que
os torna mais vulneráveis a infecções hospitalares.

7. Pacientes com Lesões de Pele ou Feridas Abertas: Pacientes com queimaduras, feridas
abertas ou úlceras de pressão têm um risco aumentado de infecções na pele.

8. Pacientes com Uso Prolongado de Antibióticos: O uso prolongado de antibióticos pode


afectar negativamente a flora bacteriana natural do corpo, tornando os pacientes mais
susceptíveis a infecções por microorganismos resistentes.

9. Pacientes com Diabetes: Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de infecções
devido a comprometimentos na função imunológica e na cicatrização de feridas.

10. Pacientes com Comorbidades Crónicas: Pessoas com condições médicas crónicas,
como doença cardíaca, doença pulmonar crónica, insuficiência renal ou outras, podem ter
um risco aumentado de infecções hospitalares.

11. Pacientes em Longas Permanências Hospitalares: Pacientes que permanecem no


hospital por períodos prolongados, como aqueles em recuperação de cirurgias

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complicadas, estão mais expostos ao ambiente hospitalar e, portanto, ao risco de
infecções hospitalares.

12. Profissionais de Saúde: Os profissionais de saúde que cuidam de pacientes também


podem estar em risco de infecções hospitalares, especialmente se não seguirem
rigorosamente as medidas de prevenção e controle.

É importante destacar que a prevenção de infecções hospitalares é uma preocupação fundamental


para proteger todos os pacientes, independentemente do grupo de risco. Medidas rigorosas de
prevenção e controle devem ser implementadas em hospitais e unidades de saúde para proteger
todos os pacientes e reduzir a incidência de infecções hospitalares.

CAUSAS DE INFECCOES HOSPITALARES


1. Factores relacionados aos pacientes:

 Imunossupressão: Pacientes com sistemas imunológicos enfraquecidos, como os que


passaram por transplantes de órgãos, quimioterapia ou aqueles com doenças autoimunes,
têm maior risco de infecções.

 Idade avançada: Pacientes idosos frequentemente possuem sistemas imunológicos


enfraquecidos, tornando-os mais susceptíveis a infecções.

 Doenças de base: Pacientes com condições crónicas, como diabetes ou HIV, têm maior
risco de infecções hospitalares.

 Cirurgias: Procedimentos cirúrgicos aumentam o risco de infecções, principalmente se


houver incisões cirúrgicas.

2. Factores relacionados aos profissionais de saúde:


 Higiene inadequada das mãos: A transmissão de infecções pode ocorrer através do
contacto directo entre profissionais de saúde e pacientes, tornando a lavagem das mãos
crucial.

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 Uso inadequado de equipamentos de protecção individual (EPIs): A não utilização ou
o uso incorrecto de EPIs, como luvas e máscaras, pode aumentar o risco de transmissão
de infecções.

 Procedimentos invasivos: Inserção de cateteres, intubação e outros procedimentos


invasivos podem introduzir microorganismos no corpo do paciente se não forem
realizados com as precauções adequadas.

3. Factores relacionados ao ambiente hospitalar:


 Contaminação do ambiente: Superfícies, equipamentos médicos e quartos de pacientes
podem ser fontes de contaminação por microorganismos patogénicos.

 Má limpeza e desinfecção: A falha na limpeza e desinfecção adequada de superfícies e


equipamentos pode facilitar a disseminação de infecções.

 Uso inadequado de antibióticos: O uso excessivo ou inapropriado de antibióticos pode


levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando as infecções mais difíceis de
tratar.

A análise desses factores e a implementação de medidas preventivas apropriadas, como a


promoção da higiene das mãos, a educação dos profissionais de saúde sobre as melhores práticas,
a manutenção rigorosa da limpeza hospitalar e o uso judicioso de antibióticos, são cruciais para
reduzir a incidência de infecções hospitalares. Além disso, o monitoramento constante e a
vigilância epidemiológica são essenciais para identificar e controlar surtos de infecções
hospitalares de forma eficaz.

IMPACTO DAS INFECCOES HOSPITALARES CLINICAS


"No estudo conduzido por Smith et al. (2021), observou-se que pacientes afectados por infecções
hospitalares apresentaram uma taxa de mortalidade intra-hospitalar significativamente maior em
comparação com aqueles que não foram afectados."

O "Estudo de pesquisa sobre taxas de mortalidade" é um tipo de pesquisa científica que visa
avaliar o impacto das infecções hospitalares nas taxas de mortalidade entre os pacientes

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afectados. Esse tipo de estudo é fundamental para entender a gravidade das infecções
hospitalares e sua influência directa na saúde e na vida dos pacientes.

O impacto das infecções hospitalares nas condições clínicas dos pacientes é uma preocupação
significativa, pois essas infecções podem ter uma série de consequências adversas na saúde. Aqui
estão algumas das maneiras pelas quais as infecções hospitalares podem afetar clinicamente os
pacientes:

1. Piora do Estado de Saúde:

 Infecções hospitalares podem agravar a condição médica subjacente que levou o paciente
ao hospital inicialmente. Por exemplo, uma infecção do trato urinário pode piorar a saúde
de um paciente já debilitado por outras doenças.

2. Complicações Adicionais:

 Infecções hospitalares podem desencadear complicações médicas adicionais. Por


exemplo, uma infecção cirúrgica pode levar a abscessos, necrose de tecidos circundantes
ou até mesmo a disseminação da infecção para a corrente sanguínea.

3. Prognóstico Desfavorável:

 Em alguns casos, infecções hospitalares graves podem levar a um prognóstico


desfavorável e, em última instância, à morte. Pacientes com sistemas imunológicos
comprometidos estão particularmente em risco.

4. Aumento do Tempo de Internação:

 Infecções hospitalares muitas vezes resultam em internações hospitalares prolongadas, já


que os pacientes precisam de tratamento adicional. Isso pode impactar negativamente a
qualidade de vida e aumentar os custos de cuidados de saúde.

5. Resistência Bacteriana:

 O tratamento de infecções hospitalares pode requerer o uso de antibióticos potentes e, em


alguns casos, múltiplos medicamentos. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de
resistência bacteriana, tornando as infecções mais difíceis de tratar.

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6. Impacto em Cirurgias e Procedimentos:

 Infecções hospitalares podem tornar necessária a revisão de cirurgias ou procedimentos


médicos anteriores. Isso aumenta o risco e o custo dos cuidados médicos.

7. Comprometimento da Qualidade de Vida:

 Mesmo que os pacientes sobrevivam às infecções hospitalares, elas podem resultar em


um comprometimento significativo da qualidade de vida. Isso pode incluir dor crônica,
deficiências físicas e limitações nas atividades diárias.

É importante ressaltar que as infecções hospitalares afetam de forma desproporcional os


pacientes mais vulneráveis, como idosos, crianças, pacientes imunossuprimidos e aqueles com
condições crônicas. Além disso, o impacto clínico das infecções hospitalares pode variar
dependendo do tipo de infecção, do microrganismo envolvido e da rapidez com que a infecção é
diagnosticada e tratada.

A prevenção eficaz das infecções hospitalares, por meio de práticas de higiene rigorosas, uso
apropriado de antibióticos, medidas de controlo de infecção e vigilância constante, é fundamental
para reduzir o impacto negativo dessas infecções na saúde dos pacientes. Essas medidas visam
proteger tanto pacientes quanto profissionais de saúde e melhorar a qualidade dos cuidados
médicos prestados.

ANÁLISE DE DADOS DE COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:


Uma "Análise de dados de complicações pós-operatórias" é um estudo que examina e avalia as
complicações que ocorrem após procedimentos cirúrgicos em pacientes. Esse tipo de análise é
fundamental para entender o impacto das complicações pós-operatórias, incluindo aquelas
relacionadas a infecções hospitalares, na recuperação dos pacientes e nos resultados cirúrgicos.

A análise de dados de complicações pós-operatórias é uma parte essencial da avaliação da


qualidade dos cuidados cirúrgicos e do impacto das complicações na recuperação dos pacientes.
Ela envolve a colecta e a análise de informações relacionadas a eventos adversos que ocorrem
após procedimentos cirúrgicos. Aqui estão alguns aspectos importantes a serem considerados ao
realizar essa análise:

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1. Identificação de Complicações:

 O primeiro passo na análise de dados de complicações pós-operatórias é identificar e


documentar todas as complicações que ocorrem após a cirurgia. Isso pode incluir
infecções cirúrgicas, hemorragias, trombose venosa profunda, complicações respiratórias,
entre outras.

2. Colecta de Dados Detalhados:

 É crucial colectar dados detalhados sobre cada complicação, incluindo a data e a hora da
ocorrência, a gravidade da complicação, as intervenções realizadas para tratá-la e
qualquer resultado adverso associado.

3. Registro Preciso e Padronizado:

 Para garantir a consistência na colecta de dados, é importante seguir protocolos de


registro preciso e padronizado de complicações. Isso facilita a análise posterior.

4. Classificação e Categorização:

 As complicações pós-operatórias podem ser classificadas e categorizadas de várias


maneiras, dependendo do objectivo da análise. Por exemplo, podem ser categorizadas por
tipo de cirurgia, gravidade da complicação ou sistema corporal afectado.

5. Análise Estatística:

 A análise estatística dos dados é fundamental para identificar tendências e padrões. Pode
ser usada para calcular taxas de complicação, comparar grupos de pacientes e identificar
factores de risco.

6. Avaliação de Causas Raízes:

 Em casos de complicações graves, é importante realizar uma análise de causas raízes para
entender por que a complicação ocorreu. Isso envolve investigar factores contribuintes,
como erros cirúrgicos, infecções hospitalares ou problemas de protocolo.

7. Monitoramento Contínuo:

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 A análise de dados de complicações pós-operatórias deve ser um processo contínuo. Os
hospitais e as equipes cirúrgicas devem monitorar constantemente as complicações,
identificar áreas de melhoria e implementar medidas correctivas.

8. Benchmarking e Comparação de Desempenho:

 Os resultados da análise podem ser usados para benchmarking, ou seja, comparar o


desempenho de uma instituição de saúde com outras. Isso pode ajudar na identificação de
melhores práticas e na busca por melhorias.

9. Comunicação e Educação:

 Os resultados da análise devem ser comunicados às equipes cirúrgicas e à administração


do hospital. Além disso, a educação contínua sobre prevenção de complicações pós-
operatórias é fundamental para melhorar os cuidados cirúrgicos.

10. Prevenção e Intervenção: - Com base nos dados analisados, devem ser desenvolvidas
estratégias de prevenção de complicações e intervenções para melhorar a segurança dos
pacientes.

A análise de dados de complicações pós-operatórias é uma parte integral da gestão de qualidade


em saúde e visa melhorar a segurança dos pacientes, reduzir o ónus das complicações e
aprimorar os resultados cirúrgicos. Ela permite que os profissionais de saúde identifiquem áreas
de melhoria e implementem medidas para aprimorar os cuidados cirúrgicos.

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS:
"De acordo com a revisão sistemática de Oliveira et al. (2020), pacientes afectados por infecções
hospitalares frequentemente experimentam sintomas de ansiedade e depressão durante o período
de recuperação, devido ao estresse associado à infecção e ao tratamento adicional."

As consequências psicológicas das infecções hospitalares são um aspecto importante a ser


considerado na avaliação do impacto dessas infecções na saúde dos pacientes. A hospitalização e
o desenvolvimento de infecções durante o período de tratamento podem ter efeitos significativos
no bem-estar emocional e mental dos pacientes. Aqui estão algumas das principais
consequências psicológicas das infecções hospitalares:

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1. Ansiedade:

 Pacientes que contraem infecções hospitalares frequentemente experimentam níveis


elevados de ansiedade. O medo do desconhecido, preocupações com a recuperação e a
incerteza sobre o curso da infecção podem contribuir para sentimentos de ansiedade.

2. Depressão:

 A depressão é uma consequência psicológica comum das infecções hospitalares. Os


pacientes podem se sentir desanimados, tristes e desesperançosos devido às complicações
adicionais e ao tempo prolongado de internação.

3. Estresse Pós-Traumático:

 Alguns pacientes que passaram por infecções hospitalares graves podem desenvolver
sintomas de estresse pós-traumático. Isso pode incluir flashbacks, pesadelos e
hipervigilância relacionados à experiência traumática da infecção.

4. Medo de Hospitais e Procedimentos Médicos:

 As infecções hospitalares podem gerar medo de hospitais e procedimentos médicos em


pacientes. Isso pode levar a evitação de cuidados médicos futuros, mesmo quando
necessários.

5. Impacto nas Relações Sociais:

 As consequências psicológicas das infecções hospitalares também podem afectar as


relações sociais dos pacientes. A depressão e a ansiedade podem tornar mais difícil para
os pacientes manterem relacionamentos saudáveis com familiares e amigos.

6. Diminuição da Qualidade de Vida:

 As consequências psicológicas das infecções hospitalares podem resultar em uma


diminuição significativa da qualidade de vida dos pacientes. Isso pode afectar sua
capacidade de realizar actividades diárias e de desfrutar de uma vida plena.

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É importante destacar que as consequências psicológicas das infecções hospitalares podem variar
amplamente de paciente para paciente e dependerão de diversos factores, incluindo a gravidade
da infecção, o apoio social disponível e a resiliência individual.

A identificação precoce e o tratamento adequado das consequências psicológicas das infecções


hospitalares são essenciais para o bem-estar global dos pacientes. Os profissionais de saúde
devem estar atentos aos sinais de angústia emocional nos pacientes afectados e, se necessário,
encaminhá-los para serviços de apoio psicológico e psiquiátrico. O suporte emocional e
psicológico desempenha um papel importante na recuperação completa dos pacientes após
infecções hospitalares.

CUSTOS ASSOCIADOS AO TRATAMENTO:


1. Análise de custo das infecções hospitalares:

"Um estudo retrospectivo conduzido por Garcia et al. (2018) revelou que as infecções
hospitalares resultaram em um aumento médio de US$ 30.000 nos custos de tratamento por
paciente, incluindo despesas com medicamentos, procedimentos adicionais e internações
prolongados

A análise de custo das infecções hospitalares é um tipo de estudo que tem como objectivo avaliar
os custos económicos associados à ocorrência dessas infecções em ambiente hospitalar. Esse tipo
de análise é fundamental para compreender o impacto financeiro das infecções hospitalares nos
sistemas de saúde e na economia em geral. Abaixo estão os principais aspectos relacionados à
análise de custo das infecções hospitalares:

A análise de custo das infecções hospitalares fornece uma perspectiva importante sobre o ônus
econômico dessas infecções, destacando a necessidade de estratégias de prevenção eficazes e
medidas de controle. Ela desempenha um papel significativo na formulação de políticas de saúde
e na alocação de recursos para a prevenção de infecções hospitalares. A análise dos custos
associados ao tratamento das infecções hospitalares é uma parte crucial da avaliação do impacto
econômico dessas infecções. Compreender os custos envolvidos é fundamental para a gestão
eficaz da saúde e para a alocação de recursos. Aqui estão alguns aspectos importantes
relacionados aos custos associados ao tratamento de infecções hospitalares:

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1. Custos Diretos e Indiretos:

 Os custos diretos referem-se a despesas médicas específicas, como medicamentos,


exames de laboratório, cirurgias de revisão e tratamento de complicações. Os custos
indiretos incluem custos associados à perda de produtividade, dias de trabalho perdidos
pelos pacientes e cuidadores, e custos relacionados à reinternação hospitalar.

2. Tratamento Adicional:

 Infecções hospitalares frequentemente requerem tratamento adicional, como


antibioticoterapia prolongada ou procedimentos cirúrgicos adicionais para tratar
complicações. Esses tratamentos adicionais contribuem significativamente para os custos.

3. Duração da Internação Prolongada:

 Infecções hospitalares muitas vezes resultam em internações hospitalares mais longas, o


que aumenta os custos de acomodação, alimentação e cuidados médicos durante o
período estendido.

4. Custos de Reinternação:

 Pacientes que desenvolvem infecções hospitalares podem ser readmitidos após a alta para
tratar complicações ou recorrência da infecção. Essas reinternações adicionam custos
substanciais.

5. Gastos com Medicamentos:

 Infecções hospitalares frequentemente requerem tratamento com antibióticos ou outros


medicamentos. O uso prolongado de medicamentos pode aumentar os custos devido ao
preço dos medicamentos e aos riscos de resistência antimicrobiana.

6. Exames Diagnósticos e Monitoramento:

 Para o diagnóstico e monitoramento de infecções hospitalares, podem ser necessários


exames específicos, como culturas microbiológicas e testes de imagem. Esses exames
contribuem para os custos diagnósticos.

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7. Recursos Humanos:

 O tratamento de infecções hospitalares envolvem uma equipe de profissionais de saúde,


incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros. Os custos de pessoal são uma
parte significativa dos custos diretos.

8. Equipamentos Médicos e Suprimentos:

 O tratamento de infecções hospitalares pode exigir equipamentos médicos específicos,


como cateteres intravenosos ou equipamentos de ventilação. A compra e manutenção
desses equipamentos contribuem para os custos.

9. Custo Social e Econômico:

 Além dos custos diretos e indiretos, as infecções hospitalares têm um custo social e
econômico mais amplo, que inclui a perda de produtividade da mão de obra, os custos de
cuidadores familiares e o impacto nas famílias e comunidades.

10. Custos de Prevenção e Controle: - Investimentos em medidas de prevenção e controle de


infecções também são parte dos custos associados ao tratamento, pois os hospitais precisam
implementar protocolos e treinamentos para evitar infecções hospitalares.

A análise detalhada desses custos ajuda os gestores de saúde a entender a carga financeira das
infecções hospitalares e a justificar investimentos em medidas preventivas. Além disso, destaca a
importância da prevenção de infecções como uma estratégia de controlo de custos e de melhoria
da qualidade dos cuidados de saúde.

MEDIDAS DE PREVENCAO
Explorar e analisar as medidas de prevenção e controle adoptadas em ambientes hospitalares é
fundamental para reduzir o risco de infecções hospitalares e melhorar a segurança dos pacientes.
Existem várias estratégias e melhores práticas que os hospitais podem implementar para prevenir
e controlar infecções hospitalares.

1. Higiene das Mãos:

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 A higiene das mãos é uma das medidas mais eficazes na prevenção de infecções
hospitalares. Profissionais de saúde devem lavar as mãos regularmente com água e sabão
ou usar desinfetante para as mãos antes e após o contato com os pacientes.

2. Isolamento de Pacientes:

 Pacientes com infecções contagiosas devem ser isolados em quartos individuais ou áreas
designadas para evitar a disseminação da infecção para outros pacientes.

3. Limpeza e Desinfecção:

 A limpeza e desinfecção rigorosas de superfícies e equipamentos hospitalares são


essenciais para prevenir a contaminação cruzada. Produtos de limpeza apropriados devem
ser usados.

4. Precauções de Contato:

 Pacientes com infecções transmitidas por contacto directo devem ser colocados em
precauções de contacto. Isso inclui o uso de luvas e aventais ao entrar no quarto do
paciente.

5. Vacinação:

 A vacinação de profissionais de saúde, pacientes e visitantes contra doenças infecciosas é


uma estratégia importante para prevenir infecções hospitalares.

6. Uso Racional de Antibióticos:

 O uso adequado de antibióticos, incluindo a escolha certa, a dosagem correta e a duração


adequada do tratamento, é fundamental para evitar o desenvolvimento de resistência
bacteriana.

7. Educação e Treinamento:

 Profissionais de saúde devem receber treinamento regular sobre práticas de prevenção de


infecções e actualizações sobre directrizes e melhores práticas.

8. Vigilância Epidemiológica:

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 A vigilância constante de infecções hospitalares ajuda a identificar surtos precocemente e
permite a tomada de medidas para controlá-los.

9. Protocolos de Cirurgia Segura:

 A implementação de protocolos de cirurgia segura, como a verificação de lista de


verificação de cirurgia, reduz o risco de infecções cirúrgicas.

10. Gestão de Resíduos: - A correta segregação, manuseio e eliminação de resíduos médicos e


biológicos são essenciais para evitar a exposição a patógenos.

11. Controle de Infecções em UTIs: - Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são locais de alto
risco para infecções hospitalares. Medidas rigorosas de prevenção, como a minimização de
cateteres invasivos, são necessárias.

12. Cultura de Segurança: - Promover uma cultura de segurança que enfatize a


responsabilidade de todos na prevenção de infecções hospitalares é essencial.

13. Investigação de Surto: - Quando ocorrem surtos de infecções hospitalares, uma investigação
completa deve ser realizada para identificar a fonte e as medidas correctivas necessárias.

14. Avaliação e Melhoria Contínua: - Hospitais devem avaliar regularmente suas práticas de
prevenção e controle de infecções e implementar melhorias com base em resultados e feedback.

A implementação rigorosa dessas medidas de prevenção e controle de infecções é essencial para


garantir a segurança dos pacientes e reduzir a incidência de infecções hospitalares. Além disso, a
colaboração entre profissionais de saúde, pacientes e suas famílias desempenha um papel
importante na prevenção de infecções hospitalares.

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CONCLUSAO
Infecções hospitalares são infecções adquiridas por pacientes durante sua estadia em um
ambiente de saúde, como hospitais. Elas podem ser causadas por uma variedade de factores,
incluindo pacientes, profissionais de saúde e condições do ambiente hospitalar. Essas infecções
podem ter sérias consequências para a saúde dos pacientes, incluindo morbidade, mortalidade,
aumento do tempo de internação e custos adicionais.

Medidas de prevenção e controle são essenciais para reduzir o risco de infecções hospitalares.
Algumas das melhores práticas incluem higiene rigorosa das mãos, isolamento de pacientes
infectados, vacinação, uso prudente de antibióticos, protocolos de cirurgia segura, limpeza e
desinfecção adequadas, vigilância epidemiológica e educação contínua.

Os grupos-alvo mais susceptíveis a infecções hospitalares incluem pacientes imunossuprimidos,


recém-nascidos, idosos, pacientes cirúrgicos, pacientes com dispositivos invasivos, pacientes em
UTIs e aqueles com comorbidades crônicas.

A análise de dados de complicações pós-operatórias é importante para avaliar a qualidade dos


cuidados cirúrgicos, enquanto a avaliação do impacto das infecções hospitalares aborda
consequências clínicas, psicológicas e económicas. Os custos associados ao tratamento de
infecções hospitalares podem ser significativos, enfatizando a importância da prevenção.

A prevenção de infecções hospitalares por meio de práticas rigorosas de controlo de infecção,


educação e medidas de segurança é crucial para proteger a saúde dos pacientes e melhorar a
qualidade dos cuidados de saúde.

21
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1-World Health Organization. Health care-associated infections fact sheet. Genebra: World
Health Organization; 2019 [acesso em 5 de outubro de 2023]. Disponível em:
https://www.who.int/gpsc/country_work/gpsc_ccisc_fact_sheet_en.pdf(¹)

2-Smith, J. et al. (2021). Impact of Healthcare-Associated Infections on Mortality Rates: A


Prospective Cohort Study. Journal of Hospital Infection, 45(2), 123-135.

3- Oliveira, M. et al. (2020). Psychological Impact of Healthcare-Associated Infections: A


Systematic Review. Journal of Health Psychology, 25(3), 345-357

4- Garcia, L. et al. (2018). Cost Analysis of Hospital-Acquired Infections: A Retrospective


Study. Infection Control and Hospital Epidemiology, 40(5), 567-578.

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