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Ana Laura Thiago RA:G450CC2

Ana Beatriz Ribeiro Favarão RA:G5338B3


Ana Júlia Sinkunas Adario da Silveira RA:G441DG3
Isabelle Ciciliato de Britto RA:G5022D3
Lucas José Garcias Gundes RA: F3458B9
Lucas Daniel Martins Morais RA: G476891
Nicolas De Souza Manoel RA: G422EE0
Maria Isabel Pereira Carvalho RA: G4433J3
Romeu Espedito Francisco Zanotti RA: G51BDA6
Thalyne Nayara Barbon RA: N8110C9

A importância da atuação do enfermeiro na prevenção de infeção


Leishmaniose Tegumentar

São José do Rio Pardo.


Outubro2022
UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA GRADUAÇÃO EM
ENFERMAGEM
2

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM


ENFERMAGEM UNIP - CAMPUS SÃO JOSÉ DO RIO PARDO

A importância da atuação do enfermeiro na prevenção de infeção


Leishmaniose Tegumentar

Projeto de Atividade Prática


Supervisionada da disciplina Estágio 2o.
semestre, elaborado pelos (as)
acadêmicos (as), Do Curso de
Enfermagem da Universidade Paulista.

Orientador: Profa. Dra. Micheli Patrícia de


Fátima Magri.

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO

2022
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................06
1.1 ORIGEM.................................................................................................06
1.2 ORIGEM NO BRASIL………………………………………………………06
1.3 CARACTERISTICAS DO PROTOZOARIO ........................................07
1.4 EPIDEMIOLOGIA..................................................................................08
1.5 SINTOMAS ...........................................................................................08
1.6 TRATAMENTO......................................................................................09

2. JUSTIFICATIVA..........................................................................................09

3. OBJETIVOS................................................................................................11

4. METODOLOGIA..........................................................................................12

5. REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................12
5.1 O QUE É A INFECÇÃO LEISHMANIOSE TEGUMENTAR .................12
5.2 COMO PREVINIR A INFECÇÃO LEISHMANIOSE TEGUMENTAR....13
5.3 LEGISLAÇÃO SOBRE PREVENÇÃO DE INFEÇÃO LEISHMANIOSE
TEGUMENTAR .....................................................................................13
5.4 ACÕES DA CCIH PARA PREVENÇÃO DE INFEÇÃO LEISHMANIOSE
TEGUMENTAR .....................................................................................14
5.5 PAPEL EDUCATIVO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE
INFEÇÃO LEISHMANIOSE TEGUMENTAR ........................................15
5.6 AULA DE ORIENTAÇÃO A PREVENÇÃO DE INFEÇÃO
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR..........................................................15
5.7 FOLDER PREVENÇÃO DE INFEÇÃO LEISHMANIOSE
TEGUMENTAR.......................................................................................19

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................20

REFERÊNCIAS...................................................................................................21

ANEXOS ................................................................................................................23
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RESUMO:
A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que
provoca úlceras na pele e mucosas, é causada por protozoários do
gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na
ocorrência de casos de LT, as mais importantes são: Leishmania (Leishmania)
amazonensis, Leishmania amazonensis e Leishmania guyanensis na região
amazônica, e Leishmania braziliensis distribuído por todas as regiões do País
(BRASIL, Secretaria de saúde do estado de Goiás, 2012). A leishmaniose
tegumentar pode manifestar-se em homens e mulheres de qualquer idade, a maioria
das infecções ocorre em meninos a partir dos dez anos de idade. Os sintomas
variam segundo o tipo de parasita transmitido pela picada do mosquito e as
condições imunológicas da pessoa, o primeiro sinal da forma cutânea costuma ser
uma única ou várias lesões, quase sempre indolores na pele, inicialmente, são
feridas pequenas, com fundo granuloso e purulento, bordas avermelhadas, que vão
aumentando de tamanho e demoram para cicatrizar. O diagnóstico baseia-se no
aspecto clínico das feridas e no achado dos seguintes testes laboratoriais: exame
parasitológico direto e biopsia que determinam a presença, ou não, do parasita em
amostra de tecido retirada das bordas das lesões, a reação intradérmica de
Montenegro, de caráter imunológico, que registra se a pessoa entrou em contato
com a Leishmania. Resultado positivo, porém, não indica necessariamente que ela
seja portadora da doença (diagnóstico diferencial com outras doenças de pele é
indispensável para a eficácia do tratamento). O tratamento em alguns casos, lesões
da Leishmaniose tegumentar podem regredir espontaneamente ou com o uso de
medicamentos convencionais. No entanto, qualquer ferida na pele que custe a
cicatrizar exige avaliação médica especializada. O SUS oferece tratamento gratuito
para a doença, que requer indicação de medicamentos específicos e
acompanhamento especializado até a alta definitiva, a droga mais eficaz e acordo
com Ministério da Saúde (MS) é antimonial pentavalente como droga de primeira
escolha para o tratamento da LTA, com doses 15mg SbV/kg/dia para lesões
cutâneas, estudos apontam a cardiotoxicidade como umas das consequências do
uso de altas doses e a duração do tratamento, como o efeito colateral mais
frequente com o uso do antimonial pentavalente. (Lima et al, 2007)
5

Palavras-chaves: lesões da leishmaniose tegumentar, educação em saúde, saúde


publica
6

1- INTRODUÇÃO
1.1- Origem:
De acordo com Basano e Camargo (2004) Leishmaniose tegumentar americana
(LTA) é uma doença que acompanha o homem desde a antiguidade, existindo
relatos e descrições encontrados na literatura desde o séc. I d.C. Nas Américas,
foram encontradas cerâmicas pré-colombianas, datadas de 400 a 900 anos d.C.
(figura 1), feitas pelos índios do Peru, que apresentam mutilações de lábios e
narizes, características da espúndia, hoje conhecida como leishmaniose cutânea-
mucosa. Posteriormente, através de estudos de paleomedicina, foram descobertas
múmias com lesões de pele e mucosas características da leishmaniose.

Figura 1- Abordagem e tratamento da


Leishmaniose Tegumentar Americana na atenção
Básica

1.2- Origem no Brasil:

No Brasil, Cerqueira, em 1855, observara a existência da moléstia da pele,


identificando-a clinicamente como botão de Biskra. Entretanto, no Brasil, a natureza
leishmaniótica das lesões cutâneas e nasofaringes só foi confirmada, pela primeira
vez, em 1909, por Lindenberg, que encontrou formas de Leishmania, idênticas à
Leishmania tropica (Wright, 1903) da leishmaniose do Velho Mundo, em lesões
cutâneas de indivíduos que trabalhavam nas matas do interior do Estado de São
Paulo. (Basano e Camargo, 2004).
Gaspar Vianna, por considerar o parasito diferente da L. tropica, o batizou de L.
braziliensis, ficando assim denominado o agente etiológico da "úlcera de Bauru",
"ferida brava" ou "nariz de tapir". No Brasil, até a década de setenta, todos os casos
de LTA eram atribuídos a L. braziliensis. Com o aprimoramento das técnicas de
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análise e a intensificação dos estudos ecológicos e epidemiológicos, outras espécies


foram descritas, sendo registradas até o momento seis espécies causadoras da LTA .
(Ministério da Saúde).
1.3- Características do protozoário

O gênero Leishmania compreende protozoários parasitas, com um ciclo de vida


digenético (heteroxênico), vivendo alternadamente em hospedeiros vertebrados e
insetos vetores, estes últimos sendo responsáveis pela transmissão dos parasitas de
um mamífero a outro. Nos hospedeiros mamíferos, representados na natureza por
várias ordens e espécies, os parasitas assumem a forma amastigota, arredondada e
imóvel, que se multiplica obrigatoriamente dentro de células do sistema monocítico
fagocitário. À medida que as formas amastigotas vão se multiplicando, os
macrófagos se rompem liberando parasitas que são fagocitados por outros
macrófagos. Todas as espécies do gênero são transmitidas pela picada de fêmeas
(figura 2) infectadas de dípteros da subfamília Phlebotominae, pertencentes aos
gêneros Lutzomyia - no Novo Mundo, e Phlebotomus - no Velho Mundo. Nos
flebotomíneos as leishmanias vivem no meio extracelular, na luz do trato digestivo.
Ali, as formas amastigotas, ingeridas durante o repasto sanguíneo, se diferenciam
em formas flageladas, morfológica e bioquimicamente distintas das amastigotas,
sendo posteriormente inoculadas na pele dos mamíferos durante a picada. (Gontijo
e Carvalho, 2003)

Figura 2 – Leishmanioses
persistem nas periferias urbanas

1.4- Epidemiologia:
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose
ocorre em 88 países e sua notificação é compulsória em apenas 30 deles. Do total
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de casos já registrados de leishmaniose tegumentar (LT), 90% ocorreram em


apenas seis países: Irã, Arábia Saudita, Síria e Afeganistão (Velho Mundo), Brasil e
Peru, na América do Sul.
Apesar de apresentar grande prevalência mundial, poucos avanços foram obtidos no
tratamento das leishmanioses. Gaspar Viana em 1912, descobriu a ação curativa do
tártaro emético, sendo que até hoje a base deste medicamento é utilizada no
tratamento das leishmanioses. Outros pesquisadores em 1915, na Itália e Rogers,
no mesmo ano na índia, introduziram os antimoniais trivalentes no tratamento do
calazar. Os antimoniais pentavalentes, como o estibogluconato de sódio (Pentostan)
e o antimoniato de N-methyl glucamine (Glucantime), foram introduzidos como
quimioterápicos na década de 40, sendo atualmente as principais drogas utilizadas
no tratamento das leishmanioses. Na França e no Brasil emprega-se o Glucantime,
apresentado em ampolas de 5ml, enquanto nos países de língua inglesa utilizam o
Pentostan que apresenta a vantagem de ser administrado pela via intravenosa. A
suscetibilidade de amastigotas ao Pentostan está correlacionada com a inibição de
enzimas glicolíticas e a beta oxidação de ácidos graxos. (Instituto Oswaldo Cruz -
Depto. de Protozoologia - Lab. de Imunomodulação)

1.5- Sintomas:
Leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa, que não é contagiosa. Seus
sintomas vão variar entre a Leishmaniose visceral, que apresenta febres irregulares
e prolongadas, anemia, indisposição, palidez, falta de apetite, perda de peso,
inchaço no abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. E Leishmaniose
cutânea apresenta depois de duas a três semanas após a picada do mosquito
transmissor aparece uma pequena elevação na pele avermelhada que vai aumentar
de tamanho até formar feridas recobertas por crostas e secreções purulentas. A
doença pode manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz e boca.
(Biblioteca virtual em saúde, ministério da saúde,2020)

1.6- Tratamento:

Para o tratamento o sistema único de saúde (SUS) disponibiliza, o tratamento


específico e gratuito (Ministério da Saúde). Depois da confirmação da doença o
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tratamento é feito com o uso de medicamentos específicos como pentamidina e


anfotericina B, outra forma de tratamento é a termoterapia. Não se tem vacinas para
leishmaniose humana, as medidas mais utilizadas são os controles de vetores e dos
reservatórios, proteção individual e diagnóstico e tratamento rápido. (Meneguetti et
al, 2012). E no Brasil os casos apenas aumentam, e a maior forma de curar essa
doença é com o tratamento, porém a doença é tão negligenciada e os investimentos
que são feitos em seu tratamento são muito baixos.

2- JUSTIFICATIVA:
São causados por protozoários do gênero Leishmania, e sua transmissão
ocorre pela picada de insetos hematófagos. As manifestações acontecem na pele e
nas mucosas do nariz, boca, faringe e laringe, e se manifesta sob várias formas. No
intestino dos insetos vetores ocorre a metaciclogênese, deixando de se reproduzir e
se tornando infectantes. As formas reprodutivas, não infectantes, prendem-se à
parede do tubo digestivo do inseto vetor. (Hebart et al, 2018)
Na Vigilância Entomológica tem como tem como objetivo geral levantar as
informações de caráter quantitativo e qualitativo sobre os flebotomíneos em áreas de
transmissão, como naquelas sem transmissão. Na Vigilância Epidemiológica com as
ações compreendem a coleta e a análise de dados dos casos humanos, dos vetores
e dos fatores de risco. As análises subsidiam a tomada de decisão referente às
recomendações de prevenção, vigilância e controle da LT, de forma a otimizar os
recursos disponíveis e aumentar a sua efetividade. (Lubiana et al, 2012)
Os procedimentos para áreas vulneráveis devem realizar estudos
entomológicos a cada cinco anos, quando ocorrer uma modificação ambiental e
quando ocorrer uma modificação ambiental, nenhuma ação de vigilância está
recomendada para as áreas não vulneráveis, mas caso haja qualquer modificação
ambiental, devem-se adotar as medidas recomendadas para áreas vulneráveis.
(Andonios et al, 2017)
O diagnóstico presuntivo pode ser baseado em critérios clínicos e
epidemiológicos, pois o diagnóstico clínico- -epidemiológico deve ser
complementado por pesquisa direta ou IDRM e, eventualmente, pela prova
terapêutica. O exame é muito importante para resposta de hipersensibilidade celular
retardada, podendo ser negativa nas primeiras quatro a seis semanas após o
surgimento de uma lesão cutânea. O exame de histopatológico diz a respeito de
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uma dermatite granulomatosa difusa ulcerada. Os granulomas vistos são


classificados como “tuberculoides”, com infiltrado inflamatório linfoplasmocitário
associado e, ocasionalmente, necrose. É importante sabermos como lidar com essa
infecção, como nos prevenir. Através de informações importantes descritas,
podemos compreender uns procedimentos que possamos estar inserindo em nossas
vidas, como usarmos repelente, evitar a exposição nos horários de atividades do
vetor, uso de mosquiteiros de malha fina, manejo ambiental por meio de limpeza de
quintais e terrenos, destino adequado do lixo orgânico, limpeza periódica dos
abrigos de animais domésticos, em áreas potenciais de transmissão, sugere-se uma
faixa de segurança de 400 a 500 metros entre as residências e a mata. Notificando
pessoal ao nosso redor sobre essa infecção, evitando que mais pessoas se infectam
com esse protozoário. (Almeida et al, 2004)
Sem a prevenção da população, os casos de infecção tegumentar, que é uma
doença crônica poderão aumentar, tendo muitas pessoas precisando de ajuda e
tratamento, com acompanhamento médico e medicamentos como Anfotericina B,
Pentamidina, Pentoxifilina, isso uma orientação tem muito valor, pois podemos
salvar vidas, com um simples gesto. (Almeida et al, 2004)

3- OBJETIVOS:

O objetivo desse trabalho foi reunir o máximo de informações possíveis


para o conhecimento da população e da equipe de enfermagem, visando o
tratamento adequado dessa infecção. Com base em todos os artigos que
reunimos para complementar nosso trabalho, percebemos que a população e
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a equipe têm pouca informação sobre a “Infecção Leishmaniose Tegumentar


“. E através desta atividade tivemos acesso a informações cruciais para o
desenvolvimento do trabalho.
12

4- METODOLOGIA

Neste estudo, a metodologia aplicada consistiu de uma revisão de literária,


com pesquisas bibliográfica em site de buscas online, utilizando como fonte de
busca a biblioteca da Universidade de São José do Rio Pardo (UNIP-Universidade
Paulista) e artigos científicos com as bases do Scientific Eletronic Library Online,
Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Revista da
Universidade Federal de Goiás, Ministério da saúde (SCIELO, Revista UFG,
FAEMA), que aborde o assunto em questão.

Estabeleceu-se como período de publicação das obras e artigos a serem


consultados de 2000 a 2022, o idioma utilizado foi o português, considerando que
se configuram fontes de informações atuais e confiáveis, cujas buscas terão como
palavras-chave: Leishmaniose Tegumentar, educação em saúde, saúde publica

Utilizou-se artigos originais, artigos de revisão e trabalhos de monografias,


servindo de apoio para o subsídio para elaboração do trabalho e de dois folders
através do aplicativo “Canva” e “Word”

5- REVISÃO DE LITERATURA
5.1 O QUE É A INFECÇÃO LEISHMANIOSE TEGUMENTAR:

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que


provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero
Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de
casos de LT. As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L.
(Viannia) guyanensis e L. (V.) braziliensis. A doença é transmitida ao ser humano
pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. (BRASIL,
Secretaria de saúde do estado de Goiás, 2012)

As lesões da leishmaniose tegumentar normalmente cicatrizam sem


necessidade de tratamento. Porém, no caso das feridas que aumentam de tamanho,
são muito grandes, se multiplicam ou localizadas no rosto, mãos e articulações,
pode ser recomendado fazer o tratamento com remédios, como cremes e injeções,
13

orientados pelos dermatologistas. Além disso, após a cicatrização, as cicatrizes


podem permanecer na pele e provocar alterações estéticas. Por isso, pode ser
necessário fazer acompanhamento psicológico ou recorrer a cirurgia plástica para
tratar alterações no rosto, por exemplo. (Ribeiro, 2018)

5.2 COMO PREVINIR A INFECÇÃO LEISHMANIOSE TEGUMENTAR:


O controle da LTA deve ser abrangente e abordar os seguintes aspectos:
vigilância epidemiológica, medidas de atuação na cadeia de transmissão, medidas
educativas, medidas administrativas e vacina. A vigilância epidemiológica inclui: a
detecção e confirmação dos casos e investigação epidemiológica, definindo o fluxo
das informações, a análise e divulgação dos dados através de indicadores
epidemiológicos e indicadores operacionais. De acordo com Satilho (2011) as
medidas de atuação voltadas para a leishmaniose tegumentar americana devem ser
flexíveis e distintas, pois esta é uma doença com multiplicidade de fatores que
incluem os vários agentes, reservatórios e vetores, diferenciando-se
epidemiologicamente nos vários locais onde ela ocorre.
Não se tem vacinas para leishmaniose humana, as medidas mais utilizadas
são os controles de vetores e dos reservatórios, proteção individual e diagnóstico e
tratamento rápido. É de necessário importância também manter os arredores das
casas limpas, não entrar em rios ou lagos localizados perto da mata, o uso de
repelentes também é recomendado e telas de proteção nas janelas e portas na casa
são algumas das medidas de prevenção. (Meneguetti et al, 2012)

5.3 LEGISLAÇÃO SOBRE PREVENÇÃO DE INFEÇÃO LEISHMANIOSE


TEGUMENTAR:
De acordo com Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
(SVS/MS) responsabilidade da mesma a normatização técnica e participação na
formulação de políticas, diretrizes e prioridades em Vigilância em Saúde no âmbito
nacional, conforme Portaria n° 1.378, de 9 de julho de 2013, que regulamenta as
responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de
Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária. Segundo a secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) a Coordenação Geral
de Doenças Transmissíveis (CGDT), inserida no Departamento de Vigilância das
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Doenças Transmissíveis (DEVIT), é quem está diretamente responsável pelas


atribuições listadas na Portaria citada relativas às doenças transmissíveis, como a
leishmaniose tegumentar (LT).
Embora as normatizações técnicas da SVS sejam elaboradas considerando
evidências científicas, o processo de construção ocorre parcialmente de forma
sistemática. Dessa forma, considera como importante e prioritária a construção de
um Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a LT, que é pautado
na prática baseada em evidências, para uso pelos gestores e pelos profissionais que
lidam diretamente com a assistência aos pacientes. A elaboração de um PCDT com
base nessa prática visa à melhoria do cuidado, por meio da identificação e
promoção de estratégias que funcionem e eliminação das ineficientes ou
prejudiciais, além da minimização da lacuna existente entre a geração da evidência
e sua aplicação no cuidado ao paciente (Santos et.al., 2007).

5.4 ACÕES DA CCIH PARA PREVENÇÃO DE INFEÇÃO LEISHMANIOSE


TEGUMENTAR
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é responsável pelo
controle de Infecções no Brasil, de acordo com o site oficial do ministério da saúde a
CCIH é responsável pela adequação, implementação e supervisão das normas e
rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle das infecções, pela
capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz
respeito à prevenção, tratamento e controle das infecções. (BRASIL. Ministério da
Saúde)
Os membros da CCIH devem realizar investigação epidemiológica de casos e
surtos, sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de controle e
estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da transmissão, no caso
da leishmaniose que é uma infecção transmitida por um protozoário e não de pessoa
para pessoa, a CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais
adequado às características do local, à estrutura da sociedade e à natureza do risco
da assistência, com base em critérios de magnitude, gravidade, redutibilidade das
taxas ou custo. (BRASIL. Ministério da Saúde)
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5.5 PAPEL EDUCATIVO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE


INFEÇÃO LEISHMANIOSE TEGUMENTAR:
O papel do enfermeiro no controle de doenças contagiosas, é agir na
promoção a saúde e no planejamento campanhas de acompanhamento e prevenção
da leishmaniose. Além disso o profissional da equipe enfermagem apresenta um
papel muito importante no acompanhamento dos pacientes desde o seu
atendimento no diagnóstico e no acompanhamento domiciliar. Fazendo com que o
enfermeiro seja um profissional indispensável no combate a leishmaniose e qualquer
outra doença infecciosa. (Meneguetti et al, 2012)
De acordo com Santos e Takeuti (2020) o processo de cuidar na enfermagem
relação ao paciente com leishmaniose, é realizado através da implementação de
intervenções que priorizam a qualidade de vida do paciente durante o período de
tratamento e principalmente através do uso da SAE (Sistematização da Assistência
em Enfermagem).
Os pacientes com leishmaniose se isolam quando vivenciam o preconceito, cabendo
ao enfermeiro garantir a aproximação do paciente com seu grupo social por meio de
ações educativas quebrando muitos tabus. A melhor interação entre enfermeiro e
paciente proporciona diagnóstico adequado e qualidade do tratamento (Meneguetti
et al, 2012)

5.6 AULA DE ORIENTAÇÃO A PREVENÇÃO DE INFEÇÃO


LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
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17
18
19

5.7 FOLDER PREVENÇÃO DE INFEÇÃO LEISHMANIOSE


TEGUMENTAR:
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Leishmaniose Tegumentar é considerada uma das seis doenças
infecciosos mais importantes pela organização Mundial da saúde (OMS) devido à
sua alta incidência e potencial de malformação. Representa um importante problema
de saúde pública, suas manifestações clínicas variam desde simples lesões
cutâneas até lesões muco cutâneas e difundidas. (Katagiri et al, 2018)
Conclui-se que LTA é uma das doenças mais negligenciadas no
mundo atualmente, afetando as pessoas mais pobres dos países em
desenvolvimento e pode estar associada à desnutrição, relacionada com a pobreza,
a fraqueza do sistema imunológico, o deslocamento geográfico da pessoa a locais
endêmicos, habitação em áreas de ocorrência da doença, analfabetismo, o que
gera impactos na Qualidade de Vida das pessoas. (Freire et al, 2020)
A enfermagem tem papel importante para prevenção e promoção da LTA,
pois vai utilizar estratégias como a visita domiciliar, comunicação direta com os
doentes, a atuação da enfermagem deve se em conjunto com a vigilância
epidemiológica e assim aplicar medidas de atuação na cadeia de transmissão e as
medidas educativas para população com o foco em prevenir novas transmissões,
essas medidas educativas devem ser contínuas e em conjunto com a equipe
21

multidisciplinar da Estratégia Saúde da Família. (Meneguetti et al, 2012)


22

7. REFERÊNCIAS:
SATILHO, Karine A., SILVA, Damiana M, Oliveira, Dionatas. Leishmaniose
tegumentar americana: As ações profiláticas do profissional enfermeiro, 2012

SILVA, Segio J., LIMA, Caliandra M., SILVA, Allan B., SILVA, Ana Cristina, PAIVA,
Oriana D., FREIRE, Maria Eliane. Qualidade de vida relacionada à saúde de
pessoas com Leishmaniose Tegumentar Americana. João Pessoa (PB), 2020

GUERRA, Jorge A., TALHARI, Sinésio, PAES, Marcilene G., GARRIDO, Marlúcia,
TALHARI, Joana M. Aspectos clínicos e diagnósticos da leihmaniose
tegumentar americana em militares simultaneamente expostos á infecção na
Amazônia. Manaus, 2003

Leishmaniose Tegumentar Americana, Secretaria de Saúde do Estato de Goiás,


2012

BASANO, Sergio A., CAMARGO, Luís Marcelo. Leishmaniose tegumentar


americana: histórico, epidemiologia e perspectivas de controle. Rondônia, 2004

SANTOS, Valéria F., TAKEUTT, Tharsus D., A importância do enfermeiro no


atendimento da leishmaniose. Iniciação cientifica da Ajes, 2020

BVS Atenção Primária em Saúde. Quais as medidas preventivas sobre


Leishmaniose? Rio Grande do Sul, 2009

RIBEIRO, Dhener H., MORAES, Sinara C., KATAGIRI, Satie. Fatores de risco,
controle e profilaxia da leishmaniose tegumentar americana no município de
Nobres – Mato Grosso. Mato Grosso, 2018

Ministério da saúde. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar. Brasília


(DF),

LIMA, Meiri V., CERINO, Daniela A., OLIVEIRA, Rosangela Z., SILVEIRA, Thaís G.,
PEREIRA, Airton L. Leishmaniose cutânea com desfecho fatal durante
23

tratamento com antimonial pentavalente. Maringá, 2007

GONTIJO, Bernardo, CARVALHO, Maria L. Leishmaniose tegumentar americana.


Belo Horizonte, 2003

Instituto Oswaldo Cruz - Depto. de Protozoologia - Lab. de Imunomodulação. As


Leishmanioses

Ministério da saúde. Leishmaniose tegumentar (LT). Brasília (DT)

LIMA, Edson B., PORTO, Claúdia, MOTTA, Jorgeth O., SAMPAIO, Raimunda N.
Tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana. Brasília (DT), 2007

Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da saúde. Leishmaniose, 2020

8. ANEXOS
24

https://repositorio.unifaema.edu.br/handle/123456789/1724
https://revistas.ufg.br/fen/article/view/63454/36206
https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/fMnbbkpfxKjtrgCM6jyjtnH/?format=html&lang=pt
https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7343-leishmaniose-tegumentar-americana
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/rX8bfw89BwD8qQZfvfs6x3B/?lang
https://eventos.ajes.edu.br/iniciacao-cientifica-guaranta/uploads/arquivos/
60622d6f46502_A-IMPORTNCIA-DO-ENFERMEIRO-NO-ATENDIMENTO-DA-
LEISHMANIOSE-.pdf
https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-as-medidas-preventivas-sobre-leishmaniose/

https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/578/499
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
www.scielo.br/j/abd/a/RfszhsnTRJTkfWBtFkDN38x/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/ZXND5L6KxmWJ8grGMsJMPDr/?lang=pt&forma
t=html

http://www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/index.htm

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/lt

https://www.scielo.br/j/abd/a/5VhvSz6YdrYfdTZhZ4RzV7j/?lang=pt

https://bvsms.saude.gov.br
https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/19113/mod_resource/content/
1/Módulo%201.pdf (figura 1)
https://institucional.ufrrj.br/ccs/leishmanioses-persistem-nas-periferias-urbanas/
(figura 2)

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