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TÉCNICAS DE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM
CADELAS E EM GATAS E COMPLICAÇÕES DO USO
DO LACRE: REVISÃO DE LITERATURA
BELO HORIZONTE
2021
CECÍLIA SILVA DE OLIVEIRA
TÉCNICAS DE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM
CADELAS E EM GATAS E COMPLICAÇÕES DO USO
DO LACRE: REVISÃO DE LITERATURA
BELO HORIZONTE
2022
Sumário
1. Introdução......................................................................................................3
1.1 Objetivo.........................................................................................................3
1.2 Estatísticas de castração no Brasil..............................................................3
1.3 Benefícios da castração...............................................................................3
1.4 Campanhas de castração.............................................................................3
2. Revisão bibliográfica......................................................................................4
2.1 O que é a OSH?...........................................................................................4
2.2 As técnicas (local de acesso, material, instrumental cirúrgico)...................4
Quadro 1. Classificação das técnicas de OSH..................................................4
2.2.1 Técnicas de acesso abertas..................................................................... 4
2.2.1.1 Flanco - Lateral do abdômen.................................................................4
2.2.1.2 Linha mediana........................................................................................6
2.2.2 Técnica de acesso fechada (Videolaparoscopia).....................................7
2.2.3 Técnica de lacre........................................................................................8
3. Conclusão....................................................................................................11
4. Bibliografia...................................................................................................12
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1. Introdução
1.1 Objetivo
O presente trabalho de conclusão de curso de especialização em Clínica
Cirúrgica de Pequenos Animais, turma 07, pelo Instituto Qualittas de Belo
Horizonte/MG, tem por objetivo a revisão bibliográfica dos métodos de
ovariosalpingohisterectomia em cadelas, com foco na discussão de possíveis
complicações pós-cirúrgicas a curto e longo prazo quando utilizadas
abraçadeiras de náilon.
1.2 Estatísticas de castração no Brasil
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019
existiam no Brasil 33,7 milhões de domicílios com pelo menos um cachorro e
14,1 milhões de residências com pelo menos um gato.
Apesar de muitos desses animais serem devidamente cuidados por seus
tutores, com aplicação de vacinas, alimentação adequada e cuidados médicos,
de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que há
cerca de 30 milhões de animais abandonados nas ruas do Brasil. Essa
situação representa um problema de saúde pública, pois estes são suscetíveis
a contraírem doenças graves e de fácil proliferação como raiva, leptospirose,
leishmaniose, dentre outras (NASCIMENTO; MORISCO, 2017).
Assim, percebe-se que a solução mais viável e humanizada para
amenizar a superpopulação de animais de rua é através da castração cirúrgica.
O método apresenta-se como alternativa eficaz no controle populacional e
propicia a redução da natalidade sem agredir os direitos e bem-estar dos
animais (AMANKU; DIAS; FERREIRA, 2009).
1.3 Benefícios da castração
A castração em fêmeas pode trazer diversos benefícios à saúde do
animal. Nas cadelas, esse procedimento reduz consideravelmente o risco de
neoplasias de mama - 99% dos animais castrados antes do primeiro cio não
desenvolvem câncer de mama. Em gatas, reduz-se os riscos de tumores
mamários entre 40% e 60%. Aproximadamente 50% dos tumores mamários em
cadelas (TMC) são malignos. A maioria afeta esses animais com idades
compreendidas entre os 8 e os 10 anos, no entanto, podem surgir tumores
malignos com menos de 5 anos. Quando essas fêmeas são castradas, reduz-
se significativamente o risco de desenvolverem tumores de mama: castração
antes do 1º cio: risco de 0,05%; castração entre 1º e 2º cio: risco de 8%; e,
castração após 2º cio: risco de 26%. No entanto, quando a castração é
efetuada após o desenvolvimento de um tumor mamário não apresenta
benefícios, a não ser diminuir o risco de doenças do foro ginecológico
(QUEIROGA; LOPES, 2002).
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2. Revisão bibliográfica
2.1 O que é a OSH?
A Ovariosalpingohisterectomia (OSH) é o procedimento que restringe a
capacidade reprodutiva de fêmeas. Baseia-se em uma cirurgia que consiste na
retirada do útero, ovários e cornos uterinos (BALTHAZAR DA SILVEIRA et al.,
2013). Esse procedimento é realizado para controle populacional, prevenção e
tratamento de infecções uterinas hormônio-dependentes como a piometra
(acúmulo de pus dentro do útero), mucometra (acúmulo de líquido estéril no
interior do útero), hemometra (retenção de sangue dentro do útero) e a fim de
evitar tumores de mama (PRETZER, 2008).
A OSH feita pela linha mediana ventral ainda é a mais utilizada em gatas
e cadelas. O acesso geralmente é feito da cartilagem xifoide até o púbis
(FOSSUM, 2014).
Figura 2 – OSH feita pela linha mediana ventral (seta azul- cicatriz umbilical, seta amarela púbis)
3. Conclusão
Os experimentos citados neste trabalho demonstram que existe grande
probabilidade de complicações pós OSH causadas pela utilização da
abraçadeira. Essas ocorrências podem se apresentar em intervalos de dias a
anos.
4. Bibliografia