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1. INTRODUÇÃO

A infecção do trato urinário (ITU) é a infecção que afecta os órgãos do trato urinário, causada
principalmente por uma bactéria que invade e multiplica-se no sistema urinário denominado
Escherichia coli (E.coli). A infecção urinária, durante a gravidez é um problema muito frequente
devido as alterações fisiológicas da gravidez que favorecem a colonização do trato urinário e
afecta a qualidade da vida da mulher além de aumentar o risco da mobidade materna e fetal
(CAMILA FACCO, 2019).

Durante período de gestação a mulher deve solicitar exames de rotinas de urina e urocultura.
Com esses diagnósticos, favorece um tratamento seguro, por que em caso mais graves a mesma
poderá recorrer há mais exames e até a sua internação (FREITAS, 2011; CAMILA FACCO,
2019).

Durante a gravidez as infecções urinárias podem ser baixas (cistites) com poucos sintomas e
associado em primeiro lugar com o parto prematuro, ruptura prematura da membrana, e em
segundo em caso de infecção urinária alta (pielonefrite) existir um risco da infecção se não for
tratada poderá causar complicações graves como problemas nos rins (FREITAS, 2011;
CARVALHÃES; ANDRADE, 2017).

Até o final de 2021, a OMS, cerca de 30% das mulheres apresentaram infecção urinária e
sintomas recorrentes, em 2 a 7% das mulheres durante a gravidez, considerando a ITU como a
terceira patologia, mas comum do trato urinário na mulher, no primeiro trimestre da Gestação.

1.1. Formulação do problema


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A gestação é um periódo de muitas mudanças na vida da mulher que vão muito além das
alterações físicas no organismo, afetando também o psicológico da futura mãe e o crescimento e
desenvolvimento do embrião, com a presença sintomas anormais. A ausência da menstruação
(amenorreia), náuseas, enjoos, alteração do apetite, aumento da frequência urinária, micção
ardente, urina turva ou com sangue, Cheiro forte na urina e etc, são sinais que podem parecer
semelhante a de uma mulher gestada.

Por isso, o diagnóstico prematuro da patologia evita complicações futuras e fornece melhores
oportunidades de tratamento da gestante. Daí a razão, das mulheres fazerem consultas de rotinas
em quanto grávida de modo a detectarem a infecção do trato urinário (ITU). As infecções do trato
urinário tem sido preocupamte para o país e sendo bastantemente constrangedora para grávida
que prospera em ter um parto seguro, saúde para ela e da futura criança.

Diante dessa situação, o grupo levantou a seguinte questão:

Qual é o número de gestantes com infecção do trato urinário atendidas no centro de


referência Viana II (Luanda Sul) com as idades compreendidas entre os 15-35 anos em
Abril de 2023?

1.2. Justificativa

Sendo a infecção urinária uma das patologias mais frequentes durante a gestação e que tem
causado diversas complicações como perda do feto e muitas das vezes levando a mãe à morte.
Dentro destas preocupações, como futuros técnicos (as) de diagósticos e terapeuticos, incentivou-
nos a abordar o referido tema, a fim de informar, comunicar e educar a população feminina sobre
a referida doença levando a canhecer distinção entre sintomas urinários e infecção do trato
urinário (sintomática ou assintomática).

Aprior o grupo procurou trazer abordagens científicas para aprofundar o tema, pois, temos a
missão de contribuir na redução da morbimortalidade através de acções educativas e preventivas,
trazendo a mulher que deve sempre preocurapar quaando estiver a se sentir mal e aprior em não
faltar às consultas pré-natais (CPN).

1.3. Objetivos
1.3.1. Objetivo geral
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 Diagnosticar a infecção do trato urinário em gestantes atendidas no centro de referência


Viana II (Luanda Sul) com as idades compreendidas entre os 15-35 anos em Abril de
2023.

1.3.2. Objetivos específicos


 Caracterizar a amostra de acordo aos dados sócios demográficos (faixa etaria, estado civil
e Nível de escolaridade);
 Descrever as amostras de acordo o periodo de gestação;
 Identificar as amostras biologicas de acordo o exames laboratorial ( sedimentoscopia);
 Relacionar os resultdos positivos de acordo o periodo gestacional;

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Definições de termos e conceitos


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Diagnostico laboratorial:
Gestante: É um ser vivo humano ou animal que carrega um feto.
Infecção urinária: É considerada uma infecção urinária quando existe colonização, invasão e
propagação de agentes infecciosos no trato urinário que resulta na inflamação e consequente
disfunção em qualquer parte que compõe o mesmo aparelho (CORREIA et al, 2015, p22).
2.2. Perfil epidemiológico da infecção urinária

A ITU é considerada a terceira infecção bacteriana mais comum e frequente no atendimento


clínico também é a infecção bacteriana mais comum durante o período gestacional sobre tudo nos
países em desenvolvimento, ficando atrás das infecções respiratórias e gastrointestinais
(CAMILA FACCO, 2019).

Os estudos epidemiológicos estimam que, anualmente 10% das mulheres são diagnosticadas com
cistite e 60% têm pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida.

Na população feminina, as ITUs são as principais responsáveis pelas consultas ambulatórias em


1% a 3% das meninas em idade escolar, com o aumento acentuado da incidência com o início da
atividade sexual (CORREIA et al, 2015, p29).

Calcula-se uma incidência anual de 7% em mulheres de todas as idades, atingindo um pico


máximo entre 15 e 24 anos e em mulheres com mais de 65 anos. Cerca de um terço de todas as
mulheres tiveram ou irão ter pelo menos um diagnóstico de ITU não complicada até aos 26 anos
de idade (CORREIA et al, 2015; OMS, 2021).

O local mais comum de infecção do trato urinário na mulher é a bexiga, isto porque a mulher
apresenta maior proximidade da uretra com o ânus e o facto de a uretra ser mais curta (5cm) em
relação aos indivíduos do género masculino”. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017,p30).

2.3. Anatomia e Fisiologia do Sistema Urinário

O sistema urinário é um conjunto de órgãos que participam na produção, transporte,


armazenamento e eliminação da urina com os metabólicos tóxicos ou até mesmo iões em excesso
ao organismo. Em relação a constituição do SU, (MARINHO; TAVARES, 2012) diz que:
 O aparelho urinário é constituído por dois rins, dois uréteres, uma bexiga e uma uretra.
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Os rins estão localizados junto à parede posterior do abdómen, de cada lado da coluna vertebral,
eles possuem duas margens, uma côncava ou interna e outra convexa, ou externa; na parte interna
do rim, localiza-se o hilo onde os nervos, vasos linfáticos e sanguíneos entram e saem, e também
é por onde sai os uréteres que conectam os rins e a bexiga.
Os rins são divididos por três regiões que são: córtex, pelves e medula; cada rim contém
aproximadamente 1.200.000 nefrónios (CORREIA et al, 2015). “Os nefrónios são as unidades
funcionais dos rins” figura nº1 abaixo.

2.4. Função do sistema urinário

O sistema urnário consiste na filtração do sangue, regulação do equilíbrio de excreção e


reabsorção de água e electrólitos (CORREIA et al, 2015, p21). Regula a pressão arterial
secretando substância como a renina, que atua na via renina-angiotensina, equilíbrio ácido-base,
excretando ácidos e regulando o sistema tampão nos líquidos corporais.

Os rins participam da gliconeogénese durante jejum prolongado, secreta eritropoietina, hormônio


produzido pelas glândulas supra - renais responsável pela eritropoiese (produção de hemácias) e
participa na síntese de vitamina D. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017).

A via Urinária desempenha um papel importante, que é eliminar substâncias em excesso e os


resíduos produzidos pelo organismo por intermédio dos processos de metabolização celular.

2.5. Factores que propiciam a infecção urinária em gestantes

Existem muitos factores que interferem na infecção urinária em gestantes, tal como referem
(CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p41):
 A urina torna-se mais farta em nutrientes, o que propicia um meio de cultura mais rico,
facilitando o crescimento das bactérias.
 Ocorrem mudanças anatómicas como a dilatação do sistema colector e o aumento do
débito urinário.
 A soma desses factores junto à redução do tónus vesical favorece a estase urinária e o
refluxo vesico ureteral”.
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Quanto mais nutrientes a urina tiver no período gestacional, maior serão o desenvolvimento de
bactérias. Mas também, existem outros factores como as mudanças anatómicas acima referidas
(CORREIA et al, 2015).

2.6. Etiologia e Microbiologia

Conforme Corrêa, Canalini e Matheus (2013), a etiologia das ITU é na maioria das vezes, de
origem bacteriana e essas infecções são geralmente adquiridas por via ascendente, da uretra para
a bexiga.

Ocasionalmente as bactérias que infectam o trato urinário podem atingir a corrente sanguínea e
causar septicemia. Os agentes etiológicos envolvidos nas infecções urinárias são descritos por
ordem de frequência. (CORRÊA; CANALINI; MATHEUS, 2013; CARVALHÃES;
ANDRADE, 2017, p55).

 Escherichia coli (70 - 80%);


 Staphylococcus saprophyticus (10%);Proteus mirabilis (9,5%);
 Klebsiella pneumoniae (4,5%);
 Enterobacter sp. (3,5%); e outros microorganismos variados com menor prevalência
(6,5% dos casos, no total).

2.7. Vulnerabilidade

No período gestacional ocorre uma série de alterações nas mulheres, tanto emocionais quanto
fisiológicas, essas alterações tornam as grávidas vulneráveis as ITUs (CAMILA FACCO, 2019).
Dentre as principais mudanças pode-se destacar:

 O aumento do débito urinário;


 Dilatação do sistema colector;
 Mudança para um pH da urina mais alcalino propício para o crescimento bacteriano; urina
mais farta em nutrientes; e
 Restrição dos antimicrobianos.

Com o aumento do débito urinário há a diminuição da eficácia renal em concentrar o líquido da


urina reduzindo assim a acção antibacteriana do líquido, liberando quantidades maiores de
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glicose e menores de potássio, proporcionando meio adequado para o crescimento bacteriano


(CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p45).

2.11. Vias de disseminação

De acordo com Correia et al. (2015), há três formas de um microrganismo atingir o trato urinário
e causar uma infecção subsequente. A primeira possibilidade é:
 Por via ascendente é a mais comum, ocorre em 95% dos casos, as bactérias conseguem
atingir o trato urinário através da uretra, bexiga e ascender até os rins.
 Essa, é a principal forma que causa a infecção urinária em mulheres devido a menor
distância da uretra, possibilitando a ascensão bacteriana.
 As bactérias são provenientes do intestino grosso causando a infecção por um processo
de adesão para invadir e causar resposta inflamatória no hospedeiro.
 A segunda possibilidade é por via hidatogénica ou descendente: ocorre com menor
frequência com ocorrência de 5% dos casos, devido a acentuada vascularização dos rins,
acomete, em geral, indivíduos imunocomprometidos. E
 A terceira possibilidade apesar de ser rara o caso do género é por via linfática. Nessa via,
os microrganismos atingem os rins pela rede linfática entre os ureteres e os rins ou do
intestino e rins.

2.12. Classificação da ITU


De acordo com Carvalhães e Andrade, (2017, p14), as ITUs são classificadas:
2.12.1. Quanto à localização
Consoante o local anatómico a atingir, as infecções recebem nomes diferentes, sendo assim :
 As baixas que ocorrem quando há colonização de microrganismo na uretra, na bexiga;
 As altas quando o microrganismo coloniza os rins e os ureteres.
2.12.2. Quanto ao tipo
Quanto ao tipo as ITUs classificam-se em:
 Uretrite: corresponde a inflamação da mucosa da uretra, é uma doença de origem
infecciosa provocada por microrganismo.
 Cistite: Na cistite ocorre a inflamação e irritação da mucosa interna da bexiga, devido à
aderência e a acção tóxica causada pelo uropatógeno, tratando-se de uma doença muito
comum nas mulheres (FREITAS, 2011).
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 Pielonefrite: é um processo inflamatório de origem infecciosa situado nos rins como já


foi referido acima, quando não é devidamente tratada pode evoluir negativamente e
provocar insuficiência renal.

2.12.3. Quanto à gravidade

Segundo Correia et al., (2015, p34) e Carvalhães e Andrade, (2017, p16), podem ser classificadas
como infecções complicadas e não complicadas.
 As infecções urinárias tornam-se complicadas quando causam nos pacientes: Insuficiência
renal, imunodepressão; obstruções nas vias urinárias.
 Na infecção do trato urinário não complicada, é quando agridem um sistema urinário
preliminarmente normal no paciente com as seguintes características: Ausências de
alterações anatómicas do trato urinário, ausência de alterações funcionais do trato
urinário, ausência de alterações da imunidade.

2.13. Sinais e sintomas das ITUs


Para Lima (2005 apud VIEIRA; JULIANNA, 2018), Os sinais e sintomas desta patologia podem
ser agrupados, em entidades clínicas diferentes, geralmente indivíduos com cistite e pielonefrite
apresentam:
No geral os sintomas são:
 Dor no rim;
 Calafrios e febre alta;
 náusea ou vómitos;
 Desidratação e mal-estar;
 disúria (dor e ardor à micção);
 Polaciúria (frequência e urgência miccional);
 Ardência ao urinar;
 Urina escura e com forte odor;
 Dor na região da bexiga.
 hematúria macroscópica e urina de odor desagradável.

Normalmente a cistite durante a gravidez cursa sem febre e sem comprometimento do estado
geral da paciente. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p29).
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2.14. Complicações para a mãe e para o filho

A ITU na gestação tem sido uma das preocupações para os agentes da saúde pois quando
assintomática pode passar despercebida e levar à complicações tanto para a mãe como para o
filho. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p23).

Para a mãe no caso da pielonefrite, pode também evoluir para complicações maternas como:

 Obstrução urinária, trabalho de parto pré-maturo (PPM), risco de aborto no início da


gestação, choque séptico, até mesmo falência renal.
 Outra complicação materna é a Rotura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO),
caracterizada pelo rompimento espontâneo da membrana antes do começo do trabalho
de parto. Onde, cerca de 1/3 dos casos, contribui para o crescimento da mortalidade
perinatal.

Para o bebê os eventos que possam elevar o risco de provocar complicações perinatais são:
 Baixo peso no recém-nascido (RN), restrição de crescimento intra - uterino, paralisia
cerebral ou retardo mental na infância e óbito perinatal, Hipóxia ao nascer, desconforto
respiratório ( MARINHO; TAVARES, 2012)..

2.15. Diagnóstico laboratorial da ITU


O diagnóstico baseia-se na análise clínica da gestante e dados laboratoriais que devem ser
realizados adequadamente, para excluir resultados falsos positivos (MARINHO; TAVARES,
2012; VIEIRA; JULIANNA, 2018).
Uma vez identificada uma urocultura positiva na gravidez, é necessário tratá-la. A escolha do
antibiótico para tratamento deve ser feito a partir da sensibilidade da bactéria identificada e o
perfil de segurança do antibiótico. A duração ótima do tratamento é desconhecida, sendo indicado
regimes de 3 a 7 dias.

Normalmente o diagnostico consiste em anamnese, exame físico e urocultura, podem ser feitos
também exames complementares como: (MARINHO; TAVARES, 2012; VIEIRA; JULIANNA,
2018).

 Hemograma; serve para avaliar as células sanguíneas.


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 Hemocultura: duas ou mais amostras de sangue são coletada para pesquisar a presença de
quaisquer bactérias no sangue.
 Teste de Susceptibilidade a Antimicrobianos – TSA (Antibiograma): serve para
determinar o perfíl de sencibilideda e resistência de bacterias aos antibioticos.
 Exame de urina: serve para indentificar alterações no sistema urinário e renal devendo ser
feito através da análise da primeira urina do dia.
 Exsudado vaginal: serve para analizar secressões vaginal.

Exames de Imagem

 Ultrassonografia: é um exame feito para dectetar os sons e as extruturas da bexiga e dos


rins.
 Uretrocistografia miccional: é um tipo de exame que serve para verificar a uretra e a
bexiga durante o seu esvaziamento dinâmico.
 Urografia excretora: serve para avaliar a extrutura e funcionamento do sistema urinário.

Em fim, o diagnóstico definitivo de infecção urinária é firmado por meio do crescimento de


microrganismos na urocultura, sendo esta considerada positiva (bacteúria significante) quando
apresenta uma contagem bacteriana superior a 100.000 unidades formadoras de colónias (UFC)
por mL de urina. (VIEIRA; JULIANNA, 2018,p12).

2.16. Tratamento da ITU na Gestação

Para Carvalhães e Andrade (2017), sintomas urinários são comuns, frequentes e inespecíficos.
Frequência e urgência podem ser achados fisiológicos durante a gestação, mesmo em mulheres
sem cistite ou bacteriúria comprovadas.

Segundo Vieira e Julianna (2018,p80), os antibióticos seleccionados para o combate da Infecção


urinária com baixo risco na gravidez, com o intuito de eliminar o agente causador da infecção,
aliviar sintomas, prevenir possíveis lesões e diminuir o quadro infeccioso na gestação sem criar
riscos de toxicidade ao feto são os seguintes:
 As cefalosporinas, por apresentarem menos toxicidade;
 efalexina, normalmente é usada em casos de IU complicada e recorrente (500 mg VO de
6/6 h por 7 dias); e
 o ácido clavulânico, que possui espectro de acção sobre Gram negativas e Gram positiva.
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 Um outro medicamento também recomendado é a nitrofurantoína antibacteriano usado no


tratamento de IU nos dois primeiros trimestres do período gestacional contra-indicado no
último trimestre da gestação.

Se o tratamento feito não se mostrar eficaz, recomenda-se que seja feito o exame ultra-sonografia
para se verificar a possibilidade de nefrolitíase ou outra anomalia estrutural (VIEIRA;
JULIANNA, 2018; OMS, 2021).

Já durante a gestação, o tratamento dos sintomas da cistite não deve ser empírico. Isso porque
deve - se evitar a exposição fetal à um antibiótico (mesmo que reconhecidamente seguro); o
tratamento de pacientes baseado em diagnósticos incorretos acaba gerando diagnósticos de ITU
de repetição, que não são verdadeiros.

2.17. Prevenção da ITU em gestantes

De acordo com OMS (2021), afirmam que nem sempre é possível evitar a ITU durante a
gravidez, porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados pela gestante para evitar
complicações no binómio mãe-bebé e garantir a sua saúde, eis os cuidados:

 Realizar as consultas pré-natais regularmente.


 Solicitar exame Parcial de Urina e Urocultura de três em três meses, para identificar a
bacteriúria na urina e outros sinais que ajudam a fazer o diagnóstico.
 Beber bastante líquido, de preferência água;
 não segurar a urina por muito tempo, especialmente após as relações sexuais;
 fazer a limpeza da região íntima passando o papel higiénico sempre de frente para trás;
 utilizar preferencialmente roupas íntimas em tecido de algodão, engomar antes de utiliza-
las e colocar expostas ao sol sempre que forem lavadas, tomar rigorosamente, os
antibióticos receitados pelo médico, quando for o caso.

3. METODOLOGIA
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3.1. Tipo de estudo

Foi realizado um estudo observacional, descritivo e transversal com abordagem quantitativa.

3.2. Local de Estudo

O nosso estudo foi realizado no Centro de Referência viana II localizado no Município de Viana
(Luanda Sul), provincial Luanda.

3.3. População em estudo

A nossa populaçào em estudo foi constituída pelas gestantes ambulatórias atendidas no Centro de
referência Viana II.

3.4. Amostra em estudo

Foi constituida por 45 gestantes retirada de forma aliatoria.

3.5. Critérios de inclusão

Foram incluídos no nosso estudo as gestante com idades compreendidas dos 15 – 35 anos e
aqueles que estiveram presentes no dia da recolha, bem como aqueles que de forma voluntária
que se predispuseram a participar do estudo preenchendo assim o inquérito para a recolha de
dados.

3.6. Critérios de exclusão

Foram excluídos no nosso estuda as gestantes com idades inferoir a 15 e superior 35 anos e
aqueles que preencheram os inquéritos de forma incorreta..

3.7. Procedimentos Éticos

Após a aceitação foi dirigido uma carta com o projecto tecnológico anexado, direcionado ao
exmo senhor direitor do centro Viana para a recolha de dados. Primeiramente sensibilizamos a
população no que concerne aos objetivos do estudo e em seguida entregamos o consentimento
livre e esclarecido dos sujeitos da pesquisa que asseguram a confiabilidade e a utilização das
informações dos participantes sem prejuízo dos mesmos.

3.8. Processamentos e Análise de Dados


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Os dados foram analisados através de uma calculadora Casio e do aplicativo. O texto foi
informatizado no programa Microsoft Office Word 2010, e os dados resultantes da pesquisa serão
apresentados sobre forma de tabelas, no Microsoft Power point

3.9. Variáveis de estudo

3.9.1. Variáveis sociodemográficas: Idade, estado civil e Nivel de escolaridade.


3.9.2. Variáveis em estudo: Periodo de gestação, Diagnóstico laboratorial e relação dos resultados
positivo com o periodo gestacional.

4. APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


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Faixa etaria Fr %

15 – 20 15 33

21 – 25 11 25

26 – 30 9 20

31- 35 10 22

Total 45 100

Tabela n° 1– Distribuição das amostras de acordo a faixa etária das gestantes

Fonte: Ficha de inquerito

Interpretação: De acordo com os dados da tabela n° 1, quanto a idade observou – se maior


frequência nas mulheres gestantes dos 15 – 20 com uma fr= 15 (33%), e a menor frequência foi
nas mulheres gestantes dos 26 – 30 com uma fr= 9 (20%).

Tabela n° 2 – Distribuição das amostras de acordo ao nivel de escolaridade das gestantes


Nível de escolaridade Fr %

Básico 24 53

Médio 16 36
27

Superior 5 11
Estado civil
Total 45 Fr 100%

Solteira 39 87

Casada 6 13

Total 45 100

Fonte: Ficha de inquerito.

Interpretação: De acordo com os dados da tabela n° 2, quanto ao nível de escolaridade observou


– se maioria da mulheres gestantes frequentam o ensino básico com uma fr=24 (53 %), e a
menoria das mulheres gestantes frequentam o ensino superior com uma fr=5 (11%).

Tabela n° 3 – Distribuição das amostras de acordo ao estado civil.


Fonte: Ficha de inquerito.
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Interpretação: De acordo com os dados da tabela n°3, Quanto ao estado civil observou – se que
a maioria das mulheres gestantes são solteira com uma fr=39 (87%), e a menoria das mulheres
gestantes são casada com uma fr= 6 (13%).

Tabela n° 4 – Distribuição das amostras de acordo ao periodo de gestação.


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Fonte: Ficha de inquerito.

Periodo de gestação Fr %

1° Periodo 25 57

2° Periodo 15 33

3° Periodo 5 11

Total 45 100

Interpretação: De acordo com os dados da tabela n°4, Quanto ao periodo de gestação observou
– se que a maioria das mulheres gestantes tinham o 1° Periodo de gestação com uma fr=25 (55.6
%), e a menoria das mulheres gestantes tinham o 3° Periodo de gestação com uma fr=5 (11.1%).

Tabela n° 5 – Distribuição das amostras de acordo ao Exame laboratorial


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Exame Laboratorial Fr %

Positivo 19 42

Negativo 26 58

Total 45 100

Fonte: Resultado Obtido no Laboratório do Instituto Médio Politécnico Acácias Rubras-IMPAR

Interpretação: De acordo com os dados da tabela n° 5, Quanto ao Exame Laboratorial observou


– se maior frequência nos resultados negativo fr=26 (58 %), e a menor frequência foi nos
resultados negativos com uma fr=19 (42%).

Tabela n° 6 – Distribuição das amostras de acordo os resultados positivos em relação o periodo


de gestação.
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Periodo gestacional Fr %

I° trimestre 8 42

II° trimestre 4 21

III° trimestre 7 37

Total 19 100

Fonte: Resultado Obtido no Laboratório do Instituto Médio Politécnico Acácias Rubras-IMPAR

Interpretação: De acordo com os dados da tabela n°6, Quanto ao periodo de gestação observou
– se que a maioria das mulheres gestantes tinham o 1° Periodo de gestação com uma fr=8 (42%),
e a menoria das mulheres gestantes tinham o 2° Periodo de gestação com uma fr=4 (21%).

CONCLUSÕES
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Dado os estudos realizados concluímos que a infecção urinaria em mulheres gestantes de acordo
com as variáveis em estudo concluímos que:

Quanto a idade 33% das gestantes estão na faixa etaria dos dos 15 – 20 anos de idades.

Em relação ao nível de escolaridade 53% tem o nivel Basico.

De acordo ao estado civil 87% são solteiras.

Quanto ao periodo de gestação 55,6 % estavam no Iº trimestre.

Quanto ao Exame Laboratoriais 58 % foram negativo.

Em quanto a relação dos resultados positivos com o periodo de gestação 42% estavam no Iº
trimestre.

Sendo assim o número de gestantes com ITU atendidas no centro de referência Viana II Luanda
sul com as idades compreendidas entre os 15-35 anos em Abril de 2023 foi de 42%.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Os resultados obtidos demonstram a necessidade da Administração de Saúde de Viana em tomar


medidas que ajudem a erradicar a Infecção Urinária em gestantes no centro de referência Viana II
Luanda sul, Para tal deixamos as seguintes sugestões:

Ao centro de referência Viana II Luanda sul :

 Dar palestras nas mulheres atendidas no centro a respeito da infecção do trato urinário e
informar sobre as medidas de prevenção.

 Construção de Casas de banhos, latrinas e esgotos.

 Implementação de saneamento básico.

 Implementar programas de educação para saúde a nível de todo o bairro, no sentido de


orientar, informar e comunicar a comunidade sobre a transmissão da doença.

 Distribuição de meios para o tratamento de água.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. CAMILA FACCO. Presença de E.coli em ITUe o seu perfíl de resistência aos


antimicrobiano. 3ed: ARIQUEMES-RO. 2019.
2. CARVALHÃES, J.T.A.; ANDRADE, M.C. Infecção urinária na Gravidez. Atualização
Terapêutica. São Paulo: Artes Médicas, 2017.
3. CORRÊA, L.A.; CANALINI, A.F.; MATHEUS, W.E. Etiologia das infecções do trato
urinário em gestantes. Int Braz J Urol, v. 7, 2013.
4. CORREIA, C.; COSTA, E.; PERES, A.; ALVES, M.; POMBO, G.; ESTEVINHO, L.M.
Etiologia das Infecções do Trato urinário e sua Susceptibilidade aos Antimicrobianos. Acta
Med. Port. v. 2. 2015.
5. FREITAS, Manuel. Identificadas de Cistites em Mulheres na Comunidade. Acta Urológica, v.
3 2011.
6. JUNIOR, Arlindo Schiesari: Infecção do trato urinário, médico infeciologista, curso de
medicina-faculdade integradas padre Albino-Catandula-SP. 2014.
7. MARINHO, L.A.C.; TAVARES, W. Infecção Urinária. Rotinas de diagnósticos e tratamento
de doenças Infecciosas e parasitárias. São Paulo: Atheneu, 2012.
8. Organização Mundial da Saúde (OMS). Bactérias Uropatogênicas, 2021.
9. VIEIRA, Isadoura Sousa; JULIANNA, Almeida Pacheco: Diagnóstico e a prevenção e
controle das ITU nas grávidas. 2018.

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