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CRIPTORQUIDISMO EQUINO
Itaperuna, RJ
2023.1
UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPUS V – ITAPERUNA, RJ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
MEDICINA VETERINÁRIA
CRIPTORQUIDISMO EQUINO
Itaperuna, RJ
2023.1
UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPUS V – ITAPERUNA, RJ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
MEDICINA VETERINÁRIA
Prof. ________________________________________________________
Bruno Fagundes – Orientador
Doutor em Ciência Animal (UENF, Brasil)
Prof. _________________________________________________________
Mário de Freita Itho
Mestrado em Ciência Animal (UENF, Brasil)
Prof. _________________________________________________________
Deivisson Ferreira Aguiar
Especialista em Diagnóstico e Cirurgia de Equinos (IBVET, Brasil)
Resultado:_________________________
Grau obtido:________________________
1
Graduando do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Iguaçu campus V em Itaperuna/RJ
(210017736@aluno.unig.edu.br).
2
Dr. Ciência Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
(0509048@professor.unig.edu.br).
4
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Contextualização do criptorquidismo equino
2.1.1 Fisiologia do descenso testicular
Boothe (1998) aponta que não existe uma preponderância por criptorquidismo
unilateral direito ou esquerdo, porém, é notório que, normalmente, as gônadas retidas
no antímero esquerdo são abdominais, enquanto as no antímero direito variam entre
inguinais e abdominais. Schumacher e Perkins (2010) estimam que cerca de 10 a 15%
dos criptorquídicos são afetados bilateralmente.
Em situações em que o testículo esquerdo é maior do que o direito existe a
tendência de que o direito desça primeiro para a bolsa escrotal. É possível ainda que
a diferença de tamanho seja notada no período neonatal, isso pode fazer com que o
testículo menor volte ao canal inguinal e assim se torne uma possível possível causa
para o criptorquidismo inguinal. A incidência da retenção inguinal diminui, enquanto a
da retenção abdominal aumenta, com o passar da idade (RODGERSON; HANSON,
1997).
2.1.2 Etiologia
cavalos, ao passo que para outras espécies se apresenta como uma característica
autossômica recessiva simples ligada ao sexo (SMITH, 1994).
Comumente, potros nascem apresentando dois testículos na bolsa escrotal,
porém, eventualmente isso pode não acontecer, fazendo com que os animais sejam
considerados criptorquídico abdominal ou inguinal, devido à localização anormal dos
testículos (THOMASSIAN, 1996).
Leipold et al. (1985), destacam que apesar de não se ter total transparência a
respeito da etiologia do criptorquidismo, existe um certo consenso de que se trata de
uma natureza hereditária.
2.1.3 Classificação
● Trans abdominal:
o Posição 1: embrionário (sem descendência da posição ancestral/embrionária);
o Posição 2: intermediária (parcialmente descido, posição intra-abdominal); e
o Posição 3: inguinal interno .
● Inguino-escrotal:
o Posição 4: emergente (alguma parte se projeta através do anel inguinal);
o Posição 5: além do anel inguinal, mas não dentro de uma bolsa escrotal
verdadeira); e
o Posição 6: escrotal (em uma bolsa escrotal verdadeira).
2.2 Diagnóstico
Tabela 1: Concentração séria médica de (mg/mL) antes de após a aplicação por via
intravenosa de 6.000 UI de hCG
PRÉ-hCG 30 MIN PÓS-Hcg 120 MIN PÓS-hCG
Garanhoes normais 621 ± 100 2.757 ± 439 2.553 ± 23
Criptorquida inguinal unilateral 650 ± 79 2.481 ± 522 2.733 ± 494
Criptorquida abdominal unilateral 550 ± 73 2.510 ± 398 2.948 ± 93
Criptorquida inguinal bilateral 477 ± 96 1.569 ± 413 -
Criptorquida abdominal bilateral 515 ± 53 73 ± 89 617 ± 122
Fonte: PAPA (2020).
2.3 Tratamento
(BOOTHE, 1998).
Diante disso, é indicado a intervenção cirúrgica para remoção dos testículos
abdominais e escrotais (SMITH, 1994). Antes do procedimento cirúrgico é
imprescindível a inspeção rigorosa da região escrotal, considerando que a localização
testicular ou a detecção de uma alça intestinal no canal inguinal ou saco escrotal
podem alterar completamente o procedimento anestésico e a técnica cirúrgica
escolhida (SEARLE et al.,1999).
Para o testículo retido se aconselha a orquiectomia, já que tumores são
comuns em animais criptorquídicos (HAFEZ; HAFEZ, 2004), onde a orquiectomia é
realizada pelas vias inguinal, pré-inguinal, pré-púbica, paramediana, paraprepucial,
pela fossa paralombar ou por cirurgia transendoscópica. Neste contexto é importante
destacar que diferente dos resultados obtidos na criptorquidia do homem em
tratamento sustentado em hormônios para incitar a descida dos testículos, para
equinos esse método não possui resultados consideráveis (THOMASSIAN, 2005).
Nesse contexto, hormona como hCG e GnRH apresentam resultados
controversos diferentes dos resultados obtidos em humanos. Esses tratamento são
realizados como esforços para estimular a produção testicular de androgénios,
objetivando compensar possíveis défices e induzir a descida testicular (LU 2005).
Depois de algumas semanas do nascimento do animal acontece a contração dos
anéis vaginais que torna fisicamente inviável que os testículos abdominais desçam.
Na situação de localização inguinal, a ação de terapia com hormonas exógenas ainda
não são conclusivas (BRENDEMUEHL, 2005).
Quando os garanhoes são classificados em criptorquidicos inguinais, quando o
testiculo e tocado pelo anel, pode-se utilizar a hormonoterapia. É comum que a terapia
seja feia com aplicação de hormono liberador de gonadotrofina GnRH ou hCG
associados a um miorrelaxante, como por exemplo, Acepromazina ou Xilazina. Em
alguns casos o tratamento propociona a descida de um ou ambos os testículos para
a bolsa escrotal, porém, o problema hereditário continua, pois o futuro garanhao
poderá transmitir as caracteristicas indesejaveis para as suas proximas geraçoes,
apesar de ainda não se ter comprovação cientifica da falha genetica. Devido a isso, é
fundamental que o médico veterinátio alerta ao proprietario a respeito do risco de
transmissao da alteração genetica para os descentdentes do animal (PAPA, 2020).
Em relação a produção de testosterona, Janett et al. (2009) propõem que a
vacinação contra a GnRH se trata de uma opção segura e eficaz para suprimir a
12
2.4 Profilaxia
3 CONCLUSÃO
4 REFERÊNCIAS
AUER, J. A.: Testis. In: AUER, J. A., STICK, J. A. Equine Surgery, 3. Ed, , St. Louis:
Saunders, 2006. p. 775-810. Disponível em:
<https://www.sciencedirect.com/book/9781416001232/equine-surgery/>. Acesso em
07 set. 2022.
BLANCHARD, T.L.et al. “Surgery of the Stallion Reproductive Tract” IN: Manual of
Equine Reproduction, 2. ed., Mosby, 2003. p. 93-218.
BOOTHE, H. Testículos e epididimos. In: SLATTER, D. Manual de cirurgia de
pequenos animais. São Paulo : Manole,. V.2, cap.97, 1998, p. 1581-1592.