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ASPECTOS HISTORICOS DAS

PRÁTICAS CIRÚRGICAS
 O homem realiza práticas cirúrgicas desde a antiguidade

 Na idade média, as cirurgias eram realizadas nos


campos de batalha, nas casas dos cirurgiões ou debaixo
do convés dos navios de guerra.

 As cirurgias restringiam-se a amputação de membros,


drenagem de abscessos e retirada de tumores
realizados com as mãos e instrumentais, sem
anestésicos.

 Os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico tinha


que superar a dor , hemorragias e infecção.
A hemorragia era estancada utilizando–se
cauterização com óleo fervente ou ferro em brasa.

A cirurgia teve importante evolução a partir de 1864,


com a descoberta da anestesia, com narcose sendo
realizado pela inalação de ÉTER.

Muitas descobertas contribuíram para prevenção de


infecção em pacientes cirúrgicos, entre elas pode-se
citar o uso de máscara, avental e padronização da
degermação das mãos.
Instrumentais do século XIX
Cirurgia

 Consiste no conjunto de gestos manuais ou


instrumentais, executado pelo cirurgião, que abrange a
abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica,
terapêutica ou estética.
CLASSIFICAÇÕES DAS CIRURGIAS

❑ As cirurgias podem ser


classificadas quanto a
gravidade e complexidade de
cirúrgica.
 Cirurgia eletiva:
Tratamento cirúrgico proposto, mas a realização pode
aguardar ocasião propícia, ou seja, pode ser programado.
Ex: mamoplastia e gastrectomia.( Retirada do estomago)

 Cirurgia de Urgência:
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser
realizado dentro de 24 a 48 horas. Ex: apendicectomia e
brida intestinal.(obstrução do intestino)
 Cirurgia de Emergência:
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por
sitratar de uma situação crítica. Ex: hematoma
subdural e tamponamento cardíaco.
Eletiva / necessária Opcional
Programada pelo paciente e
há alteração funcional. A decisão é do paciente e
Ex: prostatectomia por não há alteração funcional.
hiperplasia Ex: cirurgia estética

Grau de
urgência

Urgência Emergência

Realizada a qualquer
Realizada em 24 a 48 horas
momento sem preparo
com preparo cirúrgico.
quando há risco de vida.
Ex: Apendicectomia sem
Ex: Apendicectomia
supuração.
supurada
AS CIRURGIAS PODEM SER CLASSIFICADAS DE ACORDO
COM A FINALIDADE DA INTERVENÇÃO CIRÚRGICA

 Cirurgia Curativa:
Remover ou corrigir a causa da doença essa finalidade é
necessário a retirada parcial ou total de um órgão. Ex.
apendicectomia e colecistectomia.( vesícula)
 Cirurgia Paliativa:
Uma alternativa para aliviar o mal, mas não cura a doença.
Ex: gastrostomia.
 Cirurgia Diagnóstica:
Ajudar no esclarecimento de uma doença. Ex: laparotomia
exploradora.
 Cirurgia Reparadora:
Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada
por enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto de pele
em queimados.
 Cirurgia Reconstrutora; Cosmética e Plástica:
objetivos estéticos ou reparadores, para fins de
embelezamento. Ex: rinoplastia e mamoplastia.

CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA PELO PORTE OU


RISCO
PEQUENO – MÉDIO – GRANDE –

“.... A classificação do porte cirúrgico está


intrinsecamente relacionado com a
probabilidade de
perda sanguínea e fluídos corporais durante a
sua
realização.”
 Cirurgia de Grande Porte:
Grande probabilidade de perdas de fluído e sangue. Ex:
cirurgia de emergência, vasculares arteriais e prótese de
quadril.
 Cirurgia de Médio Porte:
Média probabilidade de perdas de fluído e sangue. Ex:
tireoidectomia e herniorrafia.
 Cirurgia de Pequeno Porte:
Pequena probabilidade de perdas de fluído e sangue. Ex:
Vasectomia e endoscopia.
GRANDE PORTE MÉDIO PORTE PEQUENO PORTE

• Média • Pequena
• Grande
probabilidade de probabilidade de
probabilidade de
perda de fluidos e perda de fluidos e
perda de fluidos e
sangue. sangue.
sangue.
• Ex: • Ex:
• Ex:
Ortopedia, Timpanoplastia,
Aneurismectomia
urologia. amigdalectomia.
AS CIRURGIAS
TAMBÉM SÃO
CLASSIFICADAS
QUANTO O
TEMPO DE DURAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Porte – I Duração até 2 horas de
intervenção

Porte – II Duração de 2 a 4 horas de


intervenção

Porte – III Duração de 4 a 6 horas de


intervenção

Porte - IV Duração acima de 6 horas de


intervenção
Segundo o potencial de contaminação da
cirurgia
 (relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas)

 Cirurgia Limpa

 São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis


de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e
inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias
eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem
drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem
penetração nos tratos digestivos, respiratório ou urinário.
 Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia
Cirurgia potencialmente contaminada:

 São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora


microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e
inflamatório e com falhas técnicas discretas
transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta
enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos
tratos digestivos, respiratório ou urinário sem
contaminação significativa.

 Ex: gastrectomia, colecistectomia com colangiografia


Cirurgia contaminada:

 São aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados


e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas
aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na
ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na
incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande
contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou
urinária também se incluem nesta categoria.

 hemicolectomia, anastomose bileodigestiva.


Cirurgia infectada:

 São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em


qualquer tecido ou órgão, em presença de processo
infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.

 nefrectomia com abcesso, cirurgia do reto e ânus com


secreção purulenta.
EQUIPE DO CC
 1. Cirurgião
 2. 1° auxiliar
 3º 2 auxiliar
 4. Anestesista
 5. Instrumentador
 6. Enfermeira-chefe
 7. Circulante
Se todos os membros da equipe
souberem o seu lugar e respeitarem
o lugar do próximo, a cirurgia se
desenvolverá de maneira positiva e
esperada.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA

 Uniforme privativo

 Propé ou sapato privativo



 Gorro cobrindo totalmente o cabelo

 Máscara cobrindo boca e nariz

 Avental

 Óculos de proteção

 Luvas
Paramentação Cirúrgica

 É um processo padronizado, que envolve as


técnicas de degermar as mãos, vestir avental
esterilizado e calçar luvas.

 Após a escovação a equipe deverá encaminhar-se


para a sala de cirurgia com os antebraços fletidos,
elevados e afastados do corpo.

 Na sala de cirurgia já estará á disposição: os


campos e aventais estéreis
 Iniciar a colocação do avental cirúrgico.
 Segurar o avental pela parte superior, com os dedos
indicador e polegar de cada mão
 Balançar suavemente para que se abra

 Vesti-lo cuidadosamente sem tocar na parte externa do


mesmo

 Solicitar que a circulante da sala ajuste e amarre o


avental

 Calçar luvas cirúrgicas;


Tempos cirúrgicos

Denominamos
tempos
cirúrgicos ou
tempos
operatórios as
fases ou etapas
em que são
executadas as
operações. De
um modo geral,
são quatro:
DIÉRESE
dividir/separa

Rompimento dos
tecidos por meio de
instrumentos cortantes
para atingir uma região
ou órgão.
Ex: bisturis e tesouras
HEMOSTASIA

Impedir, deter ou prevenir


o sangramento.

Pinçamento, ligadura de
vasos, eletrocoagulação
ou compressão.
EXÉRESE

Realização do ato cirúrgico.


SÍNTESE CIRÚRGICA

➢ Fechamento da
cirurgia, aproximação
das bordas.
➢ Junção dos tecidos
perfeita
Cruenta:
A união de tecidos é realizada por
meio de instrumentos apropriados com
agulhas de sutura e fios cirúrgicos
permanentes ou removíveis.

Incruenta:
consiste na aproximação dos tecidos
com auxílio de gesso, adesivos
(esparadrapos).
INSTRUMENTOS CIRURGICOS
Antissepsia: utilizadas para realização
da antissepsia do local a ser operado
Pinça Foester

Tesoura de
Metzembaum –
usada para corte
de tecidos.

Tesoura de Mayo –
Diérese usada para cortar fios
Bisturi de sutura, gaze ou
outros materiais.
 Hemostasia: conter sangramento

 Pinças Kelly

 Pinças Kocher

 Pinças Halstead mosquito


Preensão: servem para segurar vísceras e órgãos.

 Allis
 Collin
 Duval (triangular)
 Pinças de Dissecção

Para fixação de campos que


delimitam a área operatória.

Backaus
Síntese: união dos tecido/sutura.
Porta-agulhas
 Afastadores: servem para afastar os tecidos
 Farabeuf
 Doyen

 Gosset
 Finochietto
Mesmo
quando tudo
parece
desabar, cabe
a mim
decidir entre
rir ou chorar,
ir ou ficar,
desistir ou
lutar.

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