Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
A infecção do trato urinário (ITU) é a infecção que afecta os órgãos do trato urinário, causada
principalmente por uma bactéria que invade e multiplica-se no sistema urinário denominado
Escherichia coli (E.coli). A infecção urinária, durante a gravidez é um problema muito frequente
devido as alterações fisiológicas da gravidez que favorecem a colonização do trato urinário e
afecta a qualidade da vida da mulher além de aumentar o risco da mobidade materna e fetal
(CAMILA FACCO, 2019).
Durante período de gestação a mulher deve solicitar exames de rotinas de urina e urocultura.
Com esses diagnósticos, favorece um tratamento seguro, por que em caso mais graves a mesma
poderá recorrer há mais exames e até a sua internação (FREITAS, 2011; CAMILA FACCO,
2019).
Durante a gravidez as infecções urinárias podem ser baixas (cistites) com poucos sintomas e
associado em primeiro lugar com o parto prematuro, ruptura prematura da membrana, e em
segundo em caso de infecção urinária alta (pielonefrite) existir um risco da infecção se não for
tratada poderá causar complicações graves como problemas nos rins (FREITAS, 2011;
CARVALHÃES; ANDRADE, 2017).
Até o final de 2021, a OMS, cerca de 30% das mulheres apresentaram infecção urinária e
sintomas recorrentes, em 2 a 7% das mulheres durante a gravidez, considerando a ITU como a
terceira patologia, mas comum do trato urinário na mulher, no primeiro trimestre da Gestação.
A gestação é um periódo de muitas mudanças na vida da mulher que vão muito além das
alterações físicas no organismo, afetando também o psicológico da futura mãe e o crescimento e
desenvolvimento do embrião, com a presença sintomas anormais. A ausência da menstruação
(amenorreia), náuseas, enjoos, alteração do apetite, aumento da frequência urinária, micção
ardente, urina turva ou com sangue, Cheiro forte na urina e etc, são sinais que podem parecer
semelhante a de uma mulher gestada.
Por isso, o diagnóstico prematuro da patologia evita complicações futuras e fornece melhores
oportunidades de tratamento da gestante. Daí a razão, das mulheres fazerem consultas de rotinas
em quanto grávida de modo a detectarem a infecção do trato urinário (ITU). As infecções do trato
urinário tem sido preocupamte para o país e sendo bastantemente constrangedora para grávida
que prospera em ter um parto seguro, saúde para ela e da futura criança.
1.2. Justificativa
Sendo a infecção urinária uma das patologias mais frequentes durante a gestação e que tem
causado diversas complicações como perda do feto e muitas das vezes levando a mãe à morte.
Dentro destas preocupações, como futuros técnicos (as) de diagósticos e terapeuticos, incentivou-
nos a abordar o referido tema, a fim de informar, comunicar e educar a população feminina sobre
a referida doença levando a canhecer distinção entre sintomas urinários e infecção do trato
urinário (sintomática ou assintomática).
Aprior o grupo procurou trazer abordagens científicas para aprofundar o tema, pois, temos a
missão de contribuir na redução da morbimortalidade através de acções educativas e preventivas,
trazendo a mulher que deve sempre preocurapar quaando estiver a se sentir mal e aprior em não
faltar às consultas pré-natais (CPN).
1.3. Objetivos
1.3.1. Objetivo geral
15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Diagnostico laboratorial:
Gestante: É um ser vivo humano ou animal que carrega um feto.
Infecção urinária: É considerada uma infecção urinária quando existe colonização, invasão e
propagação de agentes infecciosos no trato urinário que resulta na inflamação e consequente
disfunção em qualquer parte que compõe o mesmo aparelho (CORREIA et al, 2015, p22).
2.2. Perfil epidemiológico da infecção urinária
Os estudos epidemiológicos estimam que, anualmente 10% das mulheres são diagnosticadas com
cistite e 60% têm pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida.
O local mais comum de infecção do trato urinário na mulher é a bexiga, isto porque a mulher
apresenta maior proximidade da uretra com o ânus e o facto de a uretra ser mais curta (5cm) em
relação aos indivíduos do género masculino”. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017,p30).
Os rins estão localizados junto à parede posterior do abdómen, de cada lado da coluna vertebral,
eles possuem duas margens, uma côncava ou interna e outra convexa, ou externa; na parte interna
do rim, localiza-se o hilo onde os nervos, vasos linfáticos e sanguíneos entram e saem, e também
é por onde sai os uréteres que conectam os rins e a bexiga.
Os rins são divididos por três regiões que são: córtex, pelves e medula; cada rim contém
aproximadamente 1.200.000 nefrónios (CORREIA et al, 2015). “Os nefrónios são as unidades
funcionais dos rins” figura nº1 abaixo.
Existem muitos factores que interferem na infecção urinária em gestantes, tal como referem
(CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p41):
A urina torna-se mais farta em nutrientes, o que propicia um meio de cultura mais rico,
facilitando o crescimento das bactérias.
Ocorrem mudanças anatómicas como a dilatação do sistema colector e o aumento do
débito urinário.
A soma desses factores junto à redução do tónus vesical favorece a estase urinária e o
refluxo vesico ureteral”.
18
Quanto mais nutrientes a urina tiver no período gestacional, maior serão o desenvolvimento de
bactérias. Mas também, existem outros factores como as mudanças anatómicas acima referidas
(CORREIA et al, 2015).
Conforme Corrêa, Canalini e Matheus (2013), a etiologia das ITU é na maioria das vezes, de
origem bacteriana e essas infecções são geralmente adquiridas por via ascendente, da uretra para
a bexiga.
Ocasionalmente as bactérias que infectam o trato urinário podem atingir a corrente sanguínea e
causar septicemia. Os agentes etiológicos envolvidos nas infecções urinárias são descritos por
ordem de frequência. (CORRÊA; CANALINI; MATHEUS, 2013; CARVALHÃES;
ANDRADE, 2017, p55).
2.7. Vulnerabilidade
No período gestacional ocorre uma série de alterações nas mulheres, tanto emocionais quanto
fisiológicas, essas alterações tornam as grávidas vulneráveis as ITUs (CAMILA FACCO, 2019).
Dentre as principais mudanças pode-se destacar:
De acordo com Correia et al. (2015), há três formas de um microrganismo atingir o trato urinário
e causar uma infecção subsequente. A primeira possibilidade é:
Por via ascendente é a mais comum, ocorre em 95% dos casos, as bactérias conseguem
atingir o trato urinário através da uretra, bexiga e ascender até os rins.
Essa, é a principal forma que causa a infecção urinária em mulheres devido a menor
distância da uretra, possibilitando a ascensão bacteriana.
As bactérias são provenientes do intestino grosso causando a infecção por um processo
de adesão para invadir e causar resposta inflamatória no hospedeiro.
A segunda possibilidade é por via hidatogénica ou descendente: ocorre com menor
frequência com ocorrência de 5% dos casos, devido a acentuada vascularização dos rins,
acomete, em geral, indivíduos imunocomprometidos. E
A terceira possibilidade apesar de ser rara o caso do género é por via linfática. Nessa via,
os microrganismos atingem os rins pela rede linfática entre os ureteres e os rins ou do
intestino e rins.
Segundo Correia et al., (2015, p34) e Carvalhães e Andrade, (2017, p16), podem ser classificadas
como infecções complicadas e não complicadas.
As infecções urinárias tornam-se complicadas quando causam nos pacientes: Insuficiência
renal, imunodepressão; obstruções nas vias urinárias.
Na infecção do trato urinário não complicada, é quando agridem um sistema urinário
preliminarmente normal no paciente com as seguintes características: Ausências de
alterações anatómicas do trato urinário, ausência de alterações funcionais do trato
urinário, ausência de alterações da imunidade.
Normalmente a cistite durante a gravidez cursa sem febre e sem comprometimento do estado
geral da paciente. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p29).
21
A ITU na gestação tem sido uma das preocupações para os agentes da saúde pois quando
assintomática pode passar despercebida e levar à complicações tanto para a mãe como para o
filho. (CARVALHÃES; ANDRADE, 2017, p23).
Para a mãe no caso da pielonefrite, pode também evoluir para complicações maternas como:
Para o bebê os eventos que possam elevar o risco de provocar complicações perinatais são:
Baixo peso no recém-nascido (RN), restrição de crescimento intra - uterino, paralisia
cerebral ou retardo mental na infância e óbito perinatal, Hipóxia ao nascer, desconforto
respiratório ( MARINHO; TAVARES, 2012)..
Normalmente o diagnostico consiste em anamnese, exame físico e urocultura, podem ser feitos
também exames complementares como: (MARINHO; TAVARES, 2012; VIEIRA; JULIANNA,
2018).
Hemocultura: duas ou mais amostras de sangue são coletada para pesquisar a presença de
quaisquer bactérias no sangue.
Teste de Susceptibilidade a Antimicrobianos – TSA (Antibiograma): serve para
determinar o perfíl de sencibilideda e resistência de bacterias aos antibioticos.
Exame de urina: serve para indentificar alterações no sistema urinário e renal devendo ser
feito através da análise da primeira urina do dia.
Exsudado vaginal: serve para analizar secressões vaginal.
Exames de Imagem
Para Carvalhães e Andrade (2017), sintomas urinários são comuns, frequentes e inespecíficos.
Frequência e urgência podem ser achados fisiológicos durante a gestação, mesmo em mulheres
sem cistite ou bacteriúria comprovadas.
Se o tratamento feito não se mostrar eficaz, recomenda-se que seja feito o exame ultra-sonografia
para se verificar a possibilidade de nefrolitíase ou outra anomalia estrutural (VIEIRA;
JULIANNA, 2018; OMS, 2021).
Já durante a gestação, o tratamento dos sintomas da cistite não deve ser empírico. Isso porque
deve - se evitar a exposição fetal à um antibiótico (mesmo que reconhecidamente seguro); o
tratamento de pacientes baseado em diagnósticos incorretos acaba gerando diagnósticos de ITU
de repetição, que não são verdadeiros.
De acordo com OMS (2021), afirmam que nem sempre é possível evitar a ITU durante a
gravidez, porém, existem alguns cuidados que devem ser tomados pela gestante para evitar
complicações no binómio mãe-bebé e garantir a sua saúde, eis os cuidados:
3. METODOLOGIA
24
O nosso estudo foi realizado no Centro de Referência viana II localizado no Município de Viana
(Luanda Sul), provincial Luanda.
A nossa populaçào em estudo foi constituída pelas gestantes ambulatórias atendidas no Centro de
referência Viana II.
Foram incluídos no nosso estudo as gestante com idades compreendidas dos 15 – 35 anos e
aqueles que estiveram presentes no dia da recolha, bem como aqueles que de forma voluntária
que se predispuseram a participar do estudo preenchendo assim o inquérito para a recolha de
dados.
Foram excluídos no nosso estuda as gestantes com idades inferoir a 15 e superior 35 anos e
aqueles que preencheram os inquéritos de forma incorreta..
Após a aceitação foi dirigido uma carta com o projecto tecnológico anexado, direcionado ao
exmo senhor direitor do centro Viana para a recolha de dados. Primeiramente sensibilizamos a
população no que concerne aos objetivos do estudo e em seguida entregamos o consentimento
livre e esclarecido dos sujeitos da pesquisa que asseguram a confiabilidade e a utilização das
informações dos participantes sem prejuízo dos mesmos.
Os dados foram analisados através de uma calculadora Casio e do aplicativo. O texto foi
informatizado no programa Microsoft Office Word 2010, e os dados resultantes da pesquisa serão
apresentados sobre forma de tabelas, no Microsoft Power point
Faixa etaria Fr %
15 – 20 15 33
21 – 25 11 25
26 – 30 9 20
31- 35 10 22
Total 45 100
Básico 24 53
Médio 16 36
27
Superior 5 11
Estado civil
Total 45 Fr 100%
Solteira 39 87
Casada 6 13
Total 45 100
Interpretação: De acordo com os dados da tabela n°3, Quanto ao estado civil observou – se que
a maioria das mulheres gestantes são solteira com uma fr=39 (87%), e a menoria das mulheres
gestantes são casada com uma fr= 6 (13%).
Periodo de gestação Fr %
1° Periodo 25 57
2° Periodo 15 33
3° Periodo 5 11
Total 45 100
Interpretação: De acordo com os dados da tabela n°4, Quanto ao periodo de gestação observou
– se que a maioria das mulheres gestantes tinham o 1° Periodo de gestação com uma fr=25 (55.6
%), e a menoria das mulheres gestantes tinham o 3° Periodo de gestação com uma fr=5 (11.1%).
Exame Laboratorial Fr %
Positivo 19 42
Negativo 26 58
Total 45 100
Periodo gestacional Fr %
I° trimestre 8 42
II° trimestre 4 21
III° trimestre 7 37
Total 19 100
Interpretação: De acordo com os dados da tabela n°6, Quanto ao periodo de gestação observou
– se que a maioria das mulheres gestantes tinham o 1° Periodo de gestação com uma fr=8 (42%),
e a menoria das mulheres gestantes tinham o 2° Periodo de gestação com uma fr=4 (21%).
CONCLUSÕES
32
Dado os estudos realizados concluímos que a infecção urinaria em mulheres gestantes de acordo
com as variáveis em estudo concluímos que:
Quanto a idade 33% das gestantes estão na faixa etaria dos dos 15 – 20 anos de idades.
Em quanto a relação dos resultados positivos com o periodo de gestação 42% estavam no Iº
trimestre.
Sendo assim o número de gestantes com ITU atendidas no centro de referência Viana II Luanda
sul com as idades compreendidas entre os 15-35 anos em Abril de 2023 foi de 42%.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
33
Dar palestras nas mulheres atendidas no centro a respeito da infecção do trato urinário e
informar sobre as medidas de prevenção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34