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CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CLEIMARA
ERICA
EVERALDA
OTAIR
ADATY GABRIEL

MANACAPURU – AM
ABRIL DE 2023
CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Relatório de Estágio de Campo do Curso


Técnico em Enfermagem, turma
_______________, turno: noturno,
ministrado pela professora Joelma Conde.

CLEIMARA
ERICA
EVERALDA
OTAIR
ADATY GABRIEL

MANACAPURU-AM
ABRIL DE 2023
Sumário
1. CISTO NO OVÁRIO ..........................................................................................................4
1.1. Conceito .....................................................................................................................4
1.1.1. Cisto Funcional Folicular...................................................................................4
1.1.2. Cisto Funcional de Corpo-Lúteo ......................................................................4
1.1.3. Endometrioma ......................................................................................................5
1.1.4. Cisto Dermóide.....................................................................................................5
1.1.5. Cistoadenoma ......................................................................................................5
1.2. Etiologia .....................................................................................................................5
1.3. Sinais e Sintomas ....................................................................................................5
1.4. Assistência da Enfermagem .................................................................................6
REFERÊNCIAS .........................................................................................................................8
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1. CISTO NO OVÁRIO
1.1. Conceito
Um cisto é definido como uma bolha de líquido envolta por uma membrana
fina. Podem se formar em diversas partes do corpo. Quando presentes nos
ovários, os mais frequentes são os cistos funcionais, que ocorrem durante o ciclo
menstrual normal. Eles podem ser divididos, ainda, em dois grupos, de acordo
com a fase do ciclo: os foliculares e os de corpo-lúteo.
São benignos na grande maioria dos casos, mas, em raras ocasiões, tumores
malignos podem se apresentar como cistos. Por isso a importância de se realizar
uma boa investigação em caso de suspeita.
Os cistos mais frequentes que aparecem nos ovários são os chamados
funcionais, que são fisiológicos, benignos e não trazem problemas à saúde da
mulher. Eles ainda podem ser subdivididos em 2 grupos: funcional folicular e
funcional de corpo lúteo, de acordo com a fase do ciclo menstrual. Geralmente,
esse tipo de cisto (funcional) desaparece espontaneamente após dois ou três
meses.
Ainda existem outros tipos menos comuns, como o endometrioma, o cisto
dermoide e o cisto adenoma.
1.1.1. Cisto Funcional Folicular
São aqueles folículos que não se rompem durante o ciclo e não expelem
o óvulo do seu interior, gerando o cisto funcional folicular. Em geral, trata-se de
um cisto assintomático, que é diagnosticado durante um ultrassom de rotina. Em
geral desaparece espontaneamente, não sendo motivo de preocupação.
1.1.2. Cisto Funcional de Corpo-Lúteo
Quando o folículo se rompe e libera o óvulo, ele se torna o corpo lúteo,
que é responsável por produzir os hormônios cuja função é preparar o
endométrio para a gravidez. Se isso não acontecer, o corpo lúteo regride de
tamanho até desaparecer. Nas situações que ele não involui, são formados os
cistos funcionais de corpo lúteo. Ele tem diagnóstico e prognóstico semelhantes
ao cisto folicular e também desparecem espontaneamente. Muito raramente
podem provocar dor pré-menstrual devido à presença do sangue na cavidade
peritoneal.
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1.1.3. Endometrioma
Algumas pacientes podem ter endometriose na superfície dos ovários de
volume aumentado. O líquido dentro destes é escuro e contém tecido
endometrial denso.
Os endometriomas provocam dor e, caso se rompam, podem causar dor
aguda e intensa.
1.1.4. Cisto Dermóide
Também chamado de teratoma, trata-se de uma neoplasia benigna de
células germinativas. Esse tecido germinativo que forma o tumor dá origem a
diversas partes do corpo, como pele, dentes ou cabelo, por exemplo.
Tem crescimento lento e, na maioria das vezes, mede entre 5 e 10 cm de
diâmetro. O tratamento recomendado é o cirúrgico.
1.1.5. Cistoadenoma
Esse é um tipo de tumor benigno que se forma a partir do tecido que reveste
os ovários. Ao contrário dos outros tipos, ele não regride sozinho, sendo
necessário uma aspiração com agulha ou tratamento cirúrgico.
1.2. Etiologia
Alguns fatores de risco já são conhecidos para predispor a formação de
cistos no ovário. Entre eles está o histórico familiar e o uso de medicamentos
para estimular a ovulação. O tipo mais comum é o funcional, que está
relacionado ao ciclo menstrual da mulher.
Em um ciclo em que houve o crescimento do folículo, porém não sua rotura
(anovulação), ele continua a crescer até atingir um tamanho maior do que o
habitual e pode ficar dessa forma por alguns ciclos. Esse fenômeno pode ocorrer
naturalmente até 3 vezes ao ano.
Como nesses ciclos não ocorre ovulação, não existe chance de gravidez.
Entretanto, algo muito importante é que a presença de cistos foliculares não
impede o crescimento de um novo folículo no ciclo seguinte e nem a ovulação.
Isso pode acontecer com maior frequência em ciclos estimulados. Eles são
fisiológicos, ou seja, não representam uma doença e devem ser acompanhados
pelo ginecologista até seu desaparecimento.
1.3. Sinais e Sintomas
Em geral, os cistos ovarianos são assintomáticos. Ou seja, não
apresentam nenhuma manifestação. Nesse caso, não é necessário um
tratamento específico, uma vez que tendem a desaparecer espontaneamente.
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Contudo, em alguns casos, sintomas podem aparecer, especialmente nos


cistos que não são fisiológicos (patológicos).
• crescimento e compressão de órgãos abdominais e pélvicos: pode haver
dor, devido à compressão de estruturas próximas que têm inervação,
sensação de peso na pelve e/ou abdominal, causando desconforto,
aumento do volume abdominal, enjoos e até mesmo vômitos;
• ruptura do cisto: causa uma dor súbita e intensa em apenas um dos lados
da pelve da mulher — a ruptura geralmente ocorre durante um esforço
físico ou ato sexual — e raramente causa hemorragias graves, uma
situação que merece atendimento de urgência, levando a palidez, queda
da pressão, tonturas e mal-estar súbito;
• torção do cisto: ocorre quando o cisto, ovário ou tuba giram em torno de
seu próprio eixo, torcendo a irrigação sanguínea para essas
estruturas, com isso, ocorre um quadro de isquemia, ou seja, falta de fluxo
sanguíneo — os sintomas são bem semelhantes aos de ruptura do cisto,
e deve ser feita uma investigação de urgência para um tratamento
imediato.
Além desses sintomas, a mulher ainda pode apresentar:
• atrasos menstruais;
• sangramentos vaginais fora do período menstrual (escapes);
• sensibilidade nas mamas;
• dores pélvicas do lado onde o cisto se encontra;
• dores pélvicas moderadas a fortes durante a ovulação;
• dores durante as relações sexuais;
• inchaço abdominal;
• dor ao evacuar;
• dificuldade para engravidar naturalmente.
Embora trate-se de uma situação muito rara em ginecologia, tanto o
rompimento quanto a torção do cisto devem ser consideradas e acompanhadas,
principalmente se a mulher apresenta cistos maiores de 8 cm, pois eles têm mais
chances de se romperem ou torcerem.
1.4. Assistência da Enfermagem
No que se refere aos cuidados de enfermagem diversas prescrições
podem ser implantadas para a mulher com cisto funcional ovariano. Ao passo
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que a conduta expectante constitui o tratamento, a mulher é aconselhada a


manter as consultas para exames pélvicos, afim de monitorar as alterações no
tamanho do cisto. As intervenções farmacológicas, como analgésicos podem ser
prescritos para tratamento da dor. Os contraceptivos orais podem ser prescritos
durante vários meses para suprir a ovulação para os cistos funcionais. Os cistos
grandes (maiores que 8 cm) podem ser removidos por meios cirúrgicos
(cistectomia). Os cistos de teca-luteína são controlados de maneira
conservadora ou por remoção da mola hidatiforme.
O cuidado da enfermagem focaliza-se na educação da mulher em relação
as opções de tratamento, no controle da dor com analgésicos ou medidas de
conforto, como calor sobre o abdome ou técnicas de relaxamento. Quando a
cirurgia é efetuada a enfermeira fornece os cuidados pré e pósoperatórios. O
preparo para a alta inclui os sinais de infecção, os cuidados pós-operatórios da
incisão, aconselhamento. O tratamento para a Síndrome do Ovário Policístico
(SOP) depende de quais sintomas são de preocupação máxima para a mulher.
As modificações do estilo de vida e o tratamento dos sintomas apresentados
como infertilidade, menstruação irregular e hirsutismo. Os contraceptivos orais
(COs) são o tratamento usual para menstruação irregulares, quando a gravidez
não é desejada, COs podem diminuir a acne em algum grau. Os análogos do
hormônio liberador de gonadotropina (GmRH) podem ser empregados para
tratar o hirsutismo quando os contraceptivos orais não melhoram esta condição.
Quando a gravidez é desejada, são fornecidos medicamentos indutores da
ovulação.
As enfermeiras podem fornecer informações e aconselhamento para as
mulheres com SOP, sobre a síndrome e seus efeitos de longo prazo sobre a
saúde da mulher. A pesquisa demonstrou que as mulheres reportam de angústia
psicológica, depressão, ansiedade e medos sociai. Elas podem precisar discutir
seus sentimentos sobre as manifestações físicas da SOP, como requer suporte
emocional, quando tem problemas de autoimagem relacionados aos sintomas.
Pode haver necessidade de ensinar sobre as modificações do estilo de vida
como exercício e dieta, orientar sobre os medicamentos que são prescritos.
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REFERÊNCIAS
Cistos no Ovário: quais as causas, sintomas e formas de tratamento?. ORIGEM.
Disponível em: <https://origen.com.br/cistos-no-ovario-quais-as-causas-
sintomas-e-formas-de-
tratamento/#:~:text=Um%20cisto%20é%20definido%20como,durante%20o%20
ciclo%20menstrual%20normal.>. Acesso em: 07 de abril de 2023.

Cisto de ovário. REDE D’OR. Disponível em:


<https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/cisto-de-ovario>. Acesso em: 07
de abril de 2023.

Dra. Núbia. Cisto de ovário é perigoso? Sintomas, tipos e tratamentos. VIVE


CLINICA DE IMAGENS MÉDICAS, 2020. Disponível em:
<https://clinicaviver.com/cisto-no-ovario-e-
perigoso/#:~:text=Os%20sintomas%2C%20quando%20ocorrem%2C%20são,e
voluem%20para%20câncer%20no%20ovário.>. Acesso em: 07 de abril de 2023.

Lowdermilk, D. L. et al. Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica, 10 ed. Rio


de Janeiro: Elsevier 2012, 1024p; il.; 28 cm, p 235-237.

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