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Marília Araújo Alves da Silva

TED

As principais doenças que afetam o sistema renal: definição e achados


laboratoriais de cada doença

Rim saudável

João Pessoa- PB

2023
Marília Araújo Alves da Silva

As principais doenças que afetam o sistema renal: definição e achados


laboratoriais de cada doença

TED para a disciplina de Urinálise e análises


de fluidos corporais da professora Sônia Galiza.

João Pessoa- PB

2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 04
2 METODOLOGIA............................................................................................. 05
3 RESULTADO E DISCURSSÃO..................................................................... 05
3.1 Doenças renais....................................................................................... 05
3.2 Cistite e pielonefrite...............................................................................06
3.3 Glomerulonefrite aguda e crônica........................................................09
3.3.1 GMA........................................................................................................10
3.3.2 GMC........................................................................................................10
3.4 Insuficiência Renal aguda e crônica (IRA/IRC) ................................10
3.4.1 IRA...........................................................................................................11
3.4.2 IRC...........................................................................................................11
3.5 Litíase renal............................................................................................13
4 CONCLUSÃO...................................................................................................14
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................14
1. Introdução
A responsabilidade do sistema urinário/excretor (Fig. 1) é de filtração do sangue
que recebe do coração, consequentemente equilibrando o volume intravascular. Na
forma estrutural anatômica o sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres,
uma bexiga e uma uretra. Os rins tem a capacidade de receber 20 a 25% do débito
cardíaco, ou seja todo o sangue do organismo passa pelo rins cerca de 12 vezes/hr. A
unidade funcional dos rins são os néfrons, onde o sangue chega a essa estrutura por
meio das arteríolas aferentes, no qual 20% dos sangue é filtrado pelos glomérulos,
aonde nessa localidade o sangue remanescente segue para as arteríolas aferentes,
formando uma rede de capilares peritubulares. Em seguida o sangue filtrado chega ao
túbulo contorcido proximal, seguindo para a alça de henle e posteriormente ao túbulo
distal e ao coletor, posteriormente dirige-se a bexiga, na qual se deposita a urina
formada e esta é excretada para fora do corpo por meio da uretra. Em qualquer
momento desse processo os microorganismos oportunistas podem infectar uma dessas
regiões do trato urinário. (TEIXEIRA, 2021; MENGATI, 2023)

O objetivo proposto desse trabalho é explicar melhor sobre as doenças


acometidas no sistema urinário, os exames indicados para os diagnósticos e os
cuidados para manter a homeostase do sistema urinário/excretor, sabendo as
possibilidades das causas e consequências.

Fig1: Estrutura anatômica do sistema urinário.


Fonte: https://br.pinterest.com/pin/91409067417011421/
2.Metodologia
O propósito dessa pesquisa foi buscar e mostrar as principais patologias que
comprometem o sistema urinário e renal, como também os achados laboratoriais A
pesquisa foi feita através das plataformas Google acadêmico, Lilacs e Scielo utilizando
as palavras-chaves; doenças renais, cistite, pielonefrite, glomerunonefrite aguda e
crônica, insuficiência renal aguda e crônica e litíase renal. Como critérios de inclusão
foram utilizados artigos entre de 2012 e 2023 (11 anos) e livros, que abordaram o tema
em idiomas diferentes, dentre eles; inglês, português e espanhol. Sendo assim, a
pesquisa teve como objetivo investigar e mostrar como tanto o sistema urinário e
consequentemente o renal sofrem distúrbios decorrentes as patologias apresentadas e
a maneira como desencadeiam uma resposta imunológica de forma diferenciada.

3.Resultados e Discussão

3.1 Doenças Renais

Fig2: Estágios da doença renal.


Fonte:https://sp.unifesp.br/epm/noticias/11-03-dia-mundial-do-rim-reflexoes-sobre-a-
historia-da-nefrologia-e-um-alerta-sobre-a-doenca-renal-cronica

A doença renal (Fig. 2) decorre de lesão renal e perda gradativa das funções dos
néfrons. A grande consequência desse comprometimento da função renal é a perda da
capacidade de filtração do sangue e comprometimento das funções dos rins, onde gera
um problema de saúde pública (caso evolua o quadro da doença), pois a mobilidade e
mortalidade resulta num grande impacto sócio econômico, decorrendo num desafio de
saúde pública a nível mundial. Para o sistema de saúde é importante evidenciar os
cuidados com prioridade de mudança comportamental e adequação de estilo de vida
saudável com orientações terapêuticas para os acometidos pela enfermidade e seus
cuidadores. (AGUIAR et al., 2020; ALMEIDA et al., 2019)
Dentre algumas doenças renais temos; a cistite e pielonefrite, a glomerulonefrite
aguda e crônica, insuficiência renal e crônica e litíase renal. Doenças as quais serão
mencionadas a seguir.

3.2 Cistite e Pielonefrite

Fig3: A cistite é mais predominante nas mulheres por causa da estrutura do trato urinário.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/cistite

Fig4: Cistite Intersticial/ Síndrome da Bexiga Dolorosa


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cistite_intersticial

As infecções do trato urinário (ITU baixo e ITU alto) são processos de origem
infecciosa proveniente de microrganismos, em especial de origem bacteriana (E.coli)
onde pode acometer a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) e os rins (pielonefrite). São
patologias muito frequentes ocorrendo em todas as faixas etárias, que ao atingir o trato
urinário baixo (TU baixo) é denominado cistite (Fig 3 e 4) e o trato urinário alto (TU
alto), denomina-se pielonefrite (Fig 5 e 6) (MEGATI et al., 2023).
Segundo MENGATI et al. (2023) a ITU é uma alteração bastante frequente,
decorrente de um processo inflamatório na parede da bexiga, atingindo a bexiga e a uretra
(estéreis/livre de microorganismos), com o processo irritativo por meio da bactéria fixada
ao membrana da uretra (uretrite) inicia-se o ciclo de inflamação e uma vez instalada a
inflamação avança para a bexiga causando a cistite, podendo se desenvolver em todas as
idades, do RN ao idoso. Entretanto, no decorrer da primeira fase (1 ano de vida), as
consequências de malformações congênitas, principalmente a válvula de uretra posterior,
acometem com prioridade o gênero masculino. Enquanto na infância e especialmente na
fase pré-escolar, as meninas são as mais acometidas por infecções do trato urinário (ITU),
sendo de 10 a 20 vezes em relação aos meninos. Contudo na fase lactante, os meninos
são mais propensos a apresentar essa patologia. Na fase adulta a incidência se eleva e o
gênero mais acometido e mantido é o feminino, devido a contiguidade do o ânus e a
vagina e pela uretra ser mais curta que ao do homem. Para as mulheres, ocorre
considerados picos no início da prática do sexo ou com vida sexual ativa, como também
durante a gestação ou menopausa. Desta forma, as mulheres apresentam ao longo de sua
vida pelo menos um acometimento dessa patologia. Todavia no gênero masculino, por ter
um maior comprimento da uretra, maior fluxo urinário e a condição antibacteriana
prostático, os homens são mais protegidos dessas infecções ou assintomáticos. A partir
da 6ª década no homem ocorre a presença de obstrução prostática, tornando-o nesse
momento mais passíveis à infecções do trato urinário e nessa fase é comparável o
acometimento da infecção com as mulheres.
Para GASPARIN et al. (2022), geralmente as infecções do trato urinário são
diagnosticadas através de elementos clínicos; bacteriúria, piúria e análises laboratoriais,
por meio da urocultura com contagem de colônias.

Diante as sintomatologias clínicas mais frequentes da cistite estão a constante


vontade de urinar, mesmo que a bexiga não esteja cheia (tenesmo vesical) desconforto
com a sensação de peso e dores no baixo ventre, devido as lesões e inflamações,
polaciúria, disúria e a urgência miccional. É importante observar as características da
urina, pois mostram dados para fechar o diagnóstico que são imprescindíveis podendo
direcionar a piúria. No caso de pielonefrite (Fig.6) os sintomas clínicos são; dores no
flanco (uni ou bilateral) ou abdominal, quadro febril, desconforto generalizado, náuseas
e vômitos, entre outros. Geralmente correlacionados graus de desidratação, calafrios,
cefaleia e taquipneia (DUARTE et al., 2022).

Para DUARTE et al. (2022), o diagnóstico laboratorial da infecção do trato


urinário é fundamental, pois a bactéria é microbiológica. Tornado a urocultura (quantifica
e qualifica as bactérias na urina) como padrão ouro e elevada sensibilidade no diagnóstico
da bactéria. Existem outros testes de custo mais baixo e mais rápidos, mas a sensibilidade
baixa desses testes limitam os indicadores da bactéria. Entretanto, para fechar um
diagnóstico aonde tem a sintomatologia, associar esses exames a urocultura se faz
necessário para confirmação do resultado positivo. Considerando que esses exames
também são importantes para iniciar o protocolo terapêutico, enquanto é aguardado o
resultado da urocultura, pois o resultado já denota possíveis inflamações e estas nem
sempre estão correlacionados a infecções do trato urinário. Entre as possíveis alterações
detectadas no exame de urina tipo 1 encontra-se a leucocitúria, hematúria, proteinúria e
os cilindros no sedimento urinário. Os testes rápidos e de baixo custo para diagnóstico de
ITU consiste na mudança de cor dos reagentes de acordo com a bioquímica urinária,
sendo considerados 2 deles mais utilizados, o teste do nitrito (a bactéria reduz o nitrato
urinário em nitrito) e o da esterase de leucócitos (possui baixa sensibilidade e
especificidade (25%) e também pode apresentar resultados falsos-positivos). Embora,
estes testes citados não sirvam como teste de triagem diagnóstico por apresentarem baixa
sensibilidade.

Para o autor supracitado, existem exames complementares para fechar o


diagnóstico relacionado ao comprometimento generalizado do indivíduo, tais como o
hemograma com as contagens globais e diferenciais de glóbulos brancos, uréia e
creatinina. Identificando assim ao ataque infeccioso demonstrado por meio das alterações
hematológicas e características das funções renais.

Fig 5: Ilustração do rim com pielonefrite e rim humano acometido pela doença
Fonte: https://medpics.ucsd.edu/index.cfm?curpage=image&course=path&mode=browse&lesson=
9&img=1032
Fig6: Rim saudável e rim apresentando pielonefrite
Fonte: https://www.medicinamitoseverdades.com.br/blog/pielonefrite-e-bacterias-no-rim

3.4 Glomerulonefrite aguda e crônica

Fig7: Glomerulonefrite ou nefrite glomerular inflamação da doença renal


Fonte:https://br.freepik.com/vetores-premium/glomerulonefrite-ou-nefrite-glomerular-inflamacao-da-
doenca-renal_41201978.htm

As glomerulopatias ou glomerulonefrite (Fig. 7) são as doenças que afetam os


glomérulos. Apesar da raridade da doença, a patologia constitui uma das três
fundamentais causas da perda total da função renal. Em poucas semanas ou até de horas
ocorre diminuição acelerada da filtração glomerular, decorrendo em retenção de
elementos nitrogenados como; creatinina, ureia entre outras moléculas (LEITE et al.,
2019).
Os distúrbios que levam as lesões glomerulares apresentam proteinúria,
hematúria, comprometimento na filtração dos glomérulos e hipertensão encontram-se
na patologia denominada glomerulonefrite. Os distúrbios glomerulares além de
originarem nos rins, podem se manifestar por meio de doenças sistêmicas aonde a
função renal é envolvida. Para obter o diagnóstico utiliza-se o aspecto clínicos e
microscópicos (biópsia renal é a maneira utilizada para diagnosticar a causa e
determinar o protocolo) (PERLMAN et al., 2015)

3.4.1 Glomerulonefrite aguda


Instaura-se a partir de aparecimento inesperado de proteinúria e hematúria com
a taxa de filtração glomerular reduzida e retenção de sal e água nos rins. Entretanto, é
possível a recuperação das funções renais. A patologia pode ocorrer devido a doenças
infecciosas, quando acometidas geralmente por infecções nas faringes ou cutâneas
decorrentes de cepas “nefritogênicas” de estreptococos β-hemolíticos do grupo A,
porém outros patógenos poderão estar envolvidos. A glomerulonefrite aguda progride
de forma acelerada, apresentando-se em formas variadas de classificação. Na forma
primária, as patologias estão restritas aos rins e nas secundárias, associadas a doenças
sistêmicas. Alguns sinais clínicos são detectados como; a proteinúria: consequência do
aumento de permeabilidade glomerular; a hematúria: advinda da inflamação da parede
capilar; também a elevação de ureia e creatinina: outra consequência da queda no ritmo
de filtração glomerular; a oligúria ou anúria: dependendo da intensidade da inflamação
glomerular a queda do ritmo de filtração glomerular; a hipertensão: decorrente,
geralmente de retenção de fluido (sal e água) através dos rins (PERLMAN et al., 2015;
BARROS et al., 2013).
Para os autores supracitados, os achados laboratoriais para diagnósticos são; a
microscopia óptica (essencial para definir campo da lesão, urina tipo I: detectando a
hematúria, a leucocitária estéril (confirmada com a urocultura), cilindros (celulares ou
hemáticos) e proteinúria; proteinúria de 24 horas; função renal (ureia e creatinina
séricas). Os autoanticorpos circulantes e mensurações de depósito de complemento
combinados com estudos de imunofluorescência e microscopia eletrônica
proporcionam que a glomerulonefrite aguda de acordo com a categoria de subgrupos
associados aos outros aspectos da patologia.

3.4.2 Glomerulonefrite crônica


A glomerulonefrite crônica (Fig. 8) caracteriza-se a irregularidades urinárias
insistente declinando de maneira lenta e progressiva da função renal (pode levar anos).
Geralmente a glomerulonefrite crônica não sofre regressão com o passar do tempo,
pois o agravamento do sistema renal progride continuamente transformando-se em
doença renal crônica em até duas décadas após a descoberta de elementos anormais na
urina. Causada por reincidência de síndrome nefrítica aguda, esclerose glomerular de
forma hemodinâmica permeada, hiperlipidemia, nefroesclerose hipertensiva ou lesão
tubulointersticial. Essa doença é descoberta quando ocorre hipertensão, os níveis de
ureia e creatinina sérica se elevam, proteinúria variável e cilindros urinários, densidade
fixa de 1.010, a taxa de filtração glomerular cai abaixo de 50ml/min (ao evoluir da
doença). Ocorrendo assim, diversas alterações como; acidose metabólica, anemia
secundária, hiperpotassemia, hipoalbuminemia com edema secundário, aumento do
nível sérico de fósforo, nível sérico diminuído de cálcio, entre outro (PERLMAN et
al., 2015; SMELTZER et al., 2021)

Fig8: Glomerulonefrite 3d crônica mostrando rins granulares e micrografia leves contraídos por via
grosseira mostrando glomerulosclerose intersticial fibrosa e inflamação linfocística.
Fonte:https://pt.dreamstime.com/glomerulonefrite-cr%C3%B4nica-d-mostrando-rins-granulares-e-
micrografia-leves-contra%C3%ADdos-por-via-grosseira-glomerulosclerose-image176617307

3.5 Insuficiência Renal aguda e crônica

Fig9: Insuficiência renal aguda e crônica


Fonte: https://www.bhcentrodiagnostico.com/single-post/2016/02/03/doen%C3%A7as-dos-rins-e-vias-
urin%C3%A1rias-insufici%C3%AAncia-renal-c%C3%A1lculo-renal-uropatia-obstrutiva-i
3.5.1 Insuficiência Renal aguda
A insuficiência renal aguda (IRA) é caracterizada pela súbita diminuição da
função renal, com a incapacidade dos rins de remover elementos degradação
metabólica orgânica como também incapaz de exercer suas funções, desta forma
ocorre diversas repercussões clínicas, aumentando o risco de mortalidade. Essa
síndrome tem como característica retenção de elementos nitrogenados como ureia e
creatinina, comumente seguido por redução do volume urinário. Com o aumento da
ureia, em relação ao seu valor de referência tem como indicio a insuficiência renal
aguda (IRA), onde a mortalidade pode chegar a 60% dos casos. A classificação da
patologia de insuficiência renal aguda ou crônica se dar de acordo com o tempo e
comprometimento do sistema renal (GOMES et al., 2022; LEITE et al., 2019,
SANTOS et al., 2021).
Na IRA a variação da urina vai desde pouco volume a normal, possibilidade de
hematúria, acidose metabólica, baixa densidade e devido a lesão tubular a urina é
incapaz de concentrar e possibilidade de aumentar concentrações sanguíneas de
fosfato, o cálcio (pode diminuir) (SMELTZER et al., 2021).

3.5.2 Insuficiência Renal crônica


A doença renal crônica (DRC Fig. 9) ou doença renal terminal (DRT) é uma
lesão instaurada (permanente), significa que esse é o último estágio da doença renal.
Com a evolução da doença e o comprometimento (declínio) da função renal, vai
acumulando no sangue os elementos finais protéico, geralmente excretado na urina e
no quadro clínico apresenta hipertensão. Como diminui a taxa de filtração glomerular,
consequentemente a depuração da creatinina cai, em contrapartida, eleva-se os níveis
séricos de ureia e creatinina. Sendo assim, é observado que a creatitina é o marcador
mais sugestionável da função renal que a ureia (SMELTZER et al., 2021).
3.6 Litíase Renal

Fig 10 Fig11
Fig10: Como se formam as pedras nos rins
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/790241065846432997/
Fig11: Formação de cálculos urinários
Fonte: https://www.biologianet.com/doencas/calculo-renal-litiase-renal.htm

A litíase renal é uma patologia mais conhecida como cálculo renal. Os cálculos
renais, podem ser formados em outras partes do trato urinário superior (TUS), mas ocorre
com mais frequência nos rins e o gênero mais acometido da litíase é o masculino. A
apresentação dos cálculos pode ser cristalinos e formados diante de compostos que
diariamente são excretados por meio da urina, visto que no material excretado (urina)
existe elementos que se complementam e geram outros sais (insolúveis) formando assim
cristais e estes ao aumentar o seu tamanho se aderem formando os cálculos renais (Fig
10). Dentre eles temos: o oxalato de cálcio ou fosfato (cálcio), fosfato amônio
magnesiano, cistina e ácido úrico. Entretanto, algumas doenças pode fazer com que os
solutos sejam excretados acima do habitual, o volume urinário diminua como também
ocorre modificações no pH sanguíneo. Nos achados laboratoriais, o exame de urina
(Fig11) tem a possibilidade de mostrar o pH e cristais, hematúria associada que auxiliam
na formação dos cálculos renais (pedras nos rins) (MUNDT et al., 2012; SANTANA et
al., 2022).
Segundo Santana et al. (2022), o pouco consumo de proteínas, independente se
esteja com fibras não ocasiona a formação (reincidência) de cálculos, mas é evidente o
crescente aumento de casos através de ingesta de processados e carnes vermelhas. Diante
disso, observa-se que baixa ingestão de Na (sódio), controle de peso (diminui a resistência
à insulina) restrição do oxalato de cálcio, aumento da ingestão hídrica são pontos cruciais
para a prevenção da patologia.
5. Conclusão
As infecções do trato urinário (ITUs) geralmente tem como causa as bactérias,
predominante a Escherichia coli (existente na microbiota). Essa bactéria
(microorganismos) podem se localizar na uretra, bexiga ou até mesmo nos néfrons.
Entre os fatores causadores dos riscos levando a quadros infecciosos temos; a anatomia
uretral (mulheres), alterações hormonais (menopausa), desiquilíbrio da microbiota,
resistência a antibióticos, dentre outros.
O propósito desse trabalho foi diferenciar as doenças renais (principais doenças)
e esclarecer sobre a sintomatologia e os achados laboratoriais, com o objetivo de fazer
com que as pessoas reconheçam os sinais que o corpo apresenta e saber quais as
providências deverão ser tomadas para que não ocorra o agravamento e possíveis
comprometimentos irreversíveis. Com a tomada de decisões, as pessoas poderão
diminuir o índice de mortalidade e melhorar a qualidade de vida, pois a doença renal
ainda encontra-se negligenciada e carente de políticas públicas. Desta forma, se faz
necessário que cada indivíduo se responsabilize por sua saúde minimizando o impacto
da progressão da doença. Seria necessário ampliar o acesso e as informações
direcionadas à ações preventivas e tratamentos para que as pessoas tivessem mais
qualidade de vida.
Agradeço a professora Sônia por ter lançado esse desafio à respeito do ITUs,
pois diante a proposta tivemos a oportunidade de pesquisar, conhecer e aprofundar o
conhecimento diante de algumas doenças que desconhecia relacionado ao detalhamento
e gravidade da patologia.

6. Referências Bibliográficas
AGUIAR, L. K. et al., Fatores associados à doença renal crônica: inquérito
epidemiológico da Pesquisa Nacional de Saúde. Rev. Bras. Epidemiol. 2020

ALMEIDA, O. A. E. et al., Envolvimento da pessoa com doença renal crônica em seus


cuidados: revisão integrativa Ciênc. Saúde colet., maio 2019

BARROS P. G. et al Princípios básicos de nefrologia. Glomerulonefrite aguda.


In:TITÃ, S., São Paulo, 2013 Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788565852395/pageid/1
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2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/NqFqRS8RtvzbgvkndyL4NHh/?format=pdf&lang=pt
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LEITE, S. B. et al. Fluidos biológicos. Porto Alegre, SACAH, 2019. Disponível em:
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MENGATI, B. N., HOFFMANN, S. M., Exames laboratoriais para diagnóstico das


infecções do trato urinário. Revista Mato-Grossense v.1, n.1, 2023

MUMDT, L. A., SHANAHAN, K., Exame de urina e de fluidos corporais de Graff


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