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CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO

CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO

MANACAPURU – AM

DEZEMBRO DE 2023
CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO
CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio de Campo


do Curso Técnico em Radiologia,
turma ________________, turno:
noturno, Estágio Supervisionado
ministrado pelo(a) Preceptor (a)
Elisandra.

DOR CRÔNICA NA COLUNA EM ADULTOS NO BRASIL E SEUS FATORES


DE ASSOCIAÇÃO

ALDENIRA GOMES MAGALHÃES


LUCIELE BRITO DE AQUINO
LUZIA ALVES CRUZ
MAIARA DA SILVA LOPES
MARCIA COSTA DA SILVA

MANACAPURU – AM

DEZEMBRO DE 2023
Sumário
RESUMO....................................................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................6
2. JUSTIFICATIVA................................................................................................................6
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................8
3.1. Objetivos gerais.......................................................................................................8
3.2. Objetivos específicos.............................................................................................8
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................8
4.1. O que é pneumonia?...............................................................................................8
4.2. Sintomas da pneumonia........................................................................................9
4.3. Fatores de risco.....................................................................................................10
4.4. Tratamento..............................................................................................................11
4.5. Prevenção................................................................................................................12
5. METODOLOGIA..............................................................................................................13
6. CRONOGRAMA..............................................................................................................14
7. RESULTADOS ESPERADOS.......................................................................................14
7.1. Identificação de áreas opacas nos pulmões..................................................14
7.2. Diferenciação entre pneumonia viral e bacteriana........................................15
7.3. Avaliação da extensão e gravidade da pneumonia.......................................16
7.4. Identificação de achados atípicos.....................................................................17
Identificação de complicações associadas à pneumonia.......................................17
Acompanhamento da resposta ao tratamento...........................................................17
Triagem em massa durante a pandemia......................................................................17
Estabelecimento do diagnóstico diferencial..............................................................17
7.5. Monitoramento da resposta ao tratamento.....................................................18
7.6. Identificação das possíveis complicações......................................................18
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................21
5

RESUMO
A pneumonia é uma infecção pulmonar aguda que afeta os alvéolos,
estruturas responsáveis pelas trocas gasosas nos pulmões. Geralmente
causada por bactérias, vírus ou fungos, a pneumonia resulta em inflamação
dos pulmões, levando a sintomas como febre, tosse com produção de muco,
dificuldade respiratória e, em alguns casos, dor no peito. Os grupos mais
vulneráveis incluem crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema
imunológico enfraquecido. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos,
radiografias e, se necessário, análises laboratoriais. O tratamento geralmente
envolve antibióticos ou antivirais, dependendo da causa subjacente. A
prevenção inclui vacinação, práticas de higiene e evitar fatores de risco, como
tabagismo. A pneumonia pode variar em gravidade, sendo essencial buscar
assistência médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
6

1. INTRODUÇÃO
As infecções respiratórias agudas representam um desafio significativo
para a saúde infantil nos países em desenvolvimento, contribuindo para um
terço das mortes e metade das hospitalizações e consultas médicas entre
crianças menores de cinco anos. A pneumonia, como sua manifestação mais
grave, é particularmente alarmante, ceifando a vida de aproximadamente 800
crianças a cada hora, com 53% dessas tragédias ocorrendo no período pós-
neonatal.
Diversos fatores de risco foram identificados como contribuintes para
esse cenário preocupante, incluindo baixo nível socioeconômico, desnutrição,
baixo peso ao nascer, ausência de amamentação, aglomeração familiar,
poluição ambiental e doméstica. Além disso, recentes descobertas apontam
para a frequência em creches e episódios anteriores de chiado no peito como
elementos adicionais.
Embora muitos estudos tenham examinado esses fatores em relação à
incidência e mortalidade por pneumonia, há uma lacuna considerável em
relação à ocorrência de hospitalizações, um evento dispendioso, frequente e
frequentemente precursor da morte. Essa lacuna dificulta a implementação de
medidas específicas para reduzir a gravidade dos casos e, consequentemente,
diminuir a contribuição dessa doença para o coeficiente de mortalidade infantil.
O propósito deste estudo é investigar a influência de fatores
socioeconômicos e gestacionais na hospitalização por pneumonia no período
pós-neonatal, utilizando uma coorte de base populacional no Brasil. Esse
esforço visa preencher uma importante lacuna de conhecimento,
proporcionando insights que podem orientar intervenções eficazes para mitigar
o impacto devastador da pneumonia infantil.

2. JUSTIFICATIVA
A pneumonia representa um desafio significativo para a saúde pública
no Brasil, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade,
especialmente entre crianças. Apesar dos avanços nas últimas décadas, a
pneumonia ainda exerce um impacto considerável no sistema de saúde do
país.
7

Crianças menores de cinco anos são particularmente vulneráveis, e a


pneumonia é responsável por uma parcela significativa das hospitalizações
nessa faixa etária. Fatores socioeconômicos, condições de moradia precárias e
acesso limitado a serviços de saúde contribuem para a prevalência da doença,
especialmente em comunidades mais carentes.
A disponibilidade e a qualidade da assistência médica desempenham
um papel crucial na gestão eficaz da pneumonia. A vacinação, por exemplo, é
uma ferramenta essencial para prevenir casos graves e reduzir a incidência da
doença. No entanto, garantir a cobertura vacinal adequada em todas as regiões
do país continua sendo um desafio.
Além disso, a pneumonia está interligada a condições ambientais, como
a poluição do ar, que pode agravar os sintomas e aumentar a suscetibilidade à
infecção respiratória. Estratégias de saúde pública que abordam não apenas o
tratamento clínico, mas também fatores ambientais e sociais, são fundamentais
para combater eficazmente a pneumonia.
A conscientização pública sobre práticas de prevenção, como a
promoção do aleitamento materno, higiene adequada e medidas para reduzir a
exposição à fumaça de tabaco, desempenha um papel importante na estratégia
de saúde pública contra a pneumonia. Além disso, a pesquisa contínua e a
coleta de dados epidemiológicos são essenciais para entender melhor a carga
da doença e direcionar intervenções de forma eficiente.
Em resumo, a pneumonia na saúde pública brasileira exige uma
abordagem abrangente que integre medidas preventivas, acesso equitativo a
serviços de saúde, educação pública e ações ambientais para reduzir seu
impacto e melhorar a qualidade de vida da população.
A radiologia é um método de diagnóstico importante na identificação de
pneumonia.
A radiografia de tórax destaca-se como o método de diagnóstico mais
comumente empregado na identificação da pneumonia, oferecendo
informações cruciais sobre a presença, localização e extensão da infecção. As
imagens radiográficas apresentam uma gama de achados relevantes, como
consolidação pulmonar, opacidades, infiltrados e derrame pleural, que
desempenham papel indicativo na confirmação da pneumonia. Além disso,
esse procedimento radiológico não apenas viabiliza a avaliação da resposta ao
8

tratamento, mas também permite o monitoramento preciso da evolução da


doença ao longo do tempo.

3. OBJETIVOS
3.1. Objetivos gerais
 Conduzir uma revisão bibliográfica abrangente acerca do tema em
análise;
 Ampliar a prática assistencial do radiologista por meio da aplicação dos
conhecimentos adquiridos na pesquisa;
 Desenvolver uma abordagem mais eficaz sobre o tema, destacando sua
relevância para a população em geral.

3.2. Objetivos específicos


 Examinar as diversas maneiras pelas quais as informações podem ser
compartilhadas;
 Fazer um debate sobre o assunto, visando propor melhorias para o
sistema de saúde;
 Elaborar uma cartilha educativa centrada na pneumonia.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. O que é pneumonia?
A pneumonia é uma condição médica caracterizada pela inflamação dos
pulmões, afetando principalmente os alvéolos, que são pequenos sacos de ar
nos pulmões. Essa inflamação pode ser causada por diferentes agentes, como
bactérias, vírus, fungos ou outros microrganismos, bem como por substâncias
químicas. Quando os alvéolos ficam inflamados, há uma acumulação de fluido,
o que pode dificultar a respiração e levar a sintomas como febre, tosse com
produção de muco, dificuldade respiratória e, em casos mais graves, dor no
peito.
A pneumonia pode afetar pessoas de todas as idades, mas crianças
pequenas, idosos e indivíduos com sistemas imunológicos enfraquecidos são
especialmente suscetíveis. O tratamento geralmente envolve o uso de
antibióticos ou antivirais, dependendo da causa subjacente da infecção. A
9

prevenção inclui práticas de higiene, vacinação e evitar fatores de risco, como


o tabagismo.

Imagem I – Radiografia do torácica

4.2. Sintomas da pneumonia


Os sintomas da pneumonia podem variar em intensidade e são
frequentemente semelhantes aos de outras infecções respiratórias. Alguns dos
sinais mais comuns incluem:
 Tosse: Pode começar como uma tosse seca e evoluir para uma
tosse com produção de muco.
 Febre: Elevação da temperatura corporal, frequentemente
acompanhada de calafrios.
 Dificuldade Respiratória: Respiração rápida e superficial,
sensação de falta de ar ou dificuldade em respirar profundamente.
 Dor no Peito: Pode ocorrer dor ou desconforto no peito,
especialmente ao tossir ou respirar profundamente.
 Fadiga: Sensação de cansaço excessivo e fraqueza.
 Confusão (em idosos): Em idosos, a pneumonia pode estar
associada a confusão mental.
 Coloração Azulada da Pele (cianose): Em casos graves, pode
ocorrer uma coloração azulada nos lábios e unhas devido à falta
de oxigênio.
É importante observar que os sintomas podem variar de acordo com a
idade, o estado de saúde geral e a causa específica da pneumonia (bacteriana,
viral, fúngica, entre outras). Em alguns casos, a pneumonia pode se
desenvolver gradualmente, enquanto em outros, os sintomas podem surgir
repentinamente.
10

Se houver suspeita de pneumonia, é crucial procurar orientação médica


para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. A
pneumonia, quando tratada precocemente, geralmente responde bem ao
tratamento, mas a automedicação não é recomendada, especialmente dada a
variedade de causas possíveis para a doença.

4.3. Fatores de risco


Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver pneumonia.
Alguns dos principais incluem:
 Idade: Crianças com menos de 2 anos e adultos com mais de 65
anos têm maior probabilidade de desenvolver pneumonia.
 Sistema Imunológico Comprometido: Indivíduos com sistemas
imunológicos enfraquecidos devido a condições como HIV/AIDS,
câncer, transplantes de órgãos ou uso de certos medicamentos
imunossupressores.
 Condições Médicas Crônicas: Doenças crônicas, como
diabetes, doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) e asma, podem aumentar o risco.
 Tabagismo: O tabagismo danifica as vias respiratórias e
enfraquece a capacidade dos pulmões de combater infecções.
 Desnutrição: A falta de nutrientes adequados pode comprometer
o sistema imunológico e aumentar a suscetibilidade a infecções.
 Exposição a Poluentes Ambientais: A exposição regular a
poluentes do ar, como fumaça de cigarro, poluição atmosférica ou
substâncias químicas irritantes, pode aumentar o risco.
 Hospitalização Recente: Pessoas que estiveram hospitalizadas
recentemente, especialmente em unidades de terapia intensiva,
podem estar mais suscetíveis a infecções.
 Problemas de Deglutição: Dificuldades em engolir, comuns em
idosos ou pessoas com distúrbios neurológicos, podem levar à
aspiração de alimentos ou líquidos nos pulmões.
11

 Vírus Respiratórios e Infecções virais, como influenza (gripe),


aumentam o risco de desenvolver pneumonia bacteriana
secundária.
 Exposição Ocupacional: Algumas ocupações, como agricultura
ou trabalho em ambientes com exposição a poeira, podem
aumentar o risco de pneumonia.
É importante notar que a pneumonia pode afetar qualquer pessoa, mas
a gravidade e o risco de complicações variam de acordo com esses fatores. A
prevenção, incluindo a vacinação contra influenza e pneumonia pneumocócica,
é fundamental, especialmente para aqueles que estão em maior risco.

4.4. Tratamento
O tratamento da pneumonia varia dependendo da causa específica da
infecção (bacteriana, viral ou fúngica), da gravidade dos sintomas e de fatores
individuais do paciente. Em geral, o tratamento da pneumonia pode incluir:
 Antibióticos ou Antivirais: Se a pneumonia for causada por uma
infecção bacteriana, o médico pode prescrever antibióticos. Se for
viral, antivirais podem ser recomendados. O uso desses
medicamentos visa eliminar ou controlar o agente infeccioso.
 Medicamentos para Alívio dos Sintomas: Medicamentos
analgésicos ou antipiréticos podem ser prescritos para reduzir a
febre e aliviar a dor no peito. Medicamentos para a tosse podem
ser indicados para ajudar a expectorar o muco.
 Hidratação Adequada: Beber líquidos em quantidade suficiente
é fundamental para evitar a desidratação e ajudar a fluidificar as
secreções respiratórias.
 Repouso: Descanso é essencial para permitir que o corpo se
recupere. Pode ser necessário repouso prolongado,
especialmente em casos mais graves.
 Oxigenoterapia: Em situações em que a pneumonia afeta
significativamente a capacidade respiratória, a administração de
oxigênio suplementar pode ser necessária.
12

 Hospitalização: Casos graves de pneumonia podem requerer


hospitalização, especialmente em crianças, idosos ou indivíduos
com condições de saúde subjacentes. A hospitalização permite a
administração intravenosa de medicamentos e monitoramento
mais próximo.
É fundamental seguir as orientações médicas e completar o curso
completo de antibióticos ou antivirais prescrito, mesmo que os sintomas
melhorem antes. Além disso, manter a comunicação regular com o médico é
importante para monitorar a progressão da recuperação.
A prevenção é crucial, e a vacinação contra a influenza (gripe) e a
pneumonia pneumocócica é recomendada para grupos de risco, como idosos,
crianças pequenas e indivíduos com condições médicas crônicas. Medidas
preventivas, como lavagem das mãos, boa higiene respiratória e evitar o
tabagismo, também são fundamentais na redução do risco de pneumonia.

4.5. Prevenção
A prevenção da pneumonia envolve a adoção de medidas práticas e
hábitos saudáveis que visam reduzir o risco de infecções respiratórias. Aqui
estão algumas maneiras eficazes de prevenir a pneumonia:
 Vacinação: Certificando-se de receber as vacinas
recomendadas, incluindo a vacina contra a influenza (gripe) e a
vacina pneumocócica. A vacinação é especialmente importante
para grupos de risco, como idosos, crianças pequenas e pessoas
com condições médicas crônicas.
 Boa Higiene Respiratória: Cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou
espirrar, preferencialmente com um lenço ou o cotovelo, para
evitar a propagação de germes. E, descartando adequadamente
os lenços usados e lavando as mãos imediatamente.
 Lavagem das Mãos: Lavar as mãos regularmente com água e
sabão, especialmente após tossir, espirrar, usar o banheiro e
antes de comer.
 Evitar o Tabagismo: Não fumar e evitar a exposição ao fumo
passivo. O tabagismo é um fator de risco significativo para
infecções respiratórias, incluindo pneumonia.
13

 Promoção do Aleitamento Materno: O aleitamento materno


fortalece o sistema imunológico dos bebês, reduzindo o risco de
infecções respiratórias.
 Ambientes Limpos e Ventilados: Reduza a exposição a
poluentes do ar, como fumaça de cigarro e poluição. Mantenha
ambientes internos bem ventilados.
 Alimentação Saudável: Deve-se manter uma dieta equilibrada e
rica em nutrientes para fortalecer o sistema imunológico.
 Evitar Contato com Pessoas Doentes: É crucial evitar contato
próximo com pessoas que estejam doentes, especialmente se
estiverem com infecções respiratórias.
 Manter Atividade Física: Exercícios regulares podem fortalecer o
sistema imunológico e contribuir para a saúde respiratória.
 Cuidado com a Saúde Geral: Mantenha boas práticas de saúde
geral, como descanso adequado, controle do estresse e
gerenciamento de condições médicas crônicas.
Lembrando que a prevenção é essencial em todos os estágios da vida,
mas é especialmente crucial para grupos de risco. Consultar um profissional de
saúde para orientações específicas, especialmente se você pertencer a um
grupo mais vulnerável, é fundamental para personalizar estratégias de
prevenção.

5. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa que tem como objetivo analisar e
sintetizar os resultados de estudos independentes sobre um mesmo tema. Esta
abordagem contribui de maneira significativa para uma possível repercussão
benéfica na qualidade dos cuidados prestados aos pacientes.
O levantamento bibliográfico foi conduzido por meio de pesquisas online,
utilizando os bancos de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciência
de Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Library Online), além de outras
bibliotecas virtuais relevantes. Para a busca de artigos, foram empregados os
seguintes descritores: "pneumonia", "tratamento e cuidados com a pneumonia"
e "pneumonia na saúde brasileira". Essa abordagem sistemática permite uma
abrangente compreensão do estado atual do conhecimento sobre o tema,
14

possibilitando a identificação de lacunas e áreas para aprimoramento nos


cuidados relacionados à pneumonia na saúde brasileira.

6. CRONOGRAMA
A totalidade do processo de pesquisa, desde o levantamento até a
edição e conclusão, foi conduzida em estrita conformidade com o cronograma
de estudo e pesquisa previamente elaborado para este projeto. A seguir,
apresenta-se uma tabela detalhada contendo as datas de cada etapa da
pesquisa:
ETAPAS DATA DATA DATA DATA DATA DATA
Levantamento 19 de x x x x X
Bibliográfico
dezembr
o
Realização e x x x x x x
envio do
projeto de
pesquisa para
o supervisor
Coleta de x 20 de x x x x
dados
dezembr
o
Tabulação de x x 21 de x x x
dados
dezembr
o
Redação do x x x 22 de x x
trabalho
dezembr
o
Revisão/ 23 de 24 de 26 de
redação
final/relatório dezembr dezembr dezembr
final o o o

7. RESULTADOS ESPERADOS
7.1. Identificação de áreas opacas nos pulmões
A característica primordial identificada por meio de exames radiológicos
na pneumonia é a presença de áreas opacas nos pulmões, visíveis em
radiografias ou tomografias computadorizadas de tórax. Essas áreas opacas
15

refletem a inflamação e o acúmulo de líquido nos alvéolos pulmonares, sendo


denominadas como consolidação pulmonar.
Para além da identificação dessas áreas opacas, a radiologia
desempenha um papel crucial na avaliação da extensão da pneumonia. A
radiografia de tórax possibilita determinar a localização e o tamanho das áreas
afetadas, enquanto a tomografia computadorizada oferece detalhes mais
refinados sobre o comprometimento pulmonar.
Além da caracterização da pneumonia, a radiologia contribui para a
detecção de complicações associadas, como derrame pleural e abscesso
pulmonar. A acumulação de líquido ou pus na cavidade pleural é visualizada
em radiografias e tomografias de tórax, enquanto o abscesso pulmonar se
manifesta como uma área opaca com contornos irregulares.
Outro aspecto relevante na prática radiológica é a identificação de
condições que possam mimetizar a aparência da pneumonia, como atelectasia
(colapso pulmonar), edema pulmonar e outras doenças pulmonares. A
habilidade da radiologia em distinguir essas condições é crucial para um
diagnóstico e tratamento preciso.
Adicionalmente, a radiologia é uma ferramenta essencial para monitorar
a evolução da pneumonia e avaliar a resposta ao tratamento. A diminuição
progressiva das áreas opacas após a terapia é indicativa de melhora, sendo
acompanhada por exames radiológicos sequenciais.
Por último, destaca-se o papel significativo da radiologia na identificação
da pneumonia em pacientes com sintomas leves ou assintomáticos, incluindo
aqueles com COVID-19. Radiografias e tomografias de tórax têm sido
amplamente utilizadas no diagnóstico e monitoramento da COVID-19,
especialmente em casos mais graves.
7.2. Diferenciação entre pneumonia viral e bacteriana
16

Imagem II – Radiografia torácica (a imagem do lado esquerdo representa um tórax com


pneumonia bacteriana e a imagem do lado direito apresenta um tórax com pneumonia viral)

Os achados radiológicos desempenham um papel relevante na distinção


entre pneumonia viral e bacteriana. Na pneumonia viral, observa-se
frequentemente uma inflamação mais difusa nos pulmões, contrastando com a
pneumonia bacteriana, que tende a causar inflamação focal, caracterizada por
uma área mais delimitada de consolidação pulmonar.
Adicionalmente, a pneumonia viral pode estar associada a um padrão de
opacidades em vidro fosco, conferindo uma aparência mais difusa, enquanto a
pneumonia bacteriana geralmente se manifesta com um padrão de opacidade
mais sólido.
É imperativo ressaltar, contudo, que a radiologia, isoladamente, não
possui a capacidade de confirmar definitivamente o agente etiológico da
pneumonia. A correlação com dados clínicos, como a história médica do
paciente, resultados de exames laboratoriais e a apresentação clínica global, é
crucial para uma avaliação precisa e uma abordagem terapêutica apropriada.
7.3. Avaliação da extensão e gravidade da pneumonia
Os aspectos radiológicos assumem um papel crucial na avaliação
abrangente da extensão e gravidade da pneumonia. A tomografia
computadorizada (TC) destaca-se por proporcionar informações detalhadas
sobre a distribuição do envolvimento pulmonar e a detecção de complicações,
incluindo derrame pleural, enfisema bolhoso e abscesso pulmonar. A TC não
apenas oferece uma visão mais precisa das características da infecção, mas
também contribui para a avaliação da eficácia do tratamento, identificando a
resolução da infiltração pulmonar e melhorias na aparência do derrame pleural.
A radiografia de tórax, por sua vez, desempenha um papel valioso no
monitoramento da progressão da pneumonia e na avaliação da resposta ao
tratamento. A gravidade da pneumonia pode ser avaliada por meio de
parâmetros como o tamanho da área de infiltração pulmonar, extensão da
opacidade, presença de consolidação alveolar e derrame pleural.
Os achados radiológicos não apenas orientam o tratamento antibiótico
apropriado, mas também ajudam a distinguir entre etiologias virais e
bacterianas. A presença de um padrão de opacidade intersticial pode sugerir
uma origem viral, enquanto uma opacidade alveolar pode indicar uma infecção
17

bacteriana. Múltiplas áreas de opacidade podem suscitar a suspeita de


infecções por organismos atípicos.
A tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) surge como uma
ferramenta adicional para avaliar a gravidade da pneumonia e a eficácia do
tratamento. Esta técnica capta alterações metabólicas no pulmão, indicativas
de inflamação e infecção ativa.
Por fim, a radiologia desempenha um papel significativo na detecção de
possíveis complicações da pneumonia, como tromboembolismo pulmonar,
enfisema bolhoso e abscesso pulmonar, cujo reconhecimento impacta a
evolução do tratamento e a sobrevida do paciente.
7.4. Identificação de achados atípicos
Em alguns casos de pneumonia, é possível encontrar achados
radiológicos atípicos, o que pode complicar o diagnóstico preciso. Na
radiografia de tórax, podem surgir infiltrados intersticiais, consolidações mal
definidas, nódulos ou cavidades. Essas manifestações atípicas podem ser
desencadeadas por diversos fatores, incluindo a presença de condições
subjacentes, como fibrose pulmonar, ou a ação de agentes infecciosos menos
comuns, como fungos ou micobactérias.
Identificação de complicações associadas à pneumonia
Em determinados casos, a pneumonia pode progredir para
complicações, tais como abscessos pulmonares, derrame pleural ou
pneumotórax. A radiografia de tórax emerge como uma ferramenta valiosa para
identificar essas complicações, desempenhando um papel crucial na orientação
do tratamento adequado.
Acompanhamento da resposta ao tratamento
A radiografia de tórax também desempenha um papel fundamental no
monitoramento da evolução da pneumonia e na avaliação da resposta ao
tratamento instituído. É relevante destacar que a normalização dos achados
radiológicos pode demandar algumas semanas após o início do tratamento.
Triagem em massa durante a pandemia
Durante pandemias, como a de COVID-19, a radiografia de tórax
emerge como uma ferramenta crucial de triagem em massa para identificar
indivíduos com suspeita de pneumonia. A realização de exames radiológicos
em larga escala pode desempenhar um papel significativo no controle da
18

disseminação da doença, direcionando adequadamente os casos suspeitos


para exames confirmatórios e tratamento apropriado.
Estabelecimento do diagnóstico diferencial
Por último, a radiografia de tórax desempenha um papel essencial na
identificação de outras patologias que manifestam sintomas semelhantes aos
da pneumonia, tais como bronquite ou asma. Essa diferenciação é crucial para
a instituição do tratamento adequado.
7.5. Monitoramento da resposta ao tratamento
O monitoramento da resposta ao tratamento constitui um aspecto crucial
no diagnóstico de pneumonia por meio da radiologia. A radiografia torácica
revela-se útil para avaliar a eficácia do tratamento, especialmente em pacientes
que não apresentam melhorias clínicas evidentes. Alterações radiográficas,
como redução na opacidade pulmonar, diminuição do tamanho da
consolidação pulmonar e melhora na visualização das margens pulmonares,
podem indicar progresso clínico e radiográfico após o tratamento.
Em situações mais complexas ou em pacientes imunocomprometidos, a
tomografia computadorizada (TC) assume um papel valioso na avaliação da
resposta ao tratamento. A TC proporciona uma análise mais precisa da
extensão e localização do processo inflamatório, sendo potencialmente mais
sensível na detecção de lesões pulmonares sutis.
Entretanto, é vital ressaltar que a radiografia torácica ou a TC, por si só,
não são suficientes para avaliar a eficácia do tratamento em todos os casos.
Outros exames, como hemograma completo, gasometria arterial e cultura de
escarro, podem ser necessários para avaliar a resposta ao tratamento e
detectar a presença de complicações.
Em suma, a radiologia desempenha um papel fundamental no
diagnóstico e monitoramento da pneumonia. A radiografia torácica é o método
de imagem mais comum para avaliar a presença e gravidade da pneumonia,
enquanto a TC pode ser útil em casos mais desafiadores. A interpretação
precisa dos achados radiográficos contribui para um diagnóstico precoce e
início imediato do tratamento, melhorando o prognóstico do paciente. O
monitoramento da resposta ao tratamento, seja por meio de radiografia torácica
ou TC, deve ser complementado por outros exames e avaliação clínica para
garantir uma monitorização abrangente e eficaz da pneumonia.
19

7.6. Identificação das possíveis complicações


A radiologia desempenha um papel crucial na identificação de possíveis
complicações associadas à pneumonia, como derrame pleural, pneumotórax e
abscesso pulmonar. O derrame pleural, caracterizado pela acumulação de
líquido na cavidade pleural, pode ser detectado por meio de radiografia ou
tomografia computadorizada. O pneumotórax ocorre quando há uma ruptura na
pleura, resultando na fuga de ar para o espaço entre a pleura visceral e
parietal, causando colapso pulmonar. Tanto a radiografia quanto a tomografia
computadorizada são instrumentais na detecção e avaliação da gravidade do
pneumotórax. Embora o abscesso pulmonar seja uma complicação rara da
pneumonia, sua presença pode ser identificada por meio de radiografia e
tomografia computadorizada.
Além disso, a radiologia também é valiosa na detecção de possíveis
complicações secundárias à pneumonia, como embolia pulmonar, que ocorre
quando um coágulo de sangue se desloca para os pulmões. A tomografia
computadorizada, em particular, destaca-se por sua utilidade na avaliação da
presença e extensão da embolia pulmonar.
Outra complicação potencialmente grave associada à pneumonia é a
sepse, uma infecção generalizada. A radiologia pode desempenhar um papel
significativo na identificação de sinais de sepse, como aumento no tamanho do
coração, derrame pleural e outros indicativos de comprometimento de múltiplos
órgãos.
Por fim, a radiologia é uma ferramenta valiosa na identificação de
possíveis causas subjacentes da pneumonia, como doenças pulmonares
crônicas, câncer de pulmão, insuficiência cardíaca congestiva e outras
condições que aumentam o risco de desenvolvimento de pneumonia. A
detecção precoce dessas condições subjacentes é crucial para o manejo
clínico e o tratamento adequado da pneumonia.

CONCLUSÃO
A radiografia de tórax e a tomografia computadorizada são ferramentas
essenciais para o diagnóstico e acompanhamento da pneumonia. A
identificação de áreas opacas nos pulmões e a diferenciação entre pneumonia
viral e bacteriana são aspectos fundamentais na avaliação radiológica. Além
20

disso, a análise da extensão e gravidade da pneumonia, a identificação de


achados atípicos, o monitoramento da resposta ao tratamento e a detecção de
possíveis complicações são elementos essenciais para o manejo clínico dos
pacientes. A radiologia desempenha um papel crucial na abordagem
diagnóstica da pneumonia, contribuindo para a tomada de decisão clínica e
melhorando o prognóstico dos pacientes.
Portanto, é imperativo que os profissionais de saúde que atuam na área
estejam atualizados em relação aos aspectos radiológicos da pneumonia,
possibilitando a utilização eficaz das informações fornecidas pelos exames de
imagem. A integração entre a clínica e a radiologia é essencial para alcançar
um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Por meio dessa integração,
será possível reduzir a morbidade e mortalidade associadas à pneumonia,
proporcionando resultados mais positivos aos pacientes.
21

REFERÊNCIAS
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