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Editores Autores
Marcelo Langer Wroclawski Ricardo Vita
Cristiano Mendes Gomes Cristiano Mendes Gomes
Wagner Eduardo Matheus Carlos Arturo Levi D'Ancona
Leonardo Seligra Lopes Caio César Cintra
Gabriel Barbosa Franco
Maria Cláudia Bicudo
Tiago Borelli Bovo
HPB
Hiperplasia Prostática Benigna
Diagnóstico e tratamento clínico
Editores
Marcelo Langer Wroclawski
Cristiano Mendes Gomes
Wagner Eduardo Matheus
Leonardo Seligra Lopes
São Paulo
2023
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
CPU : condutas práticas em urologia : HPB :
hiperplasia prostática benignica :
diagnóstico e tratamento clínico / Ricardo
Vita...[et al.] ; editores Marcelo Langer
Wroclawski...[et al]. -- 1. ed. -- São Paulo :
Grupo Planmark,
2023.
INTRODUÇÃO........................................................................
INTRODUÇÃO........................................................................10
10
TRATAMENTO CLÍNICO.
CLÍNICO..................................................... 28
1. TRATAMENTO CONSERVADOR.................................................................................28
2. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO............................................................................30
3. QUANDO MUDAR DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA O CIRÚRGICO?........41
prefácio
8
Para isso, a fim de tornar a informação mais prática e de
fácil aplicação na prática cotidiana, descreveremos os diversos
cenários clínicos em que esses pacientes podem se apresentar,
ressaltando a propedêutica adequada para o seu diagnóstico.
Além disso, avaliaremos o tratamento inicial desses homens,
que na maioria das vezes consiste em mudanças comporta-
mentais e de estilo de vida, além da prescrição de medicações,
que tem por objetivo aliviar os sintomas e evitar ou retardar a
abordagem cirúrgica.
Guardem este número junto com o de litíase urinária, dis-
tribuído no Congresso Paulista de Urologia de 2022. Em breve,
a biblioteca do urologista estará repleta de CPUs que poderão
auxiliar a guiar o manejo dos nossos pacientes!
Aproveitem a leitura!
Marcelo Wroclawski
9
introdução
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um diagnós-
tico histológico que se refere à proliferação de tecido epi-
telial glandular, músculo liso e tecido conjuntivo na zona
de transição prostática. É quase onipresente no envelheci-
mento masculino e geralmente leva ao aumento do volume
da próstata. Entretanto, a próstata pode causar obstru-
ção infravesical (OIV), independentemente do seu tamanho.
A HPB é uma causa comum de sintomas do trato uriná-
rio inferior (LUTS, do inglês lower urinary tract symptoms).
Os sintomas podem ser divididos em armazenamento, esvazia-
mento e pós-miccionais (Tabela 1).
10
Neste manuscrito, chamaremos de LUTS-HPB os sintomas do
trato urinário que acontecem em pacientes com HPB.
Os LUTS-HPB podem ser progressivos e representam uma
condição importante na saúde dos pacientes e no bem-estar da
sociedade. Para o manejo adequado dos LUTS-HPB, é importante
que os profissionais de saúde reconheçam a complexa dinâmica
da bexiga, próstata e uretra. Além disso, os LUTS-HPB podem
resultar ou ser influenciados por alterações no sistema nervoso
central ou outras doenças sistêmicas, como síndrome metabólica
e insuficiência cardíaca congestiva, dentre outras.
Nas últimas décadas, medicamentos de diferentes classes
terapêuticas têm sido utilizados no tratamento de homens com
LUTS-HPB. O papel da cirurgia sofreu mudanças decorrentes
deste cenário e do surgimento de novas técnicas cirúrgicas para
HPB. O objetivo da Sociedade Brasileira de Urologia seção São
Paulo (SBU-SP) com este manual é fornecer informações práticas
e atualizadas que possam servir como referência para avaliação
e tratamento de pacientes com LUTS-HPB.
A seguir, apresentaremos as recomendações de conduta nos
diversos cenários de avaliação de pacientes com LUTS-HPB.
Estas recomendações foram feitas através de um processo de
consenso entre especialistas, baseado em ampla r'evisão da
literatura e de acordo com as condições mais comuns encon-
tradas nos serviços do Estado de São Paulo. Estiveram presen-
tes no consenso representantes do departamento/disciplina de
urologia das seguintes instituições:
Hospital Militar de Área de São Paulo (Exército Brasileiro);
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP);
Faculdade de Medicina do ABC (FMABC);
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
Prevent Senior.
11
LUTS-HPB -
avaliação diagnóstica
A avaliação dos pacientes deve permitir o diagnóstico,
monitoramento, avaliação do risco de progressão da doença,
escolha terapêutica e previsão dos resultados do tratamento,
bem como acompanhamento do tratamento realizado. A ava-
liação clínica de pacientes com LUTS-HPB tem como objeti-
vos principais:
12
1.o CENÁRIO: paciente índice: homem com mais de 50
anos de idade, com LUTS há várias semanas, sem ante-
cedente de doenças neurológicas ou de cirurgias no trato
urinário inferior.
História clínica
• Identificar causas potenciais e comorbidades relevan-
tes, incluindo comorbidades clínicas e neurológicas,
medicamentos em uso, hábitos de vida, fatores emo-
cionais e psicológicos;
• Avaliar os impactos dos LUTS-HPB na QALY;
• Discutir alternativas de seguimento e tratamento.
Questionário de sintomas: recomendado para avaliação mais
abrangente dos LUTS-HPB. Os questionários validados para
avaliação de LUTS-HPB são úteis na quantificação dos LUTS
e são sensíveis a mudanças de sintomas, podendo ser úteis
para monitorar o tratamento.
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International Consultation on Incontinence Modular
Questionnaire for Male Lower Urinary Tract
Symptoms (ICIQ-MLUTS): questionário validado
da Sociedade Internacional de Continência (ICS, do
inglês International Continence Society) que, além
dos sintomas avaliados pelo IPSS, inclui perguntas
sobre incontinência e avalia o desconforto para cada
sintoma.
14
Função sexual: deve ser avaliada, de preferência com ques-
tionários de sintomas validados, uma vez que o manejo dos
LUTS pode ter influência na função sexual.
15
Antígeno específico da próstata (PSA): a dosagem do PSA
pode ter várias utilidades na avaliação do homem com
LUTS-HPB.
16
O RPM elevado pode ser causado por OIV ou detrusor
hipoativo;
17
Valores de fluxo mais altos pioram a acurácia, com redu-
ção da especificidade e do VPP;
Exames de imagem
US abdominal: deve ser obtida sempre que disponível con-
siderando seu custo relativamente baixo e a capacidade de
avaliar aspectos importantes para o manejo dos pacientes.
Permite avaliar:
Avaliação da próstata:
18
Espessura da parede vesical ou do detrusor: está
associada com a OIV. Entretanto, essas medidas não
são completamente padronizadas.
19
Urodinâmica: não está indicada na avaliação do paciente
índice com LUTS-HPB. A cistometria e o estudo miccional
fluxo-pressão são as técnicas urodinâmicas mais usadas no
contexto do homem com LUTS-HPB.
Fase cistométrica: avalia principalmente a presença de
hiperatividade detrusora e a complacência vesical;
Estudo fluxo-pressão: caracteriza a presença e gravidade
da OIV e a atividade detrusora, podendo identificar pacien-
tes com detrusor hipoativo.
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Avaliação do paciente com LUTS-HPB
Paciente índice
História clínica*
Exame físico
Uretrocistoscopia
Diário miccional (se hematúria ou
(se noctúria e/ antecedente de
ou sintomas de neoplasia urotelial,
armazenamento Questionário de sintomas estreitamento uretral ou
predominantes) (por exemplo IPSS) necessidade de avaliar
anatomia prostática)
Urofluxometria
Urodinâmica Uretrocistografia
(se doença neurológica,
(se suspeita de
idade extrema, próstata
Ultrassom e resíduo estreitamento uretral
pequena, incontinência
pós-miccional ou obstrução do colo
severa - notadamente
vesical ou anormalidades
se cirurgia sendo
estruturais complexas)
considerada)
Paciente índice: homem com mais de 50 anos de idade, com LUTS há várias semanas,
sem antecedente de doenças neurológicas e de cirurgias no trato urinário inferior.
*Incluir avaliação da função sexual.
21
2.o CENÁRIO: homem com mais de 50 anos de idade, com
LUTS-HPB e antecedente de doença ou lesão neurológica, com
potencial impacto na função detrusor-esfincteriana (Parkinson,
acidente vascular encefálico, trauma crânio-encefálico, lesão
medular traumática ou de outras etiologias, doenças desmieli-
nizantes, cirurgias pélvicas radicais, disrafismo e outras).
A investigação deve incluir todos os elementos da avalia-
ção do paciente índice. Nessa população, aspectos relevantes
incluem:
Maior prevalência de hiperatividade detrusora, déficit
de complacência, alterações da contratilidade detrusora
(hipocontratilidade ou acontratilidade) e dissinergismo
detrusor-esfincteriano;
Resposta aos tratamentos medicamentosos comumente
usados em homens com LUTS-HPB é inferior e não há
boas evidências que deem suporte ao seu uso.
22
3.o CENÁRIO: homem com mais de 50 anos de idade,
com LUTS-HPB e antecedente de cirurgia para HPB.
Esses pacientes têm maior chance de apresentarem
alterações uretrais e/ou da função vesical. São achados fre-
quentes nesses pacientes:
Hiperatividade detrusora;
Detrusor hipocontrátil;
Estreitamento uretral, de loja prostática e/ou de
colo vesical.
23
4.o CENÁRIO: homem com LUTS e próstata pequena.
Apesar da fraca relação entre volume prostático e OIV, a
possibilidade de obstrução por HPB é menor em pacientes
com próstata pequena e a chance de que causas não relacio-
nadas à HPB sejam causadoras dos LUTS é maior.
Não há consenso do que seja uma próstata pequena,
sendo geralmente utilizado o valor ≤ 30 cm3.
24
5.o CENÁRIO: homem muito jovem ou muito idoso.
A obstrução por HPB é pouco frequente em homens com
< 50 anos de idade, notadamente se a próstata não for volu-
mosa nem houver significativa protrusão do lobo mediano para
a bexiga. A possibilidade de obstrução primária do colo vesical
e outros diagnósticos devem ser considerados, notadamente
antes de procedimentos invasivos.
Homens muito idosos, principalmente se portadores de
múltiplas comorbidades, têm grande chance de apresentar
anormalidades da função vesical (hiperatividade detrusora,
detrusor hipoativo) como causa predominante de seus LUTS.
Os resultados da cirurgia para HPB nesses casos podem ser
desapontadores.
25
6.o CENÁRIO: homem com LUTS-HPB em retenção
urinária.
Pacientes que se apresentam em retenção urinária
podem ter a avaliação limitada pela impossibilidade de
realizar urofluxometria, diário miccional e medida do RPM.
A história clínica e os questionários de sintomas
devem ser voltados para o padrão de micção anterior
à retenção.
Quando se considera o tratamento cirúrgico, exames
adicionais como urodinâmica e/ou uretrocistoscopia
devem ser considerados em pacientes com:
• Idade extrema;
• Próstata pequena;
• Alterações estruturais da parede vesical;
• Múltiplas comorbidades que possam afetar a
contratilidade detrusora (diabetes, doença neuroló-
gica, fragilidade ou polifarmácia).
26
7.o CENÁRIO: homem com LUTS-HPB e indicação de tra-
tamento cirúrgico da próstata para o qual a anatomia pros-
tática tem importante relevância prognóstica.
Alguns procedimentos cirúrgicos para o tratamento dos
LUTS-HPB podem ter resultados variáveis de acordo com a
anatomia endoscópica da próstata. O lift uretral prostático,
por exemplo, requer do cirurgião maior experiência quando o
lobo mediano é proeminente e tem menor eficácia quando o
colo vesical é elevado. O conhecimento da anatomia endos-
cópica da próstata pode, também, permitir a estimativa do
número de implantes a ser utilizado e auxiliar na escolha
do melhor tratamento. Nesses casos, a uretrocistoscopia é
altamente recomendável.
27
TRATAMENTO CLÍNICO
1. TRATAMENTO CONSERVADOR
28
Adequação da ingesta de líquidos, cafeína e álcool;
Reeducação vesical;
Técnicas de ordenha uretral, relaxamento do assoalho pél-
vico e de esvaziamento vesical;
Revisão e readequação medicamentosa;
Tratamento da constipação;
Adaptação a condições de alteração de mobilidade, des-
treza ou cognição.
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2. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Com a diversidade de medicamentos disponíveis para
tratamento de LUTS-HPB e sabendo que pacientes com
características diferentes podem ter respostas variadas
aos medicamentos, recomenda-se escolha individualizada
do tratamento medicamentoso. A seguir, estão apresen-
tados alguns perfis comuns e o racional para a escolha
medicamentosa.
2.1.1. Alfa-bloqueadores
Os antagonistas seletivos alfa 1-adrenérgicos podem ser
usados como monoterapia em homens com LUTS modera-
dos a graves e próstata < 40 cm3 para reduzir o tônus da
musculatura lisa prostática e do colo vesical, diminuindo a
OIV. Esses agentes parecem também atuar em receptores
no sistema nervoso central, o que pode contribuir para seu
efeito terapêutico nos LUTS.
O que prescrever?
30
Características
31
2.1.2. Inibidor da fosfodiesterase-5
Aumenta o monofosfato de guanosina cíclico intracelular,
reduzindo o tônus da musculatura lisa do detrusor, próstata
e uretra.
Diminui a degradação do óxido nítrico e altera as vias
reflexas na medula espinhal e a neurotransmissão na uretra,
próstata e/ou bexiga, com melhora da perfusão sanguínea e
oxigenação do trato urinário e redução da inflamação crônica
no trato urinário inferior.
Alternativa aos ABs, especialmente em homens com
disfunção sexual, seja erétil ou ejaculatória.
O que prescrever?
Características
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Principais eventos adversos:
• Refluxo gastroesofágico;
• Cefaleia;
• Dispepsia;
• Dor lombar;
• Congestão nasal;
• Uso contraindicado em usuários de nitratos e em indi-
víduos sem reserva cardiovascular e/ou portadores de
neuropatia ótica.
2.2.1. ABs
33
modificação da doença. O atraso no início de um 5ARI acima de
seis meses, como ocorre no tratamento sequencial de ABs para
5ARI, pode reduzir os benefícios a longo prazo e estar asso-
ciado a uma maior probabilidade de RUA e cirurgia.
2.2.2. 5ARI
Inibem a conversão da testosterona em 5-alfa-di-hidro-
testosterona (DHT), reduzindo seu nível sérico e diminuindo
a estimulação dos receptores androgênicos na próstata, redu-
zindo a proliferação celular.
Início de ação mais lento, entre três e seis meses;
Redução média de 15% a 30% no IPSS;
Melhora do fluxo urinário (cerca de 3,0 mL/s);
Redução do volume da próstata em 20%;
Redução do risco de progressão para retenção urinária
(68%) ou necessidade de tratamento cirúrgico (64%);
Limitações:
• Promove redução do PSA (20%-50%), requerendo ajuste
para adequado rastreio de CaP;
• Evento adverso mais importante: disfunção sexual, com
diminuição das funções erétil e ejaculatória e da libido.
O que prescrever?
finasterida 5 mg, uma vez ao dia, ou
dutasterida 0,5 mg uma vez ao dia
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2.2.3. Terapia combinada
Associação de ABs e 5ARI em indivíduos com risco de
progressão da doença (PSA > 1,6, Qmáx < 10,6 mL/s, próstata
> 30 gr e RPM > 39mL).
Início de ação dentro de horas a dias (ABs) no alívio dos
sintomas;
Não superior à monoterapia com ABs no alívio dos sinto-
mas em intervalo inferior a 12 meses de uso;
Superior em termos de melhora dos sintomas, na
contenção da progressão dos sintomas, no Qmáx, na
incidência de retenção urinária e na necessidade de
intervenção cirúrgica, após esse prazo de utilização;
Indicada especialmente para tratamentos de longo prazo
(> 12 meses);
Limitações:
• Eventos adversos combinados;
• Ginecomastia em 1%-2% dos pacientes;
• Segurança cardiovascular e saúde mental com sua utili-
zação de longo prazo são questões em avaliação.
O que prescrever?
cloridrato de tansulosina 0,4 mg + dutasterida 0,5 mg
(associação de dose fixa) uma vez ao dia, ou
doxazosina 2 mg + finasterida 5 mg (associação de dose
fixa) uma vez ao dia, ou
cloridrato de tansulosina 0,4 mg + finasterida 5 mg
(associação livre) uma vez ao dia
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2.3. Homens com predomínio de
sintomas de armazenamento
Levando-se em consideração a multifatoriedade dos
LUTS, muitos homens apresentam-se com sintomas predo-
minantes de armazenamento, como pacientes com bexiga
hiperativa. Para esses pacientes, a escolha terapêutica
deve incluir medicamentos para tratamento dos sintomas
de armazenamento. Portanto, em indivíduos sem sinais de
disfunção vesical e evidência de esvaziamento vesical ade-
quado, pode-se considerar a monoterapia farmacológica
com AM ou agonistas beta-3 adrenérgicos em associação
às medidas comportamentais e ao tratamento habitual da
bexiga hiperativa.
Recomendável dar preferência às medicações M3 sele-
tivas (solifenacina e darifenacina) e às formulações de
liberação lenta, devido ao menor potencial de eventos
adversos comuns, tais como boca seca e constipação
intestinal.
Considerar o risco de sobrecarga anticolinérgica e dete-
rioração cognitiva, especialmente em paciente idosos
(> 65 anos de idade) e que façam uso de múltiplos medi-
camentos. Para os pacientes de risco, o uso de AM com
baixa passagem da barreira hematoencefálica (cloreto de
tróspio ou darifenacina) ou de agonistas beta-3 adrenér-
gicos deve ser favorecido.
Os AMs não devem ser usados em pacientes com glau-
coma de ângulo fechado.
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Os agonistas beta-3 adrenérgicos, como a
mirabegrona, têm perfil de maior segurança cognitiva,
tolerabilidade e aderência a médio prazo. São contrain-
dicados em pacientes com hipertensão arterial não
controlada.
O que prescrever?
Monoterapias
AM:
Beta-3 agonista:
mirabegrona 50 mg uma vez ao dia
37
ABs:
38
Eficácia e segurança mantidas com o uso prolongado (> 12
meses); não se observa deterioração do Qmáx ou aumento
do RPM.
O que prescrever?
O que prescrever?
39
2.4.3. Inibidores de fosfodiesterase-5 e ABs
Existem poucos dados a respeito dessa associação, com
evidências de melhora do IPSS, Índice Internacional de Função
Erétil (IIEF) e do Qmáx, mas o seguimento é curto e existem
preocupações a respeito da sinergia dos efeitos hipotensores/
vasodilatodores, de ambas as drogas.
2.5. Fitoterápicos
Diferentes fitoterápicos têm sido utilizados clinicamente
para o tratamento de homens com LUTS-HPB. A maioria
dos agentes em uso foram avaliados em estudos de baixo
nível de evidência. O estudo mais robusto avaliou Serenoa
repens e demonstrou melhora da frequência miccional e do
Qmáx e redução do volume prostático em comparação com
grupo controle (placebo). Eventos adversos foram pouco
frequentes, sendo principalmente relacionados ao trato
gastrointestinal.
Devido à existência de poucos estudos e à falta de padro-
nização de formulação e dose, estes medicamentos não são
recomendados pelos principais guidelines internacionais.
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3. QUANDO MUDAR DO
TRATAMENTO CLÍNICO
PARA O CIRÚRGICO?
Além da piora clínica e da possibilidade de eventos
como retenção urinária, a OIV persistente pode evoluir
com piora da função vesical. Isso ocorre, seja na forma de
espessamento da parede e aparecimento de divertículos
vesicais, seja na piora da complacência, aparecimento de
hiperatividade detrusora ou perda da contratilidade detru-
sora. Entretanto, outras circunstâncias podem ser consi-
deradas para essa decisão:
41
E. Preocupação com função sexual, especialmente
ejaculatória;
42
apoio: