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Editores Autores
Marcelo Langer Wroclawski Alex Elton Meller
Wagner Eduardo Matheus Antonio Corrêa Lopes Neto
Cristiano Mendes Gomes Fábio Cesar Miranda Torricelli
Leonardo Seligra Lopes Fabio Vicentini
Fernando de Freitas Garcia Caldas
Renato Nardi Pedro
Litíase urinária
Editores
Marcelo Langer Wroclawski
Wagner Eduardo Matheus
Cristiano Mendes Gomes
Leonardo Seligra Lopes
São Paulo
2022
3
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Condutas práticas em urologia : litíase urinária /
Alex Elton Meller...[et al.] ; editores Marcelo
Langer Wroclawski ; Wagner Eduardo Matheus ;
Cristiano Mendes Gomes ; Leonardo Seligra
Lopes. -- São Paulo : Grupo Planmark, 2022.
Fabio Vicentini
CRM-SP 97.385
Médico Assistente do Grupo de Endourologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e Chefe do
Setor de Endourologia do Hospital Brigadeiro
INTRODUÇÃO............................................................................ 10
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO............................................ 25
SITUAÇÕES ESPECIAIS.........................................................33
8
devido sua expertise no tema. Agradeço a Alex
Meller, Antônio Correa Lopes Neto, Fábio Torricelli,
Fabio Vicentini, Fernando Caldas e Renato Nardi
Pedro pela dedicação em prol da nossa Sociedade
e por compartilharem o conhecimento de maneira
clara e prática.
Não tenho dúvida de que a comunidade uroló-
gica, além de colegas na linha de frente dos prontos
atendimentos, que lidam diuturnamente com a litíase
urinária, poderão frequentemente consultar esta ferra-
menta, a fim de propiciar a melhor alternativa possível
aos seus pacientes nos mais variados cenários em que
eles possam se apresentar.
9
introdução
10
A seguir, apresentaremos as recomendações de con-
duta nos diversos cenários relacionados a esta afec-
ção. Estas recomendações foram feitas através de um
processo de consenso entre especialistas, baseado em
ampla revisão da literatura e de acordo com as condições
mais comuns encontradas nos serviços do Estado de São
Paulo. Estiveram presentes no consenso representantes
da endourologia das seguintes instituições:
Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC
(FMABC);
Hospital Brigadeiro;
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CÓLICA RENAL –
abordagem na urgência
1o CENÁRIO: ADULTOS
> 40 kg (NÃO GESTANTES)
1) Controle álgico
Considerando que habitualmente a cólica renal é um quadro
extremamente doloroso, a primeira medida a ser tomada é con-
trole álgico e conforto ao paciente. Entre as diversas opções de
analgesia, seguem abaixo as opções sugeridas:
1a opção (associação de duas drogas)
• Dipirona: 1 a 2 g via endovenosa (EV)
Obs.: o Buscopan Composto® contém 20 mg de
escopolamina e 2,5 g de dipirona na ampola de 5 mL.
Deve ser aplicado lentamente para evitar hipotensão
(> 5 min). A escopolamina isoladamente tem pouco
efeito na cólica renal.
• Anti-inflamatório não hormonal (AINH): descartar contrain-
dicações - alergias, úlcera péptica ativa, insuficiência cardíaca
crônica (ICC), cardiopatia isquêmica e acidente vascular ence-
fálico (AVE) isquêmico. Opções de medicações:
– cetoprofeno 100 mg EV diluído em solução fisiológica
(SF) 100 mL.
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– tenoxicam 20 mg EV em bolus.
– cetorolaco 10 mg EV em bolus.
2a opção: tramadol 50 a 100 mg EV - infusão lenta. Pode pro-
vocar náuseas e vômitos.
3a opção: morfina 1 a 5 mg EV ou subcutânea (SC) por dose.
Recomendado associar antieméticos (ondansetrona, meto-
clopramida ou dimenidrinato) se necessário.
Evitar hiper-hidratação: não há aumento nas taxas de elimi-
nação de cálculos com essa medida.
Em caso de dor refratária: considerar desobstrução cirúrgica.
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2) Avaliação radiológica
A investigação radiológica visa identificar a etiologia da cólica
renal. Em se tratando de litíase ureteral, idealmente necessita-
mos saber a localização e as dimensões do cálculo, coeficiente
de “dureza” (unidades Hounsfield [UH]) e repercussões sobre a
via excretora, como dilatação e características do córtex renal.
A ultrassonografia (USG), apesar de ser um exame que não traz
morbidade, não visualiza de forma adequada o ureter, podendo
não oferecer as informações necessárias. O uso do doppler ajuda
na avaliação do jato ureteral, podendo auxiliar a identificação
de quadros obstrutivos quando se verifica a diminuição do jato
e elevação do índice de resistência intra-renal. A tomografia
computadorizada (TC) é um exame mais completo, porém traz
a preocupação da exposição à irradiação e consequente risco
do desenvolvimento de neoplasias no futuro, principalmente
linfoproliferativas. E, considerando que a litíase urinária é uma
doença recidivante, com idas frequentes ao pronto atendimento,
tal preocupação se exacerba. Ultimamente, a utilização de baixa
irradiação tem sido uma medida muito útil e protetiva, porém não
deve ser usada em indivíduos com sobrepeso e obesidade, visto
que piora consideravelmente a qualidade da imagem tomográfica.
1a opção: TC de abdome e pelve sem contraste.
• Usar contraste na dúvida diagnóstica entre outras patologias
abdominais.
• Se índice de massa corporal (IMC) < 30, preferência para TC de
baixa dose (5 a 10 mGy).
2a opção: USG de vias urinárias (preferencialmente com doppler)
+/- raio-X (RX) de abdome (podem ser usados na falta de TC).
• No caso do diagnóstico de litíase ureteral com a USG, recomen-
da-se que a conduta final seja baseada nos achados da TC de
abdome e pelve.
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3) Avaliação laboratorial
Hemograma, ureia, creatinina (Cr), proteína C reativa (PCR),
urina I e urocultura.
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• atividade profissional específica como piloto de avião, tra-
balhadores em áreas distantes para acesso ao atendimento
emergencial (por exemplo, plataformas em alto-mar);
• necessidade de resolução rápida (viagem iminente, outro
procedimento em programação etc.);
• paciente com viagens frequentes ou próxima ao exterior.
Quadro 3. Indicações de desobstrução cirúrgica na cólica renal (urgência)
Pielonefrite obstrutiva
Piora de função renal
Dor refratária
Rim único obstruído ou litíase ureteral bilateral
Condições sociais que obriguem resolução rápida do caso
SBU-SP 2022
5) No caso de controle de
dor e alta hospitalar
Analgesia completa: dipirona + AINH, se dor fraca; codeína com
paracetamol (ou tramadol), se dor forte.
Alfa-bloqueador: para cálculos entre 5 e 10 mm.
• tansulosina 0,4 mg ou doxazosina de 2 a 4 mg por dia.
Bolsa de água quente na região lombar.
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2º CENÁRIO: GESTANTE
A gestante com litíase urinária tem características muito
peculiares e deve ter um tratamento diferenciado, visando pre-
servar a saúde da mãe e do feto. A abordagem diagnóstica
na cólica renal deve respeitar o trimestre da gestação e levar
em consideração a irradiação que a paciente recebe com estes
exames.
O tratamento cirúrgico também deve respeitar o status ges-
tacional. Todas as condutas devem ser coordenadas em con-
junto com a equipe de obstetrícia.
1) Controle da dor
1a opção:
• Morfina: 2 mg EV ou SC - sem restrição quanto ao tempo de
gestação.
2a opção:
• Dipirona: uso nos 1 e 2 trimestres (evitar no 3 trimestre).
o o o
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2) Avaliação radiológica
1a opção
• USG de vias urinárias. O uso de doppler facilita a avaliação de
obstrução ao avaliar o jato pelo meato ureteral.
2 opção
a
3) Indicações de desobstrução
cirúrgica, na presença de cálculo
ureteral em gestantes
Pielonefrite obstrutiva: os casos de pielonefrite obstrutiva
devem ser submetidos à antibioticoterapia e apenas drenagem
renal de urgência, com duplo J ou nefrostomia.
Piora de função renal (elevação de ureia e Cr após hidratação
e compensação clínica).
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Rim único obstruído ou litíase bilateral.
Dor refratária ao tratamento medicamentoso, independente-
mente do tamanho do cálculo.
Condições sociais:
• paciente que mora em áreas remotas sem acesso ao sistema
de saúde.
• necessidade de resolução rápida (viagem iminente, outro
procedimento em programação etc.).
4) No caso de controle de
dor e alta hospitalar
Analgesia: orientada pelo obstetra de acordo com idade
gestacional.
Não existem estudos que atestam a segurança em utilizar
tansulosina na gestante , mas em casos individualizados pode
ser prescrita com anuência da equipe de obstetrícia.
Bolsa de água quente na região lombar.
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3o CENÁRIO: CRIANÇAS
≤ 40 kg/ < 12 ANOS DE IDADE
1) Controle da dor
1a opção: dipirona EV - acima de 1 ano de idade
Peso IV IM
2a opção: AINH
• cetoprofeno: 0,5 mg/kg/dose EV até 2x por dia.
• cetorolaco: > 2 anos de idade - 0,5 a 1 mg/kg EV até 3x por
dia.
3a opção: Morfina - 0,05 a 0,1 mg/kg EV ou SC a cada 4h.
Antieméticos: associar em caso de náuseas ou vômitos:
• dimenidrinato: > 2 anos de idade - 1,25 mg/kg, infusão lenta
até 3x ao dia.
• ondansetrona: 0,15 mg/kg até 3x ao dia.
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2) Avaliação radiológica
1a opção: ultrassom de vias urinárias (preferencialmente com
doppler colorido).
2a opção: TC de abdome e pelve de baixa dose.
Quadro 6. Investigação diagnóstica e exames na urgência - cólica renal nas crianças
3) Indicações de desobstrução
cirúrgica, na presença de
cálculo ureteral em crianças
Pielonefrite obstrutiva: esses casos devem ser submetidos
à antibioticoterapia parenteral e apenas drenagem renal de
urgência, com duplo J ou nefrostomia.
Piora de função renal (elevação de ureia e Cr após hidratação
e compensação clínica).
Rim único obstruído ou litíase bilateral.
Dor refratária ao tratamento medicamentoso, independente do
tamanho do cálculo.
Condições sociais:
• paciente que mora em áreas remotas sem acesso ao sistema
de saúde.
• necessidade de resolução rápida (viagem iminente, outro
procedimento em programação etc.).
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LITÍASE URINÁRIA ELETIVA –
investigação diagnóstica e
planejamento
Quando o caso de litíase urinária requer intervenção (vere-
mos mais adiante), é necessário que as características do cál-
culo, da via urinária e do paciente sejam bem conhecidas, para
que se escolha a intervenção que conjugue menor morbidade
com melhores resultados livres de cálculos. Para isso, uma ava-
liação radiológica adequada é necessária. O exame recomen-
dado para saber se o paciente tem cálculo ou não (“triagem”) é
a USG de vias urinárias, porém, recomendamos a TC para defi-
nição de conduta cirúrgica, pois fornece a densidade do cálculo
(coeficiente UH), massa/ volume calculoso e distância pele-cál-
culo (DPC).
1a opção:
TC de abdome e pelve sem contraste
• As condutas devem ser baseadas preferencialmente nos
achados da TC;
• Uso de contraste EV e reconstrução coronal são recomen-
dados em casos de:
falha de cirurgia prévia;
NLP prévia;
hidronefroses duvidosas;
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2a e 3a opções:
• USG de rins e vias urinárias + RX de abdome;
• Urografia excretora.
Obs.: 2a e 3a opções podem ser utilizadas, porém são exa-
mes que fornecem menos informações relacionadas à seleção
do tratamento e ao sucesso. O ideal é realizar uma TC para
definir a conduta.
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LITÍASE URINÁRIA –
quando intervir?
Após avaliação diagnóstica devemos nos atentar a situa-
ções onde a intervenção cirúrgica se faz necessária
Pacientes sintomáticos
Cálculo em rim único > 2 mm
Cálculos de infecção
Necessidade profissional (piloto de avião, mergulhadores,
atletas)
Cálculos ureterais: mesmo que assintomáticos
Mulheres em programação de gestação: discutir custo-
-benefício com paciente
Opção pessoal do paciente
SBU-SP 2022
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PREPARO
PRÉ-OPERATÓRIO
Idealmente operar com urocultura negativa;
Em caso de urocultura positiva, tratar por sete dias com base
no antibiograma e colher nova urocultura após três dias do
término do tratamento;
• Caso essa cultura venha negativa, realizar intervenção e
fazer na indução o mesmo antibiótico utilizado na infecção
tratada;
• Se essa cultura permanecer positiva, o paciente deve rece-
ber o antibiótico correto por pelo menos 48 horas antes da
cirurgia para ser submetido à intervenção, mantendo-se o
antibiótico por sete dias no total.
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CÁLCULOS URETERAIS –
quando e como intervir?
Quando abordar
Tratar todos, mesmo os assintomáticos/silenciosos.
Como abordar
Se não houver indicação de desobstrução de urgência, as
seguintes opções são possíveis:
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> 10 mm: oferecer tratamento cirúrgico de imediato.
Ureter distal (distal aos vasos ilíacos), independente do tamanho:
• 1a opção
Ureteroscopia semirrígida.
• 2a opção
Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO);
• 3a opção
Laparoscopia ou cirurgia aberta.
• Entre 10 e 20 mm
1a opção: ureteroscopia – recomendado ter o ureteroscópio
flexível disponível;
2a opção: LECO;
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Cálculo ureteral
CÁLCULO URETERAL
≤ 10 mm
Tratamento expectante
TEM se entre 5 e 10 mm
Cálculo em migração
SIM NÃO
Localização do cálculo
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SIM Cirurgia
NÃO
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CÁLCULOS RENAIS
(em adultos não gestantes) –
quando e como intervir?
Características anatômicas podem influenciar o sucesso dos
tratamentos do cálculo renal. Um comprimento de infundíbulo do
cálice inferior > 25 mm prejudica a LECO e um ângulo infundíbulo
pélvico do cálice inferior < 42o, medido na tomografia, prejudica o
sucesso da ureteroscopia flexível. Recomendamos a observação
desses parâmetros na definição de conduta sempre que possível.
Após a realização da LECO em cálculos de cálice inferior, reco-
mendamos a drenagem postural e percussão lombar pós-sessão
para facilitar a eliminação de fragmentos.
Para fins de definição, Mini Perc significa acesso percutâneo
entre 11 e 22 Fr e NLP convencional é para acessos ≥ 24 Fr. ECIRS
se refere a cirurgia endoscópica intrarrenal combinada (do inglês
endoscopic combined intrarenal surgery).
Os principais parâmetros a serem avaliados para o tratamento
são:
Maior diâmetro do cálculo e o número total de cálculos
• Opção:
Massa total de cálculos: somar as áreas ou volumes de
todos os cálculos
– Área: A x B em mm2.
– Volume: A x B X C x 0,52 em mm3.
Localização;
Densidade (em UH);
DPC.
30
Conduta para cálculos renais únicos
≤ 15 mm
• Densidade ≤ 900 UH, DPC ≤ 10 cm e ter até 10 mm se estiver
no cálice inferior:
SIM
– LECO (repetir se houver fragmentação parcial na sessão
inicial).
NÃO
– 1ª opção
* Ureterolitotripsia flexível.
– 2ª opção
* LECO.
– 3ª opção
* Minipercutânea/ mini ECIRS.
– 4ª opção
* NLP/ ECIRS.
> 15 e ≤ 30 mm
• O tratamento com ureteroscopia flexível para cálculos > 15 mm
é associado a menores taxas de sucesso e necessidade de
mais de um procedimento. Levando em consideração as taxas
de sucesso com um procedimento, recomendamos:
1ª opção:
– Minipercutânea/ mini ECIRS.
2ª opção
– NLP ou ECIRS.
3ª opção
– Ureteroscopia flexível.
4ª opção
– LECO/ laparoscopia/ robótica/ cirurgia aberta.
31
> 30 mm
1ª opção:
– NLP ou ECIRS.
2ª opção:
≤ 15 mm > 15 e ≤ 30 mm > 30 mm
Sim Não
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SITUAÇÕES ESPECIAIS
Cálculos renais múltiplos
• Para cálculos renais múltiplos com indicação de interven-
ção, devemos considerar a massa total de cálculos para
definir entre a ureterolitotripsia flexível ou uma cirurgia
combinada.
• Para esses casos, recomendamos somar os maiores diâ-
metros dos cálculos maiores que 4 mm e planejar em cima
disso.
• A cirurgia pode ser iniciada com ureteroscopia flexível
e, dependendo da análise endoscópica, continuar dessa
forma ou associar acesso percutâneo. Tempos cirúrgi-
cos acima de 90 minutos na ureteroscopia flexível estão
associados a maiores complicações. Para a realização do
acesso percutâneo, o paciente e a equipe devem estar
preparados.
Rim único
• Podem ser usadas as mesmas orientações acima, porém:
Litotripsia extracorpórea: é obrigatório o implante de
duplo J previamente.
Tendência a maior sangramento em cirurgia percutâ-
nea: se cálculo favorável e equipamentos adequa-
dos, pode-se ampliar indicação de ureterolitotripsia
flexível.
33
Acesso retrógrado complicado (derivação urinária, reimplan-
tes de ureter etc.)
• Diâmetro do cálculo até 15 mm, ≤ 900 UH, DPC ≤ 10 cm e boa
drenagem ureteral
Sim: LECO;
Não: acesso percutâneo.
– Mini Perc (até 30 mm);
– NLP.
Rins ectópicos: ferradura ou pélvico
• Considerar volume e localização do cálculo, pois drena-
gem pode ser dificultada, assim como acesso retrógrado ou
anterógrado.
• O uso do ultrassom pode facilitar o acesso nesses casos,
deixando a punção mais segura. O acesso guiado por lapa-
roscopia também pode ser necessário, especialmente nos
rins pélvicos.
• NLP está associado a maiores taxas de sucesso do que ure-
terolitotripsia flexível ou LECO.
• Até 15 mm
1a opção: ureterolitotripsia flexível.
2a opção: LECO (≤ 900 UH, DPC ≤ 10 cm).
• > 15 mm: acesso percutâneo
Mini Perc/ mini ECIRS (até 30 mm).
NLP ou ECIRS.
Pielolitotomia laparoscópica/ robótica em casos de
acesso endoscópico ou percutâneo difícil.
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CÁLCULOS RENAIS
ASSINTOMÁTICOS
Até 5 mm (independentemente do cálice), seguir anualmente
com USG e orientar quanto a episódios de cólica renal e urgências;
Acima de 5 mm, individualizar a conduta (intervenção ou
observação).
Durante o seguimento, indicar intervenção se o cálculo aumen-
tar 5 mm ou se tornar sintomático/obstrutivo;
O paciente deve ser orientado sobre o risco de cólica renal
caso haja migração do cálculo para o ureter e eventual cirur-
gia de urgência. Tratamento intervencionista preventivo é uma
decisão compartilhada com o paciente.
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LITÍASE URINÁRIA –
avaliação metabólica
Considerando a litíase urinária como doença recidivante e
sujeita a episódios dolorosos, a avaliação metabólica e o trata-
mento clínico são mandatórios em algumas situações visando
identificar a etiologia e reduzir a recorrência da doença.
Como veremos a seguir, essa avaliação é sugerida em algu-
mas situações e os elementos a serem analisados.
Solicitar nos casos de alto risco de recidiva:
• pacientes submetidos a tratamento cirúrgico com mais de
um cálculo urinário;
• crianças;
• casos de litíase de repetição ou múltiplas no momento do
diagnóstico.
Nos casos de primeiro episódio de litíase, com cálculo único,
solicitar somente se o paciente desejar investigação.
EXAMES
• Sangue:
Ur/ Cr/ cálcio total e iônico/ácido úrico;
PTH/ vitamina D: nos casos de cálcio total elevado
ou suspeita de hiperparatireoidismo primário ou
secundário;
Gasometria venosa: nos casos suspeitos para acidose
tubular renal.
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• Urina I/ urocultura com antibiograma;
• Urina de 24h.
Cálcio/ ácido úrico/ citrato/ oxalato/ sódio/ Cr/ magnésio;
No caso do 1o exame não identificar nenhuma altera-
ção, solicitar nova amostra;
Momento: aguardar três a quatro semanas após episó-
dio de cólica ou procedimento cirúrgico.
• Análise de cálculo deve ser sempre solicitada:
ideal: espectroscopia ou RX por difração;
análise química como opção, porém essa forma é mais
imprecisa.
37
apoio: