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FACULDADE DE JAGUARIÚNA

CAMILA MAXIMIANO QUEIROZ

OSTEOSSARCOMA MAMÁRIO EM CADELA ASSOCIADO À


SOBREVIDA SUPERIOR A 500 DIAS
Relato de caso

Jaguariúna
2019
CAMILA MAXIMIANO QUEIROZ

OSTEOSSARCOMA MAMÁRIO EM CADELA ASSOCIADO À


SOBREVIDA SUPERIOR A 500 DIAS
Relato de caso

Trabalho de conclusão de curso de Pós-


graduação Lato sensu em Oncologia
Veterinária apresentado à Faculdade de
Jaguariúna.

Orientador: Prof. MSc. Rômulo Vitelli Rocha


Peixoto

Jaguariúna
2019
“Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho por qualquer meio
convencional ou eletrônico para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte”.

Faculdade de Jaguariúna
CAMILA MAXIMIANO QUEIROZ

OSTEOSSARCOMA MAMÁRIO EM CADELA ASSOCIADO


ÀSOBREVIDA SUPERIOR A 500 DIAS
Relato de caso

Exemplar correspondente a redação final da


Monografia, aprovada como requisito parcial para a
conclusão de curso em Oncologia de cães e gatos
pela Comissão Julgadora, na Faculdade
Jaguariúna, de Jaguariúna.

Data da aprovação 23/11/2018

Orientador: Prof. MSc. Rômulo Vitelli Rocha Peixoto

Componente da banca: MSc. Denner Santos dos Anjos

Componente da banca: MSc. Lívia Fagundes Moraes

Jaguariúna
2018
QUEIROZ, Camila Maximiano. Osteossarcoma mamário em cadela associado a
sobrevida superior a 500 dias – Relato de caso. Jaguariúna, 2019. Trabalho de
conclusão de curso (pós-graduação) – Faculdade Jaguariúna, Jaguariúna, 2019.

RESUMO

A neoplasia mamária é o tipo neoplásico mais comum em cadelas e


apresenta diversas variáveis histológicas. Na grande maioria se apresentam de forma
maligna, em animais adultos a idosos, não castrados, e seu diagnóstico clinico é
realizado ao exame físico no momento da consulta. O prognostico é variável, a
depender do tipo histológico e considerações do estadiamento tumoral. O tratamento
mais indicado é a cirurgia, mas alguns casos pode-se ter indicação de associação
com quimioterapia antineoplásica. Osteossarcoma (OSA) mamário tem baixa
ocorrência, mas características de agressividade e infiltração semelhantes ao OSA
apendicular. O seguinte trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma cadela com
OSA mamário a qual desenvolveu metástase a distância e mesmo com tratamento
tardio conseguiu sobrevida superior a 500 dias. A paciente foi submetida a
mastectomia radical unilateral e ovariohisterectomia e após laudo histopatológico foi
sugerido quimioterapia, mas esta não foi realizada por opção dos tutores. Paciente
desenvolveu metástase pulmonar e optou-se por iniciar tratamento com Doxorrubicina
e Carboplatina associado a firocoxibe. Apesar do início após desenvolvimento de
metástase a cadela apresentou sobrevida superior a literatura (500 dias), sugerindo
que o tratamento cirúrgico agiu no controle da neoplasia diminuindo a velocidade de
avanço da doença e promovendo maior tempo de vida.

Palavras-chave: cães, oncologia, neoplasia mamária, osteossarcoma mamário,


quimioterapia.
QUEIROZ, Camila Maximiano. Mammary osteossarcoma in a dog associated
with a survival of more than 500 days – Case report. Jaguariúna, 2019.
Completion work (postgraduate) – Faculdade Jaguariúna, Jaguariúna, 2019.

ABSTRACT

Mammary neoplasia is the most common neoplastic type in female dogs and
has various histological types. In the vast majority of cases, they present malignant
form, in adult animals to the elderly, not castrated, and their clinical diagnosis is
performed at the physical examination at the moment of the consultation. The
prognosis is variable, depending on the histological type and considerations of tumor
staging. The most indicated treatment is surgery, but in some cases the indication of
association with antineoplastic chemotherapy may be indicated. Osteosarcoma (OSA)
mammary has a low occurrence but features of aggression and infiltration similar to
appendicular OSA. The objective of the present study is to report the case of a female
dog with a breast OSA who developed distant metastasis and even with delayed
treatment achieved a survival of more than 500 days. The patient underwent unilateral
radical mastectomy and ovariohysterectomy and chemotherapy was suggested after
a histopathological report, but this was not done by the tutors option. Patient developed
pulmonary metastasis and opted to start treatment with Doxorubicin and Carboplatin
associated with firocoxib. Despite the onset after metastasis development, the dog
presented survival beyond the literature (500 days), suggesting that the surgical
treatment acted to control the neoplasia, slowing the progression of the disease and
promoting a longer life.

Key words: dogs, oncology, mammary neoplasm, osteosarcoma mammary,


chemotherapy.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 REVISÃO ............................................................................................................... 10
2.1 Osteossarcoma mamário ........................................................................................... 10
2.2 Neoplasias mamárias ................................................................................................. 10
2.3 Diagnóstico ................................................................................................................ 12
2.4 Tratamento ................................................................................................................. 14

3 RELATO DE CASO ................................................................................................ 17

4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 20

5 CONCLUSÃO......................................................................................................... 22

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
8

1 INTRODUÇÃO
O osteossarcoma (OSA) é considerada a neoplasia óssea primária mais comum nos
cães e acomete principalmente animais adultos a idosos e de raças de grande porte
(DALECK, 2002/2016). De todos os casos de OSA apenas 1% é extra-esqueletico e em 64%
se desenvolve em glândulas mamárias (WITHROW, 2013; LANGENBACH, 1998). É uma
neoplasia maligna mesenquimal, originada de células ósseas e sua principal característica é
a produção de matriz óssea (MARTELLI et al., 2007).
As neoplasias mamárias estão entre as neoplasias mais comuns nas fêmeas
caninas, podendo chegar a 70% dos casos malignos (DE NARDI, 2016). As cadelas de meia-
idade a idosas são as mais acometidas e raças como poodles, chihuahua, dachshund,
yorkshire terrier, maltes, cocker spaniel, pastor alemão, boxer, fox terrier, e sem raça
definida (SRD) (SORENMO, 2003). Animais não esterilizados tem maior
predisposição com o passar dos estros aumentando as chances de desenvolvimento
de 0,5% antes do primeiro cio para 8% entre o primeiro e o segundo (SCHNEIDER et
al., 1969).
As cadelas se encontram em bom estado físico na avaliação clínica e os
nódulos se apresentam com características diversas, de forma circunscrita, com
grande variação de tamanho, mobilidade e consistência. Podem se apresentar
irregulares, ulcerados e com tecidos inflamados, com contaminação secundária e por
vezes com lesões associadas à necrose (DE NARDI, 2016).
O diagnóstico definitivo é realizado através de analisa histopatológica das
lesões e sua classificação, hoje no Brasil, é utilizada a proposta de Cassali et al. (2014)
baseada no consenso de neoplasias mamarias realizado entre patologistas e
oncologistas clínicos. Outros exames devem ser realizados para avaliação clínica
geral do paciente e estadiamento tumoral, como exames sanguíneos completos,
ultrassonografia abdominal e radiografia torácica (DA SILVA 2014; SILVA 2016).
O tratamento de eleição para a neoplasia mamária é a ressecção cirúrgica
completa (CALDAS, 2016). A escolha da técnica cirúrgica deve ser avaliada de acordo
com o acometimento das glândulas mamarias e dos linfonodos adjacentes em
conjunto com o estadiamento tumoral (MACPHAIL, 2014). Alguns tipos histológicos,
casos avançados, pacientes com linfonodos acometidos, metástases a distância,
recidiva e/ou tumores inoperáveis se beneficiam com a associação ou uso isolado de
tratamento quimioterápico (DE NARDI, 2016).
9

O prognostico de OSA mamário é reservado, semelhante a casos de OSA


apendicular, devido sua disseminação acontecer tanto por via linfática como por via
hematógena e em 75% dos casos já haver metástases pulmonares (HELLMEN,
2014).
O objetivo desse relato foi demonstrar uma sobrevida maior que o esperado
em um paciente com múltiplos fatores de risco associados ao desenvolvimento de
osteossarcoma mamário. Outro ponto a demonstrar é a individualização do paciente
e da manifestação da doença em cada paciente.
10

2 REVISÃO

2.1 Osteossarcoma mamário

O osteossarcoma (OSA) é a neoplasia primária óssea mais comum nos cães


e representa até 7% de todos os tumores nessa espécie (DALECK, 2016). É uma
neoplasia mesenquimal maligna originada de células ósseas que produzem matriz
osteóide e sua etiologia ainda não está bem definida, mas está relacionada a áreas
de grande crescimento ósseo e alta taxa mitótica (MARTELLI et al., 2007). Os OSAs
acometem principalmente cães de média idade e raças de grande porte, como pastor
alemão, rottweiler, golden retriever, boxer, labrador, mastiff e doberman (DALECK,
2002). Esta neoplasia se desenvolve principalmente em ossos longos, sendo 75% dos
casos o OSA apendicular. Aproximadamente 25% acomete o crânio e esqueleto axial
e apenas 1% acomete região extra esquelético (WITHROW, 2013).
O osteossarcoma é a neoplasia mesenquimal mais comum da glândula
mamária e dentre o OSA extra esquelético canino, representa 64% dos
casos(LANGENBACH, 1998). Maioria das vezes o histórico é de uma massa com
evolução de anos que apresenta grande crescimento recente (GOLDSCHMIDT,
2011). O prognostico é ruim e 75% desenvolve metástase pulmonar, comportamento
semelhante ao OSA apendicular, devido sua disseminação acontecer tanto por via
linfática como por via hematógena (HELLMEN, 2014).

2.2 Neoplasias mamárias

A neoplasia mamária é tipo de neoplasia mais comum em cadelas, sendo


relatado entre 50 a 70% de todos os neoplasias nesta espécie sendo a grande maioria
maligna, superando 70% dos casos (CASSALI, 2014; DE NARDI, 2016). A incidência
das neoplasias mamárias é bem variável dependendo do local onde os estudos são
realizados e em conjunto com características especificas da população canina, como
raça, idade e prática da ovariohisterectomia (OHE) precoce. A exemplo temos os EUA,
cuja a taxa de malignidade relatada é em torno de 50% dos casos, provavelmente
pela prática de esterilização em cadelas jovens (SORENMO et al., 2013).
As neoplasias mamárias acometem cadelas de meia-idade a idosas variando
entre 7 a 12 anos. Fêmeas com menos de 5 anos tem menor probabilidade de
11

desenvolvimento desta neoplasia, principalmente as de neoplasias malignas, e o risco


aumenta de acordo com o avançar da idade. Tipos histológicos benignos são
encontrados em maior proporção em cadelas entre 7 e 9 anos, no entanto, as
neoplasias malignas se apresentam em maior número em cadelas com média de 9 a
12 anos (SORENMO, 2003). A incidência relacionada a idade varia também de acordo
com o tempo médio de vida das raças, visto que cadelas de grande porte tendem a
ter uma expectativa de vida menor quando comparadas as de raças pequenas. Os
machos têm menor probabilidade de desenvolver neoplasias na glândula mamaria,
com risco de aproximadamente de 1% (ZATLOUKAL et al., 2005).
Estudos observaram que certas raças apresentam maior incidência de
desenvolvimento de neoplasias mamárias como os poodles, chihuahua, dachshund,
yorkshire terrier, maltes, cocker spaniel, pastor alemão, boxer, fox terrier, e sem raça
definida (SRD) (OLIVEIRA FILHO, 2010; SORENMO, 2003), deve-se considerar a
predominância racial de cada região, que pode mostrar um maior número de outras
raças e consequentemente maiores porcentagens de neoplasias mamárias nesses
animais (ZATLOUKAL, 2005).
O risco em relação a animais castrados e não castrados varia de acordo com
a idade que o procedimento cirúrgico de esterilização é realizado, relacionado à
exposição hormonal e maturação das glândulas mamarias na puberdade. Cadelas
castradas antes do primeiro cio apresentam risco de 0,5% de desenvolvimento de
neoplasias nas glândulas mamárias. O risco aumenta de acordo com o decorrer dos
ciclos estrais, com aumento para 8% após o primeiro cio e após o segundo para 26%
(SCHNEIDER et al., 1969). A maioria dos estudos relata que após os 4 anos de idade
não há os mesmos benefícios preventivos da OHE, mas sugerem diminuição do risco
de neoplasias benignas mesmo se realizado em idade avançada (FONSECA, 2000).
A maioria das cadelas se encontram clinicamente bem no momento do
diagnóstico e os nódulos podem ser observados tanto pelos tutores como pelo médico
veterinário no momento do atendimento. Normalmente os nódulos se apresentam de
forma circunscrita, com grande variação de tamanho, mobilidade e consistência.
Podem se apresentar irregulares, ulcerados e com tecidos inflamados, com
contaminação secundária e por vezes com lesões associadas à necrose (DE NARDI,
2016). As mamas abdominais caudais e inguinais são as mais acometidas, em torno
de 66%, devido ao maior desenvolvimento do parênquima mamário. Essa maior
quantidade tecidual responde a maior estimulo proliferativo das ações hormonais
12

ovarianas, o que aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasias quando


comparadas as glândulas abdominais craniais, torácicas caudais e torácicas craniais
que apresentam menor quantidade de tecido mamário (QUEIROGA, 2002).
A maioria das cadelas com neoplasias mamárias apresenta mais de um
nódulo na glândula ou em mais glândulas, podendo ser de tipos histológicos diferentes
(OLIVEIRA FILHO et al., 2010).
Neoplasias de origem epitelial se disseminam por via linfática, enquanto que
neoplasias mesenquimais se disseminam por via hematógena. Os carcinomas
mamários acometem principalmente vias linfáticas, porém, a via hematógena também
pode ocorrer afetando linfonodos regionais, pulmão, fígado, baço, pele, encéfalo,
ossos e rins. (HELLMEN, 2014).
O prognostico pode variar de acordo com o tipo histológico, tamanho da
neoplasia, acometimento de linfonodos, metástase à distância, grau de malignidade,
grau de diferenciação nuclear, índice mitótico e grau de invasão. No caso de mais de
um tipo histológico, o prognostico é ditado pelo mais agressivo (QUEIROGA &
LOPES, 2002).

2.3 Diagnóstico

A suspeita diagnóstica é baseada em exame físico minucioso das cadeias


mamárias, para definição da localidade, características e busca de massas em outros
locais, além de avaliação dos linfonodos (DE NARDI, 2016). O exame citológico dos
nódulos deve ser realizado para diferenciar de processos não neoplásicos e outros
tipos de neoplasias, como lipoma, mastocitoma e linfoma. A avaliação citológica dos
linfonodos regionais que apresentam alterações de volume, consistência e formato
deve ser realizada na busca de metástase, já que em 25% dos casos os linfonodos já
se encontram acometidos (CASSALI, 2014).
O diagnóstico definitivo é obtido por meio de avaliação histopatológica que
verifica tipo histológico, invasão linfática e hematógena, pleomorfismo nuclear, índice
mitótico, presença de necrose e o grau de malignidade (figura 1). Há grande variação
de classificação dos tipos histológicos devido a sua complexidade e as mais utilizadas
são de Misdorp et al. (1999) e Goldschmidt et al. (2011), com algumas divergências
entre elas. Atualmente, no Brasil, se utiliza a nova classificação proposta por Cassali
13

et al. (2014) após consenso entre patologistas e oncologistas clínicos a fim de


padronizar e melhorar o diagnóstico e tratamento de acordo como casos de
neoplasias mamárias no país.

Figura 1. Osteossarcoma em glândula mamária canina. Áreas de osteóide tumoral estão presentes na
neoplasia ( * ). Tecido mamário adjacente exibe hiperplasia lobular. H.E.
Fonte: Goldschmidt et al. 2011.

Exames complementares hematológicos, incluindo função renal e hepática,


devem ser realizados para avaliar a saúde geral do paciente (DA SILVA, 2014). Bem
como a realização de exames de imagens como radiografia torácica (três projeções)
e ultrassonografia abdominal, para avaliação de metástase a distância e
linfonodopatias (SILVA, 2016).
O estadiamento para neoplasias mamárias em cadelas é baseado na
Organização Mundial da Saúde (OMS) adaptado por Sorenmo et al. (2013) que avalia
o tamanho da neoplasia primária (T), comprometimento de linfonodo regional (L) e
presença de metástase a distância (M) com objetivo de estabelecer o prognóstico e
planejar o tratamento de acordo com seu estadiamento (quadro 1).

NEOPLASIA PRIMÁRIA
T1 Menor que 3cm de diâmetro
T2 Entre 3 e 5 cm de diâmetro
T3 Maior que 5 cm de diâmetro
14

LINFONODOS REGIONAIS
N0 Sem envolvimento
neoplásico
N1 Com envolvimento
neoplásico
METÁSTASES A DISTÂNCIA
M0 Ausência de metástase
M1 Presença de metástase

ESTÁDIOS T N M
I T1 N0 M0
II T2 N0 M0
III T3 N0 M0
IV Qualquer N1 M0
T
V Qualquer Qualquer M1
T N
Quadro 1. Estadiamento clínico de neoplasias mamárias caninas.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS) adaptado por Sorenmo et al. 2013.

2.4 Tratamento

O tratamento de eleição para a neoplasia mamária é a ressecção cirúrgica


completa conferindo maior chance de cura quando não há envolvimento metastático
(CALDAS, 2016). Na grande maiorias das vezes em que há metástase a distância e
tem-se o diagnóstico de carcinoma inflamatório, não se recomenda a intervenção
cirúrgica (FOSSUM, 2014).
A escolha da técnica cirúrgica deve ser avaliada de acordo com o
acometimento das glândulas mamarias e dos linfonodos adjacentes em conjunto com
o estadiamento tumoral. Entre as possibilidades cirúrgicas podemos citar a
lumpectomia, mastectomia regional, mastectomia radical unilateral e mastectomia
radical bilateral (MACPHAIL, 2014).
Os tipos histológicos malignos como carcinomas sólidos, carcinomas
micropapilares, carcinomas anaplásicos, carcinossarcomas e osteossarcomas, além
15

de pacientes com linfonodos positivos e metástases a distância tem indicação para


quimioterapia adjuvante com vários protocolos sugeridos pela literatura (DE NARDI,
2016; RODASKI, 2008) (quadro 2).
Dias Doxorrubicina Ciclofosfamida
1º 30mg/m² ou 1mg/kg
(cães com menos de 10kg)
3º ao 6º 50mg/kg VO a cada 24 horas
22º Repetir o ciclo a cada 21 dias de 3 a 6 vezes.
Doxorrubicina Carboplatina
1º 30mg/m² ou 1mg/kg
(cães com menos de 10kg)
15º 250 a 300mg/m² IV a cada
21 dias
22º Repetir o ciclo a cada 21 dias de 3 a 6 vezes.
Doxorrubicina
1º 30mg/m² ou 25mg/m² (cães com menos de 10kg)
22º Repetir a aplicação, a cada 3 semanas de 3 a 6 ciclos.
Doxorrubicina Vincristina Ciclofosfamida
1º 25mg/m² IV 0,7mg/m² IV
8º ao 11º 50mg/m² VO
15º ao 17º 50mg/m² VO
22º Repetir todo o ciclo, num total de 6 vezes.
Quadro 2. Protocolos quimioterápicos indicados para neoplasias mamárias em cadelas.
Fonte: Rodaski & De Nardi, 2008.

Inibidores seletivos de cox-2 associados ou não a quimioterapia


antineoplásica podem ser utilizados em neoplasias mais agressivas, com pior
prognostico e carcinomas inflamatórios, quando há o aumento significativo dessa
enzima, como em algumas neoplasias mamárias. O uso de medicamentos dessa
classe ajuda no controle da inflamação local e diminuição a angiogênese tumoral
(MACHADO, et al. 2014).
Pacientes com estádio avançado, metástase à distância, que não respondem
bem a quimioterapia convencional ou os que já passaram por longos protocolos
quimioterápicos podem se beneficiar da quimioterapia metronômica (MENDES, 2014).
16

Tal terapia utiliza fármacos antineoplásicos convencionais, em doses baixas, por via
oral, em intervalos curtos e regulares, com o objetivo de controlar o avanço da doença,
devido seus efeitos antiangiogênicos, citotóxicos e imunomoduladores. O fármaco
mais utilizado atualmente é a ciclofosfamida, mas também há indicações de uso com
o clorambucil e lomustina (BARROS, 2015).
17

3 RELATO DE CASO

Um canino fêmea, da raça pastor alemão, peso 24,5kg, com 10 anos de idade,
inteira, nulípara, sem demonstração de cio há 3 anos e com ausência de uso de
contraceptivos injetáveis ou orais, foi atendida no serviço da clínica cirúrgica do
hospital veterinário UPIS com queixa de nodulações em cadeia mamária com
evolução maior que um ano. O animal apresentava bom estado geral e ao exame
físico observou-se a presença de um nódulo medindo 12cm em mama torácica (M2)
esquerda sem mobilidade, alopécico, com vascularização evidente, com pigmentação
rósea, firme, irregular, não ulcerado; Em mama abdominal cranial (M3) direita havia
um nódulo medindo 4 cm móvel, não alopécico, irregular, pigmentação rósea, firme; e
outras três pequenas nodulações de menos de meio centímetro distribuídas entre as
mamas abdominais caudais (M5) esquerda e direta, firmes, entremeadas ao tecido
mamário e sem evidencia de linfonodomegalia.
Foram realizados exames hematológicos com resultados dentro da
normalidade. Posteriormente foi encaminhado para procedimentos pré-operatórios
compreendendo a eletrocardiografia e ecocardiografia sem alterações dignos de nota.
A radiografia torácica não evidenciou a presença de nódulos sugestivos de metástase
e o exame ultrassonográfico sugeriu presença de cistos ovarianos.
Pelo estadiamento tumoral o animal foi classificado em Estágio III e então
realizado mastectomia radical unilateral esquerda com ovariohisterectomia, sem
complicações trans-cirúrgicas e material enviado para analise histopatológica. Pós-
operatório foi realizado com cefalexina 25mg/kg b.i.d. 10 dias, ranitidina 2mg/kg b.i.d.
10 dias, dipirona 25mg/kg b.i.d. 10 dias, cloridrato de tramadol 5mg/kg b.i.d. 5 dias.
Foi colocado curativo Tegaderm® estéril, não havendo necessidade de curativos
diários. Após três dias do procedimento cirúrgico, os tutores retornaram com queixa
de secreção sero-sanguinolenta em grande quantidade na ferida cirúrgica. Houve
deiscência de pontos em região torácica próxima da região de M2 e hematoma
regional, sendo prescrito bandagem compressiva local associada a massagem com
Reparil® diminuição do hematoma. A ferida foi tratada por segunda intenção com
limpeza com solução fisiológica e pomada Vetaglos® até completa cicatrização.
O diagnóstico histopatológico foi de osteossarcoma mamário com margens
comprometidas. A lesão acometia 70% dos fragmentos composta por células
fusiformes, baixa relação núcleo/citoplasma, citoplasma levemente eosinofílicos,
18

núcleo alongado e nucléolo evidente. Anisocariose e anisocitose moderadas e índice


mitótico alto.
Após resultado histopatológico foi indicado mastectomia radical unilateral
(MRU) direita associada a quimioterapia antineoplásica, mas tutores optaram por não
realizar e não retornaram para o acompanhamento oncológico.
Mais de um ano após a ressecção cirúrgica, animal retornou ao hospital
veterinário com histórico de cansaço fácil e aumento do nódulo em M3 direita.
Realizado radiografia de tórax que evidenciou padrão nodular difuso compatível com
metástases pulmonares (figura 2).

Figura 2. Radiografia de tórax 12 meses após estadiamento tumoral. Projeções Latero-lateral bilateral
e Ventro-dorsal com alterações compatíveis com metástases.
Fonte: Scan diagnosticos

Diante do quadro, foi recomendado tratamento poliquimioterápico instituído


com associação de firocoxibe dose 5mg/kg uso continuo, doxorrubicina 25mg/m² e
carboplatina 250mg/m², com intervalos de 21 dias entre os fármacos. Previamente as
19

sessões de quimioterapia eram realizadas avaliações hematológicas (hemograma,


creatinina, alanina aminotransferase, uréia, fosfatase alcalina) e avaliação
cardiológica anterior a doxorrubicina.
Iniciou-se com firocoxibe 5mg/kg s.i.d., com melhora do quadro respiratório.
Houve resposta satisfatória após sessão com doxorrubicina, mantendo quadro
respiratório controlado. Uma sessão com carboplatina foi realizada depois de 21 dias
e na semana seguinte a sessão, tutores relataram retorno da tosse e desconforto.
Quadro clínico se manteve estável por 9 semanas, mas após esse período a tosse e
dispneia se agravaram gradativamente, além de apresentar êmese e diarreia após
sessões. Foi prescrito tratamento sintomático com ondansetrona 0,4mg/kg b.i.d.,
omeprazol 1mg/kg s.i.d., Salbutamol 0,05mg/kg b.i.d. por VO. Na quarta sessão foi
adicionado ciclofosfamida 15mg/m² s.i.d. VO, como quimioterapia metronômica, em
associado a quimioterapia convencional na tentativa de retardar a progressão da
doença. A última sessão com doxorrubicina não foi realizada devido a piora do quadro
clínico e tutores optaram por manter animal apenas com quimioterapia metronômica
e suporte sintomático em casa.
Com o protocolo citado anteriormente o paciente desenvolveu fraqueza
muscular, caquexia, anorexia, vocalização, relutância em se movimentar, dispnéia
grave, por vezes com postura ortopnéica, conforme evolução dos dias.
Os tutores optaram pela eutanásia frente ao quadro progressivo do animal. O
exame necroscópico não foi autorizado. O paciente apresentou sobrevida de 526 dias.
20

4 DISCUSSÃO

A neoplasia mamária é a neoplasia mais comum entre cadelas, com


ocorrência maior em animais não castrados e com idade média de 10 anos (DE
NARDI, 2002; OLIVEIRA FILHO, 2010). O animal descrito apresentava características
de risco (idade) para desenvolvimento da doença além de sua raça, pastor alemão,
ser relatada como predisposta, de acordo com Oliveira Filho (2010) e Sorenmo (2003).
A prevalência de tipos histológicos malignos já foi demonstrada por diversos
autores, variando entre 68% e 90% das neoplasias mamárias (DE NARDI, 2002;
TORÍBIO, 2012). Especificamente na raça Pastor Alemão Oliveira Filho et al. (2010)
relataram que 79,3% das cadelas avaliadas apresentavam neoplasias malignos,
próximo aos números observados por Itoh (2005) e Sorenmo (2009). Em associação
aos fatores de risco, o tempo entre desenvolvimento da doença e observação da
massa pelos tutores foi prolongado, sendo o animal diagnosticado em estádio III.
O tratamento mais recomendado para esse tipo histológico é a associação
entre mastectomia radical das glândulas acometidas e quimioterapia antineoplásica.
Há vários protocolos descritos por Cassali et al. (2014), Rodaski & De Nardi (2008) e
De Nardi et al. (2016) e a escolha está relacionada ao tipo e grau histológico,
estadiamento tumoral, estado clinico do animal e comorbidades.
A mastectomia radical unilateral foi a recomendação de eleição para o
presente caso, visando obter a cura clínica, seguindo os princípios da cirurgia
oncológica. A escolha do tratamento quimioterápico foi escolhida baseado na origem
óssea da neoplasia, seguindo o protocolo utilizado por Rodaski & De Nardi (2008)
para tratamento de OSA. Apesar do tipo histológico, não houve melhora clínica do
quadro com uso de carboplatina, porém, o uso de doxorrubicina promoveu resposta
parcial com quadro progressivo posteriormente.
Com a piora do quadro clínico optou-se pela associação com quimioterapia
metronômica, objetivando tratamento paliativo e controle da doença. Mendes (2014)
sugere que a sobrevida de pacientes com carcinoma tratados com terapia
metronômica apresentam sobrevida variável de 45 até 399 dias. Já Marchetti et al.
(2012) relata doença estável de seis meses em cadela com carcinoma mamário no
estágio V tratada com ciclofosfamida e celocoxib. Apesar de vários relatos bem-
sucedidos, neste caso, esse tipo de protocolo não teve resposta como esperado,
devido a progressão da doença.
21

A sobrevida esperada para cadelas com neoplasia mamária é bem variável e


está relacionada com seu tipo histológico e presença de metástase. A sobrevida geral
para animais com diagnostico histopatológico de carcinoma relatada fica entre 135 a
184 dias (RIBEIRO, 2009), mas tumores de caráter extremamente malignos como os
carcinossarcomas apresentam em média sobrevida de 60 dias (TORÍBIO, 2012).
Animais sem metástase submetidos a mastectomia radical associada ao protocolo de
doxorrubicina com ciclofosfamida apresentaram sobrevida maior que dois anos (DE
NARDI, 2002). A presença de metástase pulmonar encontrada no estadiamento de
cadelas com tumores mamários varia entre 13% e 15% (DE NARDI, 2002; RIBEIRO
2009). O animal relatado obteve 526 dias de sobrevida após ao procedimento cirúrgico
superando a sobrevida dos pacientes relatados na literatura sugerindo que o
tratamento cirúrgico no caso relatado promoveu controle da doença sem a realização
de tratamento adjuvante.
22

5 CONCLUSÃO

Pouco se sabe sobre o comportamento biológico do OSA mamário em


cadelas, portanto, cada caso deve ser investigado e tratado conforme evolução clínica
do animal. O presente relato evidenciou uma cadela com sobrevida de 526 dias sem
tratamento adjuvante pós cirúrgico, sugerindo que a cirurgia radical foi benéfica para
o controle tumoral local.
23

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