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Medcurso – Perioperatório

Resumo: João Victor Santos Gomes

RISCO CIRÚRGICO
- ABCDF do risco cirúrgico

A- Antibioticoprofilaxia

B- Batata da perna = TEP e TVP (profilaxia)

C- Cardiovascular

D – Drogas (manter x suspender)

E- Exames complementares

F- Falhas evitáveis (protocolo de cirurgia segura)

ANTIBIOTICOPROFILAXIA

- Importante para evitar infecção do sítio cirúrgico =


principalmente infecção da ferida operatória

- Cirurgia Limpa: São cirurgias que não invadem nem um trato


(respiratório, urinário, ginecológico etc.) e são superficiais ao
peritônio

Plásticas, hernias, ortopédicas eletivas etc. = são consideradas


cirurgias limpas

- Potencialmente contaminadas ou limpas contaminadas =


quando invadimos algum trato, mas é uma invasão controlada,
com a técnica perfeita, sem intercorrências.

Ex: colecistectomia videolaparoscópica sem intercorrências, sem


perfuração de vesícula biliar etc.

- Contaminada: Quando há falha técnica, mas não há infecção ativa = EX: perfuração de vesícula,

- Infectada ou suja: Paciente já tem uma infecção. Ex: diverticulite perfurada etc.

. Infectada não faz antibioticoprofilaxia pq já é considerado terapia

- CVL é potencialmente contaminada, o cirurgião pode não fazer ATB pq é sítio bem controlado, mas se quiser fazer, não está errado tbm

- Antibioticoprofilaxia não é feita no pré-operatório, é feita no intraoperatório (30 minutos antes da incisão)

PROFILAXIA DE TEP E TVP

- Tríade de virchow = lesão endotelial, estase sanguínea e hipercoagulabilidade= fatores necessários para que se ocorra uma trombose

- Há cirurgias com baixo ou alto risco de trombose

- Score de Caprini e Score de Pádua = usados para avaliar risco de trombose

- Cirurgias rápidas, duram menos de 1 hora, geralmente são de baixo risco

Em cirurgias de baixo risco, a gente faz profilaxia sim, mas não é medicamentosa.
A gente orienta deambulação precoce, fazer a deambulação acompanhada devido
a risco de hipotensão postural por causa do efeito anestésico

- Cirurgias consideradas de alto risco trombótico, a gente deve fazer também,


profilaxia medicamentosa.

- Se o paciente tem câncer, já é restrito ao leito, tem trombofilia ou história previa


de TEP e TVP etc, qualquer cirurgia se torna alto risco trombótico
- Geralmente usa-se HBPM pq é mais fácil de manejar

Se usar HNF precisa acompanhar com coagulograma

- Pacientes que não podem receber Heparina por alguma circunstância, deve-se fazer filtro de veia cava.

AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR E ANESTÉSICA

Cardiovascular

. Hipertensão
arterial

- Valor ideal de PA é menor que 140 x90,

. Suspende a cirurgia se a PA estiver ≥ 180 x110mmHG (se


eletiva)

. Tempo ideal para controle de PA é de 30 dias

. Estratificação Cardíaca

1- Indice de risco cardíaco revisado (IRCR) + METs + Tipo


de cirurgia

Euroscore e De lee são uteis na prática, mas não são cobrados


por provas de R1

- Paciente que sobe um lance de escadas sem operar tem mais de 4 mets

Quando paciente tem mais de 4 METs mas tem o Indice cardíaco


revisado ≥ 2, consideramos sempre o índice cardíaco revisado
como referencia

Anestésica

- Classificação de ASA = 1-6

ASA1 = Não tem nada = não pode ser tabagista (max 30 maços
ano), não pode ser etilista, nem obeso, zero comorbidades

ASA 2 = comorbidade controlada + tabagismo e obesidade = Ex:


HAS, DM2 bem controlados

ASA 3 = comorbidades descontroladas

ASA 4= Incapacitação = ICC, Angina instável


SUSPENSÃO DE DROGAS

- Metformina traz um risco maior de acidose lática

EXAMES COMPLEMENTARES

- Coagulograma tem muito falso positivo, por isso não tem


indicação de pedir = o risco do paciente sangrar na cirurgia é pela
história (história de hemorragia, trombofilia diagnosticada etc.). Só
pede o coagulograma quando o paciente tem alto risco de sangrar.

- USP = pede RX se maior que 65

- Sabiston = pede Raio x de tórax se carga tabagica maior que 30


maços ano

PROJETO ERAS E PROJETO ACERTO

- São projetos que visam uma recuperação acelerada do


paciente no pós-operatório e alta precoce do paciente

- ERAS é o projeto original

- ACERTO é a versão brasileira

. Realimentação = a não ser que seja cirurgia gástrica,


paciente pode comer assim que tiver fome/vontade de
comer = não obrigar paciente comer

Realimentação em no máximo 6h após a cirurgia

. Prevenir náuseas e vômitos = deixar anti hemetico regular


visando prevenir, deixar SOS é para tratar o vomito, para
prevenir tem que fazer o pro cinético regular

. Reduzir fluidos endovenoso = mínimo de fluidos possível


= intensifica a remit do paciente o excesso de fluidos (sobrecarga renal de sódio)

. Analgesia deve regular = evitar opioides (causam náuseas e constipação e podem aumentar tempo de internação

Analgesia é AINE + Dipirona


EV: Tenoxicam (12/12h) + 1g dipirona 4/4h

ORAL: cetoprofeno (12/12h) + Dipirona (4/4h)

. Tricotomia não deve ser feito com antecedência pois aumenta risco de foliculite. Deve ser feito após a indução

. Maltodextrina ou água de coco podem ser consumidas 2horas antes da cirurgia

PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA

- Protocolo deve ser aplicado em 3 momentos = na


internação, antes da incisão e após o ato anestésico

. Lateralidade deve ser feita na enfermaria com o


paciente acoradado (marcar a perna)

COMPLICAÇOES CIRÚRGICAS

1) Febre No pós-operatório = 6Ps

Pulmão = atelectasia e pneumonia (1 a 2 dias) = atelectasia é o principal

Puiria= ITU = uso prolongado de cateter vesical (3-5 dia)

Perdas= diarreia = infecção por C dificilis (uso prévio de ATB)

Perna = TVP e TEP (5-6 dias)

Parede (ferida) = Infecção ou deiscência de ferida é infecção de sítio cirúrgico (7


dias)

Poison = drogas e transfusão= 8-10 dias

2) Hipertermia maligna = caráter genético dominante

Investigar isso na história familiar antes da cirurgia

É uma complicação anestésica

- É uma causa de febre intraoperatória

- Trata com dantrolene

3) Infecção de sítio cirúrgico

- Infecçao superficial = não tem sintoma sistêmico = não faz ATB, apenas drenagem e higienização
- Se tem febre = acometimento sistêmico

- Toda infecção de sítio cirúrgico pode ser


causada por uma deiscência de anastomose

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