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CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CLEIMARA
ERICA
EVERALDA
OTAIR
ADATY GABRIEL

MANACAPURU – AM
ABRIL DE 2023
CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Relatório de Estágio de Campo do Curso


Técnico em Enfermagem, turma
_______________, turno: noturno,
ministrado pela professora Joelma Conde.

CLEIMARA
ERICA
EVERALDA
OTAIR
ADATY GABRIEL

MANACAPURU-AM
ABRIL DE 2023
Sumário
1. LITIASE RENAL................................................................................................................4
1.1. Conceito.....................................................................................................................4
1.2. Etiologia.....................................................................................................................4
1.3. Sinais e Sintomas....................................................................................................4
1.4. Assistência da Enfermagem.................................................................................5
2. HIPERTROFIA DA PRÓSTATA.....................................................................................5
2.1. Conceito.....................................................................................................................5
2.2. Etiologia.....................................................................................................................6
2.3. Sinais e Sintomas....................................................................................................6
2.4. Assistência da Enfermagem.................................................................................6
3. CÂNCER DE MAMA.........................................................................................................7
3.1. Conceito.....................................................................................................................7
3.2. Etiologia.....................................................................................................................7
3.3. Sinais e Sintomas....................................................................................................9
3.4. Assistência da Enfermagem.................................................................................9
4. CÂNCER UTERINO........................................................................................................10
4.1. Conceito...................................................................................................................10
4.2. Etiologia...................................................................................................................10
4.3. Sinais e Sintomas..................................................................................................11
4.4. Assistência da Enfermagem...............................................................................11
5. CISTO NO OVÁRIO........................................................................................................13
5.1. Conceito...................................................................................................................13
5.1.1. Cisto Funcional Folicular.................................................................................13
5.1.2. Cisto Funcional de Corpo-Lúteo....................................................................13
5.1.3. Endometrioma....................................................................................................14
5.1.4. Cisto Dermóide...................................................................................................14
5.1.5. Cistoadenoma....................................................................................................14
5.2. Etiologia...................................................................................................................14
5.3. Sinais e Sintomas..................................................................................................14
5.4. Assistência da Enfermagem...............................................................................15
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................17
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1. LITIASE RENAL
1.1. Conceito
Refere-se à presença de “pedras” nos rins. É uma das causas mais
frequentes de cólicas renais. Os cálculos podem ter diversas composições,
sendo os mais frequentes os de oxalato de cálcio e de ácido úrico. Podem
causar perda de sangue na urina (hematúria), infeções renais (pielonefrite) ou
cólica renal.
A litíase renal é uma doença muito comum, estimando-se uma incidência
global de 2% a 3%. É a terceira patologia mais frequente do aparelho
genitourinário, sendo apenas ultrapassada pelas infeções urinárias e pelos
problemas da próstata. A maior proporção dos cálculos renais é de constituição
mista, sendo que cerca de 30% são formados por um único tipo de mineral. O
mais frequentemente encontrado é o oxalato de cálcio.
1.2. Etiologia
Em países industrializados, cerca de 85% dos cálculos do trato urinário
superior contêm cálcio complexado com oxalato ou fosfato. Na etiologia da
nefrolitíase, destaca-se a alta taxa de prevalência de alterações metabólicas
relacionadas a essa condição, principalmente a hipercalciúria.
1.3. Sinais e Sintomas
A maioria não causa sintomas até ao momento em que o cálculo se
desloca para as vias urinárias. Nesse ponto, a dor é muito intensa e
incapacitante. Como regra, inicia-se no flanco e irradia em direção à virilha,
variando em função da sua localização. A dor da cólica renal gera uma grande
agitação e não tem nenhuma posição de alívio. Pode acompanhar-se de
náuseas e vómitos.
Uma vez que o cálculo pode ferir as paredes do uretero à medida que
desce, é normal a ocorrência de alguma perda de sangue na urina.
A cólica renal associa-se ainda a uma urgência urinária e a um
desconforto na região da bexiga, ambos causados pela passagem do cálculo
para a bexiga. Estes sintomas são idênticos aos encontrados na infeção
urinária. Mais raramente, pode ocorrer febre, sobretudo se ocorrer obstrução
com paragem de progressão do cálculo.
A infeção generalizada, embora rara, pode acontecer, pelo que um
adequado acompanhamento destes casos é essencial. Vale também a pena
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referir que a dor no flanco típica da cólica renal pode ocorre noutras doenças,
pelo que a avaliação médica é importante para excluir outras patologias.
1.4. Assistência da Enfermagem
São cuidados de enfermagem indispensáveis o acesso venoso de bom
calibre para administração de analgésicos potentes, antiinflamatórios,
antiespasmódicos e o acompanhamento da evolução da dor. Na vigência de
quadros álgicos, os diuréticos não são recomendados e, eventualmente,
quando o paciente apresenta náuseas e vômitos, há necessidade do uso de
antieméticos. A hidratação auxilia na eliminação do cálculo,
mas é preciso certificar-se da conduta, pois há casos em que é indicada
restrição hídrica devido a agravos pré-existentes como insuficiência cardíaca
ou função renal comprometida. Os resultados de exames laboratoriais de
sangue e urina podem indicar a necessidade de associar outras condutas
médicas como, por exemplo, a antibioticoterapia, caso constate infecção
urinária.
É importante que o profissional de enfermagem esteja atento às mudanças
terapêuticas que vão ocorrendo durante a permanência do paciente no serviço
de urgência, cuidando para que ele receba o tratamento sem perda
desnecessária de tempo. A realização de exames de imagem, radiografia e
ultrassonografia contribuem para diagnóstico.

2. HIPERTROFIA DA PRÓSTATA
2.1. Conceito
Uma das doenças benignas mais comuns nos homens, a hipertrofia
benigna da próstata (HBP) ocorre quando o volume da próstata aumenta. É
mais frequente a partir dos 50 anos: afeta cerca de 40% dos homens aos 50
anos e cerca de 90% aos 90 anos.
O seu desenvolvimento é progressivo e esta doença pode ter um
impacto significativo na qualidade de vida do sexo masculino, além de poder
implicar consideráveis custos socioeconómicos.
Uma vez que o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de
hipertrofia benigna da próstata é a idade, não existe forma de a prevenir. Ainda
assim, há dados que sugerem que a prática de atividade física regular, uma
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dieta com baixo teor de gordura, o consumo regular de vegetais ricos em


vitamina C e em zinco pode reduzir o risco do seu desenvolvimento. 
A hipertrofia benigna da próstata (também conhecida por hiperplasia
benigna da próstata ou HBP) consiste num aumento de volume desta glândula
ao ponto de comprimir a uretra, causando desconforto a nível da função
urinária e alterações na capacidade de armazenamento de urina na bexiga.
Qualquer homem pode vir a desenvolver esta doença, embora tenda a surgir
em idades mais avançadas, com um historial familiar da doença.
2.2. Etiologia
A etiologia da hiperplasia prostática benigna (HPB) é multifatorial e
envolve hiperplasia de músculo liso, aumento da próstata e disfunção vesical,
bem como estímulos do sistema nervoso central.
2.3. Sinais e Sintomas
Temos como sinais e sintomas da hipertrofia da próstata:
 Necessidade súbita de urinar;
 Incapacidade de reter a urina, quando se tem a vontade súbita de urinar;
 Aumento da frequência das micções;
 Aumenta do número de vezes que se urina durante a noite;
 Dor/sensação de peso abaixo do umbigo.
A mesma sintomatologia pode ser causada por diversas outras
situações, tal como aspectos (“estenoses”) da uretra, tumores da bexiga,
alterações neurológicas da bexiga, situações de ansiedade, hábitos de vida
menos saudáveis, a toma de alguns medicamentos, entre outros problemas de
saúde.
A presença de sangue na urina pode também ocorrer, tem de se
confirmar que não é causada por outra patologia, nomeadamente do fórum
oncológico, mas pode surgir por hemorragia com origem na próstata.
2.4. Assistência da Enfermagem
No cuidado ao paciente prostatectomizado, a enfermagem tem papel
importante no preparo para alta hospitalar, uma vez que os pacientes deixam o
hospital com dúvidas sobre o funcionamento do aparelho urinário e reprodutor,
além de apresentarem carência emocional e psicológica. Sendo assim, é
preciso que a equipe atenda às necessidades do paciente de forma a deixá-lo
tranquilo para ir embora em plenas condições de finalizar seus cuidados,
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contando, preferencialmente, com a ajuda de enfermeiros capacitados em


sanar suas questões e psicólogos aptos a ajudar nas demandas emocionais.
O enfermeiro deve preocupar-se com ações planejadas para assegurar
ao paciente e à sua família cuidado amplo, considerando aspectos físicos,
psicológicos, sociais, culturais e espirituais. Nesse cenário, o Processo de
Enfermagem (PE) fundamenta-se como uma formação conceitual sólida que
proporciona o prosseguimento do cuidado e a qualidade da assistência de
enfermagem.
Essa problemática, que envolve as dúvidas e expectativas dos pacientes
prostatectomizados, correlacionada ao conhecimento da importância da
utilização do PE como um método de instrumentalização de cuidados durante a
alta hospitalar, despertou nas autoras o interesse em desenvolver este estudo,
com o objetivo de retratar a importância do PE ao paciente submetido à
prostatectomia na alta hospitalar.

3. CÂNCER DE MAMA
3.1. Conceito
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no
Brasil e no mundo. Assim como os outros tipos, ele é o resultante de uma
disfunção celular que faz determinadas células do nosso corpo crescerem e se
multiplicarem desordenadamente, formando um tumor. Continue a leitura e
saiba mais sobre a doença.
Nos casos de câncer de mama, as células mais afetadas são as que
revestem os ductos mamários ou se encontram nos lóbulos das glândulas
mamárias. Os tumores são chamados de carcinomas ductais ou lobulares.
Existem ainda outros tipos de câncer de mama como os linfomas e os
sarcomas, que são mais raros.
3.2. Etiologia
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão
relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade,
fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e
fatores genéticos/hereditários.
Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm
maior risco de desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao
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longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento


aumentam, de modo geral, esse risco. 
Os fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados
principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com
aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: história
de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos),
menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos,
nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia
de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona).
Os fatores comportamentais/ambientais bem estabelecidos incluem a
ingesta de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, inatividade física e
exposição à radiação. O tabagismo, fator estudado ao longo dos anos com
resultados contraditórios, é atualmente classificado pela International Agency
for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico com limitada
evidência para câncer de mama em humanos. São evidências sugestivas, mas
não conclusivas, de que ele possivelmente aumenta o risco desse tipo de
câncer.
A exposição a determinadas substâncias e ambientes, como
agrotóxicos, benzeno, campos eletromagnéticos de baixa frequência, campos
magnéticos, compostos orgânicos voláteis (componentes químicos presentes
em diversos tipos de materiais sintéticos ou naturais, caracterizados por sua
alta pressão de vapor sob condições normais, fazendo com que se
transformem em gás ao entrar em contato com a atmosfera, hormônios e
dioxinas (poluentes orgânicos altamente tóxicos ao ambiente e que demoram
muitos anos para serem eliminados, oriundos de subprodutos de processos
industriais e de combustão) pode também estar associada ao desenvolvimento
do câncer de mama. Os profissionais que apresentam risco aumentado de
desenvolvimento da doença são os cabeleireiros, operadores de rádio e
telefone, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, comissários de bordo e
trabalhadores noturnos. As atividades econômicas que mais se relacionam ao
desenvolvimento da doença são as da indústria da borracha e plástico, química
e refinaria de petróleo.
O risco de câncer de mama devido à radiação ionizante é proporcional à
dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as
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que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em


idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em
mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de
desenvolvimento do câncer de mama.
Os fatores genéticos/hereditários foram relacionados à presença de mutações
em determinados genes. Essas mutações são mais comumente encontradas
nos genes BRCA1 e BRCA2, mas também são frequentes em outros genes
como: PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D e TP53. Mulheres
que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de
câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou
câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter
predisposição hereditária e são consideradas de risco elevado para a doença.
O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas
5% a 10% do total de casos. Conheça outras informações sobre o câncer
familial.
3.3. Sinais e Sintomas
Na fase inicial, o tumor geralmente não causa dor. Porém, à medida que
cresce, pode causar algumas alterações que a mulher percebe. Veja quais são
os sintomas do câncer de mama:
 Aparecimento de um nódulo ou de um espessamento da mama, próximo
a ela ou na região da axila;
 Alteração no tamanho ou na forma da mama;
 Alteração no aspecto da mama, auréola ou mamilo;
 Saída de secreção pelo mamilo, sensibilidade mamilar ou inversão do
mamilo para dentro da mama;
 Enrugamento ou endurecimento da mama (a pele da mama adquire um
aspecto de casca de laranja);
 Sensações diferentes como calor, inchaço e rubor.
Ter um ou mais dos sintomas do câncer de mama não significa que você
tenha a doença.
3.4. Assistência da Enfermagem
A enfermagem, assim como toda equipe de saúde, possui um papel
essencial no tratamento do câncer de mama, sendo de extrema importância
alguns cuidados, dentre os quais podemos citar: o esclarecimento ao paciente
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sobre a doença e suas opções de tratamento, a promoção do auto-cuidado, o


apoio emocional, o alívio da dor, o tratamento das complicações, além de todo
incentivo e coragem que o paciente necessita para enfrentar o câncer e suas
possíveis conseqüências. Dessa forma, conclui-se que a enfermagem possui
uma ampla atuação junto ao paciente com câncer de mama e considera-se
este estudo de importância fundamental, pois a fundamentação teórica é
especialmente necessária para um desempenho técnico-científico e
humanizado das equipes de enfermagem no cuidado a esses pacientes.

4. CÂNCER UTERINO
4.1. Conceito
O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada
principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar
através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do
esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames
complementares. É uma doença que costuma progredir de forma lenta,
podendo levar mais de 10 anos para se desenvolver.
4.2. Etiologia
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por
subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o
HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.
A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das
mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas.
Aproximadamente 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV,
sendo que 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos.
Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500
mil casos de câncer de colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho
raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV
é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer
cervical uterino.
Na maioria das vezes, a infecção cervical pelo HPV é transitória e
regride espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição. No
pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é
causada por um subtipo viral oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de
lesões precursoras (lesão intraepitelial escamosa de alto grau e
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adenocarcinoma in situ), cuja identificação e tratamento adequado previne a


progressão para o câncer cervical invasivo.
Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (subtipo,
carga viral, infecção única ou múltipla), fatores ligados à imunidade, à genética
e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos
que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a
progressão para lesões precursoras ou câncer. Desta forma, o tabagismo, a
iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais, a multiparidade
e o uso de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o
desenvolvimento de câncer do colo do útero. A idade também interfere nesse
processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com
menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade
a persistência é mais frequente.
4.3. Sinais e Sintomas
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que
pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados,
pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a
relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas
urinárias ou intestinais.
Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o
câncer já se encontra em estágio avançado.
Os principais sintomas são:
 Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte
odor;
 Sangramento após o ato sexual;
 Dor pélvica;
 Sangramento de causa não explicada.
Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros
inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.
4.4. Assistência da Enfermagem
O enfermeiro atua desde as fases da prevenção, diagnóstico, tratamento
e acompanhamento. Na prevenção faz consulta de enfermagem e coleta o
exame citopatológico que possibilita rastrear o câncer de colo de útero e da
orientação ao paciente.
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A partir do diagnóstico, realizado por meio de biópsia pelo médico, o


tratamento é indicado tendo como parâmetro a avaliação da localização,
tamanho e tipo histológico do tumor, a idade e as condições gerais de saúde da
mulher. Quando a doença se encontra no seu estadiamento inicial, a cirurgia
possibilita a remoção completa do tumor e propicia maiores chances de cura. A
indicação da associação da radioterapia e/ou quimioterapia ao tratamento é
decidida com base no estadiamento da doença e nas características tumorais.
Cabe aos profissionais que atuam na área da oncologia, além da ação
terapêutica propriamente dita, dar suporte às pacientes oncológicas para o
enfrentamento da doença, pois o câncer requer tratamento prolongado e é
passível de efeitos adversos. Este conjunto provoca transformações nas
relações sociais e pessoais da mulher e sua família o que requer atenção e
suporte por parte dos profissionais, sobretudo da enfermagem.
O enfermeiro após diagnóstico e tratamento medicamentoso, cirúrgico
ou radioterápico definido pelo médico, acolhe o paciente junto a equipe
multiprofissional, e está presente em todos os momentos do tratamento, na
avaliação clínica do paciente e prescrição de cuidados de enfermagem, na
liberação de protocolos de quimioterapias, na avaliação de exames, na
administração de quimioterapia e outras drogas, no procedimento cirúrgico, na
radioterapia e na avaliação de reações adversas e intervenção das
intercorrências, entre outras atividades.
Pacientes com câncer de colo de útero se encontram fragilizadas e
ansiosas com o diagnóstico, prognóstico e com as mudanças na vida pessoal e
familiar provocadas pela doença. Muitas mulheres desejam aprender tudo o
que puderem sobre sua doença, as opções de tratamento, a ação dos
quimioterápicos, os efeitos da radiação nas células e suas conseqüências, e
sobre os aparelhos utilizados no decorrer do tratamento. Agindo desta forma se
tornam participantes ativas nas decisões relacionadas aos seus cuidados.
Cabe ao enfermeiro indicar e fornecer orientações relativas às medidas
preventivas, identificar precocemente os efeitos colaterais do tratamento a fim
de minimizá-los, orientar e acompanhar a paciente e respectiva família e
manter em mente que as ações de enfermagem devem ser individualizadas,
considerando suas características pessoais e sociais. É de grande ajuda a
disponibilização de orientações gerais na forma impressa/manuais, pois este
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recurso auxilia no processo de orientação e esclarecimento da própria mulher e


de seus familiares. Ele permite reforçar e garantir acesso fácil às orientações
fornecidas durante a consulta de enfermagem. Ressalta-se a importância do
preparo do enfermeiro na orientação e oferecimento de cuidados específicos às
pacientes com câncer. Isto demanda a necessidade do conhecimento dos
últimos avanços na área do tratamento, independentemente da estrutura na
qual está inserido.

5. CISTO NO OVÁRIO
5.1. Conceito
Um cisto é definido como uma bolha de líquido envolta por uma
membrana fina. Podem se formar em diversas partes do corpo. Quando
presentes nos ovários, os mais frequentes são os cistos funcionais, que
ocorrem durante o ciclo menstrual normal. Eles podem ser divididos, ainda, em
dois grupos, de acordo com a fase do ciclo: os foliculares e os de corpo-lúteo.
São benignos na grande maioria dos casos, mas, em raras ocasiões, tumores
malignos podem se apresentar como cistos. Por isso a importância de se
realizar uma boa investigação em caso de suspeita.
Os cistos mais frequentes que aparecem nos ovários são os chamados
funcionais, que são fisiológicos, benignos e não trazem problemas à saúde da
mulher. Eles ainda podem ser subdivididos em 2 grupos: funcional folicular e
funcional de corpo lúteo, de acordo com a fase do ciclo menstrual. Geralmente,
esse tipo de cisto (funcional) desaparece espontaneamente após dois ou três
meses.
Ainda existem outros tipos menos comuns, como o endometrioma, o
cisto dermoide e o cisto adenoma. 
5.1.1. Cisto Funcional Folicular
São aqueles folículos que não se rompem durante o ciclo e não expelem
o óvulo do seu interior, gerando o cisto funcional folicular. Em geral, trata-se de
um cisto assintomático, que é diagnosticado durante um ultrassom de rotina.
Em geral desaparece espontaneamente, não sendo motivo de preocupação.
5.1.2. Cisto Funcional de Corpo-Lúteo
Quando o folículo se rompe e libera o óvulo, ele se torna o corpo lúteo,
que é responsável por produzir os hormônios cuja função é preparar o
endométrio para a gravidez. Se isso não acontecer, o corpo lúteo regride de
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tamanho até desaparecer. Nas situações que ele não involui, são formados os
cistos funcionais de corpo lúteo. Ele tem diagnóstico e prognóstico
semelhantes ao cisto folicular e também desparecem espontaneamente. Muito
raramente podem provocar dor pré-menstrual devido à presença do sangue na
cavidade peritoneal.
5.1.3. Endometrioma
Algumas pacientes podem ter endometriose na superfície dos ovários de
volume aumentado. O líquido dentro destes é escuro e contém tecido
endometrial denso.
Os endometriomas provocam dor e, caso se rompam, podem causar dor
aguda e intensa.
5.1.4. Cisto Dermóide
Também chamado de teratoma, trata-se de uma neoplasia benigna de
células germinativas. Esse tecido germinativo que forma o tumor dá origem a
diversas partes do corpo, como pele, dentes ou cabelo, por exemplo.
Tem crescimento lento e, na maioria das vezes, mede entre 5 e 10 cm de
diâmetro. O tratamento recomendado é o cirúrgico.
5.1.5. Cistoadenoma
Esse é um tipo de tumor benigno que se forma a partir do tecido que
reveste os ovários. Ao contrário dos outros tipos, ele não regride sozinho,
sendo necessário uma aspiração com agulha ou tratamento cirúrgico.
5.2. Etiologia
Alguns fatores de risco já são conhecidos para predispor a formação de
cistos no ovário. Entre eles está o histórico familiar e o uso de medicamentos
para estimular a ovulação. O tipo mais comum é o funcional, que está
relacionado ao ciclo menstrual da mulher.
Em um ciclo em que houve o crescimento do folículo, porém não sua
rotura (anovulação), ele continua a crescer até atingir um tamanho maior do
que o habitual e pode ficar dessa forma por alguns ciclos. Esse fenômeno pode
ocorrer naturalmente até 3 vezes ao ano.
Como nesses ciclos não ocorre ovulação, não existe chance de gravidez.
Entretanto, algo muito importante é que a presença de cistos foliculares não
impede o crescimento de um novo folículo no ciclo seguinte e nem a ovulação.
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Isso pode acontecer com maior frequência em ciclos estimulados. Eles são
fisiológicos, ou seja, não representam uma doença e devem ser
acompanhados pelo ginecologista até seu desaparecimento.
5.3. Sinais e Sintomas
Em geral, os cistos ovarianos são assintomáticos. Ou seja, não
apresentam nenhuma manifestação. Nesse caso, não é necessário um
tratamento específico, uma vez que tendem a desaparecer espontaneamente.
Contudo, em alguns casos, sintomas podem aparecer, especialmente
nos cistos que não são fisiológicos (patológicos).
 crescimento e compressão de órgãos abdominais e pélvicos: pode haver
dor, devido à compressão de estruturas próximas que têm inervação,
sensação de peso na pelve e/ou abdominal, causando desconforto,
aumento do volume abdominal, enjoos e até mesmo vômitos;
 ruptura do cisto: causa uma dor súbita e intensa em apenas um dos
lados da pelve da mulher — a ruptura geralmente ocorre durante um
esforço físico ou ato sexual — e raramente causa hemorragias graves,
uma situação que merece atendimento de urgência, levando a palidez,
queda da pressão, tonturas e mal-estar súbito;
 torção do cisto: ocorre quando o cisto, ovário ou tuba giram em torno de
seu próprio eixo, torcendo a irrigação sanguínea para essas
estruturas, com isso, ocorre um quadro de isquemia, ou seja, falta de
fluxo sanguíneo — os sintomas são bem semelhantes aos de ruptura do
cisto, e deve ser feita uma investigação de urgência para um tratamento
imediato.
Além desses sintomas, a mulher ainda pode apresentar:
 atrasos menstruais;
 sangramentos vaginais fora do período menstrual (escapes);
 sensibilidade nas mamas;
 dores pélvicas do lado onde o cisto se encontra;
 dores pélvicas moderadas a fortes durante a ovulação;
 dores durante as relações sexuais;
 inchaço abdominal;
 dor ao evacuar;
 dificuldade para engravidar naturalmente.
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Embora trate-se de uma situação muito rara em ginecologia, tanto o


rompimento quanto a torção do cisto devem ser consideradas e
acompanhadas, principalmente se a mulher apresenta cistos maiores de 8 cm,
pois eles têm mais chances de se romperem ou torcerem.
5.4. Assistência da Enfermagem
No que se refere aos cuidados de enfermagem diversas prescrições
podem ser implantadas para a mulher com cisto funcional ovariano. Ao passo
que a conduta expectante constitui o tratamento, a mulher é aconselhada a
manter as consultas para exames pélvicos, afim de monitorar as alterações no
tamanho do cisto. As intervenções farmacológicas, como analgésicos podem
ser prescritos para tratamento da dor. Os contraceptivos orais podem ser
prescritos durante vários meses para suprir a ovulação para os cistos
funcionais. Os cistos grandes (maiores que 8 cm) podem ser removidos por
meios cirúrgicos (cistectomia). Os cistos de teca-luteína são controlados de
maneira conservadora ou por remoção da mola hidatiforme.
O cuidado da enfermagem focaliza-se na educação da mulher em
relação as opções de tratamento, no controle da dor com analgésicos ou
medidas de conforto, como calor sobre o abdome ou técnicas de relaxamento.
Quando a cirurgia é efetuada a enfermeira fornece os cuidados pré e
pósoperatórios. O preparo para a alta inclui os sinais de infecção, os cuidados
pós-operatórios da incisão, aconselhamento. O tratamento para a Síndrome do
Ovário Policístico (SOP) depende de quais sintomas são de preocupação
máxima para a mulher. As modificações do estilo de vida e o tratamento dos
sintomas apresentados como infertilidade, menstruação irregular e hirsutismo.
Os contraceptivos orais (COs) são o tratamento usual para menstruação
irregulares, quando a gravidez não é desejada, COs podem diminuir a acne em
algum grau. Os análogos do hormônio liberador de gonadotropina (GmRH)
podem ser empregados para tratar o hirsutismo quando os contraceptivos orais
não melhoram esta condição. Quando a gravidez é desejada, são fornecidos
medicamentos indutores da ovulação.
As enfermeiras podem fornecer informações e aconselhamento para as
mulheres com SOP, sobre a síndrome e seus efeitos de longo prazo sobre a
saúde da mulher. A pesquisa demonstrou que as mulheres reportam de
angústia psicológica, depressão, ansiedade e medos sociai. Elas podem
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precisar discutir seus sentimentos sobre as manifestações físicas da SOP,


como requer suporte emocional, quando tem problemas de autoimagem
relacionados aos sintomas. Pode haver necessidade de ensinar sobre as
modificações do estilo de vida como exercício e dieta, orientar sobre os
medicamentos que são prescritos.

REFERÊNCIAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES . Aspecto imunológico do diabetes
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